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Capítulo 9 - Tempestade [Tielo]

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Travessia discutida e dicas entregues, era hora de partir - e, já não é mais novidade, Erick foi o primeiro a fazê-lo, agarrando-se ao pescoço de seu plesiossauro azul real e avançando gradualmente em direção aos pontos mais agitados do braço de mar e, principalmente, à ilha que guardava o cemitério vertical do continente. Não era de se surpreender, mas desde o começo a maré pontuava sua resistência em permitir que os rapazes concluíssem seu trajeto, a correnteza forte indecisa se os arrastava de volta à praia ou os engolia em meio ao oceano agitado.

Apesar dos pesares, o fotógrafo não parecia se abalar com a situação da natureza - ora, ele próprio já a esperava, afinal. Quando em quando, uma puxada mais forte e uma onda ameaçavam arrancar-lhe das costas de seu monstrinho, mas a postura permanecia firme; O mesmo não podia ser dito de Marshtomp que, talvez (mal) acostumado à calmaria, independente de seu tipo, acabava sendo arrastado algumas vezes para lá e para cá, e o anfíbio lutava para se manter "em pé" e, sobretudo, no trajeto correto - a pior parte era que, se o arlequim se descuidasse e não agarrasse bem em seu pokémon, provavelmente se perderia no mar aberto.

Era melhor tomar cuidado.

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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Rota 121



Após a partida, cada passo para dentro da forte correnteza, era um turbulento acontecimento em seu interior. A indagação de concretamente entregar a sua vida nas mãos de seu Pokémon. Um ato de responsabilidade irresponsável. Marshtomp era o ideal para se fazer e não se fazer esta tarefa. Inerente à sua espécie de conseguir ou não atravessar aquilo. O fato era que, em seu interior fosse apenas uma brincadeira, uma missão, que mal foi discutida para que não houvesse tempo da criatura calcular os riscos da falha. E se falhasse, teria em si, a culpa do fracasso, mesmo sendo extremamente jovem e ingênuo para lidar com isso.

Estes pensamentos fizeram uma pequena hesitação em seu caminhar na água até que a profundidade estivesse suficiente para confiar apenas no Pokémon. Já era tarde para dúvidas, o pensamento do jovem, que sequer era transmitido por sua face, de apenas se consumir o plano, sem que os pensamentos tomassem-o de maneira oportuna.

O fascinante garoto em sua espécie inusitada de Pokémon, transpareciam confiança. Por uma última vez, certificou-se da segurança de seus pertences, e agarrou o pequeno Pokémon por um abraço. Mesmo com mais de um metro de diferença em suas alturas, era suficiente para que lhe agarrasse de maneira firme, principalmente para segurá-lo caso algo não funcionasse bem. Tentaria, por tudo, não se separar de seu Pokémon, pois apenas um sobreviveria na profundeza.


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Quando se perde a segurança da terra, em uma situação dessas, restam duas coisas: A confiança - ou tentativa de - no que o suporta e, mais importante, a visão de seu destino final que, naquele instante, se desenhava imponente do outro lado do braço de mar que separava a ilha do continente: O Monte Pyre. Chegava a ser engraçado pensar que aquela sombra disforme no horizonte do começo da rota agora se impunha como gigante aos pés dos rapazes, tão próximo, mas ainda inalcançável. Inclusive, assustadora era a visão do cemitério vertical: Envolto por nuvens espessas e escuras de tempestade, raios e trovões ribombavam para trazer à cena a mais perfeita atmosfera de filme de terror.

Não só isso: O próprio oceano, óbvio, também respondia à tormenta. Violento, sacudia-se de um lado à outro, como se se esforçasse para arrancar da rota os viajantes que ousavam tentar alcançar o epicentro do caos natural que acometia o bioma não só de uma, como de duas - e até três! - localidades completamente diferentes. A maior dificuldade, sem dúvida, eram as ondas que se erguiam e quebravam no meio do caminho, balançando e ameaçando a força de equilíbrio de quem as enfrentasse de frente: Claro, a maioria se era possível evitar, mas aquela minoria...

