Pokémon Mythology RPG
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A sociedade negra. Cresça dragão negro e mais uns egg maroto

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Chloéthe
Valentain
6 participantes

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Off: Oi narradorzinho do meu core, <3 Essa rota é para rachar uns ovos graças a ajudinha do camerupt e também para encontrar com o Artie, Chris e o Gustavo YAY. Sendo assim, enquanto eles não chegam meu objetivo e ficar batalhando por ai e colhendo Berrys enquanto eles não chegam ok?

Após o contest nada melhor do que tirar um tempo para relaxar, esquecer os problemas e a dor de cabeça que foi aquele evento, agora eu precisava de outro rumo para seguir outra história para contar ao menos por enquanto. Sendo assim peguei alguns ovos e viajei para Slateport. O sol estava em pico mas a brisa ajudava a refrescar.  Sigo caminhando pela cidade costeira em busca de algumas frutas quem sabe? Olho ao redor procurando por árvores frutíferas e quem sabe, algum pokemon fofo ou um treinador desajeitado para batalhar. A cidade me parecia tranquila e o cheiro da maresia me lembrava a boa e velha Cerulean que foi meu lar e que ajudei a consertar com minhas próprias mãos. Ainda tenho os calos nos nós dos dedos. Algumas semanas se passaram nos Seels de Cerulean, mas o corpo definido que consegui ainda se mantinha a duras penas graças ao treinamento rigoroso recebido.

Lancei Swellow para que pudesse esticar as asas após um longo dia de viagem até Slateport. A ave esticava as penas lustrosas. Sobrevoando como um gavião, seus olhos eram afiados como lâminas.

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Off :


O glamoroso coordenador Valentain Lovegood caminhava despreocupadamente pelas ruas de Slateport. Ao seu lado caminhava uma belíssima exemplar de ave, que exibia suas penas bonitas e o peito estufado ao andar junto de seu treinador. Até então, o garoto não tinha nada planejado para aquele dia, buscava apenas inalar o vento que soprava da costa e relaxar. Se engana aquele que acredita que um coordenador não pega no pesado ou não possui estresses e cobranças, artistas são os mais estressados entre as pessoas, vivendo sempre sob o olhar julgador dos outros e este mesmo olhar decidiria o quanto vale todo seu esforço, suor e arte.

A cidade portuária lhe parecia o local perfeito para o tão merecido descanso desta vida corrida. Quando os dias apertam e a sua mente não consegue descansar, o primeiro pensamento de muitos é viajar e conhecer outro lugar, entrar em contato com a natureza, visitar praias e coisas assim. A nostalgia tomava conta dos pensamentos de Valentain quando o cheiro do mar lhe lembrava a cidade natal, Cerulean. Acontece que como treinador, a verdade é uma só: não há descanso. Você estará sempre batalhando, ou treinando ou pensando no futuro. Isso quando uma pessoa totalmente aleatória não aparece na sua frente e lhe dá uma missão de um mês.

Por ser majoritariamente turística e comerciante, a Cidade de Slateport propiciava uma gama de coisas que poderiam ser feitas como lazer, bastava o treinador demonstrar interesse em procurar por algo. Desde o comércio informal, assim como a Feira Municipal, restaurantes, bares e até mesmo uma tarde deitado na praia pegando bronze. Existiam uma gama de possibilidades a serem consideradas. Nenhuma delas importava, é claro. A esta altura já era óbvio que alguma coisa iria acontecer e interromper seja qual for o plano que Valentain tiver decidido para o dia.

Quando um treinador não sabe exatamente o que fazer, ele não tem para onde ir, por isso se tornava necessário que o treinador escolhesse o que mais lhe cabia no momento. O destino, por ser muito generoso(assim como o narrador que vos fala), dava uma dica para o guiar, enquanto passava por uma rua qualquer, Valentain ouvia que acontecia alguma confusão no porto, será que valia a pena dar uma olhada? Talvez o coordenador preferisse ir a um SPA ao invés disso, quem sabe?

