Pokémon Mythology RPG
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[01] Após a tormenta

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Quando consegui alcançar a orla, já sentia meus pulmões implorando por ar. Não por ter passado tanto tempo na água, consigo respirar perfeitamente debaixo dela, mas pelo esforço de ter levado minha treinadora até ali. Usando o resto das minhas forças, arrastei Yoshiro até a areia fofa, aliviado por ver que ela ainda estava respirando. No entanto, tinha engolido água demais, antes do fim do percurso perdeu a consciência. Não podia culpá-la, a tempestade deixou o mar arredio demais… se até para mim foi difícil enfrentá-lo, imagine para uma humana.

Yoshiro?” Chamei-a, cutucando a bochecha da menina. Sem reação. “Ei, Yoshiro! Acorde!” Eu precisava despertá-la de algum jeito… mas como? Pensei em usar meu Water Gun, contudo, mais água era a última coisa da qual ela precisava na hora. Sem mais ideias, saltei sobre a barriga dela, apoiando todo o meu peso naquele ponto. Funcionou como mágica.

A humana engasgou, abrindo os olhos bruscamente e tentando sentar-se. Saí de cima dela e dei algum espaço. Ela não conseguiu sentar, então apenas deitou de lado, tossindo violentamente e cuspindo um pouco de água. Fingi não olhar, a última coisa que queria era constrangê-la em uma hora daquelas. Então, voltei meus olhos para o mar. O navio onde estávamos não era muito mais que um borrão no horizonte… eu tinha mesmo conseguido levar minha humana tão longe? Não foi a toa que o percurso enfraqueceu-a tanto, o navio não estava tão perto da praia quanto eu tinha imaginado...

Notei que o céu acima de nós estava claro, sem nem sinal das nuvens enegrecidas e carregadas que tinham agitado tanto o oceano ao redor do navio. Fitando o horizonte com mais atenção, percebi que o céu lá ainda estava escuro, embora não tanto quanto antes. O Rain Dance provavelmente estava começando a perder efeito… e que Rain Dance! Sem chances de uma chuva torrencial como aquela ter sido causada por um único Pokémon… os Aquas com certeza usaram mais de um, o que mostra que tinham se planejado muito bem. Todavia… planejado o quê? Aquela súbita invasão deles não fazia sentido nenhum para mim…

- Sapphire...? - A voz da minha treinadora despertou-me de meus pensamentos. O tom era fraco, mas ao menos ela tinha parado de tossir e conseguido sentar, o que considerei um sinal de melhora. Andei até ela e esfreguei minha cabeça no braço da menina, preocupado. Ela estava gelada… precisava se aquecer, caso contrário ficaria doente. - Obrigada… você me salvou.

Mesmo naquela situação, ela ainda conseguia sorrir. Acho que tudo ocorreu de forma rápida demais para que Yoshiro processasse… Ela ainda não parou para pensar que estávamos perdidos em uma rota totalmente desconhecida, sem saber o que ia acontecer conosco e muito menos como chegar a Slateport. E minha treinadora precisava de abrigo, ou ao menos alguma ajuda… ela não podia andar até a cidade encharcada daquele jeito! Eu precisava achar alguma forma de ajudá-la...

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A waterful start
Route 110


Quem saísse para dar uma caminhada à beira do mar naquela tarde veria uma cena que poderia ser descrita, no mínimo, como incomum. Uma pena que a Rota 110 não costumava ser o principal destino de caminhadas da região, com a bela e sempre ensolarada Slaterport a apenas alguns muitos passos de distância. Deitada na areia, muito próxima à orla, estava uma jovem de grandes cabelos negros, aparentemente inconsciente. Ao seu lado (ou melhor, acima)? Um pequeno Mudkip que tentava fazê-la acordar, sem sucesso, até que conseguiu após uma bem-calculada investida no abdômen da jovem.

Foi quando ela levantou-se, engasgando-se, atordoada. O que havia acontecido? Teria ela sido atropela por um Dodrio furioso? Ah... O barco. Enquanto Yoshiro recuperava-se, o pokémon aquático aproveitou para divagar um pouco sobre a natureza do ataque. O que queriam os Aquas em um barco que, supostamente, continha apenas treinadores e iniciantes rumo a uma viagem tranquilizante à Slateport? O anfíbio não sabia exatamente. Mas o fato era que a organização andava meio inquieta desde o fracasso no Mt. Pyre, onde juravam que capturariam Kyogre, o suposto conjurador da grande tempestade (Ah sim, a baleia divina no topo na montanha fantasmagórica). Provavelmente estavam apenas à fim de fazer bagunça. Certo?

