Superando o trauma do Carbink no olho da tempestade

Rock Slide fazia com que os dois pokemons envolvidos se perdessem; Vibrava simplesmente não sabia o que fazer. Entendam bem, ela nunca treinou o golpe, era tão natural para si quanto qualquer outro. Isso dizia à respeito de algo completamente esquisito; para Visenya, deslizar pedras era comum de sua característica, para Alextrasza não. Com bastante dúvida a inicial pareceu analisar cada milímetro do corpo da dragão aliada, tentando entender ao menos uma forma de fazer com que as rochas rolem por si só. Não encontrou; Druddi não podia usar suas asas atrofiadas como algo útil e muito menos fazer contato direto, como fariam?! Acabou que a caloura tentou produzir algumas pedras (e até conseguiu) mas não houve deslizamento algum. Além disso, o número de pedregulhos era ínfimo.

Axew já parecia ter um pouco mais de sorte, ao menos no início. Entendera o princípio do Giga Impact mas não conseguiu diferenciá-lo de um golpe qualquer. Perdido como estava, optou por executar um Facade comum, que nada tinha demais. Um impacto forte contra uma árvore. É isso?! Acabou o treino?! Para o dragão sim. Infelizmente não era a realidade; ele não parecia ligar. Largou o treino por um instante e dançara a dança das espadas mais uma vez.

Paralelo à isso vinha o terceiro treino...

Mayev até correu mas... bem, não saiu do lugar. Na verdade acabara frustrada e caindo ao chão; odiara muito aquilo. Até levantou e tentou de novo mas, com aquelas tornozeleiras e todo aquele cansaço, o treino parecia impossível. Para piorar a garota questionava: qual a relevância desta etapa (e da última) para velocidade?! O uso do Quick Attack?! Ela realmente não conseguia entender. Numa terceira tentativa não pôs tanta força; depois de falhar duas vezes seguidas, a terceira fora ainda mais desanimada. Agora olhava para suas perninhas que, além de pesadas pelo equipamentos, estavam amarrada com um grossa corda: Katakuri nem precisou fazer esforço para vencer aquele cabo. Na verdade, arrisco dizer que já havia ganho antes mesmo de começar a brincadeira.

Rock Slide parecia mágica; de alguma forma estranha Visenya criara pedras. Neste momento Alex até questionou: eu sou capaz de fazer isso?! Olhou para suas pernas e procurou alguma espécie de bolso, cogitou guardar pedrinhas que visse no caminho e lança-las quando seu mestre pedisse. É isso que Vibrava faz?! Só podia ser isso! A pokemon estava certa que era e, por isso, pegou as mesmas pedras que sua irmã jogou no chão e as empurrou. Assim era até fácil! Se somado com as pedras levantadas antes, dava um bom deslizamento! A quantidade fazia por si só: eram tantas pedras que elas se misturavam umas sobre as outras, indo à frente num avanço descomunal. O ponto é que esse não era o golpe; talvez o caso tenha sido bom para demonstrar a execução mas Druddigon não podia roubar pedras do vizinho e muito menos andar carregando em um saquinho-mágico. Então como faria?! Até batera o braço mais uma vez mas a quantidade de pedregulhos que criava era ínfima.

Vendo a frustração da amiga, Axew se encorajou. Era seu momento de brilhar; entendeu o que o mestre disse-lhe e, como quem se concentrava para usar um Facade mais forte, meditou. Aquilo não levou muito tempo: entendera que o golpe era uma explosão de energia e, por isso, apenas foi. Isso resultou em um golpe mais forte mas ainda não era o Giga Impact. A árvore sofrera bem mais com a força de Nelthanion mas aquilo era muito mais um golpe à que um impacto. Bem, o dragão não pensara o mesmo que eu; estava certo de que enfim havia terminado e voltou a dançar. Agora ele podia, né?! Estava completamente confuso: o golpe anterior também não era para lhe fortalecer?! Qual o problema de fixar-se nele.

Mayev também parecia animada; finalmente um treino que parecia ser divertido. Inicialmente achou que fácil mas não foi. Graças as suas tornozeleiras, claro! Errara nas cinco primeiras vezes e, na sexta, já conseguiu ao menos tocar na esfera. O exercício errado fazia a coluna de Katakuri reclamar: a cada vez que abaixava para pegar a esfera uma vértebra estalava. É, talvez não seja só os passos de dança que estão velhos, em?! Bem, de qualquer forma, o exercício continuou e os erros foram se tornando menos comum. Quando a pequena já quase não errava, Visenya grunhiu pela atenção de seu mestre: estava precisando de ajuda com Alex.

Axew ouvia o esporro chateado; não sabia muito bem o que havia feito de errado e, por isso, foi mal humorado até o canto efetuar o golpe mais uma vez. Ele simplesmente não entendia porque diabos não podia ficar dançando por ai, até porque já havia feito seus estágio e, para ele, o treino havia acabado. Decidiu ir na frente de Alex e agir logo, tentando ficar livre de uma vez. Agora sim: pegara um impulso e se jogou contra uma das árvores. Isso sim era um Giga Impact! Usara seu peso para danificar o alvo e acabou por quebrar a tal árvore no meio. Fato era, ao dançar três vezes Axew acabou por ficar com seis stages em ataque. O impacto fora tão forte que desnorteou o pequeno: ficava um tempo parado ao chão, vendo passarinhos.

