Pokémon Mythology RPG
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Ato 06 — Flashes.

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Dar os dois Exp Candy para Charmeleon, e evoluí-lo para Charizard (+3 bottle caps, uhul!); tentar capturar Magikarp fêmea para Nicholas e o macho pra Emma (os de nível 30);
Ensinar Cotton Guard para Swablu no lugar de Fury Attack (ainda não evoluir para Altaria);


Resistência não era muito o forte das carpas carmins. E foi com singela facilidade e ligeireza que a dupla se saiu vitoriosa em um confronto completamente inesperado — ainda não haviam deglutido a ideia de que parecia um peixe se afogando, por Arceus. E foi logo no fim do combate que Charmeleon correu até o seu mestre, segurando na barra de sua calça, dando alguns puxões para o louro volver a sua atenção até ele. Sem dizer nada, Nicholas fitava o réptil; o inicial de Nico friccionava os seus braços um no outro, como se estivesse com frio.

— Calma, garotão, tá tudo certo. Mas preciso de você aqui fora mais um pouquinho, só até a gente confirmar de que vá aparecer mais uma leva de peixes doidos, beleza? — afagava o lagarto, que apenas cerrava as pálpebras e aceitava o raro chamego do louro. Nicholas pegou de seu bolso aqueles dois doces que outrora Lanette o entregou antes de saírem de sua casa. Charmeleon tomava-o em suas mãos, curioso, coçando a sua nuca com o membro canhoto, meio confuso. — Come algum docinho aí, pra você não ficar com fome.

Swablu também se achegou de Emma, e diferente do inicial do louro, apenas piava, como se estivesse cansado depois de comer tanto e um combate que exigira um pouco mais de seu físico. Piou, rapidamente abrindo a sua boca, pedindo mais algum quitute para a garota. A kalosiana riu brevemente, antes de entregar mais um bombom para a ave. Arqueou o tronco para frente, afagando também o pequeno.

— Você não tem jeito, né, seu pilantrinha. Depois que a chuva passar, o Xatu vai ajudar você a voar melhor, tá bom? — absorto aproveitando o palatável doce, quiçá até em demasia, Swablu assentiu, antes de a garota recolhê-lo para sua cápsula metálica. — Nico, a gente vai levar alguns deles com a gente, né? Eles ficam bem fortes quando evoluem, e esses daqui pareciam mais fortes que o normal.

— É, você tá certa. Eu vou jogar naquele, e você no outro, tudo bem?

Emma assentiu em um sucinto movimento com a cabeça.

Foi quase simultâneo o arremesso da dupla na direção dos peixes já exauridos: o kantoniano arremessou contra o corpo da fêmea, enquanto Emma tentou capturar o macho; miravam justamente os derradeiros monstrinhos a caírem, que se mostraram mais forte naquele curto embate. As cápsulas bicolores de início apenas chocavam contra o corpo dos Magikarps, acionando o mecanismo de captura do apetrecho. Evocou um feixe de luz vermelho-sangue que envolveu o corpo dos aquáticos, fê-los tremeluzir, suave, antes de se unirem à energia carmim e recuarem de volta para a esfera. A partir daí, se iniciava o mecanismo de captura; em silêncio, torciam para que conseguissem novos companheiros.

Distraídos aguardando enquanto a captura ocorria, Nicholas sentiu algo tatear a sua perna; rapidamente, tornou o corpo na direção do estímulo. As pálpebras outrora semicerradas, abriam-se por completo; o olhar frio agora se tornava surpreso, os lábios descolavam, deixando a boca entreaberta, admirando um lampejo azul que começava a tomar o corpo de seu lagarto que outrora o cutucou. Tal o kantoniano, as pupilas de Emma se dilataram no momento em que se achegou do louro, ficando ao seu lado, e rapidamente Charmeleon se tornava o centro das atenções.

Por outro lado, o ígneo ainda parecia meio confuso aquilo, e apenas deixou que a energia tomasse conta por completo de si — mesmo não entendendo ao certo.