A voz da treinadora fez com que Mudkip enfim saísse do mundo das divagações. Estava sentada, ainda tossindo um pouco. Provavelmente não pronta para uma maratona Mauville-Verdanturf, mas definitivamente melhor do que há alguns minutos atrás. O som que saía de suas cordas vocais parecia lutar para que fosse ouvido, mais um sinal de que tudo não estava tão bem assim. O outro? A pele gélida, tão fria quanto um sussurro de Froslass. Okay, talvez eu esteja exagerando um pouco. Mas o que importava era que ela estava com frio e molhada, e isso poderia tornar-se algo ainda maior. O característico sol forte da região ainda não estava a brilhar como costumava, apaziguado pela chuva que aos poucos esvaía-se. Provavelmente o calor vespertino natural daquela parte do continente seria suficiente, mas talvez Yoshiro não tivesse tanto tempo assim.

A inocente garota ainda sorria docemente em ver seu pokémon, seu salvador. Coragem para enfrentar tudo? Tolice? Sapphire preferia tomar a segunda opção. A treinadora era avoada, e provavelmente ainda não percebera a situação na qual se encontrava. Diferentemente de seu pokémon. Ah, de que seriam os treinadores desse mundo sem seus fiéis monstrinhos?! Abrigo era a prioridade. Estavam na praia, que se estendia até onde os olhos alcançavam, e certamente mais um pouco também. Adentrando um pouco a rota, podiam-se ver árvores de grande porte, juntas em uma floresta. Alguns Wingulls podiam ser vistos, grasnando enquanto voavam próximos ao litoral.

Havia também um trecho menos denso enter as árvores, embora um tanto quanto distante. Parecia ser mais fácil de caminhar, sem precisar preocupar-se com a mata fechada que a floresta era. O mar não parecia ser uma opção, tinham acabado de deixá-lo, e provavelmente Yoshiro não estaria muito animada em adentrá-lo novamente. De qualquer forma, qualquer um dos caminhos pareciam ser melhores que permanecer ali, sentados na areia. Fosse praia, floresta ou o que parecia ser a entrada de uma clareira, um caminho haveria de ser seguido. Mas qual seria esse?



PROGRESSO — HANAKKO :

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Olhando ao redor, não vi nenhum sinal de qualquer um que pudesse nos dar alguma ajuda. No máximo alguns Wingulls, mas estes estavam ocupados demais cuidando das suas próprias vidas para prestar atenção em nós. Por um instante, até pensei em tentar chamar a atenção deles. Mas, honestamente, não acho que eles poderiam fazer muita coisa… e eu não tinha intenção nenhuma de passar mais tempo naquela praia. Quanto mais cedo tirasse Yoshiro de perto do água, melhor, ficar em meio a tanta maresia não seria bom para alguém que estava quase se afogando alguns minutos atrás. Contudo… para onde iríamos?

Enquanto eu analisava nossas melhores alternativas de sobrevivência, minha humana encontrou outra coisa para analisar. A mochila dela, com todos os seus pertences, estava ensopada. Para mim, o mero fato de essa mochila não ter se perdido em meio ao temporal já é um milagre… mas mesmo assim, Yoshiro parecia indignada pelo estado em que suas coisas se encontravam. Ela tirou tudo de dentro, para verificar o que ainda tinha salvação, e encarou-me com um olhar tristonho ao encontrar um sanduíche encharcado e um pacote de biscoitos na mesma situação.

- Sapphire, nosso almoço... - Reclamou, fitando a comida estragada em mãos como se fosse a coisa mais triste que lhe acontecera naquele dia. Não pude conter um suspiro. Depois de tudo que tínhamos passado, ela realmente estava preocupada com o lanche? Não dava pra acreditar...

É sério isso, Yoshiro?” Mesmo não sendo capaz de me entender, ela deve ter captado o tom frustrado, pois parou de choramingar. A menina continuou vasculhando suas coisas, até encontrar um pacote plástico impermeabilizante, envolvido por vários panos, dentro dos quais estavam os itens que ela tinha recebido no navio. A Pokédex, as Pokébolas e a Potion, além do dinheiro que possuía, todos em perfeito estado, intocados pela água.

- Queria garantir que ficariam seguros… caso alguma coisa acontecesse. - Explicou ao notar meu olhar confuso. Pelo menos esse bom senso ela tinha. Conseguiu manter em segurança os itens mais importantes. - Mas o que faremos agora?

Boa pergunta, pensei comigo mesmo. Ali perto, percebi que havia uma região de mata fechada, provavelmente uma floresta. Densa demais para Yoshiro atravessar nesse estado. A única opção viável era uma clareira que eu conseguia ver entre as árvores. Não tão próxima quanto eu gostaria, mas ao menos minha humana poderia pegar um pouco de sol no caminho até lá, já que não havia muita vegetação de grande porte para fazer sombra. Apontei naquela direção, indicando à minha treinadora por onde deveríamos ir.