Progresso da rota :

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Off :



Após sua participação no Contest, Blake retornava para a sua cidade natal. Em breve, sua mudança definitiva para a região de Johto começaria, então havia decidido passar mais alguns dias com sua família antes de partir. Assim que ele e Skylar avistaram a cidade de Slateport, começaram a diminuir a altitude e ir em direção ao Centro Pokémon. Chegando lá, o criador foi recepcionado por Miranda, que já o aguardava lá. Após dar um selinho em sua amada, o rapaz comentou:

- Eu sou tão previsível assim? Como você sabia que eu ia parar aqui primeiro?

- Sim, você é previsível demais! - Retrucou Miranda, rindo da cara de seu namorado. Respondeu então a segunda questão de forma direta. - Você é super puxa saco de seus pokémons, tava na cara que você vai deixar Pidgeot descansando um pouco depois de voar de Lilycove até aqui. Além disso, parando no Centro Pokémon primeiro, você sabe que Jolene não vai parar tudo o que ela está fazendo para começar a preparar uma jantinha especial pro filho favorito dela!

- Olha... Você não está 100% certa, mas tá quase lá! - Respondeu Blake, um pouco sem graça.

O casal entrou no Centro Pokémon e Blake deixou Skylar repousando um pouco. Assim que recebeu o rapaz recebeu a pokébola de sua voadora de volta, o casal deu as mãos e começou a andar aleatoriamente pelas ruas de Slateport. Como de costume, o casal sempre escolhia um par de pokémons para acompanhá-los pelos passeios. Os escolhidos da vez foram Skylar (Pidgeot) e Mohawk (Fearow). Os dois voadores permaneciam alguns metros acima do casal, mas nunca escapavam de seu campo de visão. Após andarem algumas quadras, Blake fez uma proposta para sua namorada:


- O que você acha de tomar um sorvete? Eu pago!

- Como eu poderia recusar um convite desses? Tem um quiosque pertinho daqui, umas duas quadras de distância da feira municipal!

E assim o casal prosseguiu com sua caminhada, observando de vez em quando se Skylar e Mohawk estavam se dando bem e se comportando. Definitivamente os treinadores não queriam ver os voadores dando um rasante em algum turista ou, no caso de Skylar, fazendo alguma gracinha para chamar a atenção. Enquanto não chegavam na sorveria, conversavam. Infelizmente o tema era algo que haviam evitado falar nos últimos dias, mas que precisava ser discutido agora que Blake iria embora.

- Eu sei que foi escolha minha eu ficar em Hoenn, longe de você. - Disse Miranda. Felizmente, após uma frase tão negativa, veio um "mas..." para melhorar a situação. - Mas eu estava pensando que poderíamos fazer alguma coisa em conjunto, mesmo que à distância.

- A ideia de te dar o ovo de Grookey e a gente combinar uma batalha entre ele e o Sobble foi ter algo que poderíamos fazer quando a gente se reencontrasse. Mas se você conseguiu pensar em alguma coisa legal pra fazermos juntos durante o nosso tempo distante e não depois dele, eu sou todo ouvidos!

- Pode parecer uma ideia um pouco boba, mas... Se eu desafiar alguns ginásios e conseguir juntar uma grana... E juntar essa grana com o que você ganhar na sua fazenda como criador... Já pensou da gente abrir um negócio juntos? Eu sei que você gosta de viajar, mas precisa ter um lugar pra chamar de casa e voltar de vez em quando. O que acha?

Blake acabou ficando em silêncio por alguns instantes. Para Miranda tomar uma decisão como aquela, significava muito. A jovem sempre se orgulhou de ser independente e a decisão dela e Blake prosseguirem suas jornadas separados foi escolha dela porque a garota queria fazer conquistas por conta própria, sem o apoio de seu namorado. A proposta de construírem algo juntos enquanto separados era realmente um bom meio termo e sem sombra de dúvidas ela estava engolindo muito de seu orgulho para propor aquilo.

