Pokémon Mythology RPG
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#003? - Na trilha do ouro.

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Assim que Eduardo começava a levantar, eu me afastava e procurava um lixo para jogar a máscara fora, enquanto ouvia de longe o que ele tinha pra dizer e pegava um pouco de álcool em gel para limpar as mãos... Bem a tempo dele começar a tossir! Por sorte, eu havia saído de perto quando ele começou a tossir, evitando qualquer complicação. Eu espero...

- Ei, cara, você ta bem? Quer que chame alguém? - Perguntava enquanto mantinha distância e tentava ouvir ele sussurrar o nome de alguém, que, logo em seguida, se revelou como uma médica, e levava ele para aquela área isolada, onde vimos a médica entrar anteriormente com o Beldum. Okay, até aí, acho que tudo bem, mas, quando em seguida aquela outra médica veio na nossa direção eu arqueei uma sobrancelha. Esperaria ela responder Kath, e, em seguida, levantaria meu ponto.

- Ah, entendo... É claro que não queremos nos infectar. Desculpe pelo transtorno... - Dizia enquanto esboçava certo arrependimento, que rapidamente se tornava outro "rosaface" para levantar um ponto. - Bem, mas se você tá realmente preocupada com a gente se infectar, por que não falou isso da primeira vez que passamos aqui? Quer dizer, evitaria um transtorno... - Falava, entonando certa curiosidade. Eu certamente não a deixaria desconfortável com só um comentário, mas bem, não é tão difícil assim pressionar alguém quando ela esconde alguma coisa...

... Quer dizer, eu achava que não.

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- Se o seu resultado não saiu ainda, porque diabos acha que o de Eduardo saiu?! - Respondeu Kathryne, deixando claro que não tinha uma resposta a sua primeira pergunta - Não conseguem esperar 24h?!

Apesar de cansada, irritada, com dores de cabeça e correndo um grande risco, a médica ainda se via obrigada a responder algumas perguntas. A princípio sentira um grande ódio de Kathryne ao bombardeá-la de perguntas mas... bem, ao ouvir Daisuke o ódio dela simplesmente passou. Acreditou que Kathryne era uma jovem simpática e bastante bem-educada, apesar de curiosa, diferente do rapaz que lhe fizera uma pergunta no mínimo ofensiva. Engolindo toda a grosseria que jogara na primeira frase, a guardou na garganta e a regurgitou com o dobro de impacto ao garoto:
- Não ta vendo que eu to ocupada?! - Fez uma pausa pós-pergunta-retórica. Nessa hora era possível ver seu pé batendo incessantemente no chão, fazendo um barulho rítmico e chato - Além de cuidar de pacientes agora eu virei segurança pra fiscalizar quem sobe ou não as escadas?!

É, ela não tava nada bem. Respirou fundo, deu meia volta e deixou grande parte das perguntas em aberto; no fim ela não falaria nada sobre o Beldum. Isso só seria razão para manter aqueles garotos lá em cima por mais tempo e o que a mulher mais queria é que eles fossem embora. Para o bem deles mesmos e de si. Bom, caminhara sala à dentro e sumira de cena; ainda assim ficaria olhando os dois pelas câmeras do corredor, se certificando de que iriam embora.

PROGRESSO CUNHA :


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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Okay, depois da dita grosseria pela então médica eu realmente tentei entender se eu havia sido mal educado. Quer dizer, eu tinha sim intenções de pressioná-la mas vamos lá, eu ainda não tinha dito nada demais. Não demorou muito para a indignação bater e perceber que, além de ter de ouvir a moça gritar comigo pelo stress do trabalho, ela também não havia respondido as perguntas quanto ao Beldum. Ela simplesmente ignorou. E agora havia entrado na sua sala.

- Mas que vaca do caralho! - Afirmei para mim, esperando algum comentário de Kath, mas, antes que ela pudesse dizer alguma coisa, eu continuava. - Ah, mas se ela acha que vai simplesmente gritar com a gente e nem responder nossas perguntas, ela ta muito enganada! - Falava, e, em seguida, sacava a Pokéball de Brave e colocava o Gloom para fora, com seu rotineiro sorriso abobado e segurando as "gordurinhas extras" com seus braços.

