[Lisanna Rayd] Nunca saia pra beber comigo e com a Flora.

- Culpa minha uma merda. Foi sua a ideia de atravessar. - Respondia o menino, em seguida, eu via Flora fazendo o seu melhor para ajudar também: trazia um Kadabra para jogo e o colocava para auxiliar Butterfree na travessia. - Boa! Sempre disse que formamos uma boa dupla. - Falava com a menina enquanto observava o garoto ser atravessado, que bem, conseguiu cair no chão de algum jeito, me fazendo levar a mão a face. Faça-me o favor, como alguém pode ser tão estúpido e inútil? Era só ficar quieto que a tipo inseto fazia tudo. A própria Pokémon bufou e quando ele abriu o portão, eu arqueei uma sobrancelha. - Honestamente, era só ficar quieto que a Butterfree fazia o resto. - E suspirava antes de adentrar o espaço, que COM CERTEZA, era creepy pra caralho.

O garoto dava a ideia de ficarmos juntos e concordei, em seguida, Flora sugeria olharmos os túmulos e concordei de novo. - A gente pode fazer a seguinte ordem: lápides, da uma olhada nas casas e em seguida procura algo de valor na caminhonete. - Dizia e em seguida iniciava o trajeto até as lápides, onde tentava ler o nome e os memorandos de quem estava lá.

- Por favor, me ajude a descobrir quem é você e o que aconteceu aqui. - Rezava em voz baixa, enquanto tentava ler de mais perto o que estava escrito. Caso as lápides estivesse muito empoeiradas, passaria a mão por cima e tiraria a poeira que repousava lá em cima. Tentaria com as 10 lápides antes de passarmos para as casas e para a caminhonete, mas aqui eu explícito algo que me incomodou: o descaso de Flora com as benditas lápides. Fuzilei ela com o olhar quando a vi agachar e só dizer um "F", levei a mão a face e me senti na obrigação de me desculpar com aqueles que descansavam. - Sinto muito pela minha amiga. Esse é o jeito retardado dela dizer que espera que vocês estejam descansando em paz. - Dizia, limpando minha consciência.

O que aconteceria?

what could go wrong?

O próprio Ian que dava a sugestão de ficar juntos se separava, dando uma volta em algum lugar enquanto as meninas olhavam as lápides. Pelo menos ele estaria de volta antes que elas saíssem de lá, então talvez não percebessem. Ou se percebessem ficariam menos bravas, bem, isso aí é com as duas.

Enquanto Flora bancava a "Meme maker", Lisanna se dedicava em realmente ver de quem eram essas lápides? Muito provavelmente antigos moradores daquele vilarejo. Quem sabe até mesmo descobrir o que podia ter acontecido naquele lugar, através das lápides. E então a primeira lápide acabava sendo a mais reveladora de todas: "Sacerdote Elias Haze - Exemplum dedi vobis". De lápide em lápide, algumas estavam com os nomes completamente irreparáveis, mas tinha duas coisas em comum em todas elas, algo que ao contrário dos nomes se mantinha: a frase e todos eles eram sacerdotes.

Isso deixava mais evidente o caráter religioso daquele vilarejo: aquelas lápides eram de sacerdotes. Porém, para um lugar religioso, tinha algo faltando, não havia nenhuma igreja ou algo do tipo, nenhum lugar em que essas pessoas poderiam expressar a sua fé. Na "área irrestrita" do vilarejo, a maior casa era evidentemente uma residência e todas as outras eram pequenas demais para serem igrejas. Ian poderia confirmar esse fato. Já na própria área restrita, as casas caídas pareciam ser bem pequenas a primeira vista, mas isso podia ser confirmado caso investigassem por ali.

E Ian se juntava de novo as meninas, casualmente como se nunca tivesse saído de perto delas. Mas ele parecia empolgado pra falar algo e ele trazia consigo mesmo uma caixa com o emblema dos Rangers.

- Então, eu fui dar uma olhada naquela caminhonete e estava cheia de coisas dos Rangers. Não sei o que estavam fazendo ali, mas achei esse Kit de Primeiros Socorros, quase vazio, mas tem algumas Potions pra vocês. Achado não é roubado, certo? - Então ele colocava a caixa no chão, aberta, mostrando um total decepcionante de apenas quatro Potions. - Qual é a desses túmulos? E depois, vocês tem alguma ideia de onde ir? Me parece que não tem mais nada aqui, só um monte de escombros e aquele celeiro. Meh, decepcionado, achei que teria algo super creepy aqui.

