Pokémon Mythology RPG
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Superando o trauma do Carbink no olho da tempestade

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O Novo Aprendiz de Dragões!


Procurando pelo local, mesmo com toda aquela chuva para atrapalhar, Katakuri encontrava duas chaves, uma amarela e outra vermelha... já era algo! – Visenya, já encontramos a chave, falta agora encontrar quem nos leve para o Mt Pyre! Essa talvez seja a parte mais difícil, me dá uma ajuda pra gente chegar lá o mais rápido possível... eu não aguento mais essa chuva hehehe.
 
Por sorte, não precisou procurar muito! Logo ouviam passos fortes e rápidos, como se alguém estivesse vindo correndo na direção da dupla. Conseguiam ver levemente que era um rapaz negro em uma capa de chuva. O homem se assustava um pouco ao ver Vibrava sobrevoando o local... aquele não era o habitat natural daquele pokemon!
 
O homem então começava a falar, alto para que pudesse ser ouvido... parecia não conseguir ver Katakuri, apesar do treinador de dragões conseguir vê-lo. Se aproximando para que pudesse ser visto, Katakuri conversava com o jovem – Olá! Me chamo Katakuri Dawn! Como você se chama? Enfim, vim investigar esse fenômeno diferente aqui em Hoen e também ver se os boatos dos pokemons diferenciados eram verdadeiros... sou treinador de dragões, então tenho que procurá-los onde estiverem heheh
 
Mostrando as duas chaves para o homem – Eu não manjo de pilotar barcos e esses outros ai... mas queria muito chegar até o Mt Pyre, essa chuva ta dos infernos! Se você puder ajudar eu e minha amiga, Visenya– erguendo as duas mãos para a dragoa, como se apresentando-a. A Vibrava dava um pequeno voo, se “apresentando” também. – Você está indo para lá também? Se estiver, adoraríamos uma carona heheheh – Katakuri tentava ser o mais agradável que conseguisse, afinal, aquele homem poderia ser sua única carona naquele local! Não poderia errar!
Valeu Ranzito!

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Pragmatismo; era esse adjetivo em que Katakuri se colou. Numa tentativa pouco sociável porém bastante útil, o rapaz soube quem era o garoto, o que ele queria e para que ele podia ser útil. Um pouco assustado (e desconfiado) o menino dera um passo para trás; sorriu confuso e esboçou uma resposta, saindo em gaguejares:
- E-eu sou Neto - Introduziu. A velocidade com que as informações foram bombardeadas não coincidia com sua velocidade de assimilação - E sim, eu sei navegar... mas esses barcos são seus? - Pergunta importante.

Nessa altura do campeonato, Neto já pensava sobre a estranheza do garoto; um pokemon relativamente raro, uma abordagem interesseira demais e duas chaves desconexas? Além disso, porque teria um barco se não saberia pilotar? Para piorar, a estranheza dos tons de pele-e-cabelo de Katakuri denunciavam a não naturalidade do rapaz: era óbvio que algo de errado pairava por ali. Agora sim Neto podia assimilar o óbvio: o treinador estava tão perdido quanto ele:
- Para que quer ir ao monte Pyre? - É, parece que o jogo virou.

O jornal anunciara e renunciara o feito. Não havia cobertura de imprensa no local mas, ao mesmo tempo, sabíamos de quase tudo. Os treinadores chamados para investigar o caso foram avisados: haviam grupos criminosos por toda a região. Talvez por isso Neto se incomodara tanto com Katakuri logo em princípio.

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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O Novo Aprendiz de Dragões!


O jovem era de poucas palavras... parecia desconfiado do treinador de dragões... pelo visto foi afobado demais, pensando que aquele rapaz pudesse resolver seus problemas facilmente. Katakuri teria que desfazer qualquer ideia errada que pudesse estar na mente de... Neto! – Hmmm, Neto! Um nome um pouco diferente... geralmente é um sobrenome... Enfim! Não, não são meus... eu esperava que fossem seus hehehhe Eu só queria uma carona para lá, sabe? Mas se não puder, não tem problema, eu vou atrás de outra pessoa e deixo as chaves ai!
 