O gramíneo saía de sua Pokéball e se esticava um pouco, em seguida, acenava para Kath dando uma espécie de olá. Ele teria criado algum apego por ela? Bem, não importa por agora, apesar de costumar abaixar para falar com o pequeno, dessa vez eu me mantinha de pé e pedia para ele... "Pregar uma peça" na tal médica.

- Ei, Brave. Eu quero que faça algo pra mim. Não sei se reparou, mas desde que evoluiu você adquiriu uma capacidade diferent- - Eu nem precisei terminar de falar. O Gloom sabia bem que fedia. Não por ele querer, era de sua anatomia mas não gostava de ser lembrado disso. Ele abriu os olhos um pouco e lançou um olhar sério e agressivo para mim como se dissesse "cuidado com o que fala, cuzão".

Assim que ele me lançava aquele olhar, eu tomava um susto e em seguida abria as mãos na frente dele, pedindo calma.

- Calma, calma. Eu não falei pra ofender. E, inclusive, eu acho que isso vai ser muito útil pra gente. Só deixa eu dar uma conferida... - Dizia enquanto pegava a Pokédex do bolso e apontava para o gramíneo.



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#003? - Na trilha do ouro. - Página 21 Gloom
Um Pokémon erva
Gloom escorre néctar pegajoso da boca com a aparência e a consistência da baba. Isso pode ser usado como fertilizante para plantas. Tanto esse néctar quanto a flor na cabeça desse Pokémon liberam um odor desagradável, forte o suficiente para induzir desmaios em humanos a mais de 1,6 km de distância. No entanto, também pode atrair presas, e até um número muito pequeno de humanos acha isso agradável. Este odor é um ingrediente chave para a produção de alguns perfumes. Quando está em perigo, o odor piora, mas não emitirá seu odor se parecer seguro.





Assim que ouvia as verdades sobre seu odor, o Gloom estufava o peito, orgulhoso, enquanto emitia um cheiro mais suave, e até agradável. Parecia um perfume, mas nada muito forte, e... Bem. Eu não esperava por aquilo.

- Isso... Foi inesperado. Talvez em batalha você acabe fedendo por estar em disputa, né? - O Gloom afirmava positivamente. - Consegue se lembrar do sentimento? Eu preciso que você... Pregue uma peça numa enfermeira para mim. - E dava um sorriso de canto. Em resposta, o pequeno esboçava duvida em sua face. Em seguida, eu apontaria para a porta em que a médica havia entrado enquanto continuava a falar. - Escuta, ta vendo aquela porta ali? Tem uma médica ali dentro que deixou... Algumas perguntas sem resposta. Eu preciso que faça o néctar da sua boca feder um pouquinho, mas só o suficiente para gerar um grande incomodo nela, nada de fazê-la desmaiar, okay? Depois de fazer feder, quero que cuspa ele por debaixo da porta. Pode ser?

Brave não havia entendido direito o propósito daquilo, mas deu de ombros, e, enquanto carregava seu rotineiro sorriso bobo, foi até a sala da médica. Me preparando, eu me afastava até as escadas que fossem para o terraço e observava de longe o resultado, enquanto o Gloom acumulava um pouco do néctar na boca e o cuspia algumas vezes na fresta da porta com o chão. Não obstante, ele corria até a mim com a cara mais porca do mundo e mudava sua fragrância natural para o cheiro agradável enquanto observava de longe qual seria a reação da doutora.

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- Me desculpe, entendo porque você quer que a gente vá embora. - Não consegui minhas respostas e apesar de estar bem pessimista sobre elas, acabei ficando desapontada do mesmo jeito, apenas ficava cabisbaixa e estava pronta para descer as escadas de volta para o meu quarto, pelo menos eu tinha a informação de que provavelmente não faziam mais tratamentos de câncer por ali, poderia contar isso a Marconi. Mas quando eu ia descendo as escadas, eu notei que um certo alguém não me acompanhou e eu comecei a sentir um cheiro estranho, que me era um tanto familiar.

Eu voltava para o corredor, Daisuke não estava junto comigo, ele continuou lá e pior, estava prestes a fazer uma enorme, uma colossal besteira, eu via ele e o seu Gloom, a fonte do tal cheiro familiar, eu ouvia as instruções do ruivo para o pokémon planta e apenas me aproximava lentamente, assustada e até mesmo trêmula, que tipo de problemas aquilo poderia causar? Poderíamos ser presos, eu inclusa, pois havia sido emancipada no mesmo dia, apenas falava com Daisuke, olhando com meus olhos "rubros" fixados no ruivo.