- Achei a ideia muito boa! Você já tem alguma ideia do que poderíamos fazer? Eu sei que meus pais provavelmente vão querer que eu assuma a venda dos doces deles, mas não sei se isso seria o ideal...

- O que você acha de abrirmos uma sorveteria? - Disse Miranda, emburrada e com os braços cruzados.

Sem entender o comentário e a revolta repentina de sua namorada, Blake olhou aos arredores. Percebeu que aquela era a rua da sorveteria. Mas... Onde ela estava? Bastou olhar para cima e ver uma placa escrita "Vende-se" para que tivesse a resposta.


- Como assim?!? Eles fecharam?!?

- Eu não acredito nisso! O sorvete deles de pistache era o melhor!

- O sorvete de pistache deles era muito bom, mas o de chocolate não! O que acha de irmos para a sorveteria temática que fica perto do porto?

- Como é você que está pagando a conta hoje, eu aceito!

O casal então alterou seu trajeto. A outra sorveria ficava muito longe, então eles teriam muito tempo para conversar até lá. Será que eles definiriam o seu plano mirabolante até chegar lá? Ou o narrador destino os impediria até mesmo de tomar sorvete naquele dia?


Blake (está com pokémon com Flame Body na equipe):
Piplup Egg - 34/40
Cleffa - 02/60

Miranda:
Grookey Egg - 23/40

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OFF: Obrigado por assumir a rota <3 Prometo não dar trabalho para ser honesto de primeira mão eu nem pretendo entrar em batalhas então relaxe quanto a isso. Apenas se divirta.

A brisa marinha era refrescante e me levava a doces memórias com meus pokemons aquáticos mais recorrentes. Como quando peguei Staryu sob um Lapras ou como passei um bom tempo tentando pegar o Psyduck naquele lago e ainda tive que batalhar por ele. Eram histórias engraçadas fazer o que né? Ao longe eu podia ouvir o som de uma boa bagunça no cais. O que me deixava tentado e curioso para descobrir que tipo de atitude estava ocorrendo. Contudo, eu já estava cansado de brigas e no fundo de contests também. Era uma quantidade absurda de participações e infelizmente nenhuma vitória o que me deixava desmotivado. Decido dar de ombros e continuar seguindo a esmo. Até que, por curiosidade do destino me deparo com ele. Blake, o coordenador que participou do teatro comigo uma vez que bebeu bebida do palco e ficou mais louco que torchic em panela esmaltada.

— Até aqui os contests me perseguem? Não é possível.

Decido tentar esquecer o rapaz e aproveitar o dia de sol para ir tomar um sorvete delicioso de Pecha Berry com leite geladinho de Miltank.

Tento manter uma certa distância com Sweelow sobrevoando a minha cabeça de forma protetora porém descontraída, mas percebo que estou indo na mesma direção que o também coordenador Blake.

— Deve ser coincidência só pode.

Conforme caminho tento não pensar muito nele ou nisso e sim sobre o que eu deveria fazer com a minha vida agora que os contest não me parecem mais tão atrativos. Eu precisava de um objetivo. Claro os ginásios eram uma opção e eu ainda não havia engolido aquela derrota contra as fadas, mas não era a mesma coisa.

Eu estava na estrada a tanto tempo só eu e meus parceiros, parecia meio... triste.

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Off :

O casal Blake e Miranda andavam juntinhos como dois pombinhos, na mente dos dois se passava a mesma coisa e acredito que você saiba do que eu estou falando. Todo casal só pensa em uma coisa quando estão juntos em um dia de maresia, em que o sol os torna um pouco mais pegajosos, fazendo com que seu corpo grita incontrolavelmente por uma só coisa: sorvete. Movidos por essa ambição, ambos desciam as ruas de Slateport em busca de uma sorveteria. Já que a primeira tentativa dos dois não havia sido bem sucedida, optaram por ir até o porto, na sorveteria temática mais famosa da cidade.