- Ah, você quer ir pra lá? - Ela não parecia muito animada com a ideia de uma caminhada. - Bem, melhor que voltar para o mar…

Minha treinadora arrumou tudo de volta na mochila e levantou-se. Caminhamos rumo àquela clareira e, embora os passos da humana ainda estivessem meio cambaleantes, ela não deu nenhum sinal de que iria cair. Não parecia estar com dor, apenas um pouco atordoada. Era um alívio, honestamente… eu tinha acabado de conhecer minha treinadora, não queria perdê-la. Mas ela é boba demais para se cuidar sozinha... é, acho que vou ter que continuar tomando conta dela...

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A waterful start
Route 110


Calamidade. O mundo todo prestava um voto de silêncio, no qual todo o globo ficou inteiramente silencioso. Nem mesmo Taillows piavam. Como poderiam, após uma cena tão lamentável e de quebrar corações?! Pobres sanduíche e biscoitos... Yoshiro provavelmente prestaria os serviços funerários necessários, assim que Sapphire desviasse o olhar, visto que o pokémon não parecia ter levado aquilo a sério. Pobre Mudkip, incapaz de compreender as belezas e sofrimentos da vida. Ele ainda tinha muito a aprender com sua treinadora. Um bom exemplo disso era de sempre colocar seus bens preciosos dentro de sacolas à prova d'água, já que é sempre muito comum ver seu barco ser atacado por uma gangue maléfica que vai te deixar à deriva. Precaução é tudo nesse mundo.

Guiados pela dúvida sobre o que mais fazer, além da vontade de sair dali, resolveram ir em direção à clareira que podia ser vista ao longe. Era um pouco longe, mas provavelmente a melhor opção. Felizmente, Yoshiro parecia estar forte o suficiente para caminhar sem cair de cara no chão, apena tremia um pouco. Não que ela fosse cair de qualquer forma, Sapphire estava ao seu lado para garantir que nada de trágico acontecesse. Assim sendo, foram andando, com a areia branca da praia a passar suavemente por entre seus dedos, passando um sensação até que reconfortante. Após alguns poucos minutos, haviam chegado ao destino.

Por entre algumas árvores, havia uma espécie de trilha que, depois de alguns passos, abria-se em uma grande clareira gramada. Estranhamente, o sol ali parecia estar um pouco mais forte. Será que eram os vestígios da tempestade esvaindo-se ou apenas alguma loucura comum no mundo Pokémon? Provavelmente nem Yoshiro nem Sapphire poderiam responder: nenhum deles havia experienciado muito o mundo exterior, estavam nessa juntos. Mas mesmo assim, aquela luz solar não era o suficiente para ajudar a jovem treinadora. Ela precisava de abrigo, calor, cobertores, e quem sabe, um copo de leite com alguns biscoitos amenteigados. E qual lugar melhor pra encontrar tudo isso senão uma pradaria de porte considerável, em que as gramíneas chegavam no joelho de alguém tão alto quanto a garota de cabelos negros?

Felizmente, parecia haver esperança ainda. Via-se uma nuvem de fumaça negra no céu, saindo das árvores que estavam na extremidade oposta ao lugar que estavam agora. Fogo? Parecia bom. Só havia um problema. Ou melhor, dois. O fogo parecia vir da floresta, o terreno que a dupla estivera meio que evitando devido às dificuldades locomotivas. Além disso, o caminho mais rápido até lá era atravessar a clareira, pulando pro entre a grama alta. Mas... A grama costumava ser o lar favorito de algumas espécies da região. Se passassem por ali, era provável que acabassem por encontrar um monstrinho selvagem. Mas ainda assim, a ideia de fogo parecia muito convidativa, dado o estado pré-doentio que Yoshiro se encontrava.

Eram alguns fatores a serem considerados. Mas não era como se tivessem muita opção. Claro, a esta altura provavelmente já haviam dado falta da garota e seu pokémon, e poderia até ser que enviassem uma equipe de procura, mas será que a dupla permaneceria parada em um canto, esperando por ajuda, à disposição do tempo, mal-estar da jovem, pokémon selvagens ou qualquer outro fator de perigo? Não acho que Sapphire permitiria tamanha irresponsabilidade, apesar de que essa talvez fosse uma decisão complicada para Yoshiro. Mas então, como eles prosseguiriam? Bravos, enfrentando o que viesse pela frente ou de alguma outra forma...?