- Umm... Daisuke o que você está fazendo? - Era uma pergunta retórica, eu sabia bem o que ele estava fazendo e não gostava nem um pouco disso: - Por favor, peça pra ele parar. A gente vai se dar muito mal, por favor. - Eu estava realmente trêmula e já era tarde demais para o ruivo pensar em pedir para o seu pokémon parar, pois ele já estava perto demais da porta do quarto: - Tem gente doente lá sendo tratada, podemos ser presos. Ai meu deus. - Engoli o seco.

Imagine, o meu pai acabou de autorizar a minha emancipação apenas para ver eu sendo presa no mesmo dia, ele iria surtar de verdade. Mas, enquanto isso eu estava tremendo, eu estava quase chorando, e até mesmo iria desmaiar, porém, no momento eu apenas murmurava: "Me desculpe" repetidamente, como se a médica já estivesse aqui pronta para nos encaminhar para a nossa punição. Dei um olhar, desapontado, para Daisuke e então estava de volta a temer o que poderia acontecer.

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Talvez Daisuke tenha cheirado muito néctar de Gloom e isso afetou um de seus neurônios. É a única explicação plausível para o ato! Aquilo não era burro só por ser uma insubordinação, mas por ser um belo de um plano idiota. Como diabos um mal-cheiro comum iria fazer uma enfermeira falar? Na verdade, como diabos uma "peça" extremamente contornável a faria falar? Bem, era óbvio que não iria. Kathryne já havia percebido o risco e o erro da missão, Victoria também... qualquer outro perceberia... Claro, todos menos o tal do Daisuke e Brave, que continuavam com essa ideia imbecil.

Infelizmente o garoto só me deu duas opções; ou prendê-lo ou fazer falhar. Como eu não sou o tipo de pessoa que pretende só negar a interpretação alheia, aceitarei que o plano deu certo. Eu teria todas as condições para dizer que não deu, até porque, Brave não está em perigo; ainda assim foi um sucesso... ok, sucesso é uma palavra muito ruim, mas o intuito inicial foi cumprido.

Gloom não entrou na sala; ficou ali da porta tentando emitir o cheio pelas frestas. Ela tinha uma enorme dificuldade em se posicionar! Primeiro que ela nem devia estar ali! O local era barrado por fitilhos pretos, se rememoro bem na minha antiga narração. Segundo que pela médica ter fechado a porta rapidamente, o efeito passou muito pouco, o que afetou quase em nada o olfato dos pacientes entubados ou com respiradores.

Mas eu devo admitir... para irritar os médicos e enfermeiros daquela sala?! Ah, ai sim, aquilo funcionou como uma luva. O problema é que quem fora verificar o problema agora não era uma médica chata e stressada, mas sim um homem. Não um homem qualquer; um técnico de enfermagem de dois metros de altura. Seu nome? Bem, não sei ao certo, mas o chamavam de Golias, justamente pelo seu tamanho. O homem abriu a porta e se deparou com Gloom; não pensou duas vezes e, completamente irritado, chutou o pokemon.

Ok, ok, um chute humano não era nada para quem estava bem batalhas contra pokemons físicos... nem mesmo um chute de Golias iria machucar muito Brave, mas certamente doeu. Foi o suficiente para que o pokemon se afastasse a força, sendo jogado um pouco para longe. Entendendo que sua atitude poderia aumentar o cheiro e piorar a situação, Golias fechou a porta da sala e foi em direção ao casal. Sem nem pensar duas vezes, foi para a frente do único homem culpado e o enfrentou. Inflou o peito, ficou perto-demais do rapaz e demonstrou o óbvio; o homem era muito maior que o ex-lutador. Ok, fudeu?! É, fudeu.

Ele não foi ali dar um aviso; foi logo tratar de tirar o garoto daquele andar. Ergueu o braço esquerdo e levou sua mão até a gola da blusa de Daisuke, apertando-a e puxando para cima. Com o outro membro, pegou impulso para um soco mediano e deu-lhe bem na cara do garoto, mais especificamente no olho.
Gloom, ainda ao chão com o chute, olhava a cena desnorteado, vendo seu treinador ser socado por um técnico de enfermagem:
- A próxima vez não vai ser só um... eu vou dar no mínimo cinco de vez - E ao dizer isso, largou o garoto e voltou para a sala. Não achava que devia dar explicações sobre o motivo; era tão óbvio que nem se deu o trabalho.

