Pokémon Mythology RPG
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[Goldenrod] ... Me, Cthaeh & Sk8 Boy

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OFF: Ei Narrador que espero que não seja o Katakuri, por favor, tudo bem? Fica a vontade, ta? Eu e Mailson estamos fazendo algo mais divertidinho pra desenvolver personagem-relação, então a gente deve interagir entre um post outro, mas se ocorrer, também fica livre pra interromper <3 Bem vindo e espero que goste.

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Nada daquilo era muito saudável a mim. A ilha, o clima, a aglomeração e, principalmente, o discurso. Pouco sabia sobre eco-terrorismo e pouco queria saber; dei de ombros para aquelas informações e aceitei que não eram para mim: mal tenho Shards, pouco tenho de conhecimento e nada tenho de nomes e rostos. Fora sem prestar muita atenção e devaneando sobre meu futuro próximo que sai daquela base e fui em direção a tão nostálgica Cidade de Ouro, atracando em algum porto próximo.

Não gosto de falar sobre Goldenrod. A cidade era enorme, movimentada, conturbada e perigosa; na soma de tudo isso, criei história. Foi aqui que participei da Copa União. Foi aqui meu batismo; minha primeira vitória e derrota. Foi aqui que conheci alguns; aqui firmei um time, capturei grande parte da minha base e virei treinadora. Foi aqui que eu simplesmente nasci e renasci; firmei minha carreira como treinadora e confirmei para mim mesma (e a Vicent) que eu não voltaria para casa.

Enfim, foi aqui que Winnie se (re)conheceu. Talvez só sou uma treinadora mediana porque essa cidade existiu um dia; um dia que já é distante. Apesar dos dois anos em Hoenn, foi Johto que me deu o alívio e a pressão de uma carreira. Se Hoenn é meu namoro mais longo, certamente Johto é aquela paixão efêmera que me fez entender o que é amor; e pelo que também.

Por essas e outras que eu pisei no terreno movediço com um olhar triste; já amou alguém que você não reconhece mais?! Um amigo, um irmão, ou um próprio amante? Já quis tanto encontrar aquele álbum no fundo do armário e, quando acha, já não suporta mais a sequência das músicas? Já saiu de casa e, quando voltou, seu pet nem sequer liga pra ti? Talvez esta seja uma frustração próxima ao que eu sentia. Veja bem, caro leitor... eu nunca achei que ia encontrar a Goldenrod; mas ao menos uma lembrança do que um dia foi uma metrópole me parecia viável.

Só parecia mesmo. O solo movediço era apenas isso; plataforma de movimento. Caminhei por ele até a agência responsável e quando enfim cheguei a algum guichê, olhei para trás e procurei Nicholas. Ele estava ali; até porquê, ele sempre estava quando eu pedia. Sorri um pouco sem graça, bastante ruborizada com a situação. Era casa para mim e... para ele? Bem, não sei, mas certamente era bem mais que ruínas. Era em respeito a isso que eu pedia para que não segurasse minha mão; que não chegasse tão perto ou que ainda não me perguntasse demais.

Era claro que esse respeito que pedi não duraria muito; não por ele, mas por mim. Três segundos no chão e eu já queria morrer! Coração acelerado, ar-falho, suor frio e expressão descrente. Assim que pude, fiz o ato de virar se tornar muito mais que um ato efêmero; tornar-se padrão. Fiquei de costas para o cenário de calamidade pública e de frente para Nicholas. Caminhei até a ele, lhe abracei, deitei minha cabeça em seu ombro e engoli a seco. Eu não iria chorar, mas eu queria ao menos ficar ali por um tempo

Só um tempinho.

Um tempo que não duraria mais que um zumbido do Cthaeh. Sim; um zumbido da sua elevação ao meio do vento. O som de sua mobilidade invadiu meus ouvidos com certo ardor; o excesso de barulho que ele produzia começou a me incomodar mais que o normal e fora numa dessas que levantei a cabeça, olhei por cima do ombro do Rocket, apontei para a criatura diabólica-metálica e disse:
- Tu funciona como? Cadê seu acesso a central? Você devia estar fora do ar... duvido tu ter acesso a internet por aqui - Emiti um "humph" curto para terminar a frase. Como já esperado, não aguardei resposta; deitei mais uma vez a cabeça no ombro de Nicholas e esperei que ele me tirasse dali.