Alextrasza também aparentou melhora: sua técnica de deslizamento estava exemplar, mas ainda usava as mesmas pedras que antes. Talvez fosse bom Katakuri pensar um pouco em como rochas são formadas. São condimentos empresados em alta pressão, certo?! Talvez só bater ou levantar poeira não fosse suficiete; tivesse que fazer algo especial quanto à isso depois. Uma coisa era fato: teria que por força. Caso ficasse se preocupando em materializar rochas, acabaria aprendendo Ancient Power e não Rock Slide.

Era engraçado como Neltharion já não ligava para absolutamente nada. Estava livre de seu treino, finalmente! O pokemon então aceitou que enfim podia dançar e o fez: brincou para um lado e para o outro, comemorando suas feituras e conquistas. Comemorou também a consciência reconquistada com o fim daquele golpe. Infelizmente odiara-o; ele exigia muito esforço físico e, por isso, tornara-se seu golpe mais odiado. Sword Dance, por outro lado... Ah, esse sim! Era incrível.

Katakuri era um jovem mirabolante: tirava as ideias da cartola como se alguém tivesse lhe dado alguma dica. Incrível! Como num passe de mágica o garoto aprendeu a fazer pedras; trouxe para a consciência a ciência básica da geografia. Se fosse um talk show, seria possível ouvir palmas ao fundo congratulando o rapaz.

Como bem dizem: antes tarde do que nunca. Alextrasza agora surpreendia a todos com sua feitura de pedras. Ergueu a matéria prima, aqueceu e pressionou. Acabou por fazer um enorme pedregulho! Jogou-o pela lama e efetuou o golpe. Ainda assim não se deu por satisfeita: bateu mais uma vez, ferveu e compactou. Fizera agora uma pedra ainda maior e a quebrou no meio, tendo em cada mão uma rocha. Jogou o braço para trás e trouxe-o num impulso para frente. Pronto! Rolamento de pedras aprendido! Fora simples depois que aprendera a fazer pedras: até gostou de efetuar a técnica.

O treino havia finalizado e Katakuri podia (enfim) ir para a tal jornada. A narradora aqui ainda não sabe bem seu interesse; sabia que queria investigar rapidamente a rota 121 mas não sabia o nível de empenho que daria para aquele corredor. Querendo ou não desbravá-lo por completo, teria que andar: estacionara na entrada da rota e, à frente, havia uma floresta pouco convidativa. Dali vinham os raios e, infelizmente, era o caminho mais utilizável.

O chão barrento causava um incômodo tão bárbaro quanto à chuva e o trovão. Até a beira do conjunto arbóreo, o chão era extremamente escorregadio e, por isso, era bom tomar cuidado. A trilha que cortava a floresta era a mais utilizada por causa disso: lá a chuva era interceptada pelo conjunto e por isso o chão estava mais seco. Fora ela havia a opção de contorno: um lado pela grama alta, que iria até o mar, o outro pela grama média, que daria uma bela de uma volta para não chegar à lugar algum.

OFF: Darei o seu EXP quando o seu EGG chocar. Ou seja, no meu próximo post.

Um ato de fé tomava o rapaz. Se antes dizia que não ligava pra religião, agora era possível pegar Katakuri no tal do "pulo do gato". Sua avó ficaria orgulhosa do rapaz, sem dúvidas. Era crescido e agora entendia que não tinha controle sobre as coisas, sendo assim, pedia a quem com certeza tinha mais que ele. Rayquaza o ouviria? Não sei. A única coisa que sei é que esperamos que nenhum extremista o ouça; se um fanático por Arceus decidi vir pregar a palavra, será um pouco chato. De qualquer, encheu-se do tal "manto sagrado" e foi. Ele e sua tatuagem que agora estava coberta pela capa de chuva (re)vestida. Ainda que com proteção, o desenho estava bem encharcado por uma mistura desgostosa de chuva & suor.

Adentrou a floresta num paradoxo: não tinha interesse na rota mas, ao mesmo tempo, tinha. Seu interesse era pelo novo; talvez uma espécie exótica podia ser importante para alguém. Claro que não para Katakuri: o monotreinador já abria uma exceção para seus Treeckos que são... pseudo-dragões?! É, quase isso. O que importa era que tinha seus tiques e não priorizava outros tipos. Caminhou mato a dentro e, ao que tudo indicava, Rayquaza o ouvira. Ainda nenhum trovão! Logo mais passava da metade da trilha sem muitos problemas, Visenya até gostara de voar por lá; não havia grossas gotas maltratando suas asas sensíveis e finas.

Fora numa altura razoável do trajeto que vira a tal luz no fim do túnel: era pequena e parecia longínqua, ainda assim completamente visível a olho nu. Estava chegando ao fim da trilha?! Mas acabara de chegar! Infelizmente não havia muito o que comentar: o Monte Pyre fica ao pé da rota. Para piorar, sem os relâmpagos era difícil ver por onde andava; não era possível ter certeza do que era aquilo à frente. Devia ser a saída do bioma, né?!

OFF: Progresso inteiramente atualizado.