Pokémon Mythology RPG
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[EVENTO] Though the waters ever change

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Após toda a correria da Cherry Cup, era um alívio poder respirar com mais calma. Eu só queria um lugar tranquilo para relaxar - distante da cidade e de todas as atribulações e algazarras que ela carrega consigo. Por que os humanos fazem ninhos tão… caóticos? Não é à toa que eles são todos meio surtados: se nem em seus próprios lares conseguem encontrar paz, onde encontrarão?

Felizmente, não foi tão difícil descobrir uma rota de fuga. Deixar os bairros movimentados de Lilycove para trás foi um alívio enorme, e até Yoshiro, que não estava no melhor dos humores, deixou escapar um sorriso ao ver-se em um lugar mais tranquilo. Eu sorri de volta pra ela, e a menina, vendo isso, fechou de novo a cara e virou o rosto para não ter que me olhar. Ok, talvez eu tenha sido ingênuo achando que ela ia me perdoar tão facilmente… minha treinadora ficou bem irritada por eu tê-la deixado no Storage e entrado na Cherry Cup pelas costas dela. Yoshiro nunca olhou pra mim de um jeito tão rancoroso… isso já está começando a me preocupar...

A minha sorte foi ter encontrado uma última linha de defesa, e ela tem nome e sobrenome: Ivy… alguma coisa. Tínhamos conhecido essa humana por um mero acaso, mas eu não poderia estar mais agradecido por isso. Ela era provavelmente a única coisa me impedindo de levar um Water Gun na cara, pois Yoshiro sabia que essa vergonha recairia sobre o nome dela e não sobre o meu. Trazer essa novata junto foi um plano perfeito, não acha?

- Olha, eu não tava achando que você ia mesmo aceitar. Ficar sozinha com um estranho não te deixa nervosa? - Arqueei uma sobrancelha para a treinadora ao meu lado, mas o tom era muito mais brincalhão do que inquisitivo. Ainda não sei muito sobre Ivy, apenas que ela parece alguém fácil de se lidar e que é uma garota muito bela para os padrões humanos. Esses olhos de duas cores são algo que nunca vi em outra pessoa… chegam a ser meio hipnotizantes - preciso me conter para não ficar encarando demais. - Acho que seria mais fácil suspeitar de uma ameaça se eu tivesse pelo menos tamanho de gente, né?

O comentário fez Yoshiro voltar-se para mim num pulo, suas (que eram pra ser minhas) orbes castanhas brilhando de indignação. Bateu uma pata com força no solo e exclamou algo, talvez um “como assim tamanho de gente!?”. Ela estava tentando soar ameaçadora, mas dessa vez sua expressão foi tão cômica que só me arrancou uma risada.

- Relaxe, relaxe, você com certeza é o Pokémon mais forte e intimidante por aqui. Não dá pra não me levarem a sério contigo por perto. - Tive que distorcer o motivo da irritação da anfíbia, para que não parecesse suspeito demais. Felizmente, ela entendeu o recado e aquietou-se. - Agora, que tal parar de reclamar e vir ajudar a gente a achar o caminho da praia? Para uma parte mais sossegada dela, de preferência. Você é um Pokémon de água, dê seu jeito.

Só mencionar o nome “praia” fez a pequena estremecer. Mesmo assim, assentiu, muito à contragosto. Sei que as memórias de Yoshiro com o mar não são das melhores, mas onde já se viu um Mudkip com medo do seu próprio elemento? Ela literalmente respira debaixo d'água! Talvez, e apenas talvez, eu consiga mostrar a ela que não há motivo para tanto temor... talvez o oceano seja, sim, meio agressivo e traiçoeiro às vezes - no entanto, as cidades são muito mais, e ainda assim os humanos sempre anseiam por retornar a elas. Em comparação ao lugar que essa espécie se atreve a chamar de casa, até as mais agitadas ondas parecem acolhedoras.

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❁ Embrace the Dark





Lilycove Streets

Lost in Thoughts All Alone♪

Hoenn era... acalmante. Provavelmente, é só uma boa primeira impressão que está sendo marcada em minha cabeça inocente de turista, mas não é como se eu pudesse fazer algo em relação a isso. Tudo era tão... diferente. Do lugar até as pessoas, este continente estava sendo surpreendente — céus, a primeira pessoa que eu encontrei me deu ovos e mimos! Parece que, afinal, não é apenas o clima de Dendemille que é extremamente gélido.