Progresso - Lisanna:

Progresso - Flora:

Assim que eu dava uma boa olhada nas lápides, eu ficava inquieta. Todas as lápides eram de sacerdotes. É quase como se aquela vila fosse habitada, então aconteceu um ataque e somente eles tivessem morrido, então foram enterrados e os habitantes se mudaram. Parece plausível? Seria isso aqui uma espécie de "Cidade histórica perdida"? Eu começava a tentar pensar no escrito em latim das lápides. - "Exemplum dedi vobis"... - Em seguida chamava Flora para perto e lhe perguntava. - Flora. Você que sabe falar os idiomas daqueles seus desenhos, por acaso aprendeu latim também? - Perguntava na vã esperança real dela ter somado algum conhecimento incrivelmente útil para nossa situação e... numa tentativa mais nítida de zoar com a cara dela, enquanto fazia um cara mais séria.

Assim que terminávamos de observar as placas, Ian aparecia falando um monte, e cara, eu nem notei que ele havia saído de perto. Levei a mão a face e lhe falei a verdade. - Ian, se você sumir de novo e a gente der a sua falta, eu e a Flora vamos simplesmente dar as costas pra esse lugar e ir embora. Ta me ouvindo? Eu não vou me enfiar numa aventura de terror em que eu posso sumir no meio do mato não. - Suspirava. - De qualquer forma, obrigada pelas poções. Já é alguma coisa. - Dizia, enquanto pegava duas das poções deixava outras duas para Flora. - Meio a meio. - Comentava. - Bom, já que você deu uma olhada na caminhonete, acho que a gente pode revirar os escombros das casas. Quem sabe a gente não acha alguns objetos pequenos de valor? Tipo, pepitas de ouro ou cogumelos pequenos, sei lá... - E assobiava para Butterfree, que estava sentada em cima de uma das lápides. - Você nos ajuda a revirar os escombros, ta bom? - Dava um doce sorriso para a borboleta, enquanto caminhava na direção de uma das casas destruídas. - Ei, o que acham de ajudar? Se o Kadabra e o Haunter estiverem juntos conosco, a gente revira tudo isso aqui rapidinho. - Dizia, na esperança de realmente conseguir tirar algo útil daquilo.

eito retardado? Hunf! Que falta de senso de humor! Mas tudo bem, vamos ver o que realmente importa que são as lápides. Só um nome conseguimos ver, o sacerdote Elias Haze, os demais possuíam o mesmo título, mas seus nomes estavam ilegíveis. Mas o mais estranho era uma frase escrita em latim, "Exemplum dedi vobis". Eu não entendi nada, mas esperava que Lys conseguisse ler... E ela também não sabia.

-Ah! Sei lá, eu não aprendo latim com meus desenhos e... Espera aí, tá me zoando?

Inflei as bochechas e estava pronta para revidar, mas para a sorte dela Ian havia aparecido, Lys tinha comentado que ele saiu de perto de nós e eu nem tinha percebido, mudando o foco de com quem eu ficava brava. Pelo menos ele trouxe poções e tratou de nos entregar, ficando metade para cada uma de nós garotas.

-Se sumir de novo, e gente sai daqui e te tranca nesse lugar. Mas obrigada pelas poçõezinhas, deve ajudar a gente a morrer mais devagar agora - guardei os itens em minha bolsa -Você entende alguma coisa de latim? A gente achou uma frase estranha lá, "Exemplum dedi vobis". Sabe o que significa? - perguntei a Ian.

Ainda tinha a sugestão de Lys de revirar os escombros das casas e achar alguma coisa, era finalmente hora de lootear! -Eu fico com tudo o que acharmos de equipamentos de mago! E dividimos o ouro - mais um trabalho para Kadabra tentar fazer alguma coisa -Tente ajudar a gente com os escombros, ok? Tente usar seu dom natural pra tirar o que conseguir de escombros, vamos ver se achamos alguma coisa de valor aí! - o que viria a seguir?

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.

what could go wrong?

Flora era uma "otaku fedida" e não tinha latim nos animes para o infortúnio de Lisanna, então aquela frase permaneceria um enigma, quer dizer, se Ian não aparecesse. Apesar dele ser irritante para as meninas, até que ele estava servindo de ajuda.

- Hey calma aí, eu sei que falei pra ficarmos juntos, mas não é como se aquela caminhonete tivesse longe né? Eu hein, eu fui atrás até de suprimentos e é assim que me agradecem. Hmpf. - Ele parecia estar fazendo graça apenas, porque quando Lisanna perguntou o que era aquela frase, ele ficou mais interessado: - Ah eu não sei latim, mas sei o suficiente pra saber que é uma frase fúnebre comum. Significa: Aquele que dá o exemplo. Bem, nada demais, não é nenhum rito e nem nada do tipo, o que me surpreende, considerando que esses caras são sacerdotes. Falando em sacerdotes, onde é que esses caras pregam a tal fé deles?

