[Ayzen] Um pé de gato!

Mais uma missão Ranger! Depois de um mês de molho por conta de minha saúde, finalmente tinha sido liberado para continuar a minha carreira... A ideia sempre era retornar à Kanto, mas eu precisava seguir firmemente naquela região. Descia as escadas do Centro Pokémon em que eu estava hospedado naquela manhã. Após toda a minha rotina matinal, eu ia aos poucos voltando para o que era hábito meu. Passava os dedos no Rangerpad em minha mão, lendo os relatórios e o que a Corporação Ranger tinha de conhecimento sobre aquele caso...

Devolvia a chave do quarto para Joy, enquanto eu ainda estava bem criterioso. Vestia o uniforme ranger... Embora Hoenn não seja grande fã de Rangers, eu estava ali para cumprir minha obrigação, não agradar alguém... Dizia isso porque os meus narradores insistiam em colocar NPCs que desafiavam a minha autoridade... Fazer o quê? Uma calça bege escura era usada, com vários bolsos, certamente, para equipar de itens necessários em missões na natureza, caindo sobre uma bota negra de couro, bem amarrada, deixando claro que ela proporcionaria horas de caminhada e em terreno até mais hostil. Tinha uma blusa preta bem rente ao corpo, cujo tecido era gélido, permitia uma boa transpiração e proteção até de chuva, fazendo até uma continuidade com o manguito negro que usava para proteger do sol as queimaduras que eu tive na última missão. Por cima, o típico colete laranja aberto, com um pequeno símbolo Ranger Co. costurado na altura do peito, que era possível de se identificar só de perto. O boné finalizava o “look”. Tinham umas luvas alaranjadas, que revelavam os dedos, que permitia o apoio consistente de vários objetos, assim como preservaria a percepção das pontas dos dedos.

Quando tive certeza que teria que continuar uma investigação já iniciada, coloquei o Pad na mochila, virei o acessório nas costas e sai andando pelas ruas de Rutsboro até a Delegacia de Polícia, grande parceira dos rangers e possivelmente a primeira a receber denúncias sobre o caso... Claro, que no caminho eu fui olhando pelas árvores e tentando enxergar se ainda tinha gatinhos nas árvores... Fiquei curioso para saber o quê que prendia aqueles felinos lá sem que eles pudessem descer...

Ao chegar na delegacia, eu perguntaria por Oficial Jenny ou o oficial que poderia me dar as informações mais precisas daquele caso!

Na direção da delegacia de polícia, para conseguir mais informações sobre o estranho caso de encontrar o cara que estava colocando Skittys nas árvores, eu logo me deparei com uma situação que eu não esperava tão cedo... Quer dizer, esperava sim, porque senão não seria um problema ter skittys nas árvores. Uma criança chorava e parecia ficar distante de um pokémon enfurecido, enquanto o gatinho estava no topo da árvore. Não sabia se este problema se repetia: os skittys não conseguirem descer porque algum Pokémon ficava fazendo a guarda....

De qualquer jeito, eu me aproximei do garoto chorão e ali tentei captar a primeira pista, mesmo que seja de uma inocente criança - Oi tio, chora não!- abaixava-me na altura do guri, tentando trazer segurança para ele, enquanto estendia a mão para saber se ele tocava. Era uma reação mais que instintiva a busca de ajuda diante de um problema que não pode ser resolvido... - Aquele gatinho é seu? Ele subiu sozinho?- eu curtia crianças, fiz até sucesso na escola Pokémon de Rutsboro, mas precisava primeiro transmitir segurança e conseguir que ele parasse de chorar.

Embora estivesse perto do menino e relativamente perto da árvore, por consequência, do Pokémon raivoso, eu mantinha a minha atenção na esfera raivosa. Isso porque ela poderia atacar a qualquer momento e se eu estivesse certo seria um ataque a distância. Caso isso ocorresse, eu iria abraçar o menino e o tirar dali, resolvendo aquele problema depois...

Entre os soluços, o garoto ficava ali apontando para seu alvo, o gatinho.. Homem mal tinha colocando o felino ali em cima? Bem, pelo menos eu sabia que estava no começo da missão e o único informante que eu tinha era um garoto... Se seria difícil extrair alguma informação de uma criança, imagina de uma criança chorando? Tentar ajudar o guri era a primeira coisa que eu faria. Ergui minha Pokébola chamava Vanillish para fora.