Katakuri esperava uma resposta do rapaz... mas ele vinha com mais perguntas! – Bom, como eu já disse, vim investigar a situação por aqui e procurar pelos pokemons diferenciados... se os boatos são verdadeiros, claro! Sou um treinador especializado em dragões, vim checar se tinha algum desse tipo entre os pokemons diferenciados... nunca se sabe o que a natureza pode aprontar hehehe. – Mesmo tentando passar “tranquilidade” para Neto, o jovem não parecia estar acreditando totalmente em Katakuri... por algum motivo, o monotreinador não conseguia passar segurança para as pessoas com suas palavras... que droga!
 
Desculpe por falar... mas você parece meio tenso e desconfiado de mim... se não for verdade, desculpe! Para não criar problemas desnecessários, vou deixar as chaves aqui e ir buscar carona em outro lugar! – Katakuri chamava Visenya e ia na direção do outro cais... entretanto, esperava plenamente que Neto iria pará-lo e aceitar dar a carona... como bancar o cara legal não tinha dado certo, ia tentar se passar pelo “despreocupado”... tinha fé que iria colar!
Valeu Ranzito!

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A situação de Neto era um pouco complicada. Sabia que Katakuri estava tentando fazer, ainda assim não se sentia livre daquele ato; provavelmente era sua única saída. Assim como o mono-treinador, ele não tinha pokemons aquáticos para a travessia então dependeria bastante da barca. Ouviu todo aquele discurso com um pouco de repulsa; havia muitas palavras e pouco conteúdo. Num suspiro piedoso o garoto sinalizou uma abertura; enfim abriu a boca e decidiu dialogar com o jovem, tentando resolver a problemática da confiança:
- Me joga seu Trainer Card ai - Comentou o rapaz; sabia que isso não lhe inocentava mas ao menos teria informações claras sobre o garoto - Aqui o meu - E arremessou um cartão plastificado à Katakuri.

No cartão havia algumas informações sobre as viagens e a carreira do aliado. Era um menino de Hoenn, de vinte e seis anos, que começara sua carreira muito novo. Era um mono-treinador assim como Katakuri, porém metálico. Seu nome completo era Neto Neto Monteiro Junior; tinha quatro insígnias de Hoenn. É, definitivamente era um treinador muito mais forte que nosso recém chegado mono-dragão.

Neto ainda não sabia se o rapaz retornaria o ato: se retornasse, iria aceitar navegar com ele. Sabia do quão errado podia ser o ato mas não via outra solução; andar até outro cais levaria tempo demais e não garantiria resolução. Sabia disso! Tentando reconsiderar a questão, disse por alto:
- Acho que não tem problema a gente pegar emprestado se devolver depois - Iniciou Neto - E sim, Neto é meu sobrenome também. Ironicamente foi meu avô que me deu esse nome. Meu bisavô também deu ele para o meu pai. Uma confusão só - E se explicou.

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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O Novo Aprendiz de Dragões!



Neto não parecia muito fã de ouvir a “jogada” de Katakuri. Rapaz parecia esperto. Diante do pedido do jovem negro e posterior ato de entregar o cartão para o treinador de dragões, Katakuri fazia uma expressão de impressionado com tudo aquilo – Wow, você parece forte mesmo, parabéns! Eu sou novato, mas um dia terei um cartão tão legal quanto este hehehe – terminava entregando o seu para Neto.
 
Em seguida, o poderoso monotreinador metálico não parecia tão incomodado assim com a ideia de pegar o barco... pelo visto estava jogando com Katakuri também – Isso mesmo! Pegar somente para atravessar! Sua genealogia parece engraçada hehehe... com todo o respeito, é claro!
 
Bom, se estiver tudo bem aí, podemos ir logo? Esse clima aqui tá muito ruim! To com medo de pegar uma gripe... ou mesmo meu pokemon hehehe. Ela não gosta de ficar dentro da pokebola, mesmo nessa chuva... fazer o que! – Se Neto aceitasse, ia logo se dirigindo ao barco, deixando a cargo do jovem mais forte escolher qual ele iria querer.
 
Agora Katakuri estava inteiramente nas mãos do destino e de Rayquaza... seja o que o maior pokemon dragão de todos quisesse! O monotreinador de dragões dava o seu “salto de fé”, acreditando que tudo iria dar certo ao final e a dupla de monotreinadores iria conseguir atravessar com sucesso.
Valeu Ranzito!