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Aquela clareira era exatamente como parecia à distância. Um oceano sem fim de grama, sem nada além de verde para todos os lados. Francamente, o que eu estava esperando? Uma cabana perdida no meio do nada? Não havia nada ali que pudesse ajudar minha treinadora… olhei para Yoshiro, que andava apenas alguns passos atrás de mim. Embora o sol tenha ficado mais forte, ela ainda tremia de frio. Estava meio encolhida, com os braços ao redor do próprio corpo, em uma clara tentativa de se aquecer, e notei sua respiração mais pesada que o normal. Ela não estava reclamando, mas eu sabia que não estava bem. Como um Pokémon de fogo faz falta nessas horas… uma fogueira seria tão útil.

Adentrando um pouco mais na clareira, o nível da vegetação aumentou de forma assustadora. A grama naquele lugar era muito alta, quase do meu tamanho! A cada passo que eu dava, parecia afundar mais em meio àquele oceano verde, a ponto de precisar ficar pulando para conseguir ver o caminho à minha frente. Grama teoricamente não deveria ser uma planta rasteira!? Não tinha nada de rasteiro naquilo! Conforme eu andava, mais e mais folhas pontudas acertavam-me o rosto, aquilo era desconfortável demais. Como raios os Pokémons selvagens gostam de ficar na grama alta? Pra mim estava sendo um tormento… minhas barbatanas são sensíveis, poxa!

Pensei em pular para o colo de Yoshiro, mas ela já não estava sustentando direito nem a si mesma… se eu fizesse isso, a menina com certeza cairia de costas no chão. Não tive escolha além de continuar travando uma guerra contra as gramíneas, tentando a todo custo não me afogar em meio a tanta grama. Por que exatamente estávamos fazendo aquilo…? Não tinha nada naquela clareira, não havia sentido em continuar ali… mas para onde iríamos agora?

- Sapphire, olhe! - Como uma salvação divina, Yoshiro viu alguma coisa. O súbito entusiasmo no tom de voz dela deixou-me intrigado, o que poderia deixá-la tão feliz numa situação daquelas? Pulei um pouco mais alto para escapar do verde que me cercava e ver o que ela estava apontando. Aquilo era… fumaça? Então com certeza tinha fogo por perto! - Está na floresta…

Ela constatou o óbvio, mas era de fato um ponto importante. Eu estava tentando evitar a floresta até agora, o percurso nela com certeza seria mais complicado para a minha treinadora. Pelo que Daisuke tinha me dito, Yoshiro já não estava acostumada a caminhadas normais… imagine andar dentro de uma mata fechada, e ainda por cima nessas condições. Por outro lado, parecia a melhor escolha, Yoshiro precisava se aquecer e secar aquelas roupas encharcadas.

Vamos, Yoshiro!” Chamei-a, tentando usar um tom de voz alegre para mantê-la otimista. Não que fosse necessário, o mero vislumbre da fumaça havia enchido a menina de alívio. Começamos a andar naquela direção. Ela, desejosa de um pouco de calor e de algum lugar seguro para descansar. Eu, na esperança de estar levando minha treinadora rumo a uma fogueira, e não a um incêndio.

Espere… é na grama alta que Pokémons selvagens se escondem, não? Precisaríamos atravessar muita dela para chegar à floresta. Seria possível que, após tudo que já tínhamos passado, alguém ainda teria a audácia de nos atacar? Yoshiro estava fraca, quase doente, não era possível que alguém ainda assim fosse considerá-la uma invasora perigosa! No entanto, eu nunca tinha tido contato com Pokémons selvagens, nasci e fui criado em meio a humanos. Não tenho ideia de como eles agem e pensam… um ataque era, sim, muito possível, e essa constatação me irritou. Eu não deixarei ninguém machucá-la… juro que vou tacar um Water Gun na cara do primeiro que ameaçar minha humana...

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A waterful start
Route 110


Foi praticamente pensar e ter a fumaça sobre duas cabeças. Chegava a ser engraçada, a maneira com a qual as coisas aconteciam como que convergendo ao redor da jovem. Isso, é claro, serviu apenas como um incentivo para que Yoshiro prosseguisse na direção que estava indo, sem mais delongas ou preocupações. Então a treinadora tentou acelerar um pouco seu passo, aliviada pela possível cena de algo em combustão. Enquanto isso, Sapphire experimentava pela primeira vez a sensação de afogar-se, mas em meio à verdejante pradaria, ao invés de um mar ou rio, como seria de se esperar.

O pequenino sofria para acompanhar sua treinadora, mas não chegava a queixar-se muito. Tentava dar o seu jeito, entre pulinhos e saltos. Além disso, estava ocupado demais preocupado em como adentrariam a floresta, e em como o lugar onde estavam poderia ser perigoso. Que tipo de criatura maléfica e sedenta por sangue poderia sair de algum lugar tão desconfortável quanto àquele? E ainda, e se aquela fumaça viesse de um foco de incêndio? Eram tantas coisas para se preocupar... Mas Yoshiro parecia não ligar para nenhuma delas, contentando-se em caminhar até a outra beirada, ansiando por calor.

