Pokémon Mythology RPG
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SHIMMER RUINS DUNGEON #1 - KB & SHIANNY

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Era difícil afirmar com certeza o tipo de pensamentos que bailaram por sua consciência quando os olhos foram bem alimentados pelo mar colorido das infinitas tendas que se espalhavam pelo andar inferior daqueles em que estavam - mas, é óbvio que o "detalhe" mais gritante e que mais tornava necessitada sua sede de agitação (que sequer lembrava direito de ter, para ser sincera) eram os gigantescos portões bem decorados que se estampavam no lado oposto do salão e, felizmente, também foi ali que descobriu o responsável pelas tempestades de areia que, soube, provavelmente seriam frequentes enquanto estivessem no subterrâneo das ruínas de Oirar't.

— ...Não devia te surpreender. — Comentou, em baixo tom, após se recuperar do novo açoite de poeira causado pelo mecanismo logo acima da gigantesca passagem oposta, que funcionava sabe-se lá como e escondia sabe-se lá o quê. — Esse lugar é enorme, deve precisar de bastante gente pra ver tudo... E talvez tenham descoberto algo ainda maior lá pra dentro. — Sussurrou, apoiando-se na parede do fim do corredor, usando-a para se ocultar do grupo ao redor da fogueira, após dar um breve olhar de canto para se certificar de que nenhum deles seria o homem que haviam visto do lado de fora.

Diante da pergunta de Karinna, então, as pálpebras se fecharam por um momento, o peito subindo e descendo, vagaroso, em sincronia com a profunda respiração. À primeira instância, parecia óbvio para si que teriam de atravessar os portões para que pudessem ter uma aventura de verdade e, embora não houvessem problema algum com as roupas (considerando que não eram muito diferentes das dos outros, visto a aventura necessária através do deserto), seria difícil descobrir como abri-los sem que fossem abordadas por sabe-se lá quantas pessoas e, vamos combinar, não tinha muita vontade de descobrir se toda aquela cambada seria amigável com duas garotas que só foram, uh, xeretar.

— ...Se liga. — Pediu, em baixo tom, empurrando as costas para longe da parede e ajeitando mais ou menos as roupas, batendo a poeira que se acumulou sobre elas por conta da nova ventania que as havia atingido. — Vem na minha. — Disse, antes que a loira bancasse a doida e fosse deslizando estrada abaixo. Então, em passos sem pressa, endireitou a coluna e se aproximou com certo cuidado do grupo ao redor da fogueira, para tentar pescar alguma coisa do que eles diziam antes da inevitável interação que deveria iniciar.

— Ei, e aí, pessoal? — Cumprimentou ao chegar perto o suficiente - mas não demais -, com um aceno tímido de dedos - e logo colocou a mão atrás das costas, brincando com a esfera bicolor de seu elétrico entre as palmas. — Desculpa interromper, mas será que vocês conhecem e sabem dizer onde que tá o Professor Roberto? — Perguntou, com um tom manso, quase submisso - uma calmaria invejável, até. Era fato que estava jogando todas as suas fichas na mesa naquele exato momento, mas era tudo que conseguia pensar para aquela rápida improvisação. — De novo, desculpa atrapalhar vocês. Eu sou a Lia, essa é a Sara... — Se "apresentou", indicando a monotreinadora com a cabeça. — Sabe como é, acabamos de chegar, queríamos aproveitar pra tomar um fôlego e relaxar nas tendas... — Então, o rosto se desviou na direção dos portões, os orbes acinzentados explorando-os antes de volver novamente para o grupo. — ...Mas, pra ser sincera, acho que vai ser difícil fazer isso com esses portões encarando a gente! — Riu, com um breve dar de ombros. — Essas tempestades acontecem o tempo todo, por aqui? — Quis conferir, mordendo com discrição a parte interna das bochechas. — Será que algum de vocês pode atualizar a gente sobre como funciona, e tudo o mais? — Arriscou, oferecendo um sorriso tímido para o quinteto.

Se não desse certo, bem...
Seria hora do Plano B!
(Que deveria começar a montar, inclusive...)