As suas dimensões corpóreas aumentavam significativamente, deixando-o mais corpulento em relação à forma anterior: braços e pernas pareciam mais musculosas, quiçá para suportar o corpo mais pesado. Suas unhas pareciam ainda maiores, tal a sua cauda, ostentando aquela chama intrínseca com ainda mais vigor. A transformação mais significativa era justamente aquilo que mais chamava a atenção na sua forma final: em suas costas, cresciam duas grandes asas, suntuosas, pesadas, entregando-lhe um ar augusto.

O casulo luminoso se esvaiu, e ao fim da metamorfose, era nítido o que ocorrera: Charmeleon alcançou a sua forma definitiva, despertando, enfim, como Charizard.

O réptil ainda assim parecia confuso. Ergueu a sua garra direita na altura de seus olhos, mexendo-a, vagaroso; repetiu o processo com a esquerda. Atônito, pisou no chão algumas poucas vezes, como se estivesse querendo testar o seu próprio peso e conhecer melhor a sua nova forma. Aproximou as asas de suas vistas em um movimento moroso, pois ainda não domava por completo a nova tipagem que o ser etéreo lhe abençoara. Entretanto, foi nesse momento em que vislumbrou seu mais novo membro que caiu na real. Súbito, avançou contra o corpo de Nicholas, próximo de si, envolvendo-o em um apertado abraço, roçagando sua face contra as bochechas do rapaz. Não delongou em começar a lambê-lo em sinal de afeto, tal se agradecesse ao kantoniano por tê-lo auxiliado a chegar no auge de sua força.

— Tá bom, Charme... Charizard. Eu já entendi, não precisa ficar me lambendo não — balbuciava Nicholas, reclamando com o gesto exagerado de seu inicial; o réptil nem ao menos o ouviu, devolvendo, com juros, todos aqueles gestos tão singelos e raros em que o louro lhe parecera mais carinhoso.

E então, desvencilhou-se, dessa vez indo para a frente de Emma. Pulando entre um pé e outro e batendo algumas palmas, as pálpebras cerradas e um jocoso sorriso adornando o tão jovial semblante, Charizard parecia querer noticiar a garota de que finalmente evoluíra. Novamente, avançou contra a kalosiana, tal como fizera com o seu mestre, afogando-a em um mar de gestos aprazíveis. Ao contrário do kantoniano, a garota abraçou-o de volta, sem muitas cerimônias, gargalhando, vívida, tão contente quanto o próprio ígneo com a sua evolução.

— Ai, meu Arceus, que coisa mais linda! Você tá a coisa mais gostosa, Charizard, seu fofo! — balbuciou a kalosiana, conforme dava risada junto com o agora lagarto alado.

O inicial estava absorto demais em sua felicidade. Era como se um cego finalmente pudesse enxergar, sentindo, palatável, todas as cores e as belezas do mundo ao seu redor que nunca antes lhe fora tão palpável. A euforia era por finalmente estar na sua forma final, julgando-se poderoso o suficiente para proteger aqueles dois humanos que tanto lhes eram ternos. Não queria vê-los de jeito algum — principalmente seu mestre — afogados em um mar de agouros e lamúrias, entregando o seu máximo para arrancar nem que seja um breve suspiro de felicidade daquelas criaturas.

Agora com as suntuosas asas, faltava apenas a auréola para confirmar Charizard como o anjo da guarda daqueles dois.

— Você não muda nunca, não é? Por mais que cresça e já pareça um marmanjo, vai ser aquele eterno Charmander que eu ganhei em Littleroot — comentou Nicholas, aproximando-se de seu inicial. Passou a mão na cabeça do ígneo, que retribuía com mais uma lambida em sua face seguido de um sorriso faceiro. O louro deixou um riso abafado adornar o canto dos lábios, finalmente recolhendo o agora Charizard para dentro de sua cápsula.

Sentiu Emma aproximar-se, mais tranquila, ao tocar a mão em seu ombro.

— Você tem muita sorte de ter alguém como o Charizard. Parabéns, bobinho — comentou, em um riso suave, ficando na ponta dos pés para que os lábios se encontrassem em breve beijo.

Nicholas ficou encarando por mais alguns segundos a esfera bicolor de seu inicial. Cerrou as pálpebras por ínfimos segundos, guardando-a a seguir. Um riso trôpego tingiu os finos lábios rosáceos do kantoniano.

