Pokémon Mythology RPG
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[Mahogany] Memórias

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Não era dificil para Thomas e Bonnie levarem os pratos da cozinha, com a ajuda do movimento Psychic da fantasma tudo era mais fácil na verdade e era possível economizar algumas idas e vindas inclusive. Os pratos eram todos dispostos na mesa que Eddard havia colocado e algumas pessoas já começavam a se reunir para buscar comida, o treinador ouvia falas alegres e risadas de pessoas que agora descansavam do longo dia de trabalho. Não podia deixar de notar os diferentes sotaques e formas de falar que ressoavam, aparentemente não eram apenas pessoas de Johto que haviam retornado para ajudar na reconstrução da região.

A última leva de pratos entretanto quase sofreu um leve acidente, quando o jovem que não enxergava muito com a pilha em sua frente se viu esbarrando em algo e quase derrubando tudo. Por sorte um movimento psíquico salvara a louça, que se não fosse por aquilo teria se estraçalhado em muitos pedaços. Mas aquilo não havia sido uma ajuda de Bonnie, mas sim de uma dupla que o jovem conhecia muito bem. Ralts e Bronzor devolviam os pratos nos braços do rapaz que, sem demorar, colocou-os rapidamente na mesa para que não corressem perigo. No fim ele havia esbarrado na treinadora que procurava mais cedo, Ilíada.

- Nossa, eu que tenho que pedir desculpa. Admito que as vezes eu não olho muito por onde ando. Mas está tudo inteiro, então acho que estou bem e você?

Enquanto conversava com a moça de cabelos rosados o treinador se abaixou e ergueu o punho para Ralts, seu novo amigo, como forma de agradecimento, esperava que o monstrinho retribuísse com um soquinho. Olhou também para Bronzor, queria se aproximar do metálico, porém não o faria sem que ele se mostrasse aberto a isso. Em seguida se levantou e olhou mais uma vez para a garota, nossa como era bonita.

- E-eu estava pensando se você não quer, digo, vocês né. Hã, quem sabe jantamos todos juntos? Quer dizer, eu não sei se precisa de ajuda em algo?

A sim, a timidez do tal Wilkerson. O treinador podia ser ótimo em batalhas Pokémon, mas no que dizia a respeito ao seu coração era péssimo. Bem, era uma tentativa, tão atrapalhada como só ele poderia, mas era uma tentativa.

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The yesterday is today
Mahogany Town


E mais uma vez o mundo fora salvo por monstrinhos de olhos azulados e poderes mentais. Bem, okay, talvez não o mundo, mas certamente os pratos, tal como as vidas de Thomas e Illíada. Os outros voluntários provavelmente não ficariam nada felizes em saber que não teriam seu jantar quentinho por conta de dois jovens desastrados que quebraram os pratos.

Oh, imagine, a culpa é toda minha. Um dos guardanapos havia voado e me abaixei para pegá-lo. Aí você não me viu abaixada, e aí já sabe... — disse ele sorrindo um pouco, enquanto fazia uma cara feia para Bronzor. Algo me dizia que o guardanapo não havia voado sozinho. O metálico apenas vibrou, inquieto, e flutuou para trás de Ralts, escondendo-se. Teríamos aqui um pregador de peças, senhoras e senhores?

Mas estou bem sim. Estes pequeninos costumam ajudar bastante nestas situações. — disse ela, em um tom de voz agora mais calmo, apontando para seus dois monstrinhos. — Talvez seja por isso que eu tenha uma preferência em treinar psíquicos. Não sei ao certo...

Quanto ao resto das coisas? Bem, Ralts estava extasiada. Convencera a si mesmo que havia encontrado seu bro fist, e nada mais tiraria isso de sua cabeça. Retribuíra o cumprimento do treinador com gosto, emitindo seu característico cry enquanto o fazia. A pequenina sempre invejara os Machops, sempre distribuindo soquinhos com todos. Por que Ralts também não podiam?! Bronzor manteve-se neutro mais uma vez, apenas vibrando um pouco. Parecia não ser o momento, ainda.