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Goldenrod… Goldenrod… E mais uma vez Goldenrod. Inunda que tá me dando gatilho. Eu tenho boas lembranças da cidade, assim como Winnie eu participei da Copa União e aproveitei o momento para conhecer um pouco de Johto. É claro que minha participação não durou muito, já que eu tinha acabado de chegar de Unova e só tinha meu Chimchar e um Eevee.

Mas… Ao pensar na cidade só consigo pensar no episódio que passei com Margo. O estranho dia e que fomos sequestrados por um médico, supostamente Rocket, que abriu nossos abdomens e revirou nossos órgãos internos. Até hoje não sei como conseguimos sobreviver aquilo ou por qual motivo passamos por isso.

Quando Winnie escolheu a cidade, as lembranças invadiram minha mente. Winnie não sabe o que aconteceu comigo na cidade, apesar de já ter visto minhas cicatrizes. De qualquer forma, não seria por esse motivo que eu diria não, afinal eu mesmo voltei para cidade depois do ocorrido. E para dizer a verdade, tudo que eu quero é visitar e ajudar a reconstruir qualquer cidade de Tohjo. Seja Kanto ou Johto, essa é minha terra natal e onde passei a maior parte de minha vida. Também foi aqui que conheci pessoas incríveis como Winnie, Blake e Klaus.

Ao chegar a Goldenrod nada disso importava. Até porque Goldenrod não existe mais. Eu não sei o que eu estava esperando encontrar, mas com certeza não era aquilo. Depois de inúmeros dias de chuva intensa a cidade já praticamente não existe mais. Pergunto-me se minha cidade natal, Fuchsia, se encontra da mesma forma ou pior. A resposta é óbvia e nesse momento fico feliz por ter deixado Winnie escolher para onde iriamos. Talvez ela já soubesse disso, tanto que ela mesmo não escolheu sua cidade natal. Mas ainda assim ela parece mais abalada do que eu, talvez por Johto ser o seu continente.

Permaneci distante, enquanto eu mesmo tentava me recuperar do choque inicial. Quando por fim, ela se virou e veio em minha direção abri meus braços e envolvi seu corpo em um abraço silencioso. Nenhum dos dois precisava dizer nada, pois ambos compartilhavam o mesmo sentimento.

Infelizmente o momento não durou muito, pois o silêncio foi quebrado por Cthaeh. - Podemos aproveitar que estamos longe e abrir ele pra saber como funciona. - Proferi a ideia que não saia da minha cabeça já há algum tempo. Talvez externá-la para Winnie faria eu descobrir se ela é boa ou não. Depois de obter minha resposta, decidi voltar para o que é importante. - Tudo bem… Vamos ajudar a tudo voltar como era antes. - Exprimi ao mesmo tempo em que passava os dedos entre seus cabelos.



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Era impossível não receber a proposta de Nicholas com um sorriso idiota; ele soubera o que falar no momento exato de falar. Um alívio cômico nunca fora tão bem feito e uma proposta tão bem vinda! Suspirei, fingindo estar cansada, separei-me de Nicholas e encarei o robo. Fiz o famoso "pspsps" com a boca, chamando-o para próximo de mim como um gato e logo mais fui atrás da máquina, tentando alcançá-la com as mãos:
- Eu tenho quase certeza que as peças dele serão bem úteis na reconstrução - Apesar de entonar como uma brincadeira, eu de fato fazia o ato de tentar capturar o robô - Mr. D não vai se importar, né? É por um bom motivo - Eu não conhecia Mr. D para supor isso.

É importante rememorar que outrora Nicholas me contou sobre isso. No avião dei mais detalhes a ele sobre a Requiem mas ainda não entrava em detalhes sobre sua aderência; deu para nos contextualizar, mas convenhamos que "nem tanto", ou melhor, "não o necessário". Segui atrás de Cthaeh e sinalizei com as mãos para que Nicholas o cercasse, quando possível, o pegaria por baixo, enquanto o ruivo não o deixaria escapar por cima. Ele tentaria escapar? Não sei ao certo; era um IA, não um pokémon. Toda boa máquina tem um botão de desligar:

- Você não tem como controlar isso? - Questionei. Eu só queria um Aplicativo em sua PokeNav que desligasse aquilo; tem que ter algo assim.

