Seek & Destroy_Metallica 150bpm Feat Mc Hariel

OFF: Ei narrador(a) <3 essa vai ser uma rota onde eu vou encontrar o Gabriel (Nerkon) para irmos ao museu e descobrirmos quais são as nossas Mega Stones. Ambos já tivemos o item 'revelado' como uma Mega Stone. Ele no Soneto [Rota ADM] e eu num Centro Pokémon em Mu Island, eu não sei bem qual é a rota mas está nas minhas 'informações importantes' o acontecimento. Mais informações de como isso vai seguir, falar com a gestão.

Enquanto o Gabriel não entra na rota, eu vou fazer um treino de Status (a doida dos treinos) pra passar o tempo. Vou desenvolver as características e relações de afeto dos meus pokémons. Eu gosto de narrar um pouco eles durante os treinos... suas reações e personalidades. Eu entendo que os pokémons são 'áreas comuns' e acho que podemos fazer isso juntos sem muitos problemas, né? Se tiver algum problema com eu estar narrando meus pokémons, me avisa. Espero que goste! Qualquer coisa me grita ou só me xinga mesmo.

Sobre itens: Power Belt no Ursaring. Power Lens (já está) na Jellicent. Lucky Egg na Houndoom. Dar um Exp Candy S para Hati e outro pra Bragui (só pra por ela no 37 antes de começar o treino e ele no 26), um Carbos para Gliscor e uma Swift Wing para Gliscor.

---

Numa tarde pouco amistosa, estava eu. Cabelo despenteado, respiração ofegante e duas pequenas bolas de olheiras de baixo dos meus olhos. Quem vê pensa: curtiu a noite inteira. Ledo engano, querido leitor. A verdade é que passei a noite inteira me estressando: meu vizinho no Centro Pokémon decidira dar uma festa no quarto dele e colocara a música na maior altura.

Sabe o que eu fiz né? Um belo de um nada. Só que pra piorar minha inanição, Bragui decidiu tirar satisfação. Já viu né? Ele me viu irritada, viu todo mundo irritado, ficou irritado e voou até a porta. Bateu, bateu de novo, bateu mais uma vez e quando foi atendido, deu um pio forte... parecia até que era grande.  Estufou o peito, bateu asa... deu o maior bafafá. O problema é que aquele fada... ele se acha muito maior do que é. Quando ouvi a gritaria já corri com Loki e tive que impor algum tipo de respeito e segurança.

Depois disso, você acha que o som parou? Claro que não. Eu não ia criar uma briga atoa, eu só fui lá arrastar Bragui e depois chamar sua atenção por fazer as coisas 'sozinho'. Culpa minha; dei-lhe autonomia demais.
Depois do tal fuzuê, eu fui conseguir fechar os olhos às seis da manhã. Fim da festa. Coincidência? Acho que não. Pouco depois, meu despertador tocou. Onze horas: eu tinha que levantar, tomar um banho, comer algo e ir encontrar Gabriel.

Mas que ÓDIO! Como que eu vou atrás de uma Mega Stone, ouvir discursos, palestras e estudar MORRENDO DE SONO?  Vai ser uma BOSTA. Felizmente eu marquei com Gabriel em qualquer lugar.... e como cheguei primeiro, ele teria que ir para o 'meu' qualquer lugar.
Qual era?
Isso mesmo, o Play Center do Shopping Pewter.

Eu acabei de ficar RICA e eu tenho o DIREITO (e na minha cabeça, tenho também o dever) de pagar um treino pros meus pokémons que seja no mínimo divertido. Comprei um cartão para cada um, botei uma quantidade X de crédito e comecei a dividir eles em treinos mais úteis:
- VAMOS TREINAR - Anunciei, tirando a trupe das esferas. Caminhamos pelo corredor largo do Shopping e todos vieram atrás de mim - DEFESA, TIME DA DEFESA, CÊS JÁ SABEM QUEM SÃO.

Existe certa vantagem em treinar pokémons que já estão contigo a um tempo. Eles já sabem para que servem e para onde vão. Quando chamei pelos tais defensores, Ursaring, Togekiss e Claydol logo se aproximaram. Eles SABIAM que era com eles que eu falava. Quando próximos, apontei para o carrinho de bate-bate e gritei animada:
- Vocês vão treinar defesa com IMPACTO. Eu me machucava TODA quando eu ia em carrinho de bate-bate, toda guenza, toda torta. Várias pancadas... QUERO SÓ VER. Vocês são todos grandes e espalhafatosos. Vão lá, vão pra fila, cês tão com o cartão - Enxotei-os. Quando foram, me virei para lidar com os outros três.