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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Um Império de Castelo de Areia

As duas meninas levaram um tempo para se vislumbrarem da vista histórica e titânica diante de seus olhos. A magnitude daquele lugar e a quantidade enorme de pessoas que parecia ter ali era algo realmente inexplicável! Se não fossem amigáveis, certamente seria o fim da linha para as duas, que acabariam suplantadas ou tendo de fugir, isso se não conseguissem eliminar todos. Uma ideia um tanto complicada, mas não impossível. Mas enfim... Diante de tanta informação restava para a dupla decidir como lidariam com todos estes fatos. Algo que no momento parecia levantar a ideia de diferentes abordagens pelas duas.

Enquanto Karinna pensava em descer a estradinha de terra para a direção das barracas, o único caminho que parecia transponível, Natalie tinha um certo interesse em se aproximar das pessoas na fogueira e tirar algumas informações, chamando a loira para tal. Pois bem, independente da decisão de Karinna em seguir ou não Natalie, a ruiva foi em frente com seu plano, apresentando-as com nomes falsos e perguntando sobre um tal "Professor Roberto". O bom e velho "jogar verde para colher maduro". Será que funcionaria...?

Quando as duas garotas se aproximaram, agora chamadas Lia e Sara, foram recebidas com muitos sorrisos e acenos por parte do grupinho da fogueira. Nem todos estavam vestidos como arqueólogos, alguns estavam com roupas civis, um tanto surradas e algumas até mesmo meio furadas ou rasgadas. Além disso, apesar dos sorrisos e alegrias, era notável que as pessoas ali pareciam meio famintas e desidratadas, com os lábios ressecados e cabelos meio quebradiços, apesar de penteados e da maioria das meninas estarem maquiadas. Incluindo a que respondeu Natalie — LIA! SARA! Bem-vindas! Hahaha! Não recebemos novas visitas há algum tempo! Devem estar cansadas da travessia do deserto, não é? Se quiserem, podem se sentar! — Começou dizendo a mulher.

 — Meu nome é Suzan, mas pode me chamar de Suzy. Eu sou uma das Arqueólogas da Primeira Expedição às Ruínas, é bom ver que tem mais mulheres interessadas nesses estudos. Mas enfim... Eu não conheço o Professor Roberto, ele deve ser de um grupo diferente. Apesar de que... Eu já conheço quase todo mundo... ENFIM! Eu posso levar vocês até o Professor Mintcupper, além de saber explicar melhor do que eu sobre tudo aqui acho que a expedição dele tem duas barracas pequenas e uma média, para dus pessoas, montadas. Vocês podem até escolher como preferem tirar um descanso. Posso levá-las até ele? — Questionou Suzan, após explicar a situação. O que as duas exploradoras fariam então?


Progresso da Rota - Karinna :

Progresso da Rota - Natalie :



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shimmer ruins


A pior parte de tudo era estar completamente equivocada.

Quer dizer, diante dos escaldantes dias percorridos embaixo de sol e noites com dedos roxos de tanto frio, jamais imaginaria que poderiam existir pessoas de verdade explorando as famosas ruínas de Hoenn. Ninguém tem noção da trabalheira que deu para chegar até esses destroços -- que agora vejo ser muito mais do que isso --, para finalmente encontrar algo interessante e... Estar cheio de pessoas. Parando para pensar, realmente, não tem porquê arqueólogos não estarem vasculhando por aqui, mas isso também significa que todo e qualquer tesouro que descansava sobre essas areias em breve estará disposto em algum museu sem graça em uma cidade mais sem graça ainda. Ao invés de estar dentro do meu bolso, onde eu venderia no mercado negro por muitos, muitos dinheiros. Maldição.

Me dirigia na direção das barracas até ouvir, em um baixo tom de voz, Natalie pedir para que entrasse na brincadeira. Um sorriso malicioso, porém sucinto, despontou do rosto: que orgulho da minha Wooper já imersa na dissimulação que é ser uma Rocket. Parece que sou de fato uma má influência e que Natalie aprendeu uma coisa ou outra com meu teatro na mansão de Arceus com os elétricos. Como brincar de enganar os outros desperta graciosamente meu lado maléfico, respirei fundo, prendendo as madeixas em um coque malfeito e relaxando a postura para um tom de inferioridade.

Ah... Se é para ludibriar, que seja direito.