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Winnie pareceu ficar animada com a ideia e eu ria enquanto ela chamava Cthaeh  como se ele fosse um gato. É claro que Cthaeh  apenas se afastou mais ainda, sabendo do perigo eminente.

É claro que eu participaria da brincadeira, ajudando Winnie a cercar a engenhoca na tentativa de capturá-lo. Se Mr. D iria gostar ou não disso? Eu não me importo. Afinal, se me tornar seu aprendiz fosse uma grande prioridade eu nem ao menos estaria aqui.

-  Ele não me deu nenhum controle. - Respondi a sua pergunta. - Talvez a gente possa tentar capturá-lo. Eu tenho um Porygon também, podemos tentar hackeá-lo. Mas abri-lo ainda parece a melhor ideia.



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OFF: OLÁ MEUS AMORESSSSSSS. Bem-vindos à minha Fan Fic... quer dizer, à nossa rota! Espero que possamos nos divertir. Se não gostarem da minha fic, problema de vcs, bjs xau



Força Terafa: Vitória Rotom e Mailson Tupinambá na cidade de Goldenrod!



Goldenrod City. O que falar sobre a outrora maior cidade de Johto, quiçá do mundo! Um lugar que era fenomenal, tendo que de tudo que você pudesse imaginar, com grandes prédios de lojas, um grande cassino, uma orla extremamente convidativa e turística, além, é claro, de ter o Trem Magnético, a ligação mais veloz e segura entre Johto e Kanto.
 
Todavia, para aquela dupla de viajantes e talvez um casal, os sentimentos eram diferentes. Winnie havia aprendido bastante naquela cidade, tendo tido boa parte de suas aventuras e histórias que a moldaram no que é hoje, principalmente a grandiosa Copa União. Nicolas, por outro lado, havia sofrido ali um grande trauma que o jovem nunca havia contado para sua amiga. Enfim, o que se podia dizer, com certeza, é que ambos estavam aliviados por não terem ido para suas respectivas cidades natais. Ter em mente como elas eram e não como haviam ficado poderia ser uma boa lembrança para se guardar o máximo que pudesse e, de preferência, não encarar tão cedo a nova realidade.
 
Depois de uma grandiosa palestra, na cidade flutuante de Sienna, a dupla havia entrado no respectivo helicóptero e se digiram até a cidade de destino. Winnie dormia profundamente fan fic mode on e a coisa mais difícil era fazer ela acordar, com toda certeza! Afinal, a jovem havia passado por um dia bem cansativo de treinos e lutas incessantes. Nicolas parecia mais tranquilo, apesar de Cthae, o chato robô!
 
Após alguns minutos de viagem, a dupla já conseguia ver, sobrevoando, a cidade. Bem, não poderia ser chamada de cidade mais, pelo menos por enquanto. Tudo devastado, um verdadeiro apocalipse havia ocorrido naquele local, com diversas casas destruídas, assim como prédios. As ruas, os carros e outros componentes básicos da antiga cidade estavam totalmente deteriorados. Uma imagem chocante de se ver. Todavia, alguns pontos conhecidos, por alguma razão, continuavam de pé, ou, melhor dizendo por enquanto de pé.
 
O grande Department Store, apesar de bastante destruído, ainda mantinha sua estrutura firme no solo, assim como a famosa e querida Torre de Rádio. O Trem Magnético, apesar de caído pelo meio da cidade, parecia, dadas as proporções, intacto. O mesmo não se podia falar dos trilhos, destruídos e espalhados pelo local, assim como o grande cassino, totalmente quebrado. Muito trabalho havia para ser feito.
 
A dupla aterrissava em uma grande praça da cidade, próximo à praia do famoso Silver Ocean. Tudo lá estava destruído e alagado, inclusive o Global Terminal, com sua metade superior tombada para o lado. Além de toda a destruição do local, o novo cenário era composto também por pokemons mortos, principalmente Magikarps e diversas algas espalhadas, assim como corais. Se para os seres humanos havia sido um desastre, para a flora e fauna marinha, uma baita oportunidade, digassi de passagem.
 