Bem, a garota de cabelos multicoloridos não pareceu notar os olhares nervosos de Thomas. Quando este atrapalhadamente perguntara se ela não queria jantar junta a ele, a garota apenas sorrira, como se estivesse surpresa. — Nós adoraríamos! Bem, depois do jantar, estamos meio que livres para fazer o que queremos. Uma equipe de limpeza foi selecionado já em Hoenn, parece, então não precisamos nos preocupar com isso. — dissera, ainda sorrindo.

Se Thomas não era bom em expressar o que sentia, Illíada definitivamente também não era muito boa em reparar nos sentimentos alheios. — Ah sim, por falar nisso, você é de Hoenn? Eu vim de Sinnoh. Meus pais sempre foram engajados em trabalho voluntário, e pareceu uma boa oportunidade para, além de ajudar os outros, explorar um pouco este imenso mundo no qual vivemos. — explicara ela, revelando fatos de sua vida. Seus olhos pareceram brilhar quando dissera a palavra "explorar".

Bem, onde vamos, então?! — perguntara por fim, pegando um prato e talheres, deslocando-se para o final da fila. Estava um pouco grande, mas nada que não pudessem aguentar. O jantar havia sido preparado por uma mulher de pele escura e cabelos cheios e azulados, presos por uma bandana vermelha. Ela parecia bem... Experiente, por assim dizer. Ela podia ser reconhecida pelo Farfetch'd em seu ombro, que batia com seu aipo na mão daqueles que queriam comer mais do que deveriam. Repetir apenas depois que todos tivessem comido!

O jantar do dia era um belo e odoroso arroz carreteiro, preparado em uma imensa panela. A cor vibrante por si só já era o bastante para encher as bocas, e parecia haver também uma versão vegana, apesar de em menor quantidade. Pimenta e queijo estavam separados, à disposição de quem quisesse pegá-los. Bem, a pergunta da jovem ainda era pertinente: onde ele a levaria para comer?





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O que parecia acontecer era que Bronzor era um pestinha pregador de peças assim como os fantasmas de Thomas, ao notar isso uma identificação logo surgiu entre o metálico e Bonnie, que agora flutuava seu corpo fantasmagórico ao redor do monstrinho com corpo de moeda. Ela mal podia esperar para contar para Clyde do Pokémon que conhecera.

Ilíada contava um pouco sobre si própria, além de indicar que era uma treinadora especializada nos tipos psíquicos, comentava que não era natural da região de Johto, mas de Sinnoh. Bem, caso tivesse prestado mais atenção o treinador provavelmente teria notado isso ao ver as espécies que a moça de cabelos róseos carregava consigo, naturais da região gelada. O mais interessante entretanto era ela topar o convite do jovem para jantar em sua companhia.

- Bem, na verdade eu sou natural daqui mesmo de Mahogany. Devido as chuvas acabei tendo que ir para Hoenn, porém Johto sempre foi minha casa. - Após contar suas origens o moreno aproveitava para perguntar mais algo para a garota. - Seus pais lhe acompanharam na viagem para cá?

A pergunta que não queria calar entretanto era onde iriam comer, o jovem treinador queria levá-la até o Lake of Rage para mostrar a ela um pouco da bela paisagem que havia lá, entretanto não sabia se seria fácil levar os pratos e copos dos alimentos.

- Bem, que tal jantarmos por aqui e quando acabar eu te levo pra conhecer o meu lugar favorito da cidade? Imagino que já ouviu falar do Lake of Rage.

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Oh, é sério? Lamento então, por precisar ver seu lar neste estado. — disse ela quando ficou sabendo que ele era nativo daquela mesma cidade em que estavam, mostrando-se um tanto quanto empática. O bom desempenho de Bronzor nas categorias favoritas de Bonnie fez com que a fantasminha começasse a rodeá-lo, mas este pareceu assustar-se um pouco.