Ao passarem pelo habitual caminho, Blake não notava que um conhecido seu percorria o mesmo trajeto. Valentain Lovegood fazia a Kátia Cega e seguia rumo ao porto, rezando para não ser visto e ter que participar daquelas conversas chatas de quando se encontra alguém na rua. O casal não percebia, por estarem focados em um único estabelecimento, mas nenhuma sorveteria da cidade estava aberta. Nem mesmo um carrinho de picolé era visto na praia ou na orla.

O barulho vindo do porto se tornava cada vez mais audível, se assemelhavam a gritos de uma multidão. A cena que o trio de treinadores e seus Pokémon viam era a mais improvável possível, de frente a sorveteria que seria o destino de ambos grupos estava ocorrendo um protesto. Cartazes escritos com tinta eram erguidos e gritos de guerra eram encorajados e ditos em coro pelas pessoas. O motivo de tamanha indignação? O preço do sorvete, é claro.

Uma pessoa destacava-se das outras ali, porque estava num palanque e possuía o microfone em mãos. No momento em que presenciavam a cena, o jovem revolucionário parecia tentar acalmar a multidão para que pudesse falar.

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— Cidadãos de Slateport, sabem que estamos aqui reunidos para nos juntar CONTRA a tirania das grandes corporações. — Ele dizia, entusiasmado. Sua articulação de fala denotava que estava acostumado com a posição que assumia, deveria ser um líder nato. — Empresas como esta que monopolizam todo mercado! A Vanillite Ice comprou TODO carregamento de sorvete que chegou a cidade, forçando diversas sorveterias a fecharem suas portas, deixando centenas desempregados.

O rapaz revolucionário, esperto como era, notava que Valentain e o casal intencionavam entrar no estabelecimento, então ele se aproveitava da situação para chamar ainda mais atenção para si e sua causa. — Vocês aí. — Ele apontava para os treinadores. — Vocês vão mesmo consumir esse produto SABENDO QUE ELE ESTÁ MANCHADO DE SANGUE? O SORVETE DAÍ NÃO É VEGANO! VOCÊS VÃO MESMO CONTRIBUIR PARA O SOFRIMENTO HUMANO? Vocês são ricos, não são? Podem cobrar o preço caríssimo desse lugar, mas como ficam os pobres agora? Por causa deles nenhum pobre está tomando sorvete agora!

A multidão se quietou por um instante, esperando a reação e resposta do estranho grupo. Agora com tamanho palco armado, ficava difícil para Blake não notar que o outro envolvido era ninguém menos que Valentain, seu rival dos contests. Era óbvio que a pauta do moço era minimamente exagerada, mas ele tinha jeito com as palavras, com alguns absurdos aqui e ali, dando ênfase nas palavras certas, ele era capaz de influenciar muito ali com sua opinião e funcionava muito bem, visto que muitos manifestantes também pareciam muito bravos.

Progresso da rota :

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Off :


- together we ride -

Depois de ter conquistado a Insígnia da Articulação em Dewford, Timothy se sentia um pouco cansado. Queria visitar outros ginásios, mas imaginava que precisaria novamente de uma ajudinha da sua Pokémon mais forte, e entendia que ela merecia um descanso. Sendo assim, resolveu pousar em Slateport e passar a tarde para descansar. Tinha outros planos, mas não estava habituado à batalhas daquele nível, então não passaria dos limites.

Quando adentrou de vez o porto da cidade, aproveitou para respirar bem fundo e sentir o mar, o salitre adentrando os pulmões junto à brisa do oceano. Certamente lhe trazia paz, ainda mais aliadas às canções tranquilas que andava selecionando em suas viagens. Buscava um pouco de calmaria depois de um combate difícil.

O momento de serenidade do garoto logo foi quebrado quando percebeu o ruído de fundo, enquanto tirava os fones de dentro das orelhas para perceber os arredores. Conseguia ouvir o bradar de várias pessoas, e, curioso, foi na direção dos gritos.