Será que eles conseguiriam lidar com algo que viesse? O pokémon aquático não sabia ao certo como lidar com monstrinhos selvagens, e sua treinadora não era acostumada a fazer grandes esforços físicos. Droga... Talvez agora ela lembrasse com saudades das aulas de educação física que ela talvez não tenha levado tão a sério. E então...

Um farfalhar nos arredores do mato.

Esse único som é o suficiente para dizer que algo não está completamente correto. Puxa vida, será que tudo ali ativava-se por comando voz? Da próxima vez, vou tentar falar algo relacionado com muito dinheiro, para ver se funciona também. Alguns instantes depois, a grama agitou-se novamente, um pouco mais perto. Não conseguia-se ver o que era, com a vegetação a ocultar tudo. Então um... Latido? Sim, um latido.

E a próxima coisa que pôde ser vista foi Yoshinori caindo suavemente na grama, provavelmente sem se machucar muito, com uma criaturinha em seu rosto. Parecia lambê-la. Os monstros terríveis comedores de carne e sedentos por sangue!!! Hm... Não? Por que diabos então haveria uma espécie de cão lambendo o rosto da jovem sem parar? Como eles reagiriam a isto? De certo era uma espécie de pedra no sapato, que estava atrasando seu percurso. Mas e se... Ah, deixe para lá.

[01] Após a tormenta Poochyena




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Enquanto andávamos, o farfalhar da grama chamou minha atenção. Coloquei-me imediatamente em alerta, percebendo que o som ficava cada vez mais próximo. Tentei ver de onde ele vinha, mas fosse quem fosse, estava muito bem escondido pela grama. Parei de andar, preparado para defender minha treinadora ao menor sinal de ameaça. Infelizmente, Yoshiro não pareceu ter notado ou se importado com o som, continuou andando na sua distração costumeira. Ela só se deu conta da aproximação de mais alguém quando um latido se fez ouvir. A menina parou, parecendo confusa, até algo repentinamente derrubá-la, fazendo-a gritar pelo susto.

Tudo aconteceu rápido demais para que eu processasse. Em um instante minha humana estava de pé, no outro estava caída na grama, com um tipo de cachorro em cima dela. Imediatamente reuni água em minha garganta, pronto pra tirá-lo de cima da minha dona com um jato d’água. No entanto, quando já estava prestes a lançar meu ataque, notei que havia algo errado ali. Ele estava… lambendo o rosto dela? Quase engasguei com meu próprio Water Gun, mas consegui cancelar o ataque a tempo. Não era bem isso que eu tinha em mente… esse que era um perigoso e ameaçador Pokémon selvagem? Fiquei encarando-o, sem entender o que estava acontecendo ali.

Yoshiro, por outro lado, estava radiante. Ria a plenos pulmões, pelo visto as lambidas daquele cachorrinho estavam fazendo cócegas. Ela parecia surpresa, claro, mas igualmente encantada com a aparição daquele lobo cinzento. Ria e fazia carinho nele como se estivesse brincando com algum cachorrinho doméstico.

- Que gracinha! Você é tão fofo! - Conseguiu dizer em meio às risadas, abraçando-o com um pouco mais de força que o necessário. Ela realmente não estava com nenhum medo de levar uma mordida? - Sapphire, podemos ficar com ele?

Aquela menina era, definitivamente, a humana mais estranha e sem noção que eu já tinha conhecido. O carinho com o qual ela brincava com aquele Pokémon selvagem, sem nenhum medo ou desconfiança, poderia até ser fofo em outra situação. No entanto, dadas as circunstâncias, eu não conseguia entender como minha treinadora podia estar tão à vontade com ele.

- Ei, coisinha fofa, estamos indo para aquele rastro de fumaça bem ali. Você quer ir com a gente? - Yoshiro aproveitou o momento em que o lobo parou de lambê-la para perguntar. A garota agora estava sentada, com aquele Pokémon no colo enquanto fazia cafuné na cabeça dele.

Yoshiro, o que está fazendo...?” Chamar um estranho para ir conosco não me parecia uma ideia sensata, mesmo que fosse um cachorrinho aparentemente inofensivo. Mas o convite já estava feito, o que eu podia fazer? Só me restava esperar pela reação dele...

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A waterful start
Route 110


Foi tudo muito rápido mesmo. Sapphire mal conseguiu vislumbrar a sombra do pokémon quando este derrubou sua treinadora. O aquático preparava-se para espirrar toda a água que conseguisse, pronto para defender sua treinadora, mesmo que tivesse que entrar em uma briga para isso. Não que fosse necessário. Logo percebeu-se que o lupino não queria algo a mais que brincar e receber algumas carícias por parte de Yoshiro. Esta parecia não tão surpresa com a carência do pokémon, e ficou mais que contente em brincar com ele, encantada com a fofura deste.