Eu franzi o cenho, levando um braço à frente dos olhos. Eu definitivamente precisaria de um bom tempo para adaptar-me ao sol. E pensar que boa parte das minhas economias iriam para protetores solares, óculos escuros e chapéus... Talvez eu devesse ter sido menos generosa com aquele rapaz engraçado, afinal. Por mais que tivesse sido um pouco de culpa dele sim, acho que ele acabou exagerando um pouco.

Tsc. Não é como se tirar casquinha de uma criança fosse fazer tão mal assim, certo? Ele provavelmente nem ia sentir falta daquilo tudo, senão, não teria nem oferecido. E se sentir... Bem, uma pena para ele.

Eu olhei para a animada e saltitante figura ao meu lado. Outra criança. Ela parecia bastante bem-humorada... Acho que não faz mal brincar um pouquinho, certo? Ademais, não era como se eu tivesse muito mais o que fazer (e veja só, um guia nativo totalmente gratuito!). Eu sorri com o comentário dela, antes de responder com meu adorável toque ácido.

Ora, e não deveria o estranho também ficar nervoso ao andar comigo? — questionei, arqueando minha sobrancelha enquanto tentava mostrar uma expressão misteriosa. Não acho que deu muito certo, uma vez que irrompi em risadas logo em seguida. — Você está certa! Nessa situação... Acho que seria muito mais fácil eu ser a mais ameaçadora aqui. Não que isso seja muito, também! — concluí, exibindo um sorriso malicioso.

... A menina até que era divertida, e seu bichinho azul parecia ser bastante carismático também, apesar de um pouco tímido. Aliás... Será que o meu fresquinho também era assim? Não conversei muito com ele, no final de tudo. Ele parece bastante estranho, para ser honesta. Enquanto a mocinha falava com aquele sapo (?), eu tomei a liberdade de sacar minha bola vermelhinha também. Com um raio rubra aquele tal de Baltoy materializou-se no ar novamente.

...

Ele não deveria fazer alguma coisa depois de eu passar quase que um minuto parada, fitando-o intensamente? Argh, que bicho complicado! Tentei brincar um pouco, para a menina não achar que eu era mais louca do que aparento ser. — Bichinho engraçado, né? A gente acabou de se conhecer. O seu também era assim... meio morto, no começo? — perguntei então, rindo um pouco enquanto cutucava lentamente o corpo daquele monstrinho. Tenebroso...

E foi aí que eu me dei conta de que eu tinha uma guia melhor do que eu pensara. Com o pronunciar de uma só palavra — dica: começa com p e termina com raia —, ela fez meus olhos arregalarem-sem. — Ah, eu adoraria! Ouvi falar super bem das praias de Hoenn! Acredita que nunca vi o mar antes? Em compensação, na minha cidade natal, nuvens cinzentas e neve branca são mais que comuns. É até esquisito, ver em tantas cores assim.

Eu parei mais uma vez, agora cerrando minhas pálpebras para lentamente inspirar o ar. A mocinha podia esperar: não era todo dia em que se sentia, pela primeira vez na vida, a brisa marítima a agraciar-lhe o nariz, enrolando-se em seus cabelos.

O mar, é? Parecia uma ótima ideia.


OFF :



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OFF: OIEEEEEEEEEEEEEEEEEE

Alguém disse... praia?! GOSTAMOS. A moça e o Mudkip já começavam com o pé direito, definindo um objetivo comum. O que fariam lá? Não sei. Quais as opções? Também não sei. Só sei que dentre um mundo de infinidades, a praia foi o objetivo principal.

Começaram a andar na direção do mar. Para onde era?! Eeer... qualquer lugar a Leste deve servir. Lilycove era um lugar com um BOCADO de praia, e só de seguir o cheiro de maresia já ficava fácil. Caminharam pelas ruelas mais desertas até chegar num lugar com mais movimento. Tão movimentado que uma família bastante grande (mãe, pai, quatro filhos, um poodle e uma vovozinha) saiam da vã alugada com vários guarda-sóis e cadeiras. Uma das crianças correu na frente, atropelando Ivy e Yoshiro.