Ele deixava essa pergunta no ar e apenas acenava positivamente para a sugestão de procurar pelos escombros. Começavam por uma casa menor, que acabou não resistindo, o esforço conjunto de Kadabra e Butterfree levou o que tinha sobrado da construção abaixo, levantando um monte de poeira e fazendo Ian ter um ataque de asma. Depois do garoto usar sua bombinha de asma eles seguiram para uma casa maior.

- Ok, não mexam aí ainda. Vou mandar meu Haunter entrar ali dentro. Essa casa aqui é maior, deve ter algo. - Então ele assobiava para o fantasma que então entrava naquela casa maior que parecia ter dois andares grandes. O fantasma viu segurança em disparar um Shadow Ball para derrubar alguns restos de parede, o que revelaria algo assustador para o grupo...

A princípio parecia ser apenas um grande bloco de gelo, mas bem grande mesmo, porém ao olhar mais de perto, que era o que Ian fazia, notava-se algo. Bem no centro do bloco, tinha uma pessoa, um homem de cerca de 1,90m, com uniformes de Ranger, completamente encasulado em gelo. Não se sabe a quanto tempo ele estava ali, mas o ambiente em volta estava bastante frio, o que dava a entender que esse congelamento foi recente.

- E-eu não quero mais ficar por aqui. - Ian estava completamente assustado: - Como? O que é isso? Acho que se vacilarmos, podemos ser os próximos. Não to me sentindo bem. - Ele então sentava no chão e o seu Haunter vinha acompanhá-lo.

O que Flora e Lisanna fariam?

Progresso - Lisanna:

Progresso - Flora:

ntão ele sabia um pouco de latim e nos explicou o que aquela frase significava... mas ainda não fazia sentido para mim, talvez fosse aquele tipo de coisa que você só entende quando descobre mais coisas da "lore" do jogo. Acho que não tinha muito a se fazer agora.

-Obrigada. Ela não conseguiu entender nada, daí precisou pedir ajuda. Você não deve ser muito boa em línguas, né? - disse provocando Lys, um leve troco pela zoeira que fez antes.

Agora só restavam as casas, correto? Pelo menos por enquanto. Nossos pokémons estavam indo bem, mas tão bem que levaram uma delas abaixo. Hehe, foi sem querer, mas acho que o dono não vai reclamar, né? Dessa vez o garoto emo resolveu que faria alguma coisa e usou seu Haunter para investigar a próxima -Muito bem. Assim a casa pode cair no Haunter e nem vai acontecer nada com ele... A não ser que ela esteja com efeitos mágicos.

Mas eu não esperava nada do que viria a seguir, aquela visão foi como uma maldição... Eu não queria ter visto aquilo... Uma pessoa dentro de um bloco de gelo, parecia ser um ranger, por algum motivo aquilo... aquilo não me fazia muito bem.

-Huh...

Coloquei as mãos no rosto por um momento até sentir minhas pernas fraquejarem, rapidamente segurei o braço de Lisanna enquanto eu ia de joelhos pro chão. Senti meu estômago revirar de novo e eu começava a sentir tontura. Eu realmente não estava preparada para ver aquilo, não na condição na qual me encontrava. Combusken e Kadabra vinham ao meu encontro tentando me prestar socorro.

-O-obrigada... Lys... Descansar... Eu quero... descansar...

Talvez se eu me encostasse em algum lugar eu conseguisse ficar melhor, só esperava não atrapalhar no que eles estavam fazendo.

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.

Aparentemente a minha piada foi certeira, tentei conter uma risada, mas uma leve acabou escapando, e quando Torres inflava as bochechas, eu as apertava. - Não sei, Florinha. Será que eu tô? - E saía, me fazendo de desentendida da forma como podia, até que era salva pelo gongo quando Ian apareceu. Dava uns esporros nele junto de Flora, e bem, ela até aproveitava para fazer uma piada, então eu a rebatia. - Poxa, Florinha. Dizem que eu sou, mas acho que tô precisando de prática. Por que não me ajuda? - Dizia ao deitar a cabeça rapidamente no seu ombro e rir um pouco. Em seguida, levantava e caminhávamos até os escombros mais próximos e bem...