O Mudkip ainda não tinha certeza se podia confiar no lobinho, mas resolveu ficar do lado de sua treinadora. Ela podia não bater muito bem da cabeça às vezes, mas ainda assim, era a treinadora dele. Além disso, o pequeno Poochyena não parecia representar muito perigo, adorando o tanto de atenção que estava recebendo. Assim que a garota perguntou se queria acompanhá-los, o pokémon latiu animado, balançando seu rabinho enquanto recebia o cafuné alegremente. Uma cena incomum, no mínimo. Uma menina ainda úmida a brincar com uma suposta espécie agressiva, como se fossem amigos há anos. Feliz em ser mimado um pouco, o cãozinho pareceu concordar em seguir a jovem e Sapphire até a origem da fumaça.

O restante do caminho pela clareira foi atravessado sem mais interrupções. Yoshiro, Sapphire e Pocchyena caminhavam calmamente pela grama (embora esta ainda insistisse em se esfregar nas barbatanas do aquático), até que enfim viram esta acabar. A sua frente, árvores indicavam que haviam chegado à floresta que vinham por evitar até então. Mas decididos a seguir em frente, e achar o tal fogo, conseguiram abrir um caminho por entre as plantas para que passassem. O cãozinho latia, barulhento, como que querendo brincar mais um pouco. Não chegou a conversar muito com o Mudkip, mesmo quando o anfíbio tentou, o tipo noturno apenas rosnou, visivelmente desconfortável com a presença de Sapphire.

De fato, não era um terreno de fácil locomoção, ainda mais para alguém que estivera quase morto algum tempo atrás, como Yoshiro. Mas ela parecia melhor, ainda que seus cabelos negros, longos como eram, demorariam para secar, provavelmente deixando-a gripada senão secos logo. As roupas não estavam mais molhadas, apenas úmidas —  o que também não era exatamente bom. Entretanto, o trio conseguiu, de alguma forma, encontrar um ritmo agradável para se andar dentro da floresta. Um ponto positivo: o característico cheiro deixado por fumaça começava a ser sentido. Não deveriam estar distantes agora.

Foi quando as árvores estranhamente abriram-se, deixando uma área de tamanho considerável ali, deslocada em meio ao mar de angiospermas de grande porte. Era como se, naquele lugar em específico, as árvores simplesmente não tivessem crescido, deixando um redondo vazio no meio da floresta. Não tenho certeza se Yoshiro reparou, mas Sapphire com certeza o fez. A fumaça saía dali. Não exatamente dali, mas... Ela surgia do nada, no ar, a cerca de uns oito metros de altura, em relação ao chão. Provavelmente Yoshiro só notaria alguma coisa quando batesse de cara com algo duro. Quando ela se levantasse, veria uma placa que definitivamente não estava ali anteriormente.

The Trick House, era o que estava inscrito na madeira clara. Em letrinhas miúdas, dizia-se também que aquele era "o melhor lugar para resolver-se labirintos em toda Hoenn". Mas afinal, quem é que lia as letras pequenas, onde quer que elas estejam? Ainda mais quando, subitamente, uma grande mansão materializava-se em sua frente, luxuosa e convidativa. Ela parecia ter no mínimo dois andares, mas era difícil dizer ao certo. O que se poderia afirmar sem medo de errar era que a casa era a fonte daquela fumaça vista anteriormente. Da grande chaminé, saía uma fumaça negra, que tinha também alguns... Brilhinhos rosas? Provavelmente maluquice de quem via.

O que chamava mais atenção era o fato de que agora havia, na frente do trio, uma grande casa. Tinha como base nas paredes um belo mármore puramente branco, além de grandes portas de carvalho-negro, com alguns detalhes dourados que lembravam... Ouro? É, parecia que sim. Mas como aquela mansão havia aparecido do nada, magicamente tornando-se visível? Não parecia ser uma questão que pudesse ser respondida, ao menos por enquanto.



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O lobinho aceitou alegremente, acabando com as minhas esperanças de não ter que ficar vigiando-o o caminho todo até a floresta. Não que ele tivesse mostrado qualquer sinal de agressividade, mas o selvagem no nome tinha que ter alguma justificativa, não? Claro, Yoshiro não parecia se importar com esse detalhe. Ela brincava com o cachorrinho como se fossem amigos de longa data, nem um pouco preocupada com os caninos afiados que ele deixava à mostra sempre que abria a boca.