Bem, não julgo muito. Afinal, era um psíquico, naturalmente frágil para com fantasmas. E certamente, sua personalidade "tímida" não ajudava muito. Talvez ele até pregasse mais uma peça ou outra conforme o tempo fosse passando, mas seria algo natural. — Oh não, eu vim sozinha. Meus pais foram ajudar em Saffron. A família de minha mãe é de lá, afinal. Eu vim aqui apenas por que... Pareceu ser o certo. — comentou ela.

E de fato, levar pratos e talheres e pokémon famintos para uma trilha durante o anoitecer não era a melhor ideia de todas. Assim sendo, a mono treinadora concordou, com um sorriso no rosto, e foi terminar de fazer seu prato para que pudessem ir. Os pokémon tinham sua própria refeição, uma ração especializada, apesar de terem acrescentado um molho de Tamato Berry, provavelmente para render mais.

Após comer, Illíada foi até Thomas, sorrindo. — Bem, vamos? — ela tinha um arroz no queixo. Seria educado alertá-la?





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Ilíada era uma jovem empática e que demonstrava realmente se importar com o que acontecia com as pessoas que moravam naquela região, provavelmente fruto da criação de pais engajados em trabalhos voluntários, como a própria havia indicado anteriormente. Entretanto a garota parecia ser péssima em interpretar sinais, pois estava estampado na cara do treinador que havia um certo interesse na moça de cabelos róseos. Bom, ou isso ou ela não tinha interesse mesmo, o que seria triste.

Tanto a dupla quanto os Pokémon comiam e logo terminavam o jantar, que por sinal estava ótimo. Thomas não costumava criticar as comidas dos Centros Pokémon, mas é óbvio que depois de um tempo comendo sempre a mesma coisa parecia tudo igual, nesse caso porém o jantar tinha um gosto de algo caseiro e extremamente delicioso. A dupla se levantava e após deixar os pratos e talheres na louça se preparavam para ir até o lago, porém um detalhe acabava surgindo aos olhos do moreno. A jovem Ilíada tinha um arroz no queixo, trazendo à tona uma situação que ele poderia descrever como "impossible situation".

- É claro, vamos lá. - O treinador começou a caminhar e retirou um guardanapo de uma das mesas próximas, quando enfim notou que ninguém estava olhando se virou para Ilíada e delicadamente perguntou: - Me permite? - Disfarçadamente e com todo o jeito retirou o grão do rosto da mulher, tentou ao máximo não deixá-la constrangida e por fim puxou um assunto diferente para que ela esquecesse da situação.

- Então você é uma mono treinadora do tipo psíquico? Imagino que queira ser líder de ginásio no futuro?

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Após conversarem, e por fim, comerem, Thomas, Illíada e todos seus monstrinhos uniram-se mais uma vez. Pareciam prontos para sua jornada até o Lake of Rage. Ela carregava uma pequena mochila, e parecia pronta para caminhar, mas havia apenas um detalhe... O arroz no rosto da menina.

Thomas tentou ser o mais discreto que podia, verificando as pessoas que os cercavam e rapidamente tirou o grão do queixo dela, utilizando de um higiênico guardanapo. Tentou distrai-la com uma pergunta, mas a verdade era que ela mal notara que ele estava com um arroz no rosto, e apenas dera uma risada, achando o treinador estava tentando fazê-la rir. Okay, então.

Oh não, longe disto. Nem consigo me imaginar comandando um ginásio. — disse ela, balançando freneticamente suas mãos em sinal de negação. — Eu apenas me dou bem com os psíquicos, e tenho um laço especial com eles. — respondeu. Não parecia pronta para abrir-se mais em relação ao tal laço, por enquanto.

Por qual caminho, senhor guardanapo?! — perguntou ela, brincalhona, dirigindo-se para fora. Em breve, estaria completamente de noite, mas a moça disse que não precisavam preocupar-se. Bronzor conhecia o movimento Flash, portanto, poderiam usá-lo como uma espécie de lanterna ambulante e travessa.