Antes de continuar, deixo aqui uma pontuação importante: os três foram andando em bando. Ursaring no canto esquerdo, Claydol no direito e Togekiss separando bem os dois. Bragui estava um tanto quanto contente com a ideia, enquanto Loki e Fafnir certamente reviravam os olhos irritados: eles já não se davam mais tão bem em treino, se dependessem um do outro, se bateriam o tempo todo.
Felizmente isso não é problema meu... não ainda, pelo menos.

Era voltada para Gliscor e Houndoom que eu começava a arquitetar o jogo-educativo dos outros dois. Esse aqui era um tanto quanto mais fácil (tecnicamente falando), o problema mesmo era a burocracia: o brinquedo só permitiria bichos de até um metro e meio. Olhei para os gigantes tobogãs, depois para os dois monstros e disse:
- Encolhe essa cauda!? - Ordenei ao Gliscor, que pousara no chão. Ele me fitou meio irritado com a ordem repentina, mas logo entendeu do que se tratava - Ta, com os pés no chão e cauda recuada, você tem menos de um e meio. Acho que ta tudo bem levar vocês ali - Apontei para o circuito de tubos - Vamos cronometrar nossas voltas, o recreador pode fazer isso por nós. Vamos começar com meia dúzia voltas no circuito.

Sim, era um treino de velocidade. O brinquedo era o mais básico dos brinquedos de Play Center de Shopping. Um bocado de tubos e escorregas, que faziam um circuito animado, passando por obstáculos, piscinas de bolinhas, chão movediço e redes para escalar. A atração era bastante colorida e lembrava bastante os antigos escorregas do Mc Donalds...  quando Mc Donalds ainda era 'família' e as crianças sonhavam em fazer aniversário dentro das suas quatro paredes.

Enfim, eles foram. Hati mais animada que Jormungand. O resmungão não queria ficar naquele ambiente todo colorido e iluminado... querendo ou não ele ainda era um morcego. Bem, ao menos esses 'mau humorados' combinavam comigo: eu não era a flor que se cheira do jardim. Talvez eu fosse um belo de um cravo despedaçado e eu estava bem com isso. Estar desarrumada, despenteada, desanimada e sonolenta era até 'ok' com Gliscor, Claydol e Ursaring para me acompanharem. Quando restou apenas eu e Freya, olhei para ela com um sorriso bobo:
- Nós vamos treinar Especial Ataque lutando de forma especial... - Um suspense que nem eu mesma conseguia superar - x1 NO MARVEL VERSUS CAPCOM!

O fliperama estava do meu... lado? É, quase isso. Fui até lá com a fantasma, me posicionei no joystick e peguei o celular para mandar um áudio rápido para Gabriel. No áudio eu falaria onde estava, com quem estava e porque estava. Nada demais! Passei o cartão duas vezes no jogo de luta, esperei a introdução e corri até dois dos meus pokémons, dando-lhes dois itens para um treinamento melhor. Um Power Belt para o Ursaring e um Lucky Egg para Houndoom. Além disso dei uma vitamina e uma pena à Gliscor e um Exp Candy S para Hati.

Feito isso, voltei para a máquina:
- Eu também não sei bem as regras. Escolhe três bichos e segura firme no joystick. Acho que curvar ele em meia-lua e apertar os botões coloridos soltam os poderes principais.

Ah, mas aquilo seria muito divertido... talvez não para Gliscor & Houndoom... mas pra quem olha? Nossa, aquilo sem dúvida seria muito bom. Talvez o prêmio fosse só alguns tickets que eu trocasse por balas finis falsificadas depois, mas isso não importava. Falou em prêmio, falou em competição e falou em recorde, falou em Jormungand. Sinceramente? Aquilo não era nem mais um treino para ele: era uma batalha. Como toda boa batalha, ele gosta de vencer. Mirou Hati a fuzilando com os olhos, e fora respondido apenas com um latido confuso; hoje Hati não estava para competições. A canina apenas dera uma volta completa em torno de si, esticou suas costas e balançou suas patas. Vendo que a ígnea não estava para 'confrontos', Glicor mirou o céu. Caçou a face do Alakazam e fez questão de memorizá-lo. Ali eu já entendi:
- É, boa sorte pra você - Avisei ao recreador, que logo mais ia entender. Dei uma gargalhada idiota, fui dando passinhos pequenos para trás, sem dar as costas para o brinquedo. De relance vi o início daquela corrida.

