OFF: Ei Narrador que espero que não seja o Katakuri, por favor, tudo bem? Fica a vontade, ta? Eu e Mailson estamos fazendo algo mais divertidinho pra desenvolver personagem-relação, então a gente deve interagir entre um post outro, mas se ocorrer, também fica livre pra interromper <3 Bem vindo e espero que goste.
Nada daquilo era muito saudável a mim. A ilha, o clima, a aglomeração e, principalmente, o discurso. Pouco sabia sobre eco-terrorismo e pouco queria saber; dei de ombros para aquelas informações e aceitei que não eram para mim: mal tenho Shards, pouco tenho de conhecimento e nada tenho de nomes e rostos. Fora sem prestar muita atenção e devaneando sobre meu futuro próximo que sai daquela base e fui em direção a tão nostálgica Cidade de Ouro, atracando em algum porto próximo.
Não gosto de falar sobre Goldenrod. A cidade era enorme, movimentada, conturbada e perigosa; na soma de tudo isso, criei história. Foi aqui que participei da Copa União. Foi aqui meu batismo; minha primeira vitória e derrota. Foi aqui que conheci alguns; aqui firmei um time, capturei grande parte da minha base e virei treinadora. Foi aqui que eu simplesmente nasci e renasci; firmei minha carreira como treinadora e confirmei para mim mesma (e a Vicent) que eu não voltaria para casa.
Enfim, foi aqui que Winnie se (re)conheceu. Talvez só sou uma treinadora mediana porque essa cidade existiu um dia; um dia que já é distante. Apesar dos dois anos em Hoenn, foi Johto que me deu o alívio e a pressão de uma carreira. Se Hoenn é meu namoro mais longo, certamente Johto é aquela paixão efêmera que me fez entender o que é amor; e pelo que também.
Por essas e outras que eu pisei no terreno movediço com um olhar triste; já amou alguém que você não reconhece mais?! Um amigo, um irmão, ou um próprio amante? Já quis tanto encontrar aquele álbum no fundo do armário e, quando acha, já não suporta mais a sequência das músicas? Já saiu de casa e, quando voltou, seu pet nem sequer liga pra ti? Talvez esta seja uma frustração próxima ao que eu sentia. Veja bem, caro leitor... eu nunca achei que ia encontrar a Goldenrod; mas ao menos uma lembrança do que um dia foi uma metrópole me parecia viável.
Só parecia mesmo. O solo movediço era apenas isso; plataforma de movimento. Caminhei por ele até a agência responsável e quando enfim cheguei a algum guichê, olhei para trás e procurei Nicholas. Ele estava ali; até porquê, ele sempre estava quando eu pedia. Sorri um pouco sem graça, bastante ruborizada com a situação. Era casa para mim e... para ele? Bem, não sei, mas certamente era bem mais que ruínas. Era em respeito a isso que eu pedia para que não segurasse minha mão; que não chegasse tão perto ou que ainda não me perguntasse demais.
Era claro que esse respeito que pedi não duraria muito; não por ele, mas por mim. Três segundos no chão e eu já queria morrer! Coração acelerado, ar-falho, suor frio e expressão descrente. Assim que pude, fiz o ato de virar se tornar muito mais que um ato efêmero; tornar-se padrão. Fiquei de costas para o cenário de calamidade pública e de frente para Nicholas. Caminhei até a ele, lhe abracei, deitei minha cabeça em seu ombro e engoli a seco. Eu não iria chorar, mas eu queria ao menos ficar ali por um tempo
Só um tempinho.
Um tempo que não duraria mais que um zumbido do Cthaeh. Sim; um zumbido da sua elevação ao meio do vento. O som de sua mobilidade invadiu meus ouvidos com certo ardor; o excesso de barulho que ele produzia começou a me incomodar mais que o normal e fora numa dessas que levantei a cabeça, olhei por cima do ombro do Rocket, apontei para a criatura diabólica-metálica e disse:
- Tu funciona como? Cadê seu acesso a central? Você devia estar fora do ar... duvido tu ter acesso a internet por aqui - Emiti um "humph" curto para terminar a frase. Como já esperado, não aguardei resposta; deitei mais uma vez a cabeça no ombro de Nicholas e esperei que ele me tirasse dali.