Para piorar, essa não fora a única consequência do ato de Daisuke. Mais tarde veria que Gloom estaria começando a tossir, tendo sido contaminada pelo COVID 19. Teria febre alta e não poderia batalha ou treinar nos momentos posteriores.

OFF: Mano, o que tu fez??????????

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É. O que acontece quando você age como criança sendo um adulto? A vida te soca. No meio da cara. Não que eu já não tivesse levado alguns socos na cara, ou não tivesse lutado com gente muito maior. Honestamente? O soco não doeu. O que doeu de verdade, foi ver o Brave tossir. Quando fui largado ao chão, eu ia gritar mais alguma coisa idiota, para provocar o "Golias" e dar uma de Davi, no entanto, assim que eu caí, assisti meu Gloom começar a tossir. Minha pele empalideceu na mesma hora. Eu tirei umas sacolas da mochila e coloquei envolta das mãos, me aproximando dele com cuidado. Coloquei as mãos, envoltas pelas sacolas (que chequei e não estavam furadas), sob o corpo redondo do gramíneo e o senti quente. Era bem provável que ele estivesse doente...

- Desculpa, amigão... Eu... - Eu não tinha o que dizer, minha cabeça estava cabisbaixa e o Pokémon, mesmo com um sorriso fraco tentava dizer algo, como se não fosse culpa minha. Tentei encorajá-lo com um sorriso mais tranquilizador possível, antes de jogar as sacolas no chão e limpar as mãos com álcool em gel de novo. - Certo... Eu vou te levar pro Centro Pokémon depois do resultado do meu exame. Até lá, descanse. - E pegava sua Pokéball, recolhendo o Pokémon. Em seguida, pegaria as sacolas e as colocaria em algum lixo por ali e limparia as mãos de novo.

Eu via Kathryne em choque, não podia nem encostar nela para chamá-la, e, por hoje, eu acho que já bastava de chamar os Pokémon para fazer minhas burradas. Tentei transparecer que estava bem. Respirei fundo, e a chamei.

- Aí, o cara já foi embora. - Dizia, mantendo certa distância dele. - Você ta bem? - Perguntava, me atentando a expressão dela enquanto me esforçava para não transparecer que estava abatido. Honestamente? Queria ir no Centro Pokémon o mais rápido possível. No entanto, eu ainda tinha de esperar o exame...

Então, vamos analisar a situação por agora. Minha amiga tá chorando em choque no chão, a enfermaria do hospital quer minha cabeça, e eu não quero nem ver o esporro que aquele advogado vai se prestar a me dar. Eu com certeza não voltaria para aquele quarto hoje a noite.

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Que cena foi aquela que eu acabei de presenciar? Eu cai de joelhos pronta para ser tida como uma delinquente, mas eu via algo inesperado acontecendo, um enfermeiro grandalhão e dando a Daisuke o que ele bem merecia, cheguei até a esboçar um sorriso de canto de rosto, porém, o pobre Gloom do ruivo acabou pagando, o pequeno estava tossindo, será que ele pegou o vírus de alguma forma? E então ele chegava para me perguntar se eu estava bem? Eu estava bem? Claro que não e ia deixar isso bem evidente quando começasse a falar.

- Realmente não estou bem. Que merda você achou que estava fazendo? - Eu falava, me levantando, deixando de ficar de joelhos. A expressão do meu rosto era mostrava uma raiva que eu raramente sentia: - Você sabia que isso podia ter sido muito pior? A gente podia chegar em um ponto que nem um advogado como Marconi poderia nos salvar. E não que o que tenha acontecido agora seja bom. Olha o que acabou acontecendo com o pobrezinho do seu Gloom. Tch. Seria melhor se você tivesse ficado doente, isso se você já não ta infectado né. - Minha nossa, de onde veio tantas palavras dessas, aposto que o ruivo também se surpreendeu. Mas essa era meio que a intenção.