O início já era completamente estúpido. Gliscor abrira suas asas como se tivesse espaço para tal. Isso fez com que Hati fosse levemente empurrada para o lado e, por conseguinte, o chicoteasse com o rabo. Os empurrões fizeram os dois rolarem circuito a dentro. O chifre menor de Houndoom ficou preso numa parede-rede. Levara uns bons instantes para se soltar! Já Jormungand tivera seu rabo preso no mesmo tipo de textura, porém no teto. O grande morcego ficara de cabeça para baixo e tapara por completo a passagem & visão de qualquer um que estivesse ali.

Enfim, uma tremenda de uma trapalhada. Perderam alguns segundos se soltando e quando conseguiram, Gliscor gastou seus preciosos segundos xingando Hati. A canina não deu bola: caminhou lentamente em direção a escalada e tentou pegar impulso para subir 'correndo' o morrinho de plástico, quase vertical.

Eu já vi aquilo com uma cara um tanto quanto óbvia. "Iih, fudeu". Claro que isso não era problema meu: o recreador é pago pra isso, então ele que lute. Eu vou pro meu Marvel versus Capcom... também sou filha de Deus, né?! Pois bem. Fui. Quando cheguei lá, Jellicent já tentava englobar o Joystick de alguma forma. Com muita dificuldade ela conseguia, mas eu me vi obrigada a ajudar antes de começar o jogo:
- Aqui, passa essa nadadeira pelo Joystick assim e contorna o cabo dele - Ajudei-a, guiando um de seus tentáculos para o objeto de estrutura fálica no canto do fliperama - Com o outro.... arg, você vai ter que usar a pontinha dela - Orientei. Foi inútil. A pokémon sem coordenação motora apenas deu um tapão em todos os botões.

O tapa fizera o Joystick reiniciar e eu precisei pagar uma segunda sessão. Respirei fundo, revirei os olhos e tentei voltar ao foco: pode parecer que eu acho dinheiro em árvore, mas não é assim também não... é em escavação. Acha que garimpo é fácil? Tenho certeza que a Funai vai bater no próximo Doll Fan Fest.... vai delimitar aquela área de garimpo tudo.

Que que eu to falando?
VOLTEMOS.

Jellicent.... ela deu um tapão nos botões. Isso seria difícil... eu me dei o luxo de apertar os botões para ela até ela entender. Era melhor que ela entendesse no meio da luta, né?! Assim pelo menos não tem como 'reiniciar o jogo do nada'... eu acho. Enfim, escolhi os mesmos dois bonecos para ela: Mega-Man e Venon. Para mim? Bem, para mim não deu tempo. Acabei ficando com dois aleatórios... Capitão América e Hulk. Olhei aquilo um tanto quanto decepcionada:
- Arg, que hétero...

Acho que é só... ah é, eu tenho que descrever como eu deixei Bragui, Loki e Fafnir sozinhos num brinquedo com múltiplas pessoas. Pois é, meu querido. Eu fiz isso. E eu fiz já PREVENDO a merda... mas se tem uma coisa que eu aprendi sendo treinadora, é que uma merda bem feita as vezes é melhor que nada. Eu podia até arranjar problema 'desleixando' os dois... mas Loki é independente, Claydol é meio indiferente e Bragui... bem, Bragui quebra a cara sempre. Na pior das hipóteses eles vão quebrar um pouco a cara... né?

... É, né?

Bem, eu não sei como eu sei disso. Acho que só sei porquê um dia me contaram que fulano ouviu de ciclano, que viu fulano comentando com beltrano que isso aconteceu. O importante é que os três encontraram o garoto do quarto do lado. Benzadeus, Pewter parece Vitória! Mundo pequeno do car*lho. Bragui nem precisou falar muito: era o elo 'pacífico' entre os dois brutamontes, então só apontou para o filho da put* e os dois já entenderam. Óbvio que não ficariam no mesmo carrinho... mas agora não era nem mais por uma questão de rivalidade... era uma coletividade plena. Os três correram na frente, quase furaram fila, passaram por todo o pátio e escolheram três carrinhos bem distintos. Em três seria mais fácil mirar no Punk Rock fudid*.

O pior de tudo é que, dos três, o único que tinha anatomia para usar um carrinho de bate-bate era Ursaring. Esse sim nem pensou duas vezes em pisar fundo e ir atrás do maluco. Togekiss levou um tempinho até entender que deveria enroscar suas mãos no volante para dar melhor segurança na direção. Claydol? Bem, Claydol desistiu de tentar dirigir 'na mão'. Começou a levitar o carrinho por ai com seu Levitate... o que sem dúvida nenhuma seria um put* de um roubo que alguém iria reclamar...