— Bom, quem sabe, né... — murmurou para si, tentando disfarçar a euforia ao ver a sua metade por mais oposta que fosse alcançando a forma definitiva.

Era como se ganhasse mais vida, tal se pintasse aquela aquarela envolvida em mórbido preto e branco presenciar aquela cena tão única e especial. Nicholas se enxergava na silhueta de seu Charizard antes de todos os eventos catastróficos ocorrerem em sua vida; era aquela criança que sempre prezou tanto, com uma esperança e luz intrínseca, algo que somente o seu lagarto irradiava.

Nicholas e, agora, Charizard. Opostos, mas ainda assim, complementares. Que duplinha mais excêntrica.

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Após derrotarem as carpas, Nicholas e Emma aproveitaram o momento para cada um capturar um deles. Eram pokémons conhecidos por serem relativamente fracos, mas se transformarem em verdadeiras máquinas de batalha assim que evoluíssem. Nos poucos instantes onde as pokébolas vibravam e emitiam luzes intensas para sinalizar o fracasso ou o sucesso da captura, Charmeleon surpreendia a todos e sofria uma metamorfose, transformando-se em um Charizard, seu estágio final.

O momento da evolução trouxe muita alegria para a dupla, mas, diferente de quando o processo ocorreu com Gardevoir, havia algo de diferente. A criatura de fogo era parceira de Nicholas desde o início de sua jornada e seu crescimento dizia muito sobre o amadurecimento de Nicholas também. Afinal, os dois batalharam muito - literalmente - para que esse momento chegasse.

Quando o momento de euforia chegou ao fim, as pokébolas apitavam e indicavam que as capturas dos Magikarps foram bem sucedidas! E, se não houvesse como tudo ficar ainda melhor, aos poucos a nuvem de tempestade parecia ir embora e alguns raios de sol tímidos se revelavam, formando um arco-íris! Mas, diferente de um arco-íris comum, este parecia emitir um brilho intenso, além de que alguns fragmentos de suas cores caíam no chão. Pera... Realmente havia algo caindo, e parecia ir diretamente para os pés do rapaz. Eram literalmente shards de todas as cores caindo do céu! Seria um presente divino?


Progressos Nicholas :

Progressos Emma :

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Dar 1 potion para cada Magikarp (1 do Nico e a última da Emma) e evoluir os dois para Gyarados; Leftovers, finalmente q
Dar os dois Exp Candy S da Emma pra Jigglypuff;
Ensinar Air Slash para Charizard no lugar de Slash;


Um momento de euforia anormal parecia ser o suficiente até mesmo para afastar as nuvens de tormenta que assolaram o pobre cabelo da kalosiana. Os ventos passavam a sibilar a favor daqueles dois, e como prova de que o titereiro etéreo estava a favorecê-los, o arco-íris era evocado — ademais que as condições físicas fossem propícias para tal. Entretanto, o fenômeno era excêntrico em relação aos dias corriqueiros: era como se aquela harmonia colorida se materializasse, ganhando brilho díspar e descendo dos céus à terra. Pousou espalhafatoso sobre o chão algumas pedras com as mesmas cores emaranhadas de outrora; o louro tomou aqueles shards para si, guardando-os, sem muitas cerimônias.

Mesmo com as madeixas molhas e quiçá armadas, a kalosiana até mesmo esqueceu — mesmo que repentinamente — aquela cólera com relação ao mesmo; ora, havia barganhado com as correntezas do destino experiências únicas, como a evolução de sua Gardevoir e acompanhando o amadurecimento do lagarto de fogo do louro que tanto tinha afeto. Diante do que os orbes cerúleos captavam, toda aquela neblina de furor havia se afastado de seu mole coração.

— Vem cá, e se a gente desse uma olhadinha nos Magikarps? Sei lá, vai que eles se machucaram bastante e... não sei — pensava alto a loura, rapidamente materializando a carpa que capturou outrora. O peixe parecia inerte, as pálpebras cerradas e sem nenhum resquício de energia, ademais que ainda respirasse.