— ... — minha expressão era séria, com os olhos extremamente sérios e focados na mulher que tagarelava; esperei que terminasse, juntando ambas as mãos rentes ao corpo — ... AI MEU DEUS! — comecei a abanar o próprio rosto com as mãos, mostrando uma personalidade efusiva extremamente detestável, pelo menos para mim — VOCÊ é a famosa Suzan? AI, ARCEUS DO CÉU! — caminhei passos largos na direção da mulher, tropeçando propositalmente no caminho e caindo de cara no chão, claro, prendendo a bolsa rente ao corpo para que nada caísse quando o fizesse; Mochi, conhecendo a treinadora que tem, já entrava na brincadeira, balançando sua cabeça negativamente e bufando no processo — Não foi você a mulher pioneira em decidir acabar com esse machismo absurdo que existe na nossa área de atuação? — pensei em abrir a bolsa para buscar algum papel ou qualquer outra coisa, mas desisti, mostrando mais uma trapalhada da personalidade que escolhi dissimular — Quando decidiu vir pra cá, sabe? Posso estar enganada, como sempre estou, mas tenho quase certeza! Algumas aspirantes falam muito sobre nossa profissão no nosso grupo do zap! Se quiser posso te colocar lá! Que tal me dar seu número depois??? — abri um sorriso de orelha à orelha, com ambos os dedos indicadores batendo um no outro — E sim, claro, nos leve até lá! Adoraria saber em que andamento está a expedição! Espero que não estar tão atrasada assim...

O sorriso era tão falso que os músculos do rosto já começavam a doer... Não sou lá a mulher mais simpática do mundo, então, sorrir não é bem algo que faço com tanta frequência. Aproveitei para ir além: enquanto a jovem se levantava para nos guiar, ergui a cabeça, observando cada detalhes das ruínas, abrindo a boca em deslumbre, dando alguns pulinhos no processo. Exagerada? Talvez. Mas vai dizer que ninguém nunca conheceu uma pessoa igualmente insuportável na vida? Duvido.

No fundo da mente a única coisa que conseguia pensar era nas coisas que Oliver dissera alguns dias atrás. Como ele não encontrou toda essa gente aqui? Onde foi que estava que se amedrontou da maneira que o fez correr por sua vida? Ou estava mentindo ou esses arqueólogos ainda não encontraram seja-lá-o-que-for que o lenhador tenha visto. Ainda temos uma chance.

Fingir ser outra pessoa à essa altura já havia se tornado um traço da minha personalidade.

Hora de deixar Sara brilhar.



as ruínas.

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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Ainda que fosse ela própria a responsável por caminhar para a recepção curiosamente amigável da arqueóloga, tinha que admitir: Foi somente quando as palavras saltaram da boca de Suzan que o coração apressado se acalmou diante das tantas hipóteses que formulava sobre o tipo de reação que corriam o risco de arrancar ao se apresentar para o grupo que relaxava ao redor da fogueira; Ora, veja, apesar de ter tido toda a pompa para criar aquele teatrinho, não tinha controle sobre ele ou suas consequências - então, querendo ou não, temê-las acabava por ser, de certa forma, inevitável.

Então, sim, o susto diante da exageradíssima aceitação de Karinna à sua ideia de "infiltração" veio, tão natural quanto a agitação que sacudia dentro do peito. Os orbes acinzentados se voltaram de imediato na direção da monotreinadora diante de seu projeto de grito (o tal que interrompeu qualquer tipo de resposta que pretendia arriscar oferecer à moça com a qual confabulava) da personalidade de tiete moldada tão abruptamente pela companheira. De qualquer jeito, acabou deixando um suspiro escapar, e um riso sem jeito ao se aproximar da loira, apoiando uma mão em seu ombro e a puxando um pouquinho para trás, em gesto claro de reprovação silenciosa.

— Sáh, eles devem ter coisa o suficiente na cabeça pra você ficar tietando desse jeito. — Brincou, erguendo uma das sobrancelhas e balançando a cabeça com suavidade. O olhar passeou pela imagem do grupo, e um sorriso condescendente pintou nos lábios ao observar melhor o estado de cada um deles, de desidratação à bagunça visual. Questionou-se, por um momento, há quanto tempo estariam ali - e por qual raios de motivo insistiam em continuar, se aparentemente não estavam lá na melhor das condições. — Desculpem por ela. Mas, sim, adoraríamos que você levasse a gente, se puder, Suzy! — Respondeu, ajeitando uma das madeixas ruivas por trás da orelha. — Eu preferiria se desse pra ir direto, ou vamos acabar enrolando demais, se a gente parar pelo meio do caminho... — Riu, encolhendo os ombros com sutileza. — Estamos logo atrás de você! Pode ser?