Erick, claro, não parecia ter tanto problema. O plesiossauro que o carregava fielmente mergulhava e emergia diante das ondas, num trajeto praticamente linear e inabalável, apesar de todas as adversidades - mas, quando os raios e trovões começaram a se desviar dos céus para tentar atingir os intrusos do mar, a coisa começava a ficar séria; Um deles, inclusive, tombou bem ao lado de Marshtomp, elevando uma explosão de água que arremessou o anfíbio para o lado oposto, ameaçando arrancar o arlequim de suas costas em uma tacada só.

Oh, céus - será que teria valido a pena se arriscar por algumas fotografias?

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Rota 121



A cada segundo enfrentando a turbulência, a mente do artista se preocupava cada vez mais o resguardo de sua vida. Não tinha voltas, Marshtomp nadava, ou tentava, acompanhar a velocidade do monstro marinho de Erick.

Enquanto a criaturinha, ainda jovem, nadava no ritmo de um peixe. A água parecia escapar de sua pele permitindo que ele apenas deslizasse debaixo d'água, ainda que próximo a superfície para que Tielo não precisasse tanto por seus pulmões à prova. Ainda que um desafio, ele parecia bastante confortável, por horas se divertia, não se sentia intimidado. Ou era isso que ele se preocupava em demonstrar?

Era uma preocupação extra, sim, claro. Mas por segundos poderia jurar que apesar de estar com uma grande carga acoplada em si, o pequeno se sentia completamente livre nadando. Ainda que também terrestre, era primordialmente, marítimo. As vezes seu nado era completamente alheio à capacidade do treinador, como se esquecesse de sua presença. Isso de certo modo tranquilizava o jovem.

Entretanto, novamente era surpreendido com mais uma façanha dos céus. Um raio atinge duas vezes o mesmo lugar? Difícil saber, mas, embora não fosse o mesmo lugar, a mesma tentativa de homicídio, pois tinha algo em comum: Tielo. Era a segunda vez em poucas horas que tinha que desviar de um tiro de eletricidade vindo de cima. Agora, embaixo completamente da correnteza, perguntava-se: Não é um tipo de aviso? Visto que a segunda vez que isso lhe acontece, enquanto Erick, sequer, havia presenciado um raio de perto.

Questionamentos invadiam sua mente mas a meta agora era apenas sobreviver. Agarrou-se em Marshtomp mais firme que podia. Ele era quase que incapaz de sentir qualquer problema com eletricidade, ou talvez quase, mas já era um conforto a mais. Prendia a respiração, pois Marshtomp mergulhou fundo para proteger a si mesmo e ao seu companheiro. Porém, após o estrago, era hora de voltar para superfície, e torcer para que Lapras estivesse por ali com seu treinador.


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Parecia que o responsável por toda aquela tormenta tinha alguma coisa contra o pobre arlequim - ou, bem, talvez os encontros desesperadores com eletricidade fossem simples, e somente, resultado natural de sua ousadia em se aventurar pelas entranhas de uma violenta tempestade. Ora, qual era a surpresa de toda aquela situação, considerando que as notícias deixavam bem explícitos os perigos de se arriscar não somente pelo Pyre, mas até mesmo pela própria 121? É o que dizem, quando se está na chuva, é preciso estar preparado para se molhar.

E falando sobre se molhar, não é necessário dizer que o albino já o estava, e agora da cabeça aos pés; Por muita sorte não se perdeu em toda aquela água, inclusive - sorte e, claro, esforço do pobre Marshtomp, que fez o possível para recuperar o equilíbrio sem se perder de seu treinador naquele temporal. O outro problema também se fez que Erick não pareceu ciente do acidente que o rapaz havia sofrido, pois seguiu em frente e logo desapareceu pro baixo de uma e outra onda; Restou à Tielo, então, que tomasse a ilha como guia e, com sorte, poderia se reencontrar com o moreno na praia que circundava o Monte Pyre.