Outros helicópteros iam e vinham, trazendo cada vez mais pessoas para a cidade, enquanto Nicolas tentava acordar Winnie, com certa dificuldade, mas ao final dava certo e a dupla logo era orientada a seguir para uma das grandes tendas metálicas, construídas próximas ao destruído Global Terminal.
 
Dirigiam-se para uma menor, ao lado da principal onde rangers, enfermeiras Joy e uma mulher de cabelos rosa e feições gentis parecia coordenar tudo por ali. A tenda da dupla era próxima da praia e com muita gente passando por lá, trazendo objetos e... bem, apesar de embalados e cobertos, pareciam ser corpos, trazidos por macas. Os danos da grande chuva não foram somente materiais, muitas pessoas morreram também...
 
Enquanto esperavam para serem atendidos, a dupla passava por um momento fofo e companheirismo, apesar de Winnie não conseguir colocar sua cabeça no ombro dele, afinal, era tinha 1,30 metro, enquanto Nicolas tinha 2 metros, sendo, portanto, fisicamente impossível... mas ela tentava, até ficando na ponta do pé, porém, em vão.
 
Para atrapalhar aquele momento, nada melhor que o grande Cthae que, com sua voz metálica, um pouco parecida com a da pokedex, voltava a reclamar – Vocês vão para um quarto agora? Acho que aqui não tem lugar pra isso... em pensar que o Mr. D me colocou para ser baba desse projeto de mendigo. Eu, o grande Cthae, rebaixado a isso! Para piorar, agora vem um magricela que parece ter 10 anos para acompanhar... tomara que não pensem que vocês são pai e mãe, mas parece um pouco... só dizendo.
 
Então, Nicolas e Winnie começava a brincar com o robô, querendo mexer com ele, deixando-o furioso e chamando atenção dos transeuntes que olhavam aquilo sem entender direito – Me abrir? Estão loucos! Eu sou um projeto de 15 anos! Tenho habilidades que vocês nem sonhariam! – então, o seu pequeno corpo negro, com a grande lente, como se fosse um olho, desaparecia, deixando Cthae... invisível!?
 
Gostaram? Trouxas! Sou uma IA criada para espionagem, podendo entrar em locais sem ser visto e captar tudo! Minha lente é mais potente e precisa que o olho humano! Consigo tirar 1000 fotos por minuto e armazenar mais de 500 Terabytes de dados. Sou autossuficiente, me alimentando de energia solar e eólica, podendo passar quase um ano ligado direto! Infelizmente, Mr. D ainda duvida de minhas capacidades e me manda aqui, ser babá...droga, falei demais! – então, Cthae ficava calado, parecendo como se nunca estivesse ali.
 
Alguns minutos mais tarde, a dupla logo era chamada para se apresentar perante um ranger com um semblante bem sério e uma roupa preta estilosa – Olá meus queridos, me chamo Enzo! Serei o ranger responsável por fazer as orientações básicas sobre seus serviços aqui. Mas antes disto, poderiam informar seus dados básicos? Os auxiliares aqui estão pegando os dados dos voluntários designados para esta cidade, que são muitos, assim como as atribuições e pokemons que trouxeram – Mikael indicava com as mãos os dois oficias próximos dele, com notebooks bastante sofisticados acima da mesa vermelha metálica – Por isso, vou querer que me diga também os pokemons que trouxeram... ou tira-los da pokebola, se não for incômodo... assim vou poder averiguar melhor para onde manda-los

Valeu Ranzito!

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Antes que eu e Winnie conseguíssemos capturar o demoníaco Cthae o mesmo ficou invisível. OK, essa é nova. Realmente ele é um espião bem útil com essa habilidade. Mas é claro que eu não deixaria ele saber que eu estava surpreso, assim quando começou seu discurso eu virei as costas, dando minha atenção totalmente para Winnie.

-Você se lembra dessa praça? Acho que eu já treinei aqui antes. - Inquiri em um tom bastante tristonho, ao mesmo tempo em que observava o local totalmente destruído e os Pokémon mortos. Um desperdício de comida, de fato.