Por sorte, não tivemos mais interrupções. Andamos os três rumo à floresta, Yoshiro na frente, pois era a única que realmente conseguia enxergar o caminho. O lobo seguia no encalço dela, latindo animadamente, como se pedisse para brincar mais. Eu até tentei falar com ele, no entanto, só recebi rosnados em resposta. Pelo visto a simpatia daquele cãozinho era só com a minha humana.. felizmente, não demorou muito para alcançarmos a floresta, então não tive que aguentar a grama me espetando por muito mais tempo. Eu já tinha chegado à conclusão de que não gostava de pradarias, não sei como aquele Poochyena (ouvi Yoshiro chamá-lo assim, então deve ser o nome da espécie) conseguia viver naquele lugar.

A floresta foi um percurso muito mais tranquilo para mim, contudo, bem mais desafiador para a menina. Ela tinha sorte por ser pequena, o que facilitava sua passagem por brechas entre as árvores, porém seu cabelo com frequência ficava preso nos galhos, e tinha que parar para soltá-lo. Quando Yoshiro deixou ele crescer tanto, aposto que não esperava ter que se embrenhar no meio de uma mata fechada algum dia. Pelo menos ela tinha muitos lugares onde se apoiar, então não perdeu o equilíbrio nenhuma vez. Após muita luta e persistência por parte da humana, conseguimos chegar à fonte daquela fumaça. Ou melhor, a onde deveria ser a fonte da fumaça.

- Ué… não tem nada aqui? - Yoshiro parecia tão confusa quanto eu, afinal, não tinha nada ali, nem mesmo as árvores que estavam tão presentes no nosso trajeto. Aquilo era de fato estranho… a vegetação abria-se em uma clareira, mas eu não via nenhum sinal de desmatamento. Era como se as plantas tivessem simplesmente decidido não crescer ali. - O cheiro de fumaça está forte, tem que ser aqui perto… a-ai!

Fui arrancado de minhas divagações pela súbita exclamação da garota e, ao me virar para ver o que tinha acontecido, encontrei-a novamente no chão. Esfregava a cabeça, como se a tivesse batido em algo duro. Mas o que me surpreendeu foi a placa que estava logo na frente dela, claramente a responsável pela queda. Eu tinha certeza de que ela não estava lá antes… Yoshiro com certeza tinha chegado à mesma conclusão, pois encarava a placa com um olhar confuso. Apenas Poochyena não parecia surpreso, aproveitou que a garota estava no chão para pular de novo no colo dela, pedindo por mais carinho. Ele nem sequer parecia estar prestando atenção no que estava acontecendo.

- Ué, Sapphire… isso estava aí antes? - Não. Com certeza não. Mas, honestamente, a placa não era nada. O que me deixou de queixo caído foi a casa gigantesca que simplesmente se materializou do nada. Apenas… como? Como raios algo tão grande apareceu bem na nossa cara, sem ninguém ter notado antes? Aquilo era impossível, totalmente impossível… tinha alguma coisa muito errada naquela história.... - Eu devo ter batido a cabeça mais forte do que pensei…

E eu, que nem lembro de ter batido?” Questionei, sem acreditar no que meus olhos me mostravam. “Isso é um sonho… só pode ser um sonho…” Andei até a árvore mais próxima e acertei algumas cabeçadas nela, só pra garantir que não estava dormindo. O latejar na minha cabeça era prova de que sim, eu estava bem acordado. Yoshiro ficou travada no lugar, olhando estupefata para a esplendorosa mansão que não deveria estar ali. Então, voltou sua atenção novamente para a placa, notando que havia algumas palavras gravadas nela.

- Trick House…? - O olhar da garota desviou-se para o topo da mansão, de onde uma chaminé liberava a mesma fumaça que tínhamos visto anteriormente. Então era aquela casa esquisita que tinha nos guiado até ali? Era no mínimo preocupante… - Não temos mais para onde ir… deveríamos entrar, Sapphire?

Ela olhou para mim em busca da resposta. Provavelmente ninguém tinha avisado-a que ela era a treinadora e, na teoria, a responsável por tomar aquele tipo de decisão. Passei alguns instantes fitando a casa, incerto do que fazer. Aquela construção era de fato luxuosa e convidativa, não poderia parecer mais deslocada em meio ao ambiente selvagem que a cercava. No teto, uma chaminé liberava a fumaça enegrecida que, vista de perto, exibia um curioso brilho rosa que nenhum fogo normal libera. Contudo, francamente, aquelas faíscas cintilantes estavam muito longe de ser a coisa mais estranha dali.

Sim, devemos…” Mal pude acreditar no que estava dizendo, aquilo não era prudente. Entretanto, eu sabia que era necessário. “Você precisa se aquecer, Yoshiro… não pode ficar doente aqui.