Por mais óbvio que essa situação pudesse parecer, porém, o fato não pareceu claro o suficiente para Marshtomp. Ao se dar conta do sumiço de Lapras, considerando que suas instruções iniciais eram simplesmente se manter próximo do plesiossauro, o anfíbio simplesmente parou o nado no meio do agitado braço de mar, olhando de um lado para o outro, perdido. O cigano provavelmente teria que tomar as rédeas, ou acabaria metido em graves problemas - não que já não estivesse, huh?

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Rota 121



A brecha no plano de Tielo vinha à tona. Erick, de alguma maneira, não havia percebido o estrondo ao seu lado que havia retirado o artista do caminho. Para piorar, Marshtomp também, não sabia muito bem à que ritmo ou direção seguir sem a presença de Lapras.

A criatura agora, parada ali em meio a correnteza, esforçando-se apenas para manter-se no mesmo lugar, enquanto procurava Lapras.

Precisava resolver a situação, e redirecionar Marshtomp de volta aos planos. Pois bem. Mas. Para onde? Estava sem nada em sua visão. Era como se, estivesse no meio do caminho. Para trás, só água, mas para frente, também. E isso também valia para os lados...

Bom, se a correnteza vinha de um caminho para o outro, então o óbvio era que não se deveria nadar nem contra ela, e nem a favor dela. Então eram duas alternativas a menos. Tentou reparar então no vento. Provavelmente, as nuvens se formavam a partir do centro do monte, e expandiam-se para os arredores. Fazendo com que a Rota 121 fosse atingida também. Sendo assim, teriam que ir contra o vento para chegar à ilha.

Sendo assim, reorientou o aquático para que seguisse nado até a direção indicada.


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Era uma situação maldita, para dizer o mínimo - "presos" na tormenta, à mercê do temporal e do tempo, com giros contados de ponteiro para agir se não quisessem perder todo o fio da meada. Era complicado, independente da tipagem que concedia vantagem ao pobre anfíbio: Ora, e que culpa ele poderia ter, levando em consideração que jamais havia tido de lidar com tal fúria da natureza? Não só isso, como também sequer podia contar com a potência que teria sua forma final; Então, inevitavelmente, acabava arrastado de um lado para o outro, ainda que fizesse o máximo para sustentar a si próprio em um ponto fixo, enquanto tentava desvendar - com o auxílio de seu treinador - a direção que deveria ir para que não se perdessem de Erick ou, pelo menos, não acontecesse de modo tão drástico que nunca mais pudessem se reencontrar.

Óbvio, porém, não era uma tarefa fácil - a complicação ocorria naturalmente, a necessidade de pensar com todo aquele caos oceânico, tempestuoso e o vendaval que corria de ponta à outra, fato que certamente fez com que tudo demorasse ainda mais que o previsto, o incômodo de ser tragado pela correnteza e, acima de tudo, lutar contra ela (pelo menos da parte de Marshtomp). Garanto, inclusive, que o bípede aquático - e, consequentemente, seu treinador - chegou a ser engolido uma, duas, três vezes pelas ondas fortíssimas que os arrastavam metros e mais metros, como um simples brinquedo à deriva, enquanto o anfíbio tentava não só se recuperar, mas também manter a segurança do arlequim e, principalmente, seguir em frente: Não era o que tão desesperadamente tentavam fazer?

