AYZEN
O moço se apressou a resolver todos os assuntos antes de partir. Ele tinha uma ideia de onde poderia achar a sua colega raptada e conseguir se salvá-la. A enfermeira imediatamente se prestou a ajudar o desesperado moço, pedindo auxílio aos seus montrinhos pessoais para ir buscar Lysander, o que pensaria ela quando visse o estado de embriaguez do monotreinador... Acreditaria na história toda de Ayzen? O que é certo é que ela já havia realmente ligado ao policiais para que pudessem intervir de forma a prevenir qualquer problema, mesmo que o próprio Ayzen fosse o problema.
O loiro correu, e correu bastante, felizmente a rua que tinha os prédios dos números trintas era exatamente a anterior e, juntamente com seus monstros de cápsula, começaram a investigar para tentar descobrir qual era o tal prédio número trinta e três e o que estava sendo escondido ali. Não demorou para o achar, era um estabelecimento relativamente velho, em que todos as janelas estavam tapadas com tábuas de madeira à exceção do primeiro que tinha sua luzes sendo acesas nesse instante, revelando se tratar de uma loja de antiguidades... O quê? Algo não parecia bater certo... No seu interior se encontrava um velhinho de costas arqueadas, com a típica pose de um braço atrás das costas e outro na sua bengala, os cabelos brancos já só nas zonas laterais e atrás da cabeça, as rugas e os olhos semi-cerrados em uma tentativa de ver melhor o que estava na sua frente.
WINNIE
- Hey... Não precisa me ofender nos seus pensamentos. Sou eu quem o narrador vai fazer nos tirar daqui, tá bom? - reclamou a moça após a análise de Winnie sobre o depoimento dela.
A treinadora ainda divagou sobre os recursos que tinha à sua disposição para lidar com a situação em que estava metida, e então prosseguiu para tentar acalmar a jovem do canto e tentar averiguar se ela tinha febre, para além disso, ela até se identificou com ela... O sentimento de impotência era-lhe familiar, não podia negar o sentimento de empatia que a fez soltarem aquelas simples palavras. Estava tudo bem com ela, a temperatura estava normal.
A moça coberta no cobertor era ruiva, pele branca e uns olhos azuis assustados e cheios de lágrimas que encaravam a treinador com a mais profunda tristeza e desespero -
Eles me obrigaram! Eles me usaram! - soltou um grito logo de seguida e rapidamente se silenciou, soltando algumas lágrimas. Aquilo não gerou nenhum tumulto, aparentemente, os vigias, se tivesse algum, já parecia estar habituados com aqueles surtos da menina -
Eles filmaram tudo! Eles vão publicar na internet! - ela continuou se agarrando à mão de Winnie com bastante força.