Nicholas repetiu o processo feito por Emma ao materializar o monstrinho recém-capturado. Tomou para si uma de suas poções, borrifando, singelo, uma porção sobre o corpo da carpa exaurida. Assim que a kalosiana viu a ação do treinador, decidiu fazê-lo também, derramando sobre as feridas de seu Magikarp o último medicamento violáceo que tinha consigo. Dentro de poucos segundos, os monstrinhos davam sinal de vida, começando a se debater no chão gramado como se estivessem à procura da mais ínfima correnteza e nadarem a favor da mesma.

E, por Arceus, que dia era aquele daqueles dois. Sorte, destino, chame o que quiser, entretanto, tudo conspirava ao favor da dupla; a expedição que não conseguiram executar na rota cento e um graças ao sequestro de Emma fora apenas uma maneira de o titereiro etéreo acumular surpresas agradáveis aos dois.

Mais uma vez, o corpo das carpas tremeluzia na mesma frequência, emitindo aquela luz alva intrínseca ao fenômeno da evolução. E se todas as transformações pareciam significativas, imagina a metamorfose que agora os Magikarps passariam; acredito que nunca aqueles olhos anis haviam visto tão intensa mudança. O corpo dos peixes alongava a uma altura incomensurável, e parecia dividido em segmentos e anéis; algumas escamas surgiam esparsas por todo o corpo similar à uma serpente, principalmente sobre onde era a cabeça do novo monstrinho. A bocarra descerrada configurava uma aparência atroz ao aquático.

Tal outrora, o casulo luminoso tremeu, já fraco, e se dissipou por completo assim que ambas as carpas evoluíram em Gyarados.

Quiçá surpresa com todo aquele emaranhado evolutiva, uma risada desvencilhou das cordas vocais da garota, que fitava ambas as serpentes encarando os humanos sem entender direito o que havia acontecido.

— Isso é algum tipo de sorte? — comentava em gracejo suave, os orbes cerúleos tornavam na direção do kantoniano, ainda observando as serpentes aquáticas, estáticas, que repousavam olhares mansos aos humanos.

— Olha, eu não faço a menor ideia. Mas não vou reclamar não — um riso abafado deixou as cordas vocais de Nicholas por ínfimos segundos, os lábios desenhavam-se em sorriso faceiro em seus limites; as írises oceânicas dançavam, livres, entre um Gyarados e outro.

Como pareciam cansados, recolheram ambos, sem muitas delongas; ainda assim, era o suficiente presenciar mais uma das evoluções que conseguiram nesse meio tempo.

Sentiram como se o clima tivesse dado uma trégua, mesmo que pouca; agora com o caminho livre, havia um leque de coisas que poderiam fazer, seja explorando ou mesmo ficando a esmo naquele panorama natural.

— Meu cabelo tá todo embaraçado e armado, então não quero saber de piquenique nenhum mais — inferiu Emma em mais um gracejo. — Já sei: vamos voltar lá pra aquele campo aberto e ensinar o Swablu a voar melhor. O Xatu não só sabe voar muito bem, como também é ótimo com os poderes psíquicos dele — ponderou, calma. Inesperada, a kalosiana então revelou o balão rosáceo, sua primeira companhia antes mesmo de ingressar naquelas cruzadas tão ímpares mundo afora. Jigglypuff parecia feliz em rever tanto a loura quanto Nicholas depois de um bom tempo. A garota tomou-a em seu colo, entregando os dois doces que recebeu de Lanette, tal Nico fizera com o outrora Charmeleon. — Pronto, meu amor, come um pouquinho. Já tava com saudade de você, sua fofa.

Jigglypuff estava distraída mais com seus doces. Nicholas também liberou alguns de seus monstrinhos que adquirira no decorrer de suas expedições, fazendo saltar os olhos da feérica ao reparar dois pokémons peculiares que, agora, estavam sob a posse de Nicholas: Slowbro e Xatu — o balão róseo não presenciara a sua evolução. A reação de Emma era atônita, afinal, não tinha ciência daquele aquático de Nico.

— Quando foi que você capturou esse Slowbro? — indagou, fitando o sempre tão lento Slowbro, estático, com a bocarra aberta, precisando de alguns estímulos mais fortes de seu treinador para acordar.

— Ah, esse aqui? Foi na volta de Kanto. Não se assusta com essa leseira não, ele é assim mesmo, mas ainda é bem forte — inferiu o kantoniano, ainda não entendendo como alguém poderia ser tão zen quanto aquele monstrinho.

