Oh, bem. Quando Kat se queixava do punho, eu dei um riso de canto, e até comentava sobre.
- Olha, isso até que demorou. Quando comecei a praticar Muay Thai, eu sempre machucava minhas mãos e sempre apanhava muito, passei quase dois meses calejando o corpo, isso porque era treino infantil. - E ria. Eu nunca vi, de fato, muita bondade em crianças. Na verdade, eu as achava problemáticas e muito maldosas, em especial, pelas minha vivências na infância. Após o meu comentário, a loira me dava um beijo na bochecha e eu até achei fofo, principalmente porque ela simplesmente admitiu que queria ter me batido e o compensou "de outra forma". Em resposta, eu a abraçava por um breve momento
e depois ouvia sobre o começo de sua jornada. - Entendi. Então ele meio que lhe foi dado pelo... Como é o nome? Professor Birch? Eu nunca visitei Littleroot, na verdade. E passei muito tempo fora de Hoenn.
Em seguida, eu observava um fenômeno pouco usual para mim até então, mas que eu já havia presenciado pouco antes de ir para Mountrock: O racha de um ovo. O Eevee de Kath saía e ela o recebia com muita atenção, em resposta, eu o cumprimentava e lhe dava um alerta.
- Ei, carinha. Sou o Daisuke. - E tentaria um cafuné em sua cabeça, em seguida, falaria com Kath sobre o seu novo "amigo". - Kath, você já parou para pensar, que, tipo assim, você é a primeira pessoa que o Eevee viu e muito provavelmente ele te vê como uma mãe ao invés de uma "amiga". - Falava com ela enquanto fazia as aspas com a mão. Provavelmente ela daria uma surtada, mas... Acho que é quase sempre assim que os Pokémon se identificam. A exceção de Dawn, que bem... Oh, puxa. Ela é totalmente apática.
Quando questionado sobre o meu início de jornada, eu dava um suspiro e lhe explicava tudo.
- Bem, na verdade... Foi conturbado para começar. - Dizia enquanto me perdia olhando para frente e começava. - Eu iria começar a jornada dois anos atrás, pouco antes da inundação de Tohjo. Havia pego meu Pokémon inicial, a Zhár, no Laboratório do Professor e partiria no mesmo dia. Só que... Só que eu ia como uma amiga. Que perdeu alguém importante naquele dia, justamente quando as chuvas começaram, o teto da casa dela desabou e lhe tirou seu lar de infância. Junto com a vovó... - Dizia, meio cabisbaixo lembrando. A memória era distante, mas lembrar da velhota ainda... Ainda era saudoso. - Ela precisou de uns dias para se recompor, mas, antes que isso acontecesse, Tohjo começou a inundar e precisamos nos mudar para Petalburg, eu, meus pais, essa amiga e seus irmãos... Passei dois anos em Petalburg tentando me acostumar com o lugar de onde fugi quando era criança. Até me sentir... A vontade. Para prosseguir pelo continente. - Dizia, meio sério. Eu havia omitido diversos detalhes, mas não era... Para esconder. Simplesmente para fins de resumo e certamente não me importaria de contar tudo...
Se ela fosse curiosa o suficiente para perguntar, é claro.