[001] - Замораживающий террор

Piotr estava meio sem jeito, eram tantas coisas acontecendo e, muitas delas com sua intervenção, que ele não conseguir falar algumas coisas para aqueles ali a sua volta, porém se atentava ao modo que eles lidariam com a situação e prontamente se prepararia em ajuda-los. Aguardaria alguma direção concreta de Mike, por conta de sua experiencia na cidade e de seu ofício, e logo partiriam junto com as entregas para efetuar a missão a qual foram designados. Mas de fato, o rapaz estava bem surpreso quando se deu conta do que foi capaz de fazer. Ele nunca imaginaria que conseguiria cruzar uma cidade e meia rota, enfrentar Pokémon selvagem e salvar a vida de um Pokémon.

Também foi notável sua alegria ao receber aquele ovo, ele não fazia ideia de qual Pokémon seria, mas certamente seria um grande adicional em sua equipe. Sabia que qualquer criatura que dali saísse seria um grande amigo e um verdadeiro aliado em sua jornada. Romanov segurava com enorme prazer aquela incubadora, olhava para aquele ovo com olhos brilhantes e esperançosos imaginando o que estaria ali dentro. “Que Pokémon será?”, imaginou com um grande carinho.

Fane acompanhava seu treinador que agradecia pelo “presente”, ele olhava também curioso para aquele ovo, não fazendo a mínima ideia de que Pokémon seria. – Agradeço por isso! Significa muito para mim. – Respondeu Romanov com um sorriso bem alegra. – Porém eu não teria feito nem a metade disso sem a ajuda de Mike, Duda e Wingull! – Continuou. – Eles que são os verdadeiros heróis desta história. – Bradou com certeza. O gélido apenas continuava ao lado de Romanov aguardando novas ordens e ações.

O grupo precisaria se retirar dali e ir em direção a cidade o mais rápido possível. Deveriam fazer a entrega conforme planejado, afinal eles estavam extremamente atrasados, e também deveriam tratar de cuidar da felina deixada em estado grave aos cuidados da enfermeira no Centro Pokémon. Piotr ainda imaginava o pior, porém, acompanhado pelo caminhão de suprimentos médicos ele tinha uma grande esperança de que tudo daria certo. Ele tinha amigos com quem contar, saber que teve a ajuda de pessoas que ele nem mesmo conhecia direito lhe aquecia o coração. - ... – Sorria em seu íntimo.

O caminho não seria um mistério, a final Mike estava ali. Piotr apenas continuaria a prestar bastante atenção na pequena cidade. Ele tomaria conta de observar os estabelecimentos, casas e pessoas pelo caminho onde passavam. Quem sabe mais alguém ali estivesse precisando de ajuda? – Espero encontrar algum serviço temporário... – Sussurrou sem som. A incubadora continuava em seu colo, ele a aquecia com seu corpo. Fane estava na pokébola, Romanov não queria tomar muito espaço do pouco que teriam ali, mas seria temporário. Era de se imaginar que ele teria um bom descanso não só agora como também no Centro Pokémon.

A missão deles continuava a todo vapor!

As tarefas continuavam em prol da cidade. Era muito satisfatório para Romanov ajudar na descarga, conferência e entrega dos itens para o Centro Pokémon e para o mercado. Ele percebia como tudo aquilo funcionava ao notar as anotações de Mike e como ele executava suas tarefas. Ele via também como os funcionários da transportadora também eram muito eficientes em seguir as instruções da cidade, tomando os melhores caminhos para trazer um grande benefício para a pequena população de Littleroot.

Piotr se atentava principalmente aos itens que ele não havia visto. Prestava atenção em todos os itens medicinais e, quando visível, de combate também. Ele também se atentava a como o cuidado era tomado com cada um daqueles itens, e como um adicional tentava mensurar o valor de cada um daqueles itens pelo cuidado e entrega que eles item, em particular os que eram tratados com mais preocupação o jovem atribuía um valor maior. Talvez fosse um item particular e especial feito em uma encomenda para uma pessoa ou empresa específica. Seria interessante colher estas informações, afinal, quem sabe ele não as usaria em algum evento futuro.

O jovem continuava com sua tarefa até ser interrompido, por uma excelente causa, pela enfermeira que lhe pedia ajuda. Romanov respondia sem pensar duas vezes. – Claro, com certeza! – Acenou com a cabeça positivamente com um semblante de surpresa. Era um momento onde os pensamentos e memórias de seus dias de estágio vinham à tona. Ele se lembrava claramente de quando trabalhou temporariamente em escritórios e consultórios particulares, e até mesmo, durante um curto tempo, em um Centro Pokémon. Se lembrou que tais períodos foram de grande aprendizado. Eram instruções muito importantes pela forma em que aqueles profissionais cuidavam dos Pokémon, como eles atendiam suas necessidades e também se preocupavam com os treinadores que os deixavam aos tratamentos. – Tenho que tomar muito cuidado com tudo o que eu precisar fazer. – Sussurrava como uma motivação para suas ações. Ele também ficava um pouco nervoso com o trabalho que teria ali, afinal, uma vida estaria em suas mãos.