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Um Império de Castelo de Areia

Karinna tinha mesmo mergulhado com tudo no papel criado por Natalie, talvez até demais. Mas a verdade é que agora elas eram Sara e Lia e não poderiam esquecer desse detalhe para não soarem como pessoas estranhas ou perigosas diante daqueles estranhos... Suzan reagia de maneira tímida a todas as frases lançadas como metralhadora pela loira, mas demonstrava ser uma boa pessoa, bastante simples, até um pouco contrastante com a personalidade de Karinna — Muito obrigado pelo reconhecimento! Eu não conheço muito dessas tecnologias novas, mas já vejo que cada vez mais pessoas vem aqui falando sobre isso. É até engraçado! Bem, eu vou levar vocês, por favor me sigam! — Explicou a Arqueóloga, despedindo-se dos amigos e guiando as meninas pela trilha existente, até o meio das barracas.

Ali embaixo o clima era de um pólo comercial de subúrbio. Era quente, tinha muita gente, falação e bem, não era agradável. Era notável que Suzan não se sentia confortável, mas tentava passar uma aparência educadamente amigável, mesmo incomodada. Era notável que ela apressava-se para sair da grande "muvuca" e até mesmo mantinha-se em silêncio até estarem em um espaço mais confortável — O Professor Mintcupper é um dos que mais tem informações sobre o Império aqui. O foco principal de todos é conseguir entrar de verdade nessas Masmorras e eu não sei há quanto tempo estamos tentando... Pessoas com mente mais nova são sempre bem-vindas com boas ideias. Aliás, se tiver uma tenda, ela deve ser bem próxima do portão, então vocês vão ser pesquisadoras privilegiadas! — Suzan explicava sobre o trabalho que ela entendia, um trabalho conjunto para abrir as gigantes portas, mas que não explicava tantos civis "comuns".

— Ah! Ali está o Professor, ele e o assistente estão conferindo as tendas mais novas que eu falei antes... Coincidentemente eles estavam preparando elas, parece até que sabiam que teríamos visitas novas. — Afirmou Suzan, agitando seus braços no ar para chamar o Professor. O homem se encontrava de costas inicialmente, mas assim que passou os olhos na direção das meninas, sorriu e retribuiu o aceno, aproximando-se. Para a surpresa das meinas, ele era o mesmo homem que estava falando com os Camerupts lá na saída. Provavelmente ele não tinha visto as meninas, mas... Certamente a possibilidade devia levantar um frio na espinha de desconfiança. Era preciso ter calma e continuar o plano se quisessem que tudo terminasse bem, não é mesmo?


Progresso da Rota - Karinna :

Progresso da Rota - Natalie :



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Com Sara e sua personalidade efusiva alegremente irritante tomando o lugar de mim mesma, a pior parte é precisar manter a animação diante de tudo, até mesmo da coisa mais besta possível. Natalie - ou melhor, Lia - me repreendia levemente, como quem já estivesse acostumada a lidar com uma personalidade do tipo; às vezes me pergunto se eu não seria uma companhia melhor se fosse mais Sara e menos Karinna... Ninguém gosta de uma pessoa resmungona, né?

Me mantive em silêncio durante todo o percurso. Descemos a trilha encontrando tantas, mas tantas pessoas que o sorriso constante até quebrou, dando lugar à uma expressão irritadiça, que logo se recompôs ao lembrar que precisava manter Sara ligada 24 horas dali em diante. Por dentro, estava queimando de raiva: Como tem essa quantidade toda de gente por aqui? O que será que já levaram? Andei todos esses dias à toa?

Até que Suzan mencionou as Masmorras.

— ... Masmorras? Hm. — a voz saía baixa e os pés paravam por um único segundo — Ai, que ótimo.

