017 - Fighting Off Fate

Fighting Off Fate

Batalhas não eram bem o forte de Rosemary. A loira vivia cometendo erros que pareciam bobos e que custavam caro para ela. Eu me achava impulsivo, mas ela me superava sem sombra de dúvidas. O Sparkling Aria de Marlo era um dos movimentos mais belos e tenebrosos que eu vi ao longo da minha jornada, os danos causados por ele beiravam o absurdo. Uma pena que isso também afetou o próprio Pokémon da coordenadora.

- Segura esse falsete. – Comentei, chocado com a potência do ataque.

Assim que meu trio terminou de combinar os seus movimentos, nocauteando o elegante tritão, eu não contive um sorriso de satisfação, orgulhoso pelo desempenho das minhas parceiras. O sapo caia logo em seguida, deixando apenas a aquática de Galar de pé.

Eu poderia causar o seu nocaute com apenas um Bullet Seed, mas sabia que a minha amiga estava querendo o máximo de experiência para ela e como tudo havia dado errado e a vitória já estava em minhas mãos resolvi ser generoso.

- Play Rough e Flame Charge, Hailee e Nikita! Thalia apenas use o Swords Dance! No turno seguinte: Bullet Seed, Headbutt e U-Turn! – Passei os comandos, ciente de que isso resultaria no nocaute da Cinccino. Como ela havia derrotado dois monstrinhos da coordenadora, sendo um deles o mais forte, estava de bom tamanho para não a deixar revoltada.

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Até que batalhas eram divertidas. Um pouquinho só. Continuavam não sendo o meu estilo na maior parte do tempo, porém eu devo admitir que elas estavam me rendendo uma boa recuperação. Tomar conta de uma fazenda é cansativo fisicamente e participar de Contests exigem planejamento, ensaios, pesquisa, demandam criatividade e muito tempo. Batalhas eram só lutas rápidas, muito mais fácil.

Fazer as três coisas poderia ser exaustiva para alguns, mas no meu caso cada atividade me dava tempo para descansar das outras duas. Então era só isso o que estava faltando... Lutas casuais. Ou como alguns preferiam chamar: cinco minutos na porrada com alguém sem perder a amizade. Até que fazia sentido, olhando por esse lado.

Assim que a luta acabou eu corri para o campo e envolvi a Cinccino em meus braços. Acariciei o seu pelo e a agradeci pela batalha, antes de a retornar para sua Poké Ball. Puxei Nikita e Thalia para um abraço e fiz o mesmo. As três haviam me impressionado bastante esse dia.

- Obrigado Rose! Os seus Pokémon também são bem fortes, ainda bem que eu vim preparado. Acho que a gente deveria ir curar eles. – Fiz questão de dar ênfase a frase e praticamente a arrastei dali junto com a criança, o colocando no meio para disfarça-lo. – Tô com mau pressentimento... – Disse, quase inaudível.

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Segundos antes do desastre senti um calafrio percorrendo a minha espinha, deixando-me ainda mais desconfortável com o que eu estava vendo. Aquele homem era um chefe de uma máfia ou um cafetão? Não dava para distinguir muito bem, a bengala e os tons de roxo em roupas extravagantes sempre me deixavam na dúvida.

Olhei para Rosemary, extremamente curioso com o que estava acontecendo. A criança não se parecia nada com aquele homem, então talvez eu estava perdendo alguma coisa na linha de raciocínio ou a genética havia sido muito gentil com o pequeno.

Deduzi o óbvio: como um bom vilão que acha que está completamente no controle ele ficaria entretido em suas próprias palavras. Essa era a oportunidade perfeita para fazer algo que a loira estava esquecendo: curar nossos Pokémon. Não daria para usar a máquina e sem os nossos parceiros mais fortes a luta seria um desastre.

Chamei Thalia e Nikita de suas Poké Balls e pedi para elas ocuparem o espaço que eu deveria estar bloqueando. Apliquei duas poções em cada uma, o suficiente para recupera-las totalmente da batalha anterior. Então chamei Hailee e apliquei quatro delas, ficaria faltando um pouquinho só para ela ficar plena. Também mudei o seu item para a Silk Scarf. Olhei para a coordenadora com cara de “faz o mesmo!”, enquanto tomava frente da situação.

- Por que não pulamos logo a conversa? Não é como se fossemos resolver isso de outra forma. - Respondi ao velho desprezível. – Fique atrás de nós, qualquer coisa a gente se joga em cima deles e você corre o mais rápido que conseguir. – Sussurrei para a criança, o deixando atento para caso as coisas apertassem.