Sim, praia é movimentada. Fazer o quê?! Ainda mais em Lilycove, o polo da moda. Um bocado de socialite (acho que estou velha, alguém ainda usa esse termo?) passando o dia na praia, aproveitando o sol agradável. Quando pisaram na areia o clima deu uma pequena fechada, mas nada demais! Um vento fraco levou o chapéu da mais-velha e lhe fez pousar sobre os olhos da mais nova. Yoshiro por um instante ficara cega, balançando a cabeça no reflexo e fazendo o chapéu cair no chão.

Ivy pegaria?! Não. Yoshiro seria a menina-pokémon que se daria o trabalho de agachar e pegar o objeto que ela mesmo derrubou. Ivy só viraria de costas para a praia e encararia a cena, enquanto Mudkip olhava para o mar assustado e puxava a barra da saia de sua treinadora incessantemente, em um sinal de alerta.

Com muito (mas MUITO) medo, o pokémon-menina continuou. Ele começou a puxar mais forte até que sua responsável enfim olhasse para a linha do horizonte e visse a maré... recuando?! Não, não. É pior que isso: o mar sumiu. Quase todos os praianos olharam aquilo admirados. Que tipo de fenômeno natural é esse?! A maioria olhou para aquilo deslumbrado. Algumas blogueiras tiraram fotos, outras já preparavam um vídeo para o PokeGram. Fora só uma menina (meio nerd) de óculos redondo, maiô e cabelo em duas longas tranças que destoou:
- TSUNAMI! - Alertou - CORRAM!

Quem a ouviu?! Quase ninguém, mas quem ouviu optou por correr. Não iria pagar para ver, né?! 15 segundos depois do grito da menina, uma enorme onda se formou na linha do horizonte e veio rápido-demais ao encontro de todos os nossos banhistas. Inclusive Ivy e Yoshiro...

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Off :




Um feixe de luz escarlate me fez desviar os olhos de Yoshiro, voltando-os para o pequeno Pokémon que ali tomava forma. Seu corpo me lembrava um pião, como se ele estivesse pronto para sair rodopiando por aí a qualquer instante, e carregava em si marcas vermelhas bem curiosas. Ele era… estranho. Não só pela aparência, mas principalmente por ser tão quieto que já estava me dando agonia. Nem Ivy conseguiu arrancar qualquer reação dele, e olhe que o Pokémon é dela!

-  É… engraçado, sim. - Na verdade, engraçado é tudo o que aquele bichinho não era. Juro que já encontrei pedras mais expressivas. No entanto, eu não poderia dizer isso na frente da garota, né? - O meu sempre foi bem esperto. Espirituoso até demais, às vezes. - Tive que admitir, lembrando-me de quando conheci Yoshiro. Ah, aquilo sim foi um dia bizarro… morta seria ela, se não me tivesse por perto. - Mas acho que não precisa se preocupar, só dê um tempo pra esse aí. Quem sabe depois ele arranje coragem pra pelo menos abrir os olhos.

E eu não estava brincando: as pálpebras dele ficavam fechadas o tempo todo, como se não quisesse nem se dar o trabalho de olhar para nós. Hah, mas quero ver se ele vai conseguir ficar nessa indiferença toda quando chegarmos no mar! Os boatos que Ivy ouviu estão certos: temos praias lindas, e fiquei até com um pouco de pena dela por nunca ter visto uma.

- Sua casa deve ser bem longe daqui, porque eu nunca vi nem um floco de neve em Hoenn. Só na TV. Aquele branco todo parece legal também, mas acho que o mar… combina mais comigo. - Vi com um sorriso de canto a menina apreciar a brisa marinha, e logo depois pudemos seguir caminho. Yoshiro era a única que não parecia muito feliz com a ideia. Embora ela tecnicamente seja um Pokémon aquático agora, suspeito que minha dona prefira mil vezes ir brincar na neve do que ser arrastada para a praia. Ironias da vida, né?

Encontrar o mar foi fácil, a parte do “sossegado”, nem tanto. Infelizmente não posso expulsar ninguém, nem mesmo o filhote atrevido que quase me atropelou, então o jeito é aturar. Eu queria ver a reação da Ivy com aquele local… mas por que o mundo escureceu de repente? Ei, o que esse chapéu tá fazendo aí!?

Ok, talvez o vento nessa região seja um pouquinho mais irritante do que eu me lembrava. Essa novata vai ter que aprender a segurar suas coisas direito! Mesmo assim, como o cavalheiro que sou, me abaixei para apanhar o chapéu (que eu mesmo tinha derrubado, mas isso é detalhe). Demorei um pouquinho pra perceber que Yoshiro estava bem mais agitada que o normal - não parava de puxar a barra da minha saia, e ela não costuma fazer isso.