Por fim não demorou para que um Ranger nos chamasse para nos apresentar. Eu teria que trabalhar ao lado deles? Espero que não. Ainda mais se o Mr. D realmente for um Rocket, isso não deve pegar muito bem não é mesmo? Foda-se, eu tenho que manter minha identidade oculta de qualquer forma.

Meu nome é Nicholas von Dietricher, da cidade de Fuchsia. - Proferi em resposta ao seu pedido. - Eu preciso de um pouco de espaço para apresentar meus Pokémon. - Dito isso olhei em volta a procura do local mais adequado para mostrar meu time. Quando o encontrei, comecei liberando o meu maior Pokémon, Steelix. Depois dele apresentei Tentacruel, Ferrothorn, Infernape, Alakazam e por último Jolteon.  

- Esse é meu time. Todos são Pokémon de alto nível e capacitados para qualquer tipo de trabalho. - Proferi com bastante orgulho de contemplar  o sexteto juntos.


Off: Se vim de fanfic eu peço troca de narrador. u.u

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Talvez o baque inicial tenha passado; eu já não batia o queixo ou pedia um afago. Não queria muito ajuda; depois da primeira impressão, tudo que viria era para aliviar. Talvez por isso consegui me distrair com o robô, que logo sumia de vista e me impressionava. Eu não faria como Nicholas; definitivamente não.

Abri a boca em uma expressão surpresa; queixo caído padrão, olhos arregalados e inquietos e pescoço revirado, procurando Cthaeh por todas as partes! Ao não encontrá-lo, procuro a face de Nicholas e ao encontrá-la exclamo a seguinte questão:
- Lamora também faz isso né?! - Questionei em tom óbvio - Isso de se teleportar, combina contigo... em?!

Ok ok, eu estava errada; o robô não se teleportou, mas eu não parecia saber disso até então. Continuei no erro e voltei a olhar pra frente; o cenário todo destruído parecia ser colorido por um ponto preto brilhoso... provavelmente um Ranger. Talvez pelo uniforme chamativo, era fácil me distrair. Franzi o cenho, forcei os olhos e tentei entender do que se tratava aquele ponto esquisito; quando não consegui, apenas mirei na direção que Nicholas apontou e vi uma praça:

- Eu acho que essas Margikarps morreram quando desafogou a cidade - Eu sei, eu sei, eu não respondi Nicholas, mas certamente tinha outras questões em mente - Eu me pergunto como tantos corpos ficaram de baixo d'água e sem mantiveram sem muita deterioração. Vejo sendo levados em macas mas... dois anos?! Será que são exploradores que tentaram vir aqui mais recentemente? Sei lá... eu não consigo parar de pensa que... - fui interrompida por um calafrio terrível. Precisei cortar minha fala para senti-lo num tremelique horrível. Balancei a cabeça, tentando me livrar do impulso horroroso que senti. Falhando miseravelmente, apenas terminei a frase - ... que a gente vai encontrar muitos ossos e restos mortais por aqui.

E como iria! Eu só precisava olhar para os prédios para saber que boa coisa eu não veria. Ao menos o ponto preto começava a se firmar no cenário, esboçando um corpo que caminhava animado em nossa direção. Ali eu já tinha certeza do que se tratava; Nicholas provavelmente fora tão disperso quanto eu no discurso de Sienna, mas havia algo que eu certamente lembrava: da apresentação de nossos pokémons. Liberei um por vez, antes que o Rocket se rememorasse e fizesse ao mesmo tempo que eu. Primeiro Loki, o grande urso. Depois Freya, a assombrosa fantasma. Depois Skuld, a doceira-boba. Após ela Hela, a elétrica que até cansara de apanhar. Em penúltimo, Sif, O sorvete que pouco vi durante a vida. Por fim, mas nem um pouco menos importante, Nidhogg, meu dragão. O Hakamo-o carregava um sino amarrado em seu pescoço que fizera todos olharem quando pousou ao chão.