E foi assim que retomaram a caminhada na direção daquele campo aberto de outrora a dupla e seus monstrinhos com um único objetivo: ensinar Swablu a domar os ares. Se estavam em uma área mais aberta, quem sabe algumas lutas também não fossem bem vindas, huh?
Contagem de posts no Daycare (janeiro):
Bronzor: 38; Grimer: 38.

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Aos poucos o tempo ia se abrindo e a chuva colorida foi uma grande benção para o treinador. Ao todo, Nicholas conseguiu coletar oito shards de cada uma das colorações possíveis. Da mesma forma que o sol surgia, o humor de Emma se iluminava também, algo que provavelmente ficou ainda mais favorecido graças a mais uma dupla evolução, esta muito inesperada.

Apesar dos fios revoltos, Emma decidiu que os primeiros socorros capilares poderiam esperar e sugeriu de focarem em ensinar o pequeno Swablu a voar. Como agora o cenário estava dominado por uma grande calmaria, os treinadores aproveitaram para chamar alguns de seus pokémons para aproveitar o cenário.

Quando chegaram ao campo aberto, perceberam que a calmaria era absoluta. Provavelmente os treinadores que haviam ido embora para evitar a chuva não voltariam tão cedo e os pokémons selvagens ainda estavam abrigados, receosos de um possível retorno da tormenta. Xatu demonstrava ser um professor dedicado e disciplinado, pois logo que chegaram em um local apropriado, o pássaro começou a instruir Swablu. O pequeno pássaro já parecia saber parte da teoria do voo, o problema era ele equilibrar seu peso que, naquele momento, era um tanto quanto avantajado.

Enquanto isso, Slowbro vagava aleatoriamente pelos arredores, distraído e alheio a tudo. Ele começou a caminhar próximo da vegetação rasteira, olhando-a fixadamente. Será que ele havia visto algo exótico ali ou estava apenas em mais um momento de dispersão?


Progressos Nicholas :

Progressos Emma :

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O vento já sibilava suave e aprazível entre os campos abertos da rota cento e catorze; parece que, enfim, aquela torrente não retornaria tão cedo — seria uma simples tempestade de verão? Com o tempo mais harmônico e ameno, era um cenário propício para que o pequeno Swablu tivesse maior experiência com um talento que lhe era inato, contudo, ainda não dominava com excelência. Para isso, nada melhor do que um exímio voador, tal Xatu, sempre arisco, tenaz, domando o manto celeste sempre exímio e mostrando genialidade intrínseca a tal.

Apesar de se mostrar um bom voador, a ave de alvas penugens tinha um problema sério em equilibrar seu peso corpóreo quando estava no ar, fazendo-o ter trajetória trôpega ou mesmo relutar para voltar aos ares. Quiçá com muito treinamento, conseguiria contornar esses problemas sem recorrer a algum tratamento específico para seu sobrepeso, ou então, teria de se livrar desse último obstáculo.

Foi vendo aquelas interações entre ambos os voadores que o louro teve alguma ideia que, possivelmente, poderia ajudá-los no ofício de Swablu domar, enfim, os ares. Nicholas achegou-se de ambos, sempre cauteloso e transparecendo aquela calma tão intrínseca.

— Acho que eu tive uma ideia pra vocês dois — ambos os monstrinhos volviam a sua atenção para o louro. Sempre com as mãos no bolso, pálpebras semicerradas e semblante frio; a essa altura, já estavam acostumando com aquele cenho corriqueiro do kantoniano. — Xatu, você consegue levitar ele com seu Psychic, não é? Por mais pesado que ele seja pra espécie dele, ainda é levinho pra você. Você tá controlando muito bem os seus poderes desde que evoluiu até agora, então vai ser fichinha — Xatu parecia assentir com as afirmações de seu mestre. — Aí, faz o seguinte: você começa a levitar o Swablu pra ele arrumar a postura dele ainda no ar, batendo as asinhas e tal. Assim que sentir que ele não vai ter nenhum problema com a trajetória, pode deixar ele voando sozinho sem problema nenhum. Meio que você “flutuar” ele vai ser um simulador de como se ele estivesse no ar, aí ajuda ele a controlar o peso e a postura dele como se estivesse mesmo voando sem perder muito tempo e tem menos risco de se machucar, certo? — se era uma ideia ruim, apenas o tempo quem diria; inicialmente, os pequenos pareciam concordar em ajustar o treinamento daquele modo. Nicholas volveu o corpo em seu próprio eixo, iniciando a calcorrear na direção do aéreo Slowbro, mas, antes, dirigiu a palavra à Emma com sua Jigglypuff. — Fica de olho aí nos dois que eu tenho que olhar o senhor distraído ali.