Se o portão que a mulher mencionou é o mesmo que dá acesso às Masmorras, realmente, estávamos bem privilegiadas. Os olhos voltaram-se para Natalie, dando uma disfarçada piscadela dentre um passo e outro. Quando tornei a olhar para a frente, estávamos diante do tal Professor Mintcupper. Engoli seco ao perceber de quem se tratava, com um leve receio de 1. ser reconhecida e 2. perceber que roubei algo de sua mochila lá fora. De qualquer maneira, não poderia sair da personagem de jeito nenhum.

— O-Oi, Professor! — a preocupação desaparecia, dando lugar mais uma vez à personalidade borbulhante de Sara — Finalmente chegamos! É um prazer finalmente conhecê-lo! Sou sua fã número um! — gargalhava, sem graça, escondendo o rosto com ambas as mãos — Espero que não estar muito atrasada, é-é que sou meio atrapalhada! — juntava ambas mãos na frente do corpo como em prece — Em que podemos ajudar? Como estamos no andamento da pesquisa?

Apesar da fachada feliz e emocionada de Sara, algo ressoava no fundo da minha mente: Suzy havia dito que estavam esperando novas companhias. Quer dizer, seja lá quem forem os donos dessas duas barracas ainda não chegaram. O que faríamos quando o fizessem? Seria preciso interceptá-los antes que isso acontecesse ou nosso disfarce estaria destruído. E não estou nem um pouco a fim de sair do deserto diretamente para a prisão. Um problema de cada vez, Karinna. Agora precisamos nos infiltrar de verdade.



as ruínas.

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Se tivesse que ser absolutamente sincera, tinha que admitir que aquele lugar lhe irritava mais do que o deserto escaldante e, em realidade, talvez até mais que as benditas masmorras arquitetadas de maneira vil pelo criador responsável por todo aquele universo diversificado em que residiam.

Foi com inquietação que os pés seguiram as passadas firmes de Suzan, logo após dar um aceno de dedos às outras pessoas ao redor da fogueira - e aquele sentimento não era por conta do temor de ser descoberta em si, e sim pela percepção de que teria de mergulhar naquela aglomeração absurda de tendas e pessoas se desejasse, de fato, descobrir a história e as coisas que tinham por detrás dos imensos portões decorados, que berravam em busca de atenção do outro lado do salão. Ora, veja: Não era lá das pessoas mais sociáveis, e não era exatamente como se sentisse extremamente confortável apertada no meio de uma multidão como aquela. Inclusive, se nem a própria arqueóloga o parecia, por que raios uma novata na área deveria se sentir extasiada com toda aquela falta de privacidade?

Tenho certeza que é possível compreender onde quero chegar.

— Bem, acho que é um ótimo timing nosso, então! — A ruiva respondeu, com um riso sem jeito. Particularmente, não lhe agradava a ideia de que talvez tivesse que disputar as tendas com alguém - mas, veja só, podia também contar com a possibilidade de que era "primeiro a chegar, primeiro a se servir" pois, nesse caso, literalmente poderiam ter ganho um ótimo lugar no palco de mão beijada. — Mas fala pra gente, Suzan... Qual é a de toda essa gente aqui? Quer dizer, eu imaginava que teriam bastante pessoas... — Acrescentou, se aproximando mais da mulher e baixando o tom de voz, próximo ao seu ouvido. — Mas não achava que ia tar... cheio desse jeito, sabe? — Disse, hesitante, os orbes acinzentados passeando de um lado para o outro. Não foi preciso muito tempo, porém, antes que o olhar encontrasse a imagem de Mintcupper - ou, pelo menos, acreditou que era - e, bem, o arrepio que deslizou por sua coluna foi inevitável ao perceber que se tratava do mesmo homem que haviam visto do lado de fora.

A atenção, por um segundo, volveu na direção de Karinna; Infeliz ou felizmente, não teriam como saber se o professor as havia visto e, mais importante, aquilo se tornaria rapidamente uma situação complicada se o bendito percebesse o... Bem, o seja lá o que que a monotreinadora tinha roubado, considerando a atitude esquisita durante a passagem pelo corredor que as trouxera até ali. Não tinha chegado a abordá-lo sobre (não tivera muito tempo, afinal), mas tinha certeza absoluta que a criatura havia passado a mão em alguma coisa e, particularmente, não queria colocar tudo a perder por um projeto de cleptomania que apitara na hora errada.

...Era difícil de dizer.