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O documento de Katakuri não era muito complexo; talvez por isso Neto desarmou. Soltou seus ombros, mordeu o lábio inferior e andou até o rapaz com um pequeno toque de "ok, é minha vez de comandar isso". Ao chegar próximo do garoto estendeu a mão, entregando-lhe seu documento de volta e visando recuperar o seu. Além disso viu em mãos duas chaves e não precisara pensar muito para entender do que se tratava; eram chaves de motor.

O então aliado deu uma olhada rápida no ambiente e encontrou o mesmo que Katakuri: barcos de alumínio de jet-skis. Aquelas chaves não serviriam para a última opção: eram grande demais. Restou então as primeiras, os barcos de alumínio. Andou até lá e chamou Katakuri para fazer o mesmo; já estava na área descampada do cais quando de jogou no primeiro barco e andou dentro dele até a proa. Ali encarou o monotreinador e lhe perguntou com bastante incerteza:
- Você sabe qual chave é de qual?

Essa era uma questão emblemática; diferente das chaves, os barcos não tinham cor ou referência. Eram apenas um e dois. Ao menos não havia um terceiro para confundir-lhes, na pior das hipóteses poderiam desancorar um e testá-lo com a chave que der. Depois de ligá-lo, poderiam devolver a chave do outro. Ao menos é isso que a educação os manda; certo? Pois bem, Neto deu dois tapinhas no assento ao seu lado, pedindo ajuda ao rapaz. Quanto mais braços puxando aquela âncora, melhor.

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O Novo Aprendiz de Dragões!


Neto nem precisava falar nada para Katakuri entender que ele seria seu navegador até o Mt. Pyre! Com tudo pronto (os Trainer Cards devidamente devolvidos), restava agora a última questão... qual chave era de qual barco! Com Neto entrando em um deles, Katakuri logo o seguia! Faltava apenas terminar os preparativos!
 
Ajudando o rapaz negro a levantar a âncora, depois iriam testar as chaves para ver qual era a correta. A que fosse do outro barco, Katakuri iria rapidamente pedir para Visenya devolver ao local, afinal, a pokemon voava e faria aquilo com mais facilidade! Quando a pokemon retornasse, Katakuri iria dar o “ok” para que a viagem pudesse começar!
 
O seu “capitão” da embarcação era um tanto intrigante, com diversas perguntas que poderiam passar pela mente do treinador de dragões. Entretanto, Katakuri não estava muito com vontade de falar com ele, a não ser que perguntasse algo. O jovem de cabelos quase ruivos era movido apenas por assuntos relacionados a dragões e afins, o resto ele considerava dispensável. Já tinha convencido Neto, agora poderia relaxar até chegarem ao outro lado. Se o treinador de metálicos precisasse de ajuda, Katakuri estava pronto também!

Aquele clima chuvosa certamente afetava o humor do jovem. Mesmo ele sendo reservado, em outra oportunidade iria tentar falar com seu ajudante, afinal, ele estava guiando de graça. Mesmo sendo acostumado com o frio de Oppelucid, aquele chuva era muito "chata" e o tempo hostil também faziam o jovem e sua Vibrava ficarem mais taciturnos, sempre prontos para caso algo acontecesse...
Valeu Ranzito!

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Katakuri não estava animado para conversas; Neto deu graças a deus. Na verdade, o menino também não estava muito disposto a uma conversa longe e o Monte Pyre não ficava longe demais. Sendo assim foram: até acertaram a chave de primeira! Neto optou por deixar a restante no cais, já completamente desleixado com a coisa-alheia. Estava com um tanto de pressa e, acima disso, frio e medo. O frio era imenso; agora que entraram no mar, sentiam o vento frio rasgar a pele. Por baixo da capa de chuva, Neto se arrepiou; um vento trouxe consigo um xingamento cru:
- Puta merda - Fora só isso. O garoto poderia reclamar mais: graças ao vento e chuva, um névoa tornava o caminho invisível mas, felizmente, o mar não estava tão agitado.

Por se tratar de uma baía, não era problemático aos dois as ondas. O barco não parecia virar e nem afundar. Os desafios era a cegueira provisória e, principalmente, o frio. Os raios estava instintos: provavelmente o elétrico responsável por eles estava ligeiramente ocupado. Era só ir reto, não é?! Pois bem, foi o que Neto fez. Não há capacidade e talento marítimo que resolvesse aquele problema. A única coisa que pode fazer foi catar uma bússola da bolsa, certificando-se ao menos que estavam andando reto. Fora assim por uns vinte ou trinta minutos, numa velocidade não muito veloz; o motor barulhento era a única coisa que cortava o gelado silêncio entre os dois treinadores.