— Deixa o coitado do Slowbro — comentava a kalosiana em riso manso.

— Aquele ali é tão lerdo que se algum Drapion picar ele, ele só vai perceber uma semana depois. Melhor não tirar o olho.

O kantoniano então passou pela treinadora com sua feérica no colo; Emma iniciava sua caminhada para mais próximo da dupla de aves em suas simulações de voo. Enquanto isso, Nicholas achegava de seu híbrido que calcorreava pelo entorno aéreo a tudo ao seu redor. Deixou escapar um riso no canto dos lábios ao ver seu monstrinho sempre tão alheio a tudo, completamente díspar da força que tinha consigo. Uma dualidade cômica, digamos.

— Slowbro, tá tudo bem aí? Vamos voltar lá pra perto dos outros, é mais seguro você ficar brisando do meu lado — como ainda não sabia se o psíquico havia realmente detectado algo ou estava apenas fitando a vegetação rasteira, deu alguns cutucões um pouco mais fortes para fazê-lo tornar ao planeta Terra. — Avistou alguma coisa?

Se é que tinha alguma coisa, não é? Era quase como um conflito: um Slowbro completamente desligado da realidade ou havia realmente algo que tinha percebido? Uma coisa era fato: pokémons têm um sexto sentido aguçado. Contudo, o híbrido de Nicholas não era bem o melhor exemplo de cautela e cuidado, huh?

A única coisa que restava fazer era aguardar.
Contagem de posts no Daycare (janeiro):
Bronzor: 39; Grimer: 39.

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Com a campina livre, Swablu começou o seu treinamento de voo com seu exímio orientador Xatu. A princípio as dificuldades do pássaro eram visíveis, mas a intervenção de Nicholas acabou sendo bem-vinda e muito útil para garantir o sucesso da equipe.

Xatu tinha seus poderes psíquicos e poderia utilizá-los para ajudar Swablu a voar sem grandes dificuldades. Apesar de seu peso corporal parecer grandioso para si, Xatu não se incomodava. Um Swablu acima do peso ainda era muito leve. É como se você levantasse uma nuvenzinha de algodão! Com isso, o pokémon psíquico não só ajudou o pássaro a conseguir ter mais facilidade em voar como também a melhorar a postura dele, aplicando pressão em pontos específicos.

Porém, na primeira tentativa de liberar o pássaro da técnica psíquica, Swablu foi pego de surpresa e acabou caindo no chão. O impacto foi leve, mas o susto foi grande. Porém, ele não desistiu e tentou voar novamente! Sua postura já havia melhorado bastante, mas ele ainda perdia altitude em alguns momentos. Provavelmente com mais alguns minutos de treino sua situação melhoraria.

Enquanto isso, Nicholas ia verificar o que Slowbro aprontava. O pokémon psíquico nem sequer reagiu quando viu deu dono chegando. Ele olhava fixadamente para o chão, onde era possível ver um pequeno broto amarelado. O que seria aquela planta e por que Slowbro olhava tão fixadamente pra ela?


Progressos Nicholas :

Progressos Emma :

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E parecia ser por muito pouco que a ave anil não conseguiu ter os ares para si. Quando se lançou em ímpeto já sem o auxílio dos poderes paranormais do feérico, deixou-se ceder pela força de gravidade e estatelou contra o chão. A loura, acompanhando o aprendizado de seu Swablu próxima, açodou na direção do pequeno que estava sobre o chão orvalhado, agachando-se na direção do monstrinho, intrépido em sua missão de ter o manto celeste como refém de suas habilidades inatas.

— Ei, tá tudo bem? — indagou rapidamente, recebendo, de volta, um grunhido mais tranquilizador por parte da ave. Swablu rapidamente se levantara.

