Seek & Destroy_Metallica 150bpm Feat Mc Hariel

Ambos FINALMENTE pegaram vantagem em Alakazam. Hati tinha certa classe nisso, já Gliscor, vantagem anatômica. Era agradável saber que os dois trabalhavam juntos... pera, eu não sei disso. Ok ok, consertando: seria agradável saber disso... quando eu voltar... e ver. Agora eu estou um tanto quanto ocupada. Para melhorar a situação, Hati foi na frente e ofereceu certa ajuda no trajeto final: usou seu Will-o-Wisp contra o túnel estreito e o dilatou termicamente, tornando mais fácil a trajetória dos dois até o re-início do circuito. Talvez aquele fosse o início de uma aliança um tanto quanto agradável... talvez não.

Só sei que foi assim... na verdade, nem isso eu sei. Eu estava tão VIDRADA no meu fliperama que nem prestei muita atenção no redor. Meu celular vibrava, provavelmente era Gabriel, mas eu não o pegaria agora. Ele sabia onde eu estava: se quisesse, me acharia. Foquei os dois olhos na tela do jogo e aceitei, agora era o momento de atacar. Dei a volta numa das colunas do canto-inferior, comi uma cerejinha e esperei os fantasmas ficarem 'comestíveis'. Assim que tive o aval da máquina, fui pra cima de Freya, tentando aniquilar ao menos um de seu par.

Eu estava tão focada em reverter a perseguição que nem reparei. Eu poderia espirrar: tinha gente falando sobre mim. Os três-patetas já pareciam empenhados demais em foder o Punk, o que fazia ele simplesmente se irritar e esbravejar algo. Ali Loki reparou: pode ser que a coisa fique feia para Winnie. Visando o puro silêncio, ele nada falou, apenas assobiou e revirou os olhos, tirando de cima do garoto o carrinho e esperando que os outros fizessem o mesmo. Bragui demorou se ligar, mas quando entendeu, seguiu Ursaring. O problema foi Fafnir... aquele maldito boneco de barro... ele entendeu... pensou... processou e concluiu que o mais divertido seria ver o 'circo pegar fogo', então apenas erguei um de seus braços-motores reto e apontou em minha direção, como quem fala "ela ta ali, oh".

Esse era só mais um dos indicativos que ignorei. Gabriel falara meu nome no meu OUVIDO e eu parecia em transe. Só quando ele tocou em meu ombro eu dei um pequeno pulo para trás. Isso me fizera largar o Joystick por alguns segundos e me dar uma certa desvantagem... talvez um GAP desnecessário. Virei-me para ver 'de qual é' e quando reparei que era Gabriel, suspirei um tanto quanto aliviada:
- Meu deus eu achei que meu tempo tinha acabado... - Se tivesse, eu ficaria muito triste - Já to acabando... pera, pera - Enxotei-o com a mão.

Gabriel saiu de perto do fliperama sem se despedir. Tive o trabalho de olhá-lo de longe e quando o vi sai de cena, aceitei, ele estava magoado. Dei de ombros e emiti um 'humph' pouco característico: talvez eu tenha sido grossa, mas homens são bem sensíveis mesmo, né?

Um... dois... três circuitos. Fora tempo suficiente para Gliscor contar com suas pinças a calmaria que viria de Alakazam. Olhou para Hati, piscou um dos olhos e decidiram esperar Alakazam chegar para recomeçar o circuito... afinal de conta, eles queriam uma disputa justa, não é mesmo? Quando o amarelado enfim coloriu a cena, os dois pokémons começaram: "pau pequeno da porra", disse o morcego, um pouco menos polido. "Contra mim você não usa essa merda de Psychic né", disse a canina, um tanto mais contida.

Era um... duplo Taunt? Bem, Hati não sabia o golpe, mas ofender ela podia tentar. Depois disso eles começariam o circuito sem muito mais discussão. Com a imunidade de Hati, Jormungand concordou em ajudá-la a vencer o desafio ao invés de ganhar o prêmio solo... quem diria? Ah é, outra coisa que eu 'não diria' é que aquele Punk realmente veio atrás de mim. Loki ficara enraivecido com a atitude de Claydol e por isso puxou-o de volta para a fila com um breve cascudo. O boneco-de-barro apenas estremeceu de prazer e voltou a si alguns segundos depois. Quando retornou a consciência, deu um 'sorriso' (ou o equivalente a isso) em Loki e se comportou na fila. Agora Loki, Bragui e Fafnir esperavam sua vez para repetir a dose. Sem o Punk talvez o treino fosse mais.... útil?

Inclusive, é sério que esse Punk foi me interromper também? Não só viera me chamar, como veio aos berros e na ignorância. No primeiro tapa eu já sabia que aquilo não seria bonito. O jogo desligou, meu sangue foi para o topo da cabeça e eu virei a ele, com asa bochechas vermelhas e narinas diladas:
- Homem é tudo fresco mesmo né... puta que me pariu. Se vira mané, problema seu é seu, não é meu não, me deixa com meu jogo - Fora só isso que falei. Nesse exato momento tentei dar a volta a máquina e procurar o botão de religar - Onde que te liga? - Perguntei à Freya, voltando a tonalidade e ritmo normal de voz.