Ao fim desses vinte-trinta minutos (desculpa, ele tinha bússola e não relógio), fora visto um esboço. O esboço era um pedregulho. Definitivamente não era um lugar bom de se parar um barco, ainda assim parecia ser a única "costa" à vista, Iriam para lá? Bem, parecia inevitável. Neto manteve-se por esse caminho e, numa espécie de receio e coragem, manteve-se firme. Parecia querer ancorar logo; de fato, navegar por ali seria perigoso. Ele devia saber o que estava fazendo... né?!

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O Novo Aprendiz de Dragões!


Assim como Katakuri, Neto também não estava muito afim de conversar. Sorte da dupla. O frio parecia incomodar bastante o jovem negro que até soltava um palavrão. As lufadas de vento gélido eram fortes... mas para alguém nascido no frio, não era tão incômodo. Neto, de Hoen, sentia muito mais.  Como Katakuri havia aprendido num filme que assistia quando criança, quando o frio batia, o jovem falava “o frio não vai mesmo me incomodar”. Boas lembranças voltavam à mente do jovem, era um dos poucos filmes que se lembrava de assistir com os pais. Bons tempos que não voltam mais...
 
Depois de algum tempo, mal sentido pelo treinador de dragões que o aproveitou brincando com Visenya e observando o mar que mesmo hostil, tinha lá sua beleza. Neto foi um excelente navegador, levando os dois em segurança. Todavia, na hora de atracar... problemas. Não parecia haver um local bom para isso. Katakuri se levantava e ia ver melhor o que estava acontecendo.
 
Neto... confio nas tuas habilidades mano, se nos trouxe até aqui, consegue atracar também! Se precisar de qualquer ajuda, estou aqui! – Katakuri tinha confiança... mas não em Neto e sim em Rayquaza que estava usando o jovem monotreinador para o levar até o cerne do problema. Se Rayquaza era por ele, não poderia temer!

Valeu Ranzito!

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Ainda que completamente distante de Neto, Katakuri demonstrava confiança. Isso até ajudava Neto a se reerguer: respirava o ar gélido, enchia o peito e inspirava devagar, como quem precisava de foco. Manteve na mira que teve antes: o complexo de rochas que surgia. Era uma perigosa missão; não tanto para a integridade física de nossos tripulantes, mas para o barco que, relembrando, era patrimônio de alguém. Neto não queria quebrá-lo ou danificá-lo: sabia que teria que prestar contas e, graças as políticas racistas, provavelmente o pato sobraria para ele e não à Katakuri. De qualquer forma, focou. Um problema de cada vez, não é mesmo?

Seguiu em frente e, ao chegar bem perto, desligou o motor. O barco continuou seguindo porém desacelerado. Usou a alça do barco e a âncora para controlar a direção e, solicitando ajuda de Katakuri, pediu que pressionasse a popa para baixo com seu peso. Podia ser uma inclinação pouca mas fora o suficiente para atracar: o navio erguera seu nariz para cima e, ao chegar nas pedras, subiu. É claro que aquilo arranhou o casco, mas ao menos nenhum dano sério fora causado. Largou a âncora, botou a chave no bolso e certificou-se que, nem se a maré subisse ainda mais, aquele barco sairia dali. Não tinha onde amarrá-lo, então a âncora devia ficar bem presa entre as pedras. Como o tiraria depois? Bem, ele não sabe mas, como disse, um problema de cada vez.

O movimento fora um sucesso e... já podiam sair do barco? Bem, Neto não fizera as honras. Ainda apreciava seus segundos de orgulho, graças a linda manobra que fizera. Olhava em volta com uma satisfação no rosto; também mapeava o ambiente que era, nada mais nada menos, que rochas por toda a parte. Graças a chuva e lua cheia, a maré subiu ao máximo. O caminho normal do Monte Pyre estava alagado e, por isso, chegavam já um andar acima do térreo. Teriam que passar por um longo terreno rochoso e escorregadio e, talvez por isso, Neto não quis sair a princípio.

O rapaz encarara o menino branco. Branco feito leite; já que Katakuri gostara tanto de reiterar a cor da pele em todo-o-santo-post, deixo aqui o adendo de Neto: que o branquelo vá na frente.

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