Conforme progrediam com o treinamento, Swablu arrumava algumas coisas que persistia em errar, como a postura. Bateu suas asas, erguendo-se um pouco em relação ao nível do solo; o psíquico deixava os olhos cintilar em tom róseo, concentrando suas energias paranormais que, rapidamente, passaram a envolver o corpo do monstrinho de alvas penugens. Durante esse intervalo, mais uma vez, buscaria corrigir alguns deslizes cometidos na primeira tentativa. Ademais, parecia absorver muito bem aquilo que seu professor lhe ensinava, huh?

Do outro lado, apesar de o kantoniano buscar alguma aproximação de seu psíquico, o monstrinho parecia absorto até demais ao encarar algum broto; nem mesmo alguns de seus cutucões pareciam surtir efeito ou chamar a atenção de Slowbro para si. Os orbes do híbrido focavam sobre a figura de uma plantinha amarelada, aparentemente estático sobre o tapete de relva orvalhado. Nicholas ergueu uma sobrancelha ao repará-lo, olhando, em seguida, de relance para o hipopótamo. Talvez esse fosse o motivo dele não querer sair dali, não é?

Nicholas achegou-se até um pouco próximo de onde jazia aquela planta; com improbidades ínfimas ainda devido à sua perna lancinada, flexionou os dois joelhos, apoiando o peso de seu corno sob suas pernas. Lançou alguns olhares austeros ao híbrido, em seguida direcionou, com alguns movimentos singelos de sua cabeça, para a direção daquele brotinho que tanto fez Slowbro devanear.

— Ei, por que não chega mais perto? Pode tocar também, mas com cuidado — manso, soprava ao seu Slowbro, convocando-o para uma aproximação mais amical, quiçá até mesmo mais terna, coisa que não parecera ter quando o encontrara ainda em sua terra natal.
Contagem de posts no Daycare (janeiro):
Bronzor: 40; Grimer: 40.

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Apesar dos deslizes, Swablu demonstrava que sua capacidade de aprendizagem era alta. Seguia as instruções de Xatu com precisão e cada nova tentativa de voo era melhor que a anterior.

Outro fator que provavelmente o pássaro não havia sentido era que os poderes psíquicos lhe davam uma certa segurança. Sempre que Xatu se desvencilhava mentalmente de Swablu, o pássaro batia suas asas mais rápido que deveria e isso interferia em seu equilíbrio. Mas tudo o que precisava era de um pouco de apoio emocional.

Após Emma perguntar se o Swabku estava bem, ele parecia ainda mais animado e esforçado! Talvez algumas palavras de encorajamento na tentativa seguinte poderia ser tudo o que ele precisava.

Enquanto isso, Nicholas resolveu investigar o broto misterioso que Slowbro tanto observava. Chamou pelo pokémon, fazendo com que o psíquico saísse de seu transe por alguns segundos e virasse sua cabeça para o dono, como se tentasse entender o que estava acontecendo.

Aos poucos, o aquático inclinou seu corpo e usou suas patas dianteiras para puxar o broto. A planta parecia ter uma raiz escura e profunda, mas Slowbro não conseguia puxar muito porque o Shellder que mordiscava seu rabo constantemente fez contra-peso, fazendo Slowbro cair sentado no chão. Ele então olhava para Nicholas, pedindo para que seu dono arrancasse aquela planta dali.


Progressos Nicholas :

Progressos Emma :

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Ainda assim, faltava muito pouco para Swablu despertar seu talento inato. Quando o psíquico libertava do pequeno das amarras paranormais evocadas por Xatu, a ave de alvas penugens começava a bater suas rápidas em frequência maior do que outrora, prejudicando seriamente quando fosse descolar; e tal a primeira vez, acabou se estatelando novamente sobre a relva orvalhada. Dessa vez um pouco mais calma, a kalosiana se achegou junto à Jigglypuff em seu colo; nos orbes de seu monstrinho, era possível ver uma chama intrínseca queimar por obsessão de ter os céus para si, intrépido, irresoluto.

Emma passou a mão sobre a cabeça do pequenino, em afago gentil, sorrindo para o mesmo com o canto dos lábios. O balão em seu colo parecia dizer-lhe alguns incentivos em seu idioma ininteligível, afinal, era mais um amiguinho que fora conquistado por sua mestra, cuja tinha tantos sentimentos.