Acho que ninguém ia reclamar de três pokémons enormes furando fila. Talvez mais tarde alguém venha atrás de mim falar que eu devia 'ensinar modos' aos meus pokémons, mas até isso de fato acontecer de uma forma jurídica (em suma, um segurança vir me ameaçar) isso não era problema meu. Os três procuraram seus carrinhos: Claydol um azul claro. Bragui se conteve com o vermelho... Ursaring era o mais lento, relutou, relutou e relutou mas acabou tendo que ficar no carrinho verde-punk. Bleh! Com tanto ódio de seu próprio carrinho, ele não pouparia impactos. Colocou o cinto sobre o cinto que já tinha lhe dado (Power Belt) e foi em frente, seu primeiro impacto seria contra Claydol, que estremeceria de prazer mais uma vez.

Loki olhou aquilo com cenho franzido, sentindo certo estranhamento, saiu dali e deu a volta. Tentou perseguir algum civil comum, enquanto via que Togekiss estava ocupado demais se focando em desviar de quase tudo. Por hora ele não falhava, mas sem dúvida nenhuma falharia logo mais.

Num instante, Claydol decidiu que deveria ir atrás de seus próprios impactos. Que ruim pra ele: perseguiu Loki e usou um Gravity na hora que bateu. O boneco de barro não queria usar o cinto de segurança, então um só movimento daquele foi suficiente para levá-lo para frente, o deslocando da cadeira. O ato levou alguns olhos a Fafnir... e alguns suspiros também...

Bleh, em falar em cuidado, sabe quem não tivera cuidado nenhum? Isso mesmo, o Alakazam. O pokémon usou seu Psychic para flutuar entre as plataformas e deu liberdade à Gliscor para fazer todo o trajeto voando e tacar o foda-se. Saíra do túnel, fora por cima do brinquedo, dera a volta pelo ar e tentou chegar no ponto de partida sem passar por nenhum obstáculo. Hati acabou ficando sozinha no brinquedo: sabendo que isso era um rompimento do trabalho em dupla, acabou por usar seus próprios métodos. Correu atrás de Alakazam e pulou sobre ele, tentando prender-se nele como uma mochila e esperando ser carregada pelo pokémon de pau-pequeno.

No fim, o Punk Rock. Aquele que me desafiara de uma forma completamente estranha e controvérsa:
- Qual a diferença de eu começar? É um jogo de Score, não faz diferença alguma você me 'deixar' ir primeiro - Conclamei - Na verdade, quem tem que deixar algo sou eu. Eu que to na máquina...

Minha fala fora o suficiente para Jellicent reaparecer no jogo. No final das contas eu sabia que seria mais fácil ganhar com Freya roubando pra mim. Dei de ombros e comecei o jogo: segui com meu bonequinho para a esquerda e comecei a catar os pontos o mais rápido o possível. Jellicent decidira me ajudar, contaminando os fantasminhas e decidindo não ir muito atrás de mim, mas ao mesmo tempo disfarçar o controle para que o garoto não percebesse. Eu tentaria fazer a fase toda assim e quando (ou se) terminasse, daria de ombros, anotaria o Score e diria 'ok, é sua vez então'.

Nem tudo dava para planejar. Quando as bolas caíram do céu, as primeiras reações dos meus pokémons foram instintivas. Eles latiram e chiaram, dando para trás e tentando entendee a situação. Acreditando que aquilo era uma espécie de ataque de Alakazam, os dois ao chão pularam no psíquico irritados e largaram mão do circuito para comprar uma briga. Gliscor já pretendia dar um belo Poison Jab no coitado até mirar numa bola que invadira o espaço e estoura-la.

O "pow" característico fez Hati pular para trás e sair da briga. Gliscor já se concentrava em continuar, mas quando Hati entendeu queo evento cessou, latiu forte e apontou para o recreador sádico. "Você ta mirando no arrombado errado", Disse a canina, que apenas cabeceou uma bola em direção ao funcionário. Entendendo melhor a situação, o morcego enrolou uma bola com a cauda e jogou contra o mesmo homem.

Um outro ponto que estava prestes a entrar em conflito era o trio. Togekiss com muito medo começou a usar Protect para evitar todos os impactos e Ursaring decidiu fazer o mesmo. Claydol viu que não tinha esse privilégio e, irritado, decidiu mirar num civil qualquer.... o que foi creepy. A ideia de um Incel te seguindo para te bater ... sem você conhecer... é, aquilo não parecia muito bonito.

No fliperama, Freya fez seu papel. Ela já esperava certa trapaça do rapaz, seja teleportes, travadas ou cancelamentos. Tentando evitar isso ela roubou descaradamente: contaminou o máximo de fantasmas possíveis e ficou nos pontos estratégicos que davam pontos e convertiam os fantasmas. Ficou parada, quebrando a máquina, deixando impossível que o garoto passasse por ali.