Fane, já fora da Pokébola desde que chegaram no Centro Pokémon, ficava acompanhando seu treinador ele se mantinha bem quieto e calado, tentava não atrapalhar em nada naquele local tão limpo e organizado. O Sneasel também, ao lado do treinador, ficava comparando o local com o laboratório em que viveu por vários anos. Eram de fato bem parecidos em alguns aspectos, os aparelhos, os trajes das pessoas, os equipamentos e como todos ali conversavam. Era bem parecida a forma com que eles se portavam tanto ali como no laboratório. Quem sabe um fio de saudades não passava por seu coraçãozinho.

Dada a hora Romanov, já higienizado e com as roupas e equipamentos assistenciais prontos daria início ao tratamento da Skitty, com toda atenção e cuidado ele executaria as instruções da melhor forma possível, com a tutela da enfermeira.

Ainda que apensa uma ajuda, ainda assim Piotr não imaginava que o tipo de ajuda seria daquela forma. Ele havia sim um estudo na área médica, porém, esta não era sua área de aplicação. O pedido da enfermeira foi apenas uma forma de expor sua ignorância no amplo entendimento geral médico e o grande abismo de diferença de conhecimento entre os internos, médicos e enfermeiros formados e em atuação, e os estudantes graduados, aqueles que ainda estão terminando ou terminaram a pouco tempo seus estudos e não tiveram uma oportunidade de por em prática tudo o que aprenderam.

Romanov ficava sim um pouco nervoso, não seria vergonhoso admitir isso, porém ele não poderia deixar com que o nervosismo afetasse sua atuação na operação médica em questão, pois, quando entendido o processo do tratamento da felina era muito simples. Logo, com a aprovação da enfermeira, ele preparava os iniciativos. Posicionava corretamente a felina, numa posição onde a sonda não chocasse com algum interruptor pela descida e executava a limpeza e medição da área, tanto no focinho como ao tórax e abdome. Deixava as marcas mais visíveis ao aplicar esparadrapos, ou pontos marcados a caneta. O jovem também lubrificaria o tubo e a ponta da sonda. – De fato eu até sei algumas coisinhas aqui e ali... – Sussurrou para a enfermeira. – Mas essa não é minha área específica. Heh – Sorriu. Era notável a atenção do jovem em se atentar se a felina estava com alguma dificuldade respiratória, alguma cianose pela face ou tórax ou obstrução na introdução da sonda. Tais complicações eram sérias o bastante para preocupar ainda mais não só o paciente como também a enfermeira.

Romanov se sentia bem útil naquela ocasião. Ele conseguia aplicar um pouco do que aprendeu na universidade e via o poder da medicina. Ele via também que conseguia salvar vidas quando executado procedimentos técnicos testados e comprovados. Via também como a aplicação daquilo que ele lia em livros e via em grandes palestras era tão específico em questões, mesmo que muitas vezes tais ensinos possam ser usados de um modo geral nas mais diversas áreas médicas. Não seria um problema ele entender certos termos e orientações técnicas naquela operação.

Mike, Duda e Fane aguardavam fora da sala cirúrgica. Fane estavam bem preocupados, mais com o seu treinador do que com o Pokémon que estava sendo tratado. Ele confiava plenamente nas habilidades de seu amigo, porém, ainda era uma grande preocupação o modo como ele reagiria a falha e fracasso. De fato, quando mensurado tal ponto, não era possível entender como Romanov encararia o fracasso e falha daquela operação. Com certeza ele não se perdoaria por um longo tempo.

Ao término da operação suas mãos estavam um pouco trêmulas e seus olhos irritados. Romanov estava bem nervoso. Porém era natural sua tranquilidade ao ouvir as orientações tão precisas da enfermeira, que fazia com total maestria sua função. Restava ao jovem apenas obedecer e aplicar o que ouvia e aprendia. Muito do que ele realizou e fez ali não passou por sua grade de matérias ou foi feito algum tipo de especialização em seu curso, o que deixou as coisas mais interessantes e, consequentemente, suscetíveis ao erro. Porém foi um sucesso!

Sair da sala e encontrar com Mike, Duda e seu amigo Fane fora bem aconchegante. Seus olhares e dizeres revelavam muito a confiança que eles tinham principalmente na enfermeira e também em Piotr, o jovem se sentia mais motivado e um pouco mais relaxado ouvindo o elogio de Mike e a voz inocente e dócil de Duda. – Vai ficar tudo bem sim! – Proferiu com um sorriso amigável por trás da máscara.