Se aproximando, o menino pode perceber a mutidão de pessoas que estava ali, e todas pareciam mirar a mesma figura que usava uma boina, cabelo longo e um inspirador discurso sobre... Sorvete...? O homem parecia criticar a postura de uma empresa - aparentemente unoviana, já que Timothy reconhecia pelo menos o nome do Pokémon que a marcava - por ter comprado todo o sorvete da cidade. Já que não entendia muito sobre a mão invisível do mercado sobre as vidas de todos, se limitou a franzir a testa por um momento, mas achava engraçado.

A atenção de todos se direcionou para um trio de pessoas que parecia tentar entrar na sorveteria próxima que era alvo das críticas. O menino ficou surpreso - reconhecia aqueles rapazes! Blake McBride e Valentain Lovegood tinham participado do contest em Lilycove não fazia muito tempo. Tinha assistido de um telão em Sootopolis e guardado uma ideia na cabeça de todo mundo que tinha visto lá. Não foi difícil reconhecer a cabeleira carmesim do último coordenador mencionado, bem como reconhecia o criador também. Eles também estavam acompanhados de uma garota, e eram atacados verbalmente pelo homem.

Enquanto tentava fazer a ligação entre sorvetes caros e o sofrimento humano, Timothy sentiu um impulso para se aproximar dos dois homens que tinha percebido no contest, mas resolveu manter certa distância da multidão e apenas acompanhar com os olhos. Todavia, esperou para ver o que os coordenadores fariam naquela situação. Temia de leve pelo pior - as vezes se sentia um ímã de contenda! -, então apalpou levemente uma das Pokébolas dentro da bolsa, a postura do corpo meio fechada para si.

No fim das contas, nem parecia que era uma discussão sobre sorvete.

Cutiefly Egg: 29/40

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E então eu fui cercado, do nada apenas do nada uma busca por sorvete e anonimato se tornou uma caça as bruxas consumidoras de sorvete. E claro que o anonimato foi para o saco, todos ali estavam de olho em mim e Blake. Assim que ele me viu dei um sorrisinho amarelo e acenei com a mão um Oi tímido.
Coloquei as mãos a frente do meu peito como quem quer criar espaço entre a multidão calorosa e a minha pessoa. Bem o que eu poderia fazer? Batalhar não era uma opção tinha gente demais e eu só tinha três pokemons comigo. Eu com certeza estava na desvantagem. Fui me aproximando de Blake quem sabe ele tinha algum plano pra tirar a gente daquela bagunça bizarra.

Por um instante tive a impressão de ver outro rosto levemente familiar em meio ao mar de revoltados, contudo era tanta gente que eu não sabia dizer se realmente era algum conhecido.

— Olha... Eu... Com toda certeza me compadeço com a causa de vocês sabe... Eu nem gosto de sorvete entende eu prefiro... Água do mar pra refrescar entende? Muito natural...

Comecei meu discurso leve para evitar a confusão conforme me aproximava do casal.

Eu poderia tentar sair voando com Swellow, mas ela com certeza seria derrubada do ar e ai eu teria um pokemon a menos para lutar nessa bagunça.

Quando cheguei próximo o suficiente do casal lancei.

— Oi Blake, tudo bem? Estranho né isso... Alguma ideia de como sair daqui? — Disse entre sussurros.




Grookey 23/40

Cootone 3/40

Impidimp 3/40

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Off :



O que parecia ser uma simples ida para a sorveteria acabou se tornando uma verdadeira dor de cabeça. Um homem com propósitos revolucionários questionavam a todos ali presentes como eles ousavam fazer algo sanguinário como... tomar sorvete? O discurso do rapaz era coerente, pois ele falava a respeito da aplicação de problemas reais. Porém, era visível que havia um pouco de exagero em suas palavras, o que para muitos seria o suficiente pra invalidar todo aquele drama. Valentain Lovegood, também estava ali e passava pela mesma situação.