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Ilíada comentava que não tinha nenhuma vontade de comandar um ginásio, mas que havia decidido especializar-se nesse tipo devido a um grande laço com Pokémon psíquicos. A jovem parecia não querer falar muito sobre isso e Thomas respeitou, porém o narrador sabe o que significa isso né? Telepatia ou não. Piadas a parte a vida do treinador se assemelhava a uma comédia romântica, ao passo que a jovem de cabelos rosas nem notava o arroz em seu rosto e acreditava ser apenas uma piada. Decidida a acompanhar o moreno perguntava para onde deveriam ir.

- Por aqui.

O treinador começava a caminhar e por um minuto esquecia do que acontecia pegando espontaneamente na mão da mono psíquica, guiando na direção do lago. Não demorou mais que segundos entretanto para ele perceber o que havia feito e largá-la, bastante envergonhado por não ter pensando naquilo. Thomas corava e esperava que não desse para enxergar suas bochechas vermelhas ao cair da noite, acompanhando a jovem ao seu lado.

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Thomas pareceu respeitar a vontade de Illíada de permanecer calada em relação àquele assunto, por enquanto, apesar de parecer ter deixado algo subtendido. Telepatia...? O que isso significava? Ah! Talvez esta fosse a habilidade de Ralts. Mas se assim fosse, por que a pequenina ainda não havia usado-a? Hmm... Não entendi.

De qualquer forma, o treinador continuou guiando-a até o lago, puxando-a pela mão, mesmo sem perceber. Para ser sincero? A menina também não percebera. Afinal, é comum utilizar das mãos como guias durante a realização de trilhas e caminhadas mais íngremes, não? E bem, as inundações não beneficiaram em muito o caminho que levava ao lago.

Provavelmente, se não fosse pela luz emitida por Bronzor, eles teriam morrido, mais de uma vez. Uma estaca de metal escondida na sombra de árvore na altura da cintura, que poderia muito bem rasgar o abdômen de um dos dois. Alguns destroços que, caso pisados, definitivamente cairiam, levando os dois treinadores consigo. Algumas resquícios de plantas marinhas venenosas misturadas com alguns pedregulhos afiados... Enfim, havia de tudo.

Até mesmo o rosto avermelhado de um certo rapaz, muito bem visível por conta da iluminação do metálico. Será que estava com febre?

Bem, o caminho não fora fácil, por mais que os pokémon tentassem facilitar. Como disse, sem Bronzor estariam condenados, e Ralts usava seu poder psíquico para afastar alguns dos perigos. Força bruta também podia ser usada, em alguns casos. Mas por fim chegaram. O Lake of Rage. Curiosamente, o lago parecia mais cheio do que o normal, provavelmente um legado deixado pela água oceânica. Pergunto-me se isso afetaria o ecossistema local, de alguma forma.

O que importava, no momento, era que era bonito. O céu estava límpido naquela noite (sim, havia anoitecido), então a lua conseguia iluminar tudo com grande clareza, e seu reflexo cobria uma parcela da área do lago. Ele parecia ter uma coloração um tanto quanto diferente do usual, também. Mais esverdeado? Talvez fosse culpa das algas. Mas novamente, não era o foco dos treinadores.

Bem, agora que Thomas havia chegado em seu tão desejado destino, o que faria? Illíada parecia apreciar a visão, mas também aguardava por mais uma tomada de atitudes vinda do moreno.





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Thomas e Ilíada seguiam seu trajeto até o lago acompanhados de seus monstrinhos que faziam o trabalho de proteger os treinadores na travessia. Bronzor usava Flash para iluminar o caminho e Ralts limpava os obstáculos com seu Psychic. Ao chegar no local se deparavam com o grande Lake of Rage mais cheio do que costume, seria por causa das chuvas? Bem ao menos a paisagem era bonita e o céu estava estrelado, o clima era perfeito.

- Podem explorar gente, só não vão muito longe. E Néftis, sem entrar no lago, pode ser perigoso. - Thomas liberava seus monstrinhos para andarem um pouco, porém deixando claro que o lago era proibido. Não sabia ainda se os Pokémon que ali habitavam continuavam no lago após a inundação., principalmente o furioso e lendário Gyarados vermelho, mas era melhor se prevenir não é?