Gliscor e Houndoom até se viraram bem com a subida, talvez tivessem aprendido com o erro. Num pulo & num vôo, chegaram ao topo. Nesse ponto Gliscor passou na frente, usando suas asas e atravessando um escorrega sem muitos problemas. Chegou na piscina de bolinhas e se perdeu: cor demais. Ao cair, a sensação era de puro alvoroço! Bateu suas asas assustado e jogou bolinhas para todos os lados! As bolinhas bateram na parede e voltaram para o morcego. Achando estar sendo atacado, ele continuou mais um pouco. Levou um tempo para ele entender que a culpa era de si mesmo: quando descobriu, parou. Seu alívio era saber que Hati não tinha visto aquilo; ela ainda estava perdida em 'como descer um tobogã'.

E numa ora ou outra, descobriu. A pokémon apoiou as patas dianteiras e as cruzou, dentando sobre elas de cabeça baixa. Fizera o mesmo com as patas traseiras e acabou por virar uma minhoquinha. Demorou entender que aquela era uma forma de controlar seu corpo em deslize, mas quando fez, mergulhou na piscina de bolinha. Felizmente cães são bons nadadores: principalmente Hati... quando não é em ÁGUA. Como era uma piscina nada úmida, logo ela chegou na margem.

Talvez este não fora um problema muito grande no circuito. Eu já imaginava que a primeira vez seria um tanto quanto ridículo; acho que o recreador também. Desta vez eu nem virei o rosto para ver um pedaço sequer do 'alvoroço'. Ninguém me chamou, ninguém me compeliu... não existia gritaria ainda. Eu poderia continuar a jogar.

Peguei meu Hulk, posicionei no canto da tela e esperei o tempo de Freya. O tempo de Freya era o do jogo? Não tenho certeza. Só sei que quando os movimentos vieram... eles vieram todos de vez. Eu acabei de reparar que a cada grande tentáculo, cada esporo de Jellicent podia contar como um dedo, o que lhe fazia poder apertar MUITOS MAIS BOTÕES que eu. De forma SINCRONIZADA. Como eu não fazia IDEIA do que fazer, eu apenas apertei para trás e tentei 'defender' os golpes. Quando minha barrinha de especial ficou cheia, apertei todos os botões com dois belos tapas no tabuleiro e mexi o joystick para frente e para trás seguidamente.

O que aquilo faria? Não faço ideia. Talvez eu só morresse mesmo.

Mas certamente eu estaria melhor que aquele Punk Rock. Aquele cara... ele tava muito ferrado. Ai bater um, dois e três nele, Ursaring sofrera dois impactos (o primeiro sempre se fode). Ao tentar sair de lá, continuou a ir para frente, empurrando o carrinho 'inimigo' para a borda. Isso lhe fez esbarrar em Claydol que, confuso, acabou por rodopiar. O pokémon se perdera um pouco no seu referência 'espacial' e, tentando se achar, foi para qualquer um dos lados e tentou virar. Togekiss restou. Vendo que tinha espaço, motivação e 'tempo', já que Loki empurrou seu inimigo, contornou o carrinho e tentou se juntar com o urso, aproveitando o momento para bater mais uma vez na lateral daquele carrinho. Loki tentaria dar a volta e o prenderia na frente. O intuito dos dois parecia ser prender o garoto no canto e deixá-lo de 'castigo', enquanto ora ou outra batessem nele. Com Claydol isso talvez fosse fácil, mas o psíquico ficou tão perdido que foi parar do outro lado do campo.

Em relação a fala do garoto? Bem, Togekiss só abriu um sorriso sádico e riu. Para piorar Loki entrou na brincadeira: colocou as duas mãos na cabeça e imitou aquele moicano démodé, ofendendo o Punk falando de sua aparência.

Ah mas você acha que Gliscor ia deixar baixo? De jeito NENHUM. Quando viu aquele Alakazam teleportar, a primeira coisa que ele fez foi correr e aproveitar do 'tempo de recarga' do golpe para deferir um belo Taunt. Talvez esse fora o único momento que Jormungand foi realmente RÁPIDO e EFICAZ nesse circuito. Ele correra o chamando de trambiqueiro filho da puta. Falou que morria pra um Earthquakezinho e começou a dizer que seus bracinhos eram mais finos que o pau dele.

É... a coisa tava feia. Por um instante Hati viu aquilo embasbacada... mas se aquilo fosse 'suficiente' para que Alakazam não usasse mais Teleport, ela não iria se opor. A canina aproveitou o auê, correu pouco atrás do morcego e aceitou ficar em último lugar... agora seria um novo turno, eles recomeçariam e tentariam de novo! A primeira vez nunca é muito proveitosa.... né?