Seu olhar cortava o corredor tentando encontrar algum banheiro e se higienizar novamente. Ele queria descansar o mais rápido possível. Parece que todo o cansaço acumulado da viagem, busca dos itens e do retorno a cidade lhe caíram sobre os ombros agora. Além disso ele também se preocupava com Fane, que também o acompanhou durante toda essa jornada e ainda teve duras batalhas travadas na rota 101. Ele merecia um bom e longo descanso. Seus olhos pesados pareciam estar repletos de grãos de areia, além de ombros caídos e olheiras profundas. Era como se ele voltasse para seus dias de universidade, onde passava noites em claro estudando ou jogando com seus amigos.

Aquele tempo em que ele estaria distante, procurando por uma acomodação era também o suficiente para tentar encontrar algum tipo de consolo emocional. Ainda que muitos dali se mostraram grandes amigos, Romanov sentia falta de uma pessoa especial. Sentia falta dos abraços e das palavras de afeto que só ela era capaz de lhe dar. Um sorriso bobo era exposto em seu rosto enquanto sentado em uma cadeira mais reservada, acompanhado de Fane deitado sobre a mesa. De um pequeno espaço de sua carteira ele retirava uma pequena fotografia. – Que saudades eu sinto de você... – Sussurrava com o coração morrendo de saudades. – Falta pouco para nos reencontrarmos. – Continuou com um sorriso bem inocente, mas muito emotivo. As palavras saíam secas e cheias de sono, bocejos cortavam as frases e as mãos subiam aos olhos tentando tirar aquele peso. Estava com sono.

O descanso lhe servia muito bem. Se sentia muito mais disposto e animado para voltar à ativa e, de certo modo se sentir com mais vigor e energia. Seus olhos não expressavam mais aquele sono e indisposição de antes, também se sentia mais motivado a continuar sua jornada no mesmo ritmo de antes. No final das contas era apenas isso, um bom descanso para recuperar as energias. O jovem voltava sua atenção ao pequeno Sneasel que dormia a sua frente, o retornava a Pokébola.

Seus passos cortavam a instalação até o balcão por onde os Pokémon são tratados, o entregando para algum responsável que por ali estivesse e logo entregaria a esfera avermelhada para o tratamento. Aguardaria com paciência e voltaria ao local onde estava. Tentaria, ali, fazer algumas anotações antes de prosseguir a viagem. – É uma boa agradecer ao Mike e a Duda pelo que eles fizeram, são boas pessoas. – Sussurrou enquanto escrevia um pouco sobre a cidade. – Também devo agradecer a enfermeira que me ensinou bastante e me deu uma ótima oportunidade de aprender mais sobre o tratamento Pokémon. – Continuou anotando, porém desta vez sobre a rota 101. – Hoje foi um dia interessante. – Finalizou escrevendo algumas coisas sobre as pessoas que encontrou.

No fim, após um bom descanso e algumas anotações, ele nem mesmo percebia o tempo que havia passado, quer pouco quer muito, porém notou que já estava bem mais relaxado do que antes. Aquela ansiedade que pesava sobre seus ombros a respeito de iniciar sua jornada e também alguns medos sobre situações difíceis de manejar que poderiam ocorrer agora não passavam mais em sua mente, nem um pouco. Tudo o que ele via era expectativas inalcançadas que logo em breve seriam bem realizadas. Ele também imaginava as situações que ele passou, porém, com os fins e meios diferentes. – E se aquele lobo maior não tivesse corrido e tivesse nos enfrentado... – Pensou alto. – Imagino como estaríamos agora. – Continuou levando as mãos ao rosto. – Que merda... – Sorriu ao pensar no que poderia ter acontecido com ele e seu Pokémon, e pior, como eles ajudariam a cidade e o Skitty. Seus olhos olhavam para Fane, que agora sentado ao seu lado, imaginando como seu parceiro se tornou um Pokémon forte e corajoso. Apenas um carinho amoroso no topo de sua cabeça foi o suficiente para demonstrar sua gratidão para com o Pokémon.

Mike interrompia completamente seus devaneios ao lhe dirigir a palavra. – Já é hora do almoço? – Se assustou ao relógio. – Como passou tão rápido! Aceito sim! Vai ser um grande prazer! – Sorriu carinhosamente para o carteiro. – Muito obrigado pelo presente, na verdade eu é quem deveria estar agradecendo e agraciando vocês pela ajuda! Haha – Proferiu, ainda com o olhar surpreso, ao receber aquele Technical Machine. Ele guardava em sua mochila para um posterior ensino ao Fane. – Com certeza vou usá-la! Heh – Sorriu envergonhado.

Romanov erguia a mão para cumprimentar Mike e em seguida seguiria para almoçar junto com eles. Seria um bom momento para trocar experiencias, ideias e principalmente uma boa oportunidade sobre seus objetivos a curto prazo na cidade e nas rotas próximas. Quem sabe algum emprego temporário ou alguma batalha paga pela pequena cidade? Só Mike diria.