— Olá, Professor! — Cumprimentou, ao chegarem perto o suficiente. Com uma respiração profunda, apressou o passo para tomar a dianteira naquela interação e, bem, tomar o cuidado para que a companheira não acabasse dando com a língua nos dentes. — Mintcupper, não é? — Quis saber, estendendo a mão na direção do homem, deixando escapar um sorriso sem jeito no processo. — Desculpe se estivermos atrapalhando, mas chegamos agora há pouco e a Suzan disse que o senhor poderia ajudar a nos colocar a par da situação por aqui. — Acrescentou, ajeitando uma das madeixas ruivas com suavidade por trás da orelha. — Nós somos Lia e Sara. — Apresentou-se mais uma vez, indicando também a rocket próxima. — Se o senhor tiver um tempo para nós, adoraríamos ouvir um pouco sobre o que teria a nos dizer. Será que é possível? — Perguntou, oferecendo um sorriso gentil para o homem.

Até então, parecia que estava dando tudo certo...
Mas teria que esperar um pouco antes de qualquer conclusão precipitada.

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Um Império de Castelo de Areia

Depois de um percurso incômodo para qualquer ser humano consciente, finalmente houve um momento de calmaria quando encontraram o Professor Mintcupper na frente do grande portão de pedra. E aliás, agora tão próximo do portão era notável o quanto era gigante e intimidador! Mas enfim... Muitas dúvidas já fervilhavam na mente das garotas, principalmente de Natalie, durante todo o trajeto e isso despontou algumas perguntas direcionadas à Suzan, antes mesmo de encontrarem o Pesquisador. Questionamentos que fizeram o olhar de Suzan perder um pouco o brilho, apesar de ter sido bastante direta em responder — Ah, são por muitos motivos que as pessoas vem, mas é por apenas um que todos ficam: nós queremos... Não, nós precisamos abrir estes Portões. Certo? — Respondeu a menina, com um meio-sorriso, como se Lia e Sara já soubessem que essa era o grande objetivo ali e estivesse apenas refrescando a força de vontade das meninas.

Após esse momento curioso, era a vez de conversar de fato com o Professor Mintcupper. Ele parecia bem mais agitado e energético do que Suzan, mas já não era tão novo, devia ter por volta dos seus cinquenta e poucos anos. Ele parecia animado com a tietagem da loira, mas o que ele não resistia mesmo eram aos questionamentos, seja sobre a necessidade de ajuda ou sobre tudo o que acontecia ali — Oh! Ajuda é sempre bem-vinda. Essa noite nós iremos precisar de muita ajuda e vocês chegaram em ótima hora! Mas primeiro deixe-me explicar sobre isso aqui. Estamos todos unidos, como uma Comunidade com um único objetivo! Libertar o Grande Império Oirar't! Ele foi grandioso pelo deserto e pelas áreas ao redor por muitos séculos, mas infelizmente foi aprisionado para sempre por trás desses portões. Uma lástima! Há muitos anos tentamos e tentamos cumprir essa missão e... Nunca estivemos tão próximos. Confiem meninas! — Informou o Professor, abrindo um largo sorriso esperançoso que enrugava todo o seu rosto e até parecia trazer mais alegria para Suzan, apesar do próprio homem ter um olhar vazio e estar tão desidratado e mal cuidado como os outros que já encontraram.

— Professor, vamos deixar as meninas descansarem. A noite vai ser bem dura pelo visto. Vou até falar para a minha Equipe se preparar. Aliás, meninas... Vocês preferem uma tenda única para as duas, talvez com pouco espaço... Ou duas pequenas? — Questionou Suzan, apontando as duas opções. Uma delas era bem maior, talvez o espaço de três tendas pequenas. Contudo, duas ocupantes poderiam deixar a movimentação confusa em seu interior. Já as tendas menores só permitiam dormir, com espaço suficiente. Todas elas eram capazes de serem fechadas com um zíper e ficavam quase coladas na estradinha feita por humanos e que separava a "Cidade" da estrutura do portão. O que elas escolheriam?