...Butterfree e Kadabra derrubavam a casa. Levei a mão a face e respirava fundo. - Calma, vocês estão muito energéticos. - E ria para a borboleta e para o psíquico. - Tentem com mais calma depois. - Falava com eles, e até ia a socorro do menino emo, mas quando vi que ele estava com sua bombinha e melhorava depois de usá-la, apenas me afastei. Com a sugestão do Haunter? Bem, não tinha o que dizer. Acho que ele seria mais cuidadoso em lidar com as construções, já que seu treinador poderia acabar se machucando.

Mas não dava pra adivinhar o que a gente ia achar lá. Aquele grande bloco de gelo nos pegou desprevenidos e tanto Ian quanto Flora caíam para trás. Eu não podia tranquilizar os dois, então pedi para Butterfree ver como Ian estava. - Free, acalme-o. Vou cuidar da Flora. - Dizia enquanto me aproximava dela e a ajudava a se sentar. - Calma, respira fundo. - Dizia enquanto pegava na mochila dela a garrafa d'água que tinha dado mais cedo para a menina. Em seguida, eu me aproximava de Ian e pedia para ele ficar perto de Flora. - Vem, por favor. - Falava enquanto o ajudava a se levantar.

Quando os dois estavam mais próximos e tranquilos, eu tentei não sentir o impacto de achar um morto numa cidade abandonada. A melhor alternativa com certeza seria nos retirarmos daquele local. Quanto menos mexer seria melhor. Não poderia nos colocar em risco com uma manobra arriscada e estúpida de, por exemplo, colocar a baixo todas as casas daquele local. Aquilo com certeza chamaria atenção e tinha mais gente por ali. O homem congelado me dizia que as pessoas dali sabiam que estavam sendo investigadas. E estavam espertas com relação a aproximação. Se a gente saísse agora, poderiam simplesmente ignorar tudo, mas eu tinha que ficar calma.

Respirei fundo. Evitei olhar nos olhos de Flora e do menino. Engoli seco e tentei evitar que lembranças piores invadissem minha mente. Ver um cadáver que acabava de sofrer uma tragédia não era novidade pra mim. Aconteceu algo assim com minha vó. Já havia visto Elfman fazer seus rituais de sacrifício de Pokémon as escondidas, mesmo que nunca tenha conseguido impedi-lo, e bem... as coisas só pioravam. Respirei fundo uma vez mais, tomei um gole de água e me sentei do lado dos dois, olhando para a mesma direção que eles enquanto pedia para que Butterfree observasse nossas costas.

- Escuta, acho que é perigoso ficarmos. Se a gente fingir que isso nunca aconteceu, talvez não dê em nada pra gente. - Dizia, enquanto puxava as pernas para a proximidade do meu corpo e as apertava. - No momento, mesmo que tenha só um cara por aqui, naquele celeiro, eu não tenho confiança para lutar com ele. Ainda sou fraca. - Falava. - O que querem fazer? E por favor, falem baixo. Não da pra saber se estamos sozinhos. - Dizia com calmamente, com o olhar fixo para frente enquanto tentava não ficar abalada com o que via.

what could go wrong?

O que estariam sentindo? Medo? Nojo? Angústia? Ian, no caso, estava com uma mistura de tudo isso, voltando a pegar a sua bombinha de asma, mesmo sem necessidade. Flora estava prestes a vomitar, no fim Lisanna era quem ficou mais estável no meio daquela situação, mas ela não aguentaria muito tempo aparentemente, pois aquilo remetia a traumas passados da garota de cabelos prateados, mas ela não confiava que conseguiria aguentar por muito tempo. Tentava ajudar tanto Flora quanto Ian oferecendo um pouco de água para os dois e então o garoto começava a falar.

- A g-g-gente tem q-que ir embora daqui. M-mas antes d-deixe eu tirar umas fotos. - Ian pegava o celular e então tirava fotos. Sem flash, ele tirava foto do grande bloco de gelo e dos arredores, do resto daquela área: - Temos que voltar pra cidade. - Ele se levantava, conseguindo falar um pouco mais fluidamente: - Compreendo, aqui não é seguro mesmo. E seja lá o que acontece aqui, deve ser algo grande. Ok, vocês estão bem? - Ele ainda estava ofegante e rapidamente virava as costas do bloco de gelo.

Enquanto Ian levantava, a situação poderia ficar mais preocupante ou a mínima possibilidade de ser a salvação. Um barulho de motor vinha de uma distância até ficar bem perto, era uma lancha, o que indicava que havia um rio nas proximidades, mais exatamente na direção de trás da casa do homem congelado. O motor então parava e o som dele dava lugar a passos, que andavam em um ritmo lento, roçando entre a vegetação. O que importa é que esses passos estavam cada vez mais pertos.