E então eu começava a descer as escadas antes do ruivo, sem nem olhar pra trás, não queria ver o rosto dele. Ele me deixou extremamente assustada, realmente temi o que podia acontecer ali. Nesse único dia que eu andei com ele, Daisuke já havia mostrado sinais de imprudência, mas isso era algo que eu não esperava que ele fosse fazer. Ao chegar no quarto eu largava a porta aberta para que o ruivo não tocasse já que ele provavelmente estava infectado e então eu começava a falar para Marconi e Cadu, que provavelmente estariam surpresos pela minha expressão enfurecida.

- Bem, a gente acabou dando um pulo no terceiro andar e não fazem mais tratamento de câncer lá. Eles estão fazendo os testes do Corsola Vírus lá. E acho que tem uma coisinha que o Daisuke aqui quer contar pra vocês. - Dizia sentando de pernas cruzadas no colchão e então colocava o ruivo na "berlinda".

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Bem... Kath que me desculpe. Mas eu não ouvir todo aquele esporro. Esperei que ela descesse as escadas e então suspirei. Não tendo que manter mais as aparências, permiti me abater. Eu não ligava pro tempo que fosse demorar, desci as escadas sem pressa e pude ouvir a loira gritar alguma coisa do quarto...

... Mas eu não estava com cabeça para aquilo. Fui direto ao ponto. Entrei no quarto e contei o que aconteceu da porta do quarto.

- Confundi uma enfermaria com uma sala de estoque. Mandei o Gloom cuspir o néctar fedorento na sala e tinha uma porção de enfermos. Agora o Brave ta infectado. - Em seguida, me virei para a loira. - Satisfeita? - E saí da sala.

Eu não tinha intenção de ouvir sermão, conselho, ou o diabo que fosse. Que ardessem no inferno. Fui para o banheiro onde enfiei minhas roupas atuais numa sacola qualquer e pendurei a mochila na porta onde ficava um dos chuveiros. Não me preocupei com o tempo que fosse demorar. E nem ligava. Tomei um banho caprichado, e, ao terminar, vesti as roupas do jeito que estava. Completamente encharcado. Me dei o trabalho de pentear o cabelo e ir para fora, no pátio especificamente. Tirei o biscoito de mais cedo da mochila e tornei a comê-lo, enquanto ligava para Lisanna, esperando que ela atendesse. Caso ouvisse sua voz, eu não esperaria muito para dizer o que aconteceu, sem esconder as coisas.

... Eu não esperava que ela fosse gentil. Sabia o que precisava ouvir, mas não era daquele povo que eu acabava de conhecer. Eu estava numa jornada, isso é claro, e eu não poderia depender da Lisanna, do Elfman ou da Mira para sempre, mas...

A gente nunca negou um minuto pro outro. E eu só precisava daquilo para colocar a cabeça no lugar.

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Nada como o velho e didático soco na cara. É incrível! É didático pra quem toma, pra quem bate, pra quem vê, pra quem narra e pra quem, inesperadamente, se vê tendo que aceitar aquilo. Talvez por causa do calor do momento (e do ódio), Daisuke não sentiu a dor do soco, e nem sentiria tão cedo. Ouviu todo o sermão, viu a atitude inovadora de Kathryne, assumiu o feito e foi tomar um banho. Quando olhasse no espelho, veria uma marca vermelha enorme em volta de seu olho; ele poderia ter certeza, daqui a algumas horas aquilo passaria de inchado para roxo.

Pois bem, o mais inacreditável nisso tudo talvez nem fosse a situação toda que Daisuke se meteu, eu devo aqui pontuar o protagonismo de Kathryne. A garota não só sentiu uma raiva profunda como demonstrou-a com todo o desdém! Era tão sincero que tornara-se impossível Daisuke sequer questionar. Desceu enraivecida, batendo pés, deixando portas abertas e já foi revelando o acontecido.

Até porque, com aquele olho inchado, mais cedo ou mais tarde eles saberiam, não é?! Marconi olhou a cena completamente transtornado, franziu o cenho e ouviu cada palavra com um tom meio abismado. O que diabos a turminha do Scooby Doo fez?! Ok, ele imaginava que aquele banho demoraria "tempo demais", mas nunca imaginou que terminariam em confusão. Isso porque o garoto nem sabe (e nem viu) o olho do garoto! Se visse, certamente ficaria ainda mais preocupado.