- Ei, que bicho te mor… - Quando me virei pra reclamar, vi que tinha mesmo algo muito errado ali. Que estranho… ainda há pouco o mar estava bem ali. - ...deu? - Terminei num fiapo de voz, meus olhos fixos no horizonte. Lá no fim, uma onda gigantesca se revelou… E ERA TÃO LINDA! EU NUNCA VI UMA DESSE TAMANHO! - Ivy, Ivy, olha isso! Nunca achei que fosse ver uma dessas! Não é incrível?

Eu geralmente sou contido, mas já estava começando a saltitar de empolgação. QUE FOI? EU GOSTO DE ONDAS, OK? O único problema é que essa está se aproximando meio rápido demais… não dá sinal de que vai parar… E TÁ VINDO PRA CIMA DA GENTE! Cadê a arrebentação nessas horas, hein!?

- Esqueça o que eu disse, estamos ferrados! - Depressa agarrei a mão da humana e comecei a correr na direção contrária, como todo o resto da socialite (afinal, que termo é esse?) estava fazendo. Se Yoshiro por um momento pareceu paralisada de medo, logo relembrou como usar as patas: corria à nossa frente, ainda mais ansiosa para escapar do que a multidão não aquática dali. Com a mão livre, tirei um pequeno cristal do bolso e joguei-o para a Mudkip. - Não sei se é calote, mas disseram que esse cristal aí deixa ataques de água muito mais fortes… se não der pra fugir, podemos nos defender com um Surf turbinado, o que acha?

Garanto que ela achou uma péssima ideia. Contudo, como não teve coragem de gastar seu fôlego respondendo, preferi considerar um sim. Talvez por ansiedade, talvez por falta de costume, Yoshiro nunca tinha conseguido usar o Surf ou Waterfall direito - mas ela também nunca tinha sido perseguida por uma onda gigantesca antes, e existe motivação maior que essa?

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Lilycove Streets

Lost in Thoughts All Alone ♪

A menina tentou me tranquilizar um pouco, mas não sei se deu muito certo. Eu cutuquei o círculo na barriga daquela criaturinha, mas ainda não recebi nenhuma reação aparente em resposta. Dar um tempo, é? Acho que consigo fazer isso. Com sorte, esse bicho seria útil de alguma forma — afinal, não é possível que aquele homem não sirva nem mesmo escolher Pokémon; de tantos monstrinhos, ele iria atrás logo de uma que não fazia nada com coisa alguma?!

Bem, mas acho que o silêncio daquilo era compensado pela agitação da mocinha ao meu lado. Ela era bastante... conversativa. Não que isso seja uma coisa ruim, muito pelo contrário. Chegava a ser um pouco agradável, ter uma companhia assim. Fitei sua face por alguns instantes, exibindo um sorriso. Ela parecia tão... inocente. Não sabia que almas podiam ser assim, tão belas. — Bem, meio que sim e meio que não, eu acho. Hoenn é um destino comum para as famílias abastadas de onde vivo; o que não é meu caso — eu disse, respondendo à pergunta da jovem.

Quero dizer... Provavelmente, Annette tinha dinheiro o bastante para viajar o quanto quisesse. Apenas não o fez. Às vezes, fico pensando se eu fui um dos fatores que a motivaram a permanecer tanto tempo presa naquela cidade assombrada pelo frio. De certo, não só eu, mas agora, acho que poderia dizer que todos os motivos estavam bem distantes dela... Espero que minha tão doce guia consiga recuperar-se logo. Vê-la triste é simplesmente insuportável para mim.

Entretanto, não tive a oportunidade de ficar agarrada aos meus pensamentos por muito mais tempo. Por mais que o sol brilhasse com intensidade ainda há pouco, castigando minha pele clara, o clima de Hoenn parece estranhamente instável. Felizmente, nenhuma ventania acometeu o voo de meu avião. Seria bastante inconveniente. Estava prestes a agradecer a mocinha por ter segurado meu chapéu, mas infelizmente, não tive a oportunidade tão cedo quanto esperava.