- Ah mas não fode. - Ian voltava a ficar assustado: - Isso é terrível, provavelmente tem gente vindo aqui. A gente tem que vazar logo, se não a gente... a gente... tá fudido. - E o garoto começava a correr na frente. Flora e Lisanna iriam impedí-lo? Tentar acompanhá-lo?

Como eu disse, aquelas pessoas que estavam chegando podiam ser não necessariamente a perdição do grupo, mas a salvação. Quem sabe Rangers patrulhando a área? Afinal porque cultistas teriam uma lancha? Mas também porque cultistas NÃO teriam uma lancha? Ian não queria apostar na possibilidade de serem pessoas com boas intenções e aquela era de fato a coisa mais inteligente a se fazer. Lisanna e Flora tinham que pensar rápido. Quem diria que uma noite de bebedeira terminaria nisso?

Progresso - Lisanna:

Progresso - Flora:

que foi tudo isso? Tentei entender assim que minha amiga tratou de me deixar mais relaxada no canto ao mesmo tempo que cuidava de mim. Peguei a água que ela me entregou e comecei a beber aos poucos, mas devo admitir que não estava ajudando de verdade, meu estômago revirava e revirava, e eu tentava fingir que estava tudo bem... só que não consegui. Após alguns goles, levantei a cabeça e enxerguei mais uma vez aquele bloco de gelo com o ranger dentro. Aquilo... aquilo me deu tantos pensamento ruins que não aguentei, foi rápido, apoiei-me com ambos os braços no chão e vomitei mais uma vez, bastante até, pelo menos agora dava para dizer que havia devolvido toda a bebida que consumi na noite anterior.

Combusken e Kadabra vieram me ajudar a me sentar de novo enquanto eu gemia por conta da dor e do desconforto, minha respiração acelerada também me dava uma sensação horrível, mas Lys ainda ficava ao meu lado. Coloquei a mão na testa por conta da tontura que aos poucos melhorava, meu estado estava deplorável e tive certeza que o melhor era seguir o conselho dela.

-Uhum... é melhor a gente ir, né? - respirei fundo algumas vezes -Lys, desculpa, eu que te forcei a vir aqui... Eu também não queria ficar desse jeito, é só que... - acho que ela tinha o direito de saber o que aconteceu -é que eu vi aquele homem naquele uniforme congelado e eu... Eu imaginei... meu irmão naquela situação. Eu só tenho ele, todo mundo me deixou... E eu tenho medo de perder ele por causa do trabalho... - suspirei mais algumas vezes -Desculpa, depois eu te conto minha história triste

Apoiei-me em uma árvore e forcei para ficar de pé. Minha dupla estava preocupada, então me ajudavam a me apoiar como podiam -Vamos sair daqui, não quero que vocês tenham problemas por minha causa - só esperava que meu estado deplorável não atrasasse eles nem os colocassem em perigo, por isso teria que dar o meu melhor, mesmo que a dor chegasse a ser insuportável.

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.

Antes de me responder, Flora vomitava. Não precisei lhe dar suporte, já que Kadabra e Combusken o faziam. Esperei pacientemente, enquanto lhe dava mais espaço para respirar, até que ela tinha condições de me responder. - Ta tudo bem, Florinha. - Lhe respondia, enquanto lhe ajudava a levantar. - Eu sei que é impactante, eu tento não pensar nessas coisas sobre o Daisuke também. Tento acreditar nele. - Em seguida, ouvia ela dizer sobre a história dela, que me contaria depois. - Me sentiria maravilhada! Mas não precisa se expor tanto por minha causa ta bom? Vem, levanta, vamos dar o fora. - Falava após ficar meio constrangida. Se ela contasse isso sobre ela, então eu também deveria falar sobre meus problemas de família? Ahn... prefiro fingir que não.

Bem quando tentávamos sair do local, ouvíamos um barulho de lancha vindo de trás, e como resposta imediata, Ian saía correndo na frente. Inferno de moleque! Vai expor a gente e nos colocar em situação complicada! Eu não posso simplesmente contar que ele vai fazer alguma coisa para nos ajudar, então, puxei Flora o mais rápido que pude e retornei Butterfree para sua esfera. Enquanto torcia para que Combusken e Kadabra nos acompanhassem, eu ficava atrás de uma parede, distante da entrada, e tentava ver de canto de olho o que acontecia, enquanto ficava agachada e pedia para Flora ficar abaixada e escondida. - Por favor, fica escondida. Acho que o problema acabou de chegar. - Dizia, enquanto cruzava os dedos para que não fosse nada.