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Nada daquilo era muito saudável a mim. A ilha, o clima, a aglomeração e, principalmente, o discurso. Pouco sabia sobre eco-terrorismo e pouco queria saber; dei de ombros para aquelas informações e aceitei que não eram para mim: mal tenho Shards, pouco tenho de conhecimento e nada tenho de nomes e rostos. Fora sem prestar muita atenção e devaneando sobre meu futuro próximo que sai daquela base e fui em direção a tão nostálgica Cidade de Ouro, atracando em algum porto próximo.
Não gosto de falar sobre Goldenrod. A cidade era enorme, movimentada, conturbada e perigosa; na soma de tudo isso, criei história. Foi aqui que participei da Copa União. Foi aqui meu batismo; minha primeira vitória e derrota. Foi aqui que conheci alguns; aqui firmei um time, capturei grande parte da minha base e virei treinadora. Foi aqui que eu simplesmente nasci e renasci; firmei minha carreira como treinadora e confirmei para mim mesma (e a Vicent) que eu não voltaria para casa.
Enfim, foi aqui que Winnie se (re)conheceu. Talvez só sou uma treinadora mediana porque essa cidade existiu um dia; um dia que já é distante. Apesar dos dois anos em Hoenn, foi Johto que me deu o alívio e a pressão de uma carreira. Se Hoenn é meu namoro mais longo, certamente Johto é aquela paixão efêmera que me fez entender o que é amor; e pelo que também.
Por essas e outras que eu pisei no terreno movediço com um olhar triste; já amou alguém que você não reconhece mais?! Um amigo, um irmão, ou um próprio amante? Já quis tanto encontrar aquele álbum no fundo do armário e, quando acha, já não suporta mais a sequência das músicas? Já saiu de casa e, quando voltou, seu pet nem sequer liga pra ti? Talvez esta seja uma frustração próxima ao que eu sentia. Veja bem, caro leitor... eu nunca achei que ia encontrar a Goldenrod; mas ao menos uma lembrança do que um dia foi uma metrópole me parecia viável.
Só parecia mesmo. O solo movediço era apenas isso; plataforma de movimento. Caminhei por ele até a agência responsável e quando enfim cheguei a algum guichê, olhei para trás e procurei Nicholas. Ele estava ali; até porquê, ele sempre estava quando eu pedia. Sorri um pouco sem graça, bastante ruborizada com a situação. Era casa para mim e... para ele? Bem, não sei, mas certamente era bem mais que ruínas. Era em respeito a isso que eu pedia para que não segurasse minha mão; que não chegasse tão perto ou que ainda não me perguntasse demais.
Era claro que esse respeito que pedi não duraria muito; não por ele, mas por mim. Três segundos no chão e eu já queria morrer! Coração acelerado, ar-falho, suor frio e expressão descrente. Assim que pude, fiz o ato de virar se tornar muito mais que um ato efêmero; tornar-se padrão. Fiquei de costas para o cenário de calamidade pública e de frente para Nicholas. Caminhei até a ele, lhe abracei, deitei minha cabeça em seu ombro e engoli a seco. Eu não iria chorar, mas eu queria ao menos ficar ali por um tempo
Só um tempinho.
Um tempo que não duraria mais que um zumbido do Cthaeh. Sim; um zumbido da sua elevação ao meio do vento. O som de sua mobilidade invadiu meus ouvidos com certo ardor; o excesso de barulho que ele produzia começou a me incomodar mais que o normal e fora numa dessas que levantei a cabeça, olhei por cima do ombro do Rocket, apontei para a criatura diabólica-metálica e disse:
- Tu funciona como? Cadê seu acesso a central? Você devia estar fora do ar... duvido tu ter acesso a internet por aqui - Emiti um "humph" curto para terminar a frase. Como já esperado, não aguardei resposta; deitei mais uma vez a cabeça no ombro de Nicholas e esperei que ele me tirasse dali.
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O Mahiro é o melhor do mundo <3