O raio alvo surgia, emanando luz e saindo o gelado Pokémon. Poderia ver uma nevoazinha branca quando ele estava ali, enquanto eu apenas erguia minha mão fazendo uma linha reta até o Pokémon ali. - Duplo Ice Beam! – enquanto Vanillish, sorridente de modo assustador, começava seus ataques, eu liberava a minha escaladora de árvores número 1. A Pokémon mais experiente que passou por mais missões surgia. Ambipom e suas duas caudas se estranhava ao ver o guri chorão... Ela esperava ação de uma missão, não, uma creche para cuidar!

- Ambipom, preciso que você vá até a árvore e resgate Skitty para a gente... Eu iriei impedir o selvagem que se aproxime com Vanillish!

Enquanto passava as orientações para o Ice, eu mandava Ambipom ao resgate. Escalar árvores era uma habilidade dela nata como primata e por ser maior e ter tantas mãos dispostas, ela conseguiria trazer skitty sem muitos problemas. Depois de resolver o problema com aquele Pokémon e acalmar a criança, tentaria abordá-la com questionamentos sobre o tal homem mau que ela falava... Possivelmente, o autor daquela trama toda...

A fúria de Voltorb invadia o campo. O ice apenas flutuava em balançar de um lado para o outro enquanto havia a troca de ataques. Bem, ele atrasava um pouco mais a batalha perante o Light Screen que era invocado. Ambipom sumia na árvore, acredito eu que estaria no solo em breve, não cabia a mim estabelecer limites, mas, né, esperava que não demorasse. A criança mantinha-se perto de mim. Não queria que sobrasse nada para ela, como um ataque mal direcionado, principalmente do Electric. Com isso, eu iria voar no menino e tirá-lo com caminho, e que meus reflexos me salvem...

- Vanillish, atenção!- chamava a atenção do meu Pokémon, que se mantinha firme no campo, pronto para contra-atacar. Bem, como Light Screen fora invocado (sabe-se lá como, já que é um golpe de nível 29) eu logo erguia o punho em uma mudança de ataque: - Vamos de Avalanche! (2x)- convocava o golpe contra o electric no meio do combate.

A ideia era que Avalanche ataque depois para dobrar o poder, enquanto eu dava apoio ao menino e esperava o retorno de seu Pokémon...

Aquele brilho era conhecido! Uma auto destruição viria dali com a intensidade de uma bomba. Vanillish, de feliz, agora se mostrava desesperado. Embora não soubesse a real consequência daquele golpe, era pressentido que era algo danoso. Eu deveria prever que aquele Pokémon tinha um golpe assim? Deveria! Mas por algum motivo eu fiquei estático e falhava até em proteger o menor daquele embate. Ser arremessado para longe era o que me restava;

Vanillish, que estava mais perto, era o que mais sofria, depois do guri. Éramos arremessados, eu mal caia no chão e me levantava, sentindo leves dores de escoriações na lateral do meu tronco e no braço esquerdo que eu apoiei no chão. Ardeu um pouco e eu já deveria lembrar que eu missões rangers eu iria me ferir, mesmo que com selvagens. Eu corria até o menino para checar a respiração, sendo que Ambipom e a Skitty chegava primeiro.

- Senhor, me ajuda a leva-lo ao hospital!- pedia eu um tom de desespero. Procurei sinais de dano no crânio. Deveria ser uma contusão, mas só um médico poderia me dizer ali... Antes de sair, via o corpo de Voltorb todo chamuscado, caído... Aquele pokémon não deveria estar nas ruas. A rangerball era sacada e arremessada no Pokémon caído e assim eu iria realizar a captura e em seguida usaria o Rangerpad para enviá-lo para a base ranger para restabelecer o temperamento dele.

Enquanto isso, pegava o menino nos meus braços, enquanto Ambipom seguia com Skitty consigo. Eu pedia mais uma vez ajuda do homem mais velho pelo transporte. Chegaríamos muito mais rápido do quê a pé. Caso ele se mostrasse resiste, por qualquer motivo, iria chamar um uber/táxi, o que aparecer primeiro. Dei mais uma olhada ao redor para saber se não tinha um responsável.. Quem sou para dizer que seria imprudente deixar crianças sozinhas nas ruas, quando era liberado ser treinador pokémon e viajar no mundo sozinho com 10 anos...