Progresso da Rota - Karinna :

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— É isso aí! Vamos libertá-los! — o entusiasmo era insuportável; quer dizer, era a persona que eu tinha decidido incorporar, mas completamente o oposto da minha própria personalidade — Estamos muito felizes de estarmos aqui, Professor! — ambas as mãos batiam algumas palminhas, as quais eram ainda mais enfatizadas pelos pulos de alegria. argh, detestável. — Uma honra fazer parte da história do universo!

Mais uma vez o subconsciente trabalhava de outra forma. Libertar? Um exército aprisionado? Porra, nunca viram filme de terror, não? De qualquer maneira, isso deveria ser algo a ser discutido com Natalie quando estivéssemos a sós, ao menos em uma das barracas ofertadas. Me recompus, ainda mantendo o sorriso estampado no rosto e, com a mão direita, indiquei para que a ruiva respondesse o que Suzan havia perguntado. Ambas opções eram perto da porta e, se eventualmente decidíssemos explorar, aquele era um lugar privilegiado para sair quando estivesse menos movimentado. Mochi parecia um pouco aéreo, observando a grandiosidade do portão com um certo receio: seus olhos cerravam, mas não por completo, deixando um quê de desconfiança diante daquele plano. Sendo um psíquico, tão sensível quanto de sua espécie, era algo a se levar em consideração -- Gallade nunca me decepcionou com seu sexto sentido, nunca. O que quer que esteja atrás dessas paredes não será fácil de lidar.

— Ai, estou um pouco cansadinha mesmo! — bocejei, batendo a palma da mão esquerda na boca algumas vezes, voltando minha atenção ao senhor — Mas não se preocupe, Professor! Estamos aqui para fazer acontecer! — empurrei o ombro esquerdo de Natalie jogando levemente meu corpo em cima do dela — Não é, Lia? Se tem uma coisa que temos de sobra é motivação!

Claro que diante de toda aquela fala entusiasmada havia um easter egg... Chase estava cansada de saber a minha motivação verdadeira. Mas como explorar esse lugar e pegar as coisas sem que vejam? Quebraram completamente as nossas pernas. Ha, mas eu não andei, quase morri no limbo e declarei guerra contra Arceus à toa... Eu saio daqui com alguma coisa, nem que seja morta.

Despedi-me com um tchauzinho e um sorriso de orelha-a-orelha, andando em passos largos até a barraca escolhida por Wooper, aproveitando para espreguiçar-me no caminho. Sério, não aguentava mais manter aquela fachada alegre e efusiva... Era quase como se meu corpo rejeitasse toda aquela positividade absurda que me forcei a exalar. Quem me dera ser de fato igual a Sara, tão leve e sem qualquer amargura que refletisse no exterior... Mas não sou. Sou uma Rocket, grossa, estúpida, possivelmente cleptomaníaca, assassina -- tanto de pessoas quanto de Pokémon, ha! --, irritadiça e debochada. Minha vontade era de mandar aquele velho ir se tratar e tomar um banho, mas, não vale a pena. Pelo menos não por enquanto.

Paciência... Sara tem que viver por mais algumas horas.

— Amigaaaaa, estou tão animada! — disse em um tom ainda mais fino na voz, com um breve deboche estampado no rosto, porém o suficiente para que somente Natalie o entendesse — Vai ser demais, né, caraaa? — nos aproximávamos da barraca e, seguido de uma onomatopeia reclamona quase inaudível, bufei — Que inferno.


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Há um ponto (ou vários, de certa forma) em comum para todas as pessoas que já foram decepcionadas ou, que no mínimo, aquelas que já perderam o âmago de sua esperança: E ele é simples, discreto, tal como a coloração opaca que se apoderava dos olhos do pesquisador à sua frente. Não é surpreendente o fato de que era com um silêncio quase fúnebre que Chase admirava os orbes foscos de Mintcupper, encarando-o como se o fizesse com uma casca vazia - ora, ela própria tivera de fazê-lo muitas, muitas vezes, diante de suas ousadas observações passadas em frente ao espelho, vigiando o reflexo de uma crisálida que há muito não era capaz de acolher seu filhote. Dos tantos meses que seus demônios a perseguiram pelas piores experiências possíveis, bem, era doloroso enxergar aquele desânimo nas janelas d'alma de alguém que, supostamente, estava fazendo simples e somente algo que queria, que desejava.

Não é à toa que desejos são perigosos, afinal.