Diante daquele conflito, Blake e Miranda eram coagidos a falarem algo. Cada um tinha uma opinião diferente sobre o tema, mas pelo bem deles, talvez fosse melhor ser cuidadoso em suas palavras. McBride foi o primeiro a falar, concordando com alguns pontos específicos das palavras revolucionárias, mas ainda assim evitando conflitos.


- Bem... Eu confesso que não estava sabendo sobre essa situação da sorveteria. Nós viemos para cá porque a sorveteria que frequentávamos do outro lado da cidade fechou. É realmente uma atitude covarde uma empresa maior prejudicar pequenas concorrentes.

Miranda, por sua vez, afrontosa que só, retrucou alguns dos principais pontos do homem, apesar de concordar com parte do discurso dele. Quem não estava confortável com aquela afronta era Blake, que de vez quando apertava levemente a mão de sua namorada para que ela não se exaltasse e comprasse briga diante de um grande público.

- Olha, primeiro de tudo... Meu namorado é vegetariano e até onde sabemos, esta sorveteria tem sim algumas opções veganas. Mas eu não sou e nem por isso eu me considero vilã. Quer dizer que se eu tomo um sorvete agora eu sou assassina? Acho que a mensagem que você quer passar é válida, mas você precisa tomar cuidado com o que diz. Você percebeu que seu discurso está culpando o consumidor e não o verdadeiro culpado pelo problema? Ao invés de afrontar as pessoas por querer tomar um sorvete, você deveria ter feito campanha para apoiar a sorveteria da esquina antes que ela tivesse fechado.

Apesar de alguns pontos da fala de Miranda terem sido válidos, era possível que houvesse um pouco de intriga ali. A situação piorou ainda mais quando Skylar, ao perceber que seu dono estava no centro das atenções diante daquele grande público, pousou e começou a piar de forma estridente, querendo chamar a atenção mais ainda. No meio dessa confusão, Valentain enfim estava ao lado do casal e Blake pode conversar um pouco com ele.

- Oi Valentain! Não esperava ver você por aqui. Também tô querendo me mandar daqui. O que acha da gente aproveitar o escândalo da minha Pidgeot pra gente vazar?

Seria a distração de Pidgeot o suficiente para que o trio conseguisse escapar daquela situação?  


Blake (está com pokémon com Flame Body na equipe):
Piplup Egg - 36/40
Cleffa - 04/60

Miranda:
Grookey Egg - 24/40

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Off :


É verdade que poucos sabiam do escândalo do sorvete em Slateport. A mídia fez questão de abafar o caso, porque a marca era muito famosa e isso afetaria muito os investidores, a notícia corria apenas entre alguns fóruns de internet até que ganhou força o suficiente para reunir um protesto na frente da empresa.

Ao comprar muitos estoques de sorvete, que em sua maioria chegavam pelo porto de Slateport, a Vanillite Ice conseguia o tão sonhado monopólio sob o produto, mesmo que custasse caro para que seus concorrentes pudessem conseguir mais sorvete. Este é basicamente o objetivo de todo grande comerciante, ao ter controle da oferta e demanda, eles conseguiam manipular o mercado e se tornar a única opção viável. É um processo muito natural dentro do capitalismo, em que marcas lutam por espaço até que apenas uma se sobressaia gradualmente, tornando as outras ainda menores.

A multidão ali reunida, isso incluía o pequeno Timothy que havia chegado de supetão em toda confusão, esperava um posicionamento vindo dos prováveis consumidores da Vanillite Ice. Era inegável que o que a MultiNacional estava fazendo era errado, então consumir seus produtos era igualmente condenável. Todos rodeios dados por Valetain, Miranda e Blake eram refutados pelas palavras rápidas do incitador de multidões levemente semelhante ao Che Guevara.