Eu sabia que ela não me entendia, mas pareceu compreender o tom que usei, pois abriu um sorriso resignado. Não parecia com medo, apenas confusa com aquilo tudo. E, no fundo, acho que ela estava torcendo para entrar, a esperança de achar fogo lá dentro era tentadora demais para alguém no estado da minha treinadora. Yoshiro se levantou e, ainda sendo seguida por Poochyena, caminhou em direção à entrada da mansão. Eu não entendi a razão de aquele cachorrinho ir conosco, porém relevei, tinha preocupações maiores. Como o fato de a minha humana não ter se dado o trabalho de ler as letras miúdas da placa, por exemplo. Por que raios ninguém nunca lê as letras miúdas!? Elas costumam ser a parte mais importante!

Yoshiro, e o restante? Não vai acabar de ler?” Entretanto, ela e o canídeo cinzento já estavam tentando abrir a porta da mansão. “Ei, Yoshiro! Pelo menos me espere!”  Corri atrás deles, torcendo para que a informação contida naquelas letras pequenas não nos fizesse falta depois.

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A waterful start
Route 110


A confusão, obviamente, foi a primeira e mais impactante sensação tanto em Yoshiro quanto em Sapphire. Como poderiam explicar o surgimento da estranha casa? Magia negra, talvez. Quem saberia. Provavelmente, Poochyena não —  ignorando completamente a casa, apenas pedindo por mais carinho. E essa não era a única parte estranha. Havia também a forma anormal com a qual as árvores evitavam crescer por ali, as faíscas cor-de-rosa na fumaça, e claro, as letrinhas pequenas da placa. Não que qualquer uma dessas coisas fosse fazer alguma diferença, já que não foram bem notados. A treinadora resolveu tentar entrar na casa, e Mudkip não teve escolha senão segui-la. Poochyena? Este estava contente em apenas seguir os longos cabelos negros, onde quer que estes fossem.

As grandes portas escuras possuíam belas aldravas douradas, em um formato estranho. Lembrava um pouco um Olho de Hórus, figura representativa de proteção pelos antigos moradores do deserto. Acreditava-se que, desenhando a figura do olho perdido do suposto pokémon lendário conhecido por Hórus, teria-se proteção mágica contra as forças das trevas. A superstição de povos antigos poderia ser interessante, às vezes, não? O curioso era ver aquele símbolo nas aldravas de ouro. Bem, novamente, não era como se Yoshiro fosse prestar muita atenção nisso.

Provavelmente, ela apenas usaria a ferramenta ungida em ouro para bater nas portas, querendo entrar. Não deu muito certo, na primeira tentativa. Nem na segunda. Poochyena não estava entendendo, apenas batia com a cabeça na madeira, parecendo divertir-se. Foi qunado que, na terceira investida do lobinho, as portas simplesmente abriram-se, revelando... Ninguém? É, elas se abriram sozinhas. De qualquer forma, o canino entrou lá dentro rolando, desnorteado. Afinal, ele havia colocado uma força considerável naquela cabeçada, e não tendo um alvo, acabou por jogar-se para dentro da casa.

A primeira coisa que podia ser notada era a escuridão. Yoshiro mal conseguiria ver a palma de sua mão, mesmo colocando-a bem na frente de seu rosto. Depois, o frio intenso. Foi bizarro. Em um momento, estava o clima ameno do lado de fora. E de repente, um sofro gélido percorreu por todo o corpo do trio. Era um gelado de bater os dentes, certamente não muito saudável para a condição da jovem treinadora. E novamente, em um piscar de olhos, veio uma onda confortável de calor, e com ele, a luz.

Foi como se alguém tivesse falado: "Faça-se a luz!". Lâmpadas acenderam-se, iluminando todo o lugar. E no instante que a última delas acendeu-se (um belo lustre de cristais), veio também o calor. Era agradável e... Tinha cheiro de biscoitos assando? Talvez esta última parte fosse apenas um delírio, os fantasmas dos biscoitos assombrando Sapphire por ignorar o serviço funerário. Eles estavam no que parecia ser um hall de entrada da grande mansão. Sob seus pés, encontrava-se um espesso tapete de veludo vermelho, com bordas também douradas, bem clichê. Céus, o que havia com o dourado naquele lugar?! As paredes e o chão pareciam ser do mesmo mármore puramente branco do exterior, sendo um pouco escorregadio: precisava-se tomar cuidado em onde pisavam para que não tropeçassem.

Duas elegantes escadarias feitas da mesma madeira escura estavam dispostas na frente do trio, também cobertas pelo tapete vermelho. Havia portas laterais à esquerda e direita, ao final de largos e breves corredores, mas pareciam trancadas. Aparentemente, o único caminho era subir. No segundo andar, mais portas. Agora três, uma disposta ao lado da outra. Estava tudo muito estranho. Haveria mais alguma coisa que Yoshiro gostaria de verificar?  Ela entraria em alguma das portas? Como será que reagiria àquilo tudo, tão estranho como ía?



PROGRESSO — HANAKKO :

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