Bem, estava sendo para Loki e Bragui. Não para Claydol. O boneco de argila quando pode deu uma revira-volta e finalmente se juntou com os outros. O problema é que o se juntar não era mais suficiente: o punk sumiu. Fechou seus vários olhos, mentalizou o campo e tentou achá-los pela energia psíquica: quando conseguiu, sentiu certa tristeza em não rememorar mais seu Teleport, mas tentou. Depois de falhar miseravelmente, pontou a direção correta para os dois amigos e estes foram sem muita dó atrás do garoto.

Claro, não sem antes sofrerem para manobrar. Loki até saiu da porra do carrinho e o puxou com as próprias mãos, o tirando daquele canto 'no braço'. Quando viu a dificuldade de Bragui, fez o mesmo para o Togekiss. Agora os três seguiam reto atrás do garoto de moicano e já anunciavam: se ele não vai jogar limpo, a gente também não vai.

Em falar em limpo... o que falar de Jellicent? A fantasma entrara no fliperama sabe-se lá porquê e isso me causou certo desconforto. Era uma provocação? Uma reclamação? Uma negação ao treino? Ou simplesmente um 'reconhecimento' naquelas pecinhas de Pac Man? Eu não sei... e não saber me incomodava. Depois de encarar por um longo tempo a tela-negra, assenti com a cabeça e aceitei a brincadeira:
- Ok, isso vai ser bem difícil - Se com uma I.A simples dos anos 80 o jogo não era fácil, quem dirá com uma fantasma de vontade própria? - Se puder pegar leve no início... agradeço.

Quando falei isso, já vi que comecei mal. Jellicent se mostrara como o boneco-azul e já correu atrás de mim. Em resposta atravessei o mapa horizontalmente e tentei ir para o outro lado pelo 'buraco no mapa'. Quando chegasse ali, correria para o topo-esquerdo. Será que ela iria me seguir?

Gliscor dera uma desesperada quando aquilo aconteceu, mas o episódio anterior lhe ensinou algo na base da vergonha: assanhar suas asas não é muito útil. Até se sacodiu a princípio e se enrolou mais, mas quem lhe salvou foi Hati. A camina pulou até o canto da rede e usou sua energia Dark para neutralizar o golpe de Alakazam. O motivo da canina ter feito isso? Medo de Jormungand destruir a rede e acabar com o brinquedo e, por consequência, o circuito. Isso atrasou um pouco os dois, mas assim que possível começaram a correr atrás de Alakazam, partindo rede acima.

Apesar de parecer estarmos com dois noobs contra um experiente, ainda era um 'dois versus um'. Gliscor tinha sérios problemas para trabalhar em dupla, mas não seria escolha dele: Hati não era problemática nesse sentido.

Falando em problema... carrinho de bate-bate. Claydol foi o primeiro a perceber que ambas as atitudes dariam algum tipo de 'problema' e tratou de usar Gravity no campo inteiro. O primeiro motivo era interesse mútuo: ele não ligava se alguém se foderia ou não, mas ele tinha um claro entendimento que se ninguém se tocar nunca, não terá mérito ou divertimento algum no desafio. O segundo era porque seria divertido tomar aquele dano... com a gravidade muito mais alta... um impacto doeria BEM MAIS e isso seria bem divertido para o pokémon... que se rememorarmos um pouco, é bastante masoquista.

Bem, com o Gravity ligado, Ursaring falhou por completo em 'dar seus pulos'. Natu provavelmente teria certo problema em se localizar com o Teleport também, já que a gravidade altera (diretamente) o campo magnético do local, por consequência, a noção espacial de qualquer sujeito. Psíquico ou não.

No mais, tínhamos um fliperama. Dois fantasmas coloridos e duas Freyas. Isso já me dava um péssimo indício, porém como não fui seguida até então, aceitei a 'vantagem inicial' e do topo do mapa desci de vez. Dessa vez tentei contornar e pegar as bolinhas a parte inferior e depois virar a direita. Eu queria entender quando, como e onde Jellicent viria atrás de mim. Antes de descobri, fiquei dando voltas mais seguras no canto dos mapas, saindo da movimentação de fácil-acesso central.
- Eu pedi pra você pegar leve... Freya - Questionei, dando um leve tapinha no joystick do lado, em sinal de carinho. A pokémon não me respondeu a priori, apesar de piscar algumas luzes afirmativas, que num mundo paralelo significaria 'você que lute'. Felizmente não entendi a pachorra da pokémon e apenas ri e confirmei com a cabeça.