Tsu... nami? Isso era algum tipo de doce? O nome de uma nova espécie de Pokémon? Céus, nem todo mundo aqui passou a vida toda enterrado em livros cheios de termos técnicos! Um pouco frustrada, eu olhei para a direção que o bichinho azul apontava. Estranho... Pensei que a praia era mais perto que aquilo. Eu não deveria estar vendo a água? Ah, ali está ela! Puxa, parece... intensa. Eu tirei os sapatos, sorrindo um pouco. Ora, se ela estava me fazendo o favor de vir até mim, não fazia mal molhar os pés um pouquinho, certo?

... Por que todo mundo está correndo? Pensei que as pessoas gostassem de banhar-se na água marinha. Ei, a menina pegou minha mão! Para onde ela está me levando?! Eu hesitei, mas logo a segui, ainda que um tanto quanto emburrada. A coisinha amarela e vermelha que flutuava, por algum motivo, seguiu a gente também. Gente estranha, essa dessa região... Parece que nem os Pokémon gostam do mar.

Será que uma mulher não pode aproveitar sua praia em paz?

[EVENTO] Though the waters ever change 661 02/40

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Corre-corre, empurra-empurra. Gente estranha? Mal educada? Bleh, não diria isso. É só desesperada mesmo! Por algum motivo Ivy não sabia o que era um tsunami, então ficava para trás. Era quase que arrastada, sendo um certo "estorvo" para Yoshi-kip, que a puxava com bastante empenho cidade a dentro.

O primeiro a ficar para trás? Isso mesmo, seu inicial. Com todo esse desespero, algumas pessoas corriam rápido demais. Outras não eram rápidas, mas eram bem desastradas! Foi numa dessas que a criatura estranha levou uma 'bundada' e um 'chega para lá'. Chegou. Foi tanto para lá que acabou perdendo Ivy, Yoshiro e Mudkip de vista. Claro que ele não se desesperou; continuou andando reto no seu 'ritmo', mas acabara ficando bem para trás. Nesse momento a onda já chegava no fim da orla e tinha cerca de 14 metros. Eu disse: CATORZE METROS. Isso mesmo; era um TSUNAMIZÃO. Como Lilycove nunca foi feita para isso, a faixa de areia era estreita e a área de prédios era 'logo ali'. Isso é bom? Não tenho certeza. Era numa dessas ruelas residenciais que Baltoy se perdia...

... e quando a onda chegou ali?! Um mundaréu de gente já tinha sido carregada. A onda arrastava consigo carros, entulhos, pertences, carrinhos-de-trecos e tudo que não devia. Não era mais água: Baltoy viu nisso uma inevitável morte. Era lerdo, perdido e inexperiente.

Não demorou muito que ele aceitasse: Arceus iria o levar.

Sim, na primeira experiência de Ivy como treinadora, seu Baltoy morria. Eu poderia entrar nesse mérito mais tarde, mais eis o erro de Arceus: o desastre. Natural ou não. Eis o erro de Arceus: a inevitável morte.

Apesar disso, não havia tempo para luto. Na verdade Ivy e Yoshiro nem sequer sabiam que o inicial da garota tinha passado dessa-para-melhor. Elas seguiam em frente sem olhar para trás. A onda perdia um pouco de força ao bater nos prédios, mas com isso ganhava aquilo que ninguém queria: perigo.

Mais entulho, mais destruição. Um barulho ensurdecedor anunciou uma explosão relativamente grande a direita. Um posto de gasolina fora arrastado e, sem proteção e preparo nenhum para aquilo, tivera seu gás todo vazado. A explosão impulsionara as águas-da-direita e logo mais nosso trio sobrevivente chegaria num cruzamento.

Assim que chegassem nesse cruzamento, uma inevitável maré viria para a direita e se juntaria que a água que estava atrás deles. Era o fim? É... parece que era o fim. Não é como se houvesse uma saída... eu acho. Mudkip (yoshiro) parecia ter pensado em algo: pegou o Z-Crystal em mãos e pediu para que Yoshiro (Mudkip) lhe ajudasse a usar. Seria essa uma... salvação?

Só sei que os poucos sobreviventes da praia que se amontoaram ali viram isso e depositaram na garota a esperança de salvação. Dez pessoas se aglomeraram em torno da moça de cabelos pretos, só esperando para ver o que ela iria fazer.

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Ai, meu Arceus… quando eu disse que queria expulsar os banhistas da praia, não era pra ter levado tão a sério! Os humanos são meio inconvenientes de vez em quando, mas isso foi um completo exagero! O que faremos agora? O jeito é correr e rezar