- Bom, que tal apreciarmos à vista? - Thomas ainda estava tímido e sem saber muito o que fazer, mas precisava fazer algo. O jovem tirou seu casaco e o estendeu no ponto mais seco da grama, onde poderiam se deitar. Sentou em uma das pontas do casaco e fez sinal para que Ilíada o acompanhasse. - Então, o que achou? Eu sempre vinha aqui quando era criança, é meu lugar favorito da cidade.

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A visão parecia satisfazer Thomas. Apesar de um tanto quanto diferente do usual, as tempestades não chegaram a mudar a essência do Lake of Rage: selvagem, único, vivo (bem, esta última parte talvez eu não possa afirmar com tamanha certeza). Illíada parecia ter gostado muito também, e isso para não falar nos monstrinhos.

Os pequeninos pareciam gostar também. Poderiam fazer o que bem entendessem, por enquanto, sem precisarem preocupar-se com trabalho, batalhas, ou qualquer coisa do tipo. Relaxar. Apenas... Existir, sentir. Thomas dera-lhes algumas poucas regras, mas estas eram fáceis de serem seguidas. Além disso, os maiores tomariam conta dos menores, e assim em diante.

A mono treinadora aceitou sentar-se ao lado do jovem, apesar de ter sussurrado algo sobre blusas sujas de lama. A dele, com certeza, ficaria. — É... Bonito. Trás uma sensação de calma e plenitude ao meu coração. Se eu fosse você, provavelmente também viria aqui todos os dias.

Aconteceu quando eu tinha sete anos. — ela disse, subitamente. Será que finalmente daria ao moreno as respostas que ele buscava? Parecia um bom momento para abri-se, até. — Bem, eu nunca fui uma criança popular na escola. Diziam que eu não entendia as coisas, não era divertida. Por isso, nunca consegui aproximar-me muito das pessoas. Sempre corri para os pokémon.

Meu pai trabalhou como estagiário de Lucian, da Elite Four, uma vez, e sempre comentava sobre o quão magnífico os psíquicos dele eram. — continuou a dizer, olhando para o céu no meio disso tudo. Sua voz soava tranquila, um pouco baixa, mas audível. — Então, um dia, eu fugi de casa e fui até um lugar onde dizia-se que muitos psíquicos fortes moravam. Pensei que, se eu conseguisse levar para casa um deles, então as pessoas poderiam gostar de mim.

Foi lá que eu encontrei Bronzor. — falou, desviando rapidamente o olhar para o metálico que brincava com Ralts, algo semelhante a um pique-esconde. — Ele foi um dos primeiros pokémon que eu encontrei no lugar, e parecia ser muito amigável. No entanto, não quis saber dele, disse algumas palavras grossas e segui em frente.

Por fim, encontrei o que achava querer. Uma Alakazam, um Gallade e um Chimecho dormiam lá e... Eu acabei acordando-os e deixeis-os muito irritados. Eles não hesitaram em me atacar. — sua voz falhou brevemente, mas ela seguiu em frente. Bem, ela queria contar aquilo para Thomas, não? — E quando vi... Bronzor estava lá, na minha frente, tomando todos os golpes em meu lugar. Ele me protegeu mesmo depois de eu tê-lo desprezado, assim como sempre fizeram comigo.

A história parecia fazer-lhe os olhos marejarem, mas ela não se importava muito. Era a verdade, apenas isso. Talvez também não fosse a melhor forma de passar aquele estupendo momento no lago, mas fora a brecha que Illíada encontrara para falar. — Eu peguei ele no colo, e então corremos dali. Pedi desculpas por não ter valorizado quem ele era. Tornamo-nos amigos. E bem, depois daquele confronto, decidi que um dia seria uma treinadora que treina apenas psíquicos. Para entender melhor a mente, os pensamentos. A mim mesma.

Então sacudiu a cabeça, olhou para Thomas e sorriu. — Desculpe. Não viemos aqui para isso, né. Acho que estraguei o clima. — lamentou, dando mais uma olhada na paisagem, e novamente, nos monstrinhos que brincavam atrás dos dois. Não era sempre que tinham tamanha paz para aproveitar.





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