— Eu irei dizer a verdade para todos aqui! Tudo bem que vocês não sabiam de nada, mas o que vão fazer agora que sabem? Ficar parados? Não fazer nada é o mesmo que colaborar!!! — A multidão vibrava com as palavras de seu óbvio líder, era incrível como um bocado de frases prontas eram capazes de subverter a situação. — Vocês dizem que o que eu falo não faz sentido? É porque vocês não sentem na pele. Eu ao menos estou tentando mudar algo!! Por que vocês não usam o dinheiro e privilégio branco de vocês para mudar a sociedade?

A partir desta resposta, era óbvio que o rapaz estava ali só para se sair bem na fita e não estava nem um pouco disposto a um diálogo. Era verdade que ele estava lutando por uma causa justa e não era atoa que a multidão estava com ele, Vanillite Ice estava do lado errado da história e mesmo que o cara fosse um completo maluco, ele estava tentando fazer algo.

A distração da Pidgeot vinha em boa hora, porque o barulho emitido era tão alto que fazia as pessoas ao redor ficarem completamente confusas, possibilitando que o trio corresse para bem longe, com as aves os seguindo pelos céus. Timothy seria capaz de identificar para onde eles iam e checar se estava tudo bem com seus conhecidos, afinal, seguir três pássaros enormes não deveria ser uma tarefa difícil. Se continuassem seguindo naquela direção, o trio encontraria uma pracinha bem bonitinha, onde poderiam parar para respirar e falar sobre a doidera que acabara de acontecer.

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Por mais que Miranda tivesse apresentado alguns argumentos válidos, a revolta popular havia chegado a limites perigosos, com o público ficando agitado a cada declaração. O líder revolucionário também fazia acusações e, de certa forma, acabava impondo um ultimato para que todos se aliassem a causa ou eles seriam vilões da história. Felizmente o show de exibicionismo da Pidgeot veio em boa hora, com seus cantos estridentes e atordoantes permitindo uma fuga de todos.

Após se afastarem da multidão, Blake e Miranda se deram conta que agora estavam em uma pracinha relativamente tranquila. Além deles, Valentain e um garoto com idade próxima a de Lovegood os acompanhava. Poucos instantes depois Skylar e Mohawk apareceram, além de uma Swellow. Os três pássaros ficaram empoleirados em uma árvore próxima, apenas observando os arredores.


- Ainda bem que conseguimos escapar. No ritmo que estão as coisas, hoje o dia vai entrar pros livros de história como "a revolta do sorvete"! - Dizia Blake, numa tentativa de descontrair.

- A causa daquele homem pode ser justa, mas confesso que fiquei com medo das intenções dele.

Apesar da fala de Miranda de certa forma criticando o homem, as palavras dele haviam lhe afetado: "não fazer nada é o mesmo que colaborar". Após sair de seu estado reflexivo, a loira percebeu que McBride conversava com os outros treinadores que estavam ali. Como sempre, ele sempre tentava se enturmar com todo mundo.

- Você está bem, Valentain? Ser o primeiro a ser pego de surpresa a falar em público não deve ter sido fácil.- Blake em seguida estendia sua mão para Timothy, cumprimentando-o. - Espero que você esteja bem também! Eu me chamo Blake, prazer em conhecer você!

Miranda percebia que não devia ficar pra trás e se apresentou aos demais também, mas, é claro, fazendo questão de alfinetar Blake.

- Olha gente, não dá muita corda pra esse daí não porque ele adora uma aglomeração pra ir fazendo amizade, seja de humano ou pokémon. Vocês precisavam ver a fazenda dele em Rinshin! Era filhotinho pra tudo quanto é lado, praticamente uma creche! - A garota dava uma risada sutil e então se apresentava. - Me chamo Miranda e sou namorada dessa criatura aqui!

Miranda abraçava seu namorado e sorria para os demais. Mas, em sua mente, as palavras do revolucionaram continuavam a ecoar. "Vocês não usam o dinheiro e privilégio branco de vocês pra mudar a sociedade?" Talvez a consciência estivesse pesando um pouco. Mas não o suficiente pra atacar uma sorveteria com tochas e rifles.

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