Qualquer dos meios (e falando neles, talvez não sejam tão importantes assim), o fato principal era que, após sabe-se lá quanto tempo nessa batalha desenfreada contra a própria natureza, era fácil dizer que segundos viravam minutos e, estes, horas. Em agitação e cansaço que cresciam exponencialmente, uma luz em toda a tormenta se desenhou no horizonte e, felizmente, não era um trovão dessa vez e tampouco uma luminosidade literal, mas sim a cabeça de um plesiossauro que emergiu de uma das tantas ondas e, dessa vez, sem Erick grudado ao seu pescoço. O majestoso espécime abriu um pouco mais os olhos ao se deparar com o artista e, com um sorriso discreto, aproximou-se, veloz e firme diante de todas as intempéries do oceano. Então, suave, prostrou-se ao lado de Soul e ofereceu-lhe, à sua maneira, apoio e carona; Mas, para isso, o rapaz precisaria aceitar e também se desvencilhar do próprio pokémon.

Bem, e então?

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Rota 121



Lapras aparecia como o messias em meio à população. Se houvesse qualquer outro espectador, obviamente se encantaria com sua entrada. Mas Tielo tinha pouco tempo para deslumbrar a cena. Tinha que agir rápido.

Ordenou para que Marshtomp fosse em direção à Lapras, para o encontro ser mais rápido, e ambos iriam escalar o casco da Pokémon, juntos.

O jovem artista tratava seus Pokémons como filhos, apesar de ser mais fraco e vulnerável que boa maioria deles, não iria simplesmente por a sua proteção à frente deles. Então ajudou Marshtomp a subir, ainda que consigo, e agarrar o pescoço de Lapras.


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De fato, a cena do aquático se aproximando velozmente ao resgate seria algo belíssimo de se tirar um tempo para apreciar: Entretanto, como já bem pontuado, aquele não era o tipo de situação onde se poderia parar, relaxar e curtir a paisagem, principalmente com as correntes arrastando o anfíbio de um lado para o outro e perigosamente ameaçando engolir a dupla num abraço marinho a qualquer instante. Inclusive, foi um fato curioso que o arlequim ainda se permitiu forçar Marshtomp para cima de Lapras antes de fazê-lo: O plesiossauro, por outro lado, se manteve firme (ou tanto quanto possível) contra a maré, aguardando sentir os braços do treinador em torno de seu pescoço antes de, num impulso, se enfiar pelas águas e dividir entre nados rápidos e mergulhos singelos por baixo das fortes ondas que buscavam quebrar nas cabeças do trio.

Era complicado - acredito que especialmente para o terrestre, pois não era como se o inicial possuísse braços com os quais pudesse contar para se agarrar ao pescoço da majestosa montaria marinha. Desespero (e medo de se perder naquele temporal) era, sem dúvida, um bom incentivo para se manter grudado à Lapras, mas isso era tudo que era capaz de fazer além de, é claro, torcer para que chegassem à praia o mais rápido possível. Felizmente, apesar das ondas e dos trovões que ameaçavam pescá-los a qualquer instante, o pokémon de gelo deslizou pela maré e, após mais algum tempo de dificuldade, já era possível enxergar a areia alguns metros à frente, e foi justamente na boca dela que a aquática freou, volvendo de lado e dando espaço para que o cigano pudesse descer.

— Tielo, ei! — Gritou o moreno, antes mesmo que seu pokémon chegasse com os dois viajantes acomodados em seu casco. — Vocês estão bem? Tudo certo por aí? — Perguntou, apressando-se em se aproximar logo que Lapras "aportasse" na beira do mar. Bem, estavam vivos, inteiros e, por si só, isso já era uma ótima conquista, huh?

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Rota 121



Finalmente, após atravessar as ondas, de maneira cinemática e extraordinária. Tielo retorna Marshtomp para sua Pokébola, enquanto espera Erick vir em sua direção para recolher seu Laparas.

— Bem estou, mas tenho queixas sim... - Disse colocando a mão em partes do corpo doloridas, como na sua costela. Provavelmente, pelo esforço e pelas ondas. - Foi uma travessia e tanto. Acho que devemos ser rápidos e cautelosos. Algo me diz que não nos querem aqui.


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