— ...Próximos, hein. — Disse, sem muita razão em específico, os orbes volvendo na direção do gigantesco portão, que tão mais imponente parecia dali de perto. Um arrepio inquieto escorregou por sua coluna, e a ruiva pressionou os dentes no interior de suas bochechas pela ideia de que, em breve, se nada desse errado, seriam as responsáveis por libertar seja lá o que se escondesse por trás daquela prisão de pedra. Particularmente, a ideia de fazê-lo era, agora, um pouco incômoda - quer dizer, quão sábio seria dar asas à uma possível civilização que havia sido lacrada, por sabe-se lá qual motivo, há tanto tempo? — Diga uma coisa, Professor. — Pediu, voltando a atenção para o arqueólogo, oferecendo-lhe um sorriso simples. — Sobre as inscrições nas paredes... O senhor saberia dizer se elas dizem as mesmas coisas? Ou são várias diferentes? — Perguntou, lançando a isca para que, possivelmente, pudessem descobrir as palavras que se escondiam por trás do corredor que haviam visto outrora. Seria a maneira mais fácil e menos arriscada de obter uma resposta, afinal. — E outra coisa, em que pé estamos para abrir os portões? Já temos algum plano traçado, ou ainda estão trabalhando nisso? — Quis saber, cruzando os braços com suavidade em frente ao peito, permitindo que a respiração escapasse do peito, pouco antes de aprisioná-la outra vez. — E, mais importante... O senhor pode nos colocar à par de como funciona essa... Estátua, aí? — Perguntou, apontando para o mecanismo no topo da passagem, o tal responsável pelas casuais tempestades de areia. — Ele se ativa muito constantemente? É normal essa ventania o tempo todo? — Quis saber.

Por bem ou mal, porém, não demorou muito tempo antes que o foco desviasse na direção de Suzan, e por conta da própria mulher. Chase observou por alguns instantes as tendas que lhes eram apontadas, e não precisou pensar muito para tomar uma decisão; Conhecia bem quem com quem estava naquele lugar, e não fazia questão de se separar da loira ao ponto de perdê-la de vista, ainda que só por alguns metros de distância.

— Nós preferimos ficar com a tenda única, se não tiver problema. — Respondeu, com um sorriso gentil. — Obrigada pela recepção, pessoal. É um prazer conhecer e trabalhar com vocês, de verdade. — Acrescentou, ajeitando com delicadeza uma das madeixas ruivas atrás da orelha, e apoiou com tranquilidade uma das mãos sobre o ombro da loira. — Vamos só tirar um tempo e descansar um pouco, que as minhas pernas estão me matando! — Riu, sem graça, apertando os olhos com suavidade. — Se precisarem da gente antes, é só chamar. Tudo certo? — Quis saber.

Acreditava que não existiria nenhum impedimento, então, se aprontou para seguir em direção da tenda com Karinna, ou melhor, Sara. Limitou-se em deixar escapar um riso tranquilo pela animação exagerada na voz da outra, e divertiu-se sabendo que sua cabeça muito provavelmente estaria o completo oposto do que demonstrava para aquele bando de arqueólogos, exploradores ou, simplesmente, curiosos. Não disse mais nada, ou pelo menos não o fez até que ambas adentrassem na tenda e, mais importante, até que fechasse a passagem com o zíper, "trancando-as" momentaneamente em seu interior...

Aí, só aí, o suspiro pesado escapou.

— ...Vai, desembucha. — Chamou a atenção, dando as costas para o zíper e encarando a figura pálida da companheira. Sem cerimônias, tirou a mochila dos ombros e a largou de qualquer jeito no chão da barraca, permitindo que o corpo caísse de mesma forma, sentando com as pernas cruzadas e apoiando o queixo sobre as costas dos dedos. — O que é que você pegou lá atrás? — Inquiriu, em baixo tom. — Preciso saber se é algo que pode, uh, você sabe... — Murmurou, balançando a cabeça. — Foder tudo, sei lá. — Acrescentou, esticando a coluna e cruzando os braços em frente ao peito, mais uma vez. — Você sabe que não pode fazer as coisas escondido, dona Sara. — Provocou, bem sabendo o mau humor que a monotreinadora ficaria depois que pudesse parar com todo aquele teatrinho.

Bem, mas é naquelas...
Era o que podiam fazer, por ora.

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