— Você tá quase lá, amorzinho. Só mais um pouquinho e você já tá voando — murmurou em tom brando, ainda afagando o pequeno. — E, olha, assim que você conseguir, vai ganhar o último bombomzinho que eu tenho na mochila. Tá bom? Agora vai lá.

Levantou-se, sem muitas delongas. Tomou certa distância que não atrapalharia o pequeno pássaro a alçar voo. Manteve-se, então, taciturna, com os orbes cerúleos sempre inquietos dançando entre os dois monstrinhos absortos em seu ofício. Após singelas palavras, o máximo que podia fazer era torcer para que Swablu finalmente domasse os ares.

Slowbro seguia devaneando apenas ao ver aquele singelo broto. Foi necessário um esforço um pouco maior de Nicholas para que despertasse o híbrido de seu transe, tornando sua atenção para seu mestre com sua lentidão que já lhe era corriqueira. Tentou puxar a plantinha para, quiçá, observá-la melhor de perto depois do convite do kantoniano; acabou falhando, sentando-se no chão de maneira espalhafatosa pelo contrapeso em sua cauda. O louro acabou por rir sucintamente, afinal, o psíquico não parecia sentir de maneira alguma o impacto sobre o solo.

E manso, puxou o broto da terra; necessitou forçar um pouco mais, afinal, suas raízes profundas resistiram por ínfimos segundos. Fê-lo emergir, e então, com os dedos garridos, deixou a plantinha bailar entre a sua mão conforme os dígitos movimentavam-se, lépidos, para lá e para cá. Os olhos anis sempre ariscos permitiram baixar minimamente a sua guarda, e um sorriso faceiro se desenhou no canto dos lábios do louro — rapidamente se desfez.

Estendeu-o na direção de seu Slowbro.

— Tá aqui. Quer ver mais de perto? — a indagação lhe era convidativa, e repousou no ar a mão com a plantinha próximo ao membro de Slowbro para que tomasse nas suas mãos e examinasse com seus próprios olhos.

Contagem de posts no Daycare (janeiro):
Bronzor: 41; Grimer: 41.

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Pode narrar a evolução do Swablu no próximo post!



Com uma rede de apoio tão grande, Swablu sentia-se mais seguro do que nunca. Se posicionou, ajeitou a postura e começou a bater suas asas. Xatu lhe ofereceu um apoio inicial, mas este durou pouco tempo. Quando o pokémon psíquico "soltou" o pokémon do tipo Normal, ele nem havia percebido! Só se deu conta que estava voando por conta própria após fazer uma ou duas curvas no voo.

Era visível o quanto ele se sentia feliz por finalmente ter aprendido a voar! Agora até se sentia mais ousado: batia suas asas com mais intensidade e até ganhou certa altitude em alguns momentos, criando a ilusão de que estava se misturando com as nuvens brancas que estavam no céu após a passagem daquela intensa tempestade. Todos poderiam estar felizes com aquilo, mas Xatu era o que estava mais orgulhoso, sem sombra de dúvidas!

Quanto e Nicholas e Slowbro, a extração da raíz ocorreu sem muitos problemas. Ela era ligeiramente maior que o broto amarelado e tinha um odor característico muito forte, os olhos do treinador até lacrimejaram ao sentir aquele aroma! Mas Slowbro, em seu próprio ritmo, não parecia se incomodar com o cheiro. Ao invés disso, pegou o tubérculo e o colocou na boca, mastigando-o lentamente. Eis que algo inesperado aconteceu: por questão de segundos, o Slowbro pulou e urrou, um pouco angustiado. O sabor era muito forte! Mas ele logo se acostumou. Provavelmente haviam sido os segundo mais emocionante da vida aquele pokémon psíquico.

Infelizmente o momento de calmaria não duraria mais muito tempo, pois agora era possível ver que, com a confirmação de que a tempestade não voltaria mais, parecia que os treinadores aos poucos retornavam para a rota.


Progressos Nicholas :

Progressos Emma :

descriptionAto 06 — Flashes. - Página 9 EmptyRe: Ato 06 — Flashes.

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