Um tanto quando boquiaberto com o tanto de informação, o advogado não conseguiu expressar muita coisa, ficou a cargo de Cadu (que até então estava escondido de baixo do próprio cobertor) sair da toca, levantar-se e correr atrás de Daisuke, reparando que o garoto saíra completamente transtornado:
- DAI, DAI, VOCÊ TA BEM?! - Gritou Cadu, simpatizando com o rapaz. Era uma espécie de empatia inevitável; se sentir marginalizado do quarteto por toda a estadia e agora se compadecia com o rapaz, que era colocado contra a parede. Quando viu, estava dentro do banheiro masculino, tentando falar com o garoto enquanto ele tomava banho no boxe - Garoto, você nem pensou né? Eu faço isso direto, igual no hospital lá que você parecia querer me dar um soco. Eu sei que não podemos ficar fazendo muito contato, mas se quiser um abraço a distância amigo, só falar - E ao dizer isso, saiu. Reparou que o garoto provavelmente não queria ele por perto e voltou à cama. Atravessou Kathryne e Marconi sem falar nada e voltou para de baixo dos lençois

Ok, talvez essa tenha sido o maior dos aprendizados; não julge um Cadu, pode ser que você venha a ser como ele em momentos próximos. No outro plano, enquanto o garoto estava fora, um outro papo acontecia. Era a primeira vez que Vitória precisava dividir a rota em dois planos de narração, mas fizeram necessário.

No plano de Sleepy? Marconi ainda boquiaberto tentava processar melhor a história. Antes de tudo o garoto precisou perguntar o óbvio:
- Ta... mas como? Como vocês descobriram isso? - Ele queria mais do que a simples resposta "subindo e perguntando" - E porque diabos Daisuke mandou um gloom cuspir numa sala que ele achava ser um estoque? - Ele tinha ao menos sete perguntas para fazer até o momento, mas achava que essas bastavam por hora. Tinha a sensação que a cada pergunta que fizesse, desencadearia ao menos mais 20, e isso seria um problema se perguntasse tudo de vez.

Era agora no plano de Daisuke que eu dizia: Lisanna atendeu. Como eu não conheço muito bem a NPC e já narro outros dois, opto por deixar a cargo de um tal "LCunha" a narração, determinação e diálogo entre os dois, deixando-o completamente livre para interagir como quisesse com sua própria NPC. Nessas horsa Cadu (completamente escondido de baixo de seu lençol) tentava fortemente ignorar o conflito que nada lhe dizia a respeito e dormir. Até pedira para Kathryne e Marconi apagarem a luz!

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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O ruivo mal entrava no quarto, apenas contava a besteira que fez e foi embora. Ele não estava feliz comigo, obviamente e nem deveria estar. Eu pensava que se ele visse que fez algo que conseguiu deixar até eu irritada, ele perceberia que foi uma grande merda e me pediria desculpas por isso, mas ele apenas se esquivava. Isso me fez até mesmo pensar meu "maneirismo" de pedir desculpas, eu peço desculpas por qualquer inconveniência, já Daisuke apenas literalmente "vaza". Apenas dava um suspiro e me preparava para responder as perguntas que aquela história toda gerou.

- Ir procurar uma toalha foi mais uma desculpa para bisbilhotarmos o terceiro andar, não uma completa desculpa pois de fato iríamos atrás de uma toalha. Mas enfim, lá no terceiro andar encontramos o Eduardo, não sei se vocês lembram dele, mas ele estava tossindo demais e uma médica o levou para colocá-lo em um respirador, o que me fez supor que era o Corsola Vírus ou talvez qualquer outra doença respiratória, mas muito provavelmente não é câncer. - Já a segunda pergunta me fez esboçar um sorriso irônico.

- Então, eu fiz umas perguntas pra uma daquelas médicas, mas ela não respondeu e então o Daisuke teve a ideia de que o odor do Gloom faria ela falar. E como vocês sabem, não deu certo e eu estou irritada por isso. Poderíamos ter sido presos. - Então eu dava mais um suspiro - Talvez eu esteja sendo hipócrita por estar tão brava com ele, eu também fui imprudente, furei a quarentena para ir ao Centro Pokémon... - Enquanto eu falava isso, eu pensava: "Não amoleça Kathryne, ele merece." - Mas acho que ele merece tomar esporro, queria que ele pelo menos pedisse desculpas, sabe? Quer saber, acho melhor irmos dormir.

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