Ao fim da liberação, o tal Ranger-Enzo se apresentou e pediu para que fizéssemos o mesmo. Nicholas foi na frente; tirou Steelix como pioneiro e seguiu com o espaço para os outros tantos pokémons. Aqui eu devo admitir; havia certa credibilidade no fato de trazer consigo todo o seu time principal. O ruivo parecia bem empenhado em treiná-los ao máximo; eu apreciava isso, apesar de não repetir. Deixei que ele terminasse e, na minha vez, fiz as explicações mais nervosas e apressadas, deixando claro que estar ali era um boom de sentimentos inexplicáveis:
- Eu sou Winnie Freda... de Violet. Eu não sou como Nicholas mas acho que todos aqui tem certa... utilidade - Soou ofensivo? Acredito que sim. Loki me olhara franzido o cenho, como quem dizia "vai mesmo ficar comparando?". Reparei a gafe, pigarreei e tentei consertar - Até porquê somos muito melhores, né não time?!

Talvez tenha colado; talvez não. Jellicent me olhara atônita, esperando alguma explicação digna. Loki apenas gargalhara do meu improviso torpe e os outros? Bem, a maioria não entendeu a situação; salvo Hela, que deu de ombros e seguia a frente. Era agora que tudo começaria?! Provável que sim. Eu deixaria que o Ranger nos levasse para os devidos postos de trabalho; mas não sem antes responder a questão que Nicholas fez a milênios atrás:
- Não acho que... eu tenha treinado aqui. Na verdade, o pouco que treinei em Goldenrod foi nas margens da cidade... os centros e praças grandes eu só vim pra eventos mesmo, mas eu reconheço muito pouco... acho que ali - E apontei para o maior dos prédios - Era aquele Shopping. Ou talvez seja a central de rádio, considerando que a antena deve ter quebrado e caído, ou talvez levada.

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Fiquei pensativo sobre a questão dos corpos. Realmente é estranho o estado em que eles estão. Será que realmente são mortes recentes? Eu só espero que não exista nenhum perigo atualmente, farei questão de não me separar de Winnie. Até porque isso não faria muito sentido, já que viemos juntos.

Fiquei impressionado ao observar o time de Winnie. Ursaring parecia mais forte do que da última vez que nos encontramos, talvez quase no mesmo nível que Steelix e Alakazam. Ainda assim, ele deve ser um bom adversário contra o Robb. Ela também trouxe Jellicent, eu descobri como Freya é forte quando ela derrotou o meu Steelix, é claro que esse combate em dupla foi um tanto quanto suspeito. O que mais chamou minha atenção foi o Hakamo-o, o pseudo-lendário de Alola. Ele com certeza ainda estava longe de chegar em seu último estágio, no entanto já possui uma certa aura de imponência. Por fim uma Clefable  que eu não fazia ideia de que Winnie possuía, sua Electabuzz e o Vanillite que eu lhe dei de presente. Confesso que fiquei feliz ao ver ela usando o Vanillite.

Com Infernape e Alakazam do meu lado me aproximei, ficando em frente a Loki. - Ei, cara. Você ficou muito forte. Acho que podemos ter uma revanche depois. - Então olhei para o Hakamo-o e depois para Winnie. - Por que só eu não tenho um pseudo? - Perguntei com a voz chorosa. - Você está ficando muito forte, quem sabe daqui a pouco consegue me ganhar. - Falei sorrindo e a cutuquei com o cotovelo, já esperando uma resposta digna.

- Eu também não tenho certeza se treinei mesmo aqui… Minha lembrança da cidade é quando fui sequestrado com Margo e consegui as cicatrizes no meu tórax. - Falei sem encarar Winnie, enquanto brincava de pegar o pequeno Vanillite.

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Nicholas não estava errado ao supor que Loki estava mais forte; ele crescera muito nesse meio tempo, assim como Jellicent também. Eu sabia que ele já conhecia Freya; a pokémon derrotou o grande Steelix dele a alguns meses atrás, mas era inevitável achar que a pokémon estava ainda melhor! Num treino um tanto quanto intenso, me dei a liberdade de alterar ainda mais seu Moveset, e agora ela se tornava uma oponente bastante... desafiadora? Acredito que seja esse o nome. Talvez (numa questão hipotética) fosse meu melhor pokémon contra o Infernape; é imune ao Close Combat famoso e tem dano reduzido dos golpes ígneos. Tem vantagem de tipo e ainda não é tão atrapalhada por Taunts nesse confronto. Ainda assim, ela teria que crescer muito se quisesse um dia se tornar tão poderosa quanto.

Ou melhor; eu teria que fazê-la crescer. Eis a arte do treino pokémon; eles não crescem por osmose ou inércia, como nós humanos. Eles necessitam de um esforço ímpar, que você decide dar ou não. No caso de Jellicent, eu tinha completo prazer em me doar para ela; seria um retorno bastante agradável. Talvez pelo reforço da nossa relação que a pokémon abriu um sorriso tímido e esboçou certa reação ao ver Steelix. Ela ainda lembrava de uma batalha não-tão distante contra a serpente e se viu na obrigação de cumprimentá-lo com um balançar de cabeças.

Eu reparei o singelo ato e apenas olhei para Nicholas, procurando alguma reação. Não encontrei particularidade alguma; apenas um discurso que focava em outros pokémons meus. Pois bem, eu não vou mentir: Hakamo-O amou ser visto por Nicholas. Logo esticou-se e ouriçou as escamas metálicas tentando se exibir ainda maior do que era; cheguei próximo dele, tirei da bolsa um pente metálico que outrora Regin roubou e escovei suas escamas recém evoluídas:
- Dizem que tem um no GTS. Eu não olhei muito a fundo, Hakamo-O já me tira todos os holofotes para treino, mas certamente é interessante você dar uma olhada na proposta, se quiser tanto um - Fora logo após isso que veio a provocação de Nicholas; me vi obrigada a evitar conflitos diretos com Robb e apenas caçoar o treinador e não seus pokémons... até porquê, nenhum deles tinha nada a ver com isso - ... ganhar de novo, você quer dizer, né?! - Ri, soltando o ar de vez, como quem quisesse bem enfatizar o deboche.

O resto dos meus pokémons? Bem, Vanillite flutuou para perto do Ranger, tentando ver por trás de seus ombros onde diabos estava. Electabuzz estava satisfeita com o sol brando em sua face, Hakamo-o continuava sendo escovado por mim numa tentativa de (re)construir nossa relação e Loki franzia o cenho para Nicholas, se perguntando um belo de "eu te perguntei alguma coisa, moleque?", mostrando o descaso que tinha com o elogio do Rocket. Restava a Jellicent a indiferença frígida e a mim, uma promessa que não poderia cumprir:
- Se nunca treinamos aqui pois vamos treinar! Isso... claro... quando existir um 'aqui' - Eu falei atropelando Nicholas, mas logo me aquietei quando ele terminou a frase com uma notícia nada adequada para sair 'falando pelos cotovelos'. Estremeci com a informação e a única coisa que abri a boca para falar, era uma pergunta tão não digna quanto a promessa esperançosa anterior - Foi aqui que ganhou aquela cicatriz en... ?- Parei no meio da fala; eu soaria indelicada se chamasse de "enorme" em voz alta.

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Notei que Loki não pareceu gostar muito de meu comentário. Achei que nossa relação tinha melhorado um tanto depois que eu o ajudei a ficar um pouco mais forte. Bem… Fazer o que não é mesmo. É claro que diferente de mim Robb não deixou o momento passar batido, fazendo gestos de vários socos semelhantes ao Close Combat na direção de Ursaring. Para evitar um conflito, fingi que nada vi e respondi Winnie. - Eu vi isso, mas… Meu único inicial é o Infernape e eu não o trocaria por um Larvitar… - Terminei a frase em um sussurro. - Talvez por um Beldum.

- Pode ser um ganhar de novo… - Bem, levando em conta que nossa última batalha foi um treinamento e a anterior que foi em dupla o aliado de Winnie usou um Awakening… Talvez não seja. Entretanto, não irei entrar nesse mérito e iniciar uma discussão, deixo isso pro off.


- Enorme? - Perguntei rindo. - Sim… É uma história bem doida. Se você quiser saber eu te conto outra hora... Margo tem uma igual. Eu mesmo cauterizei nós dois. - Ah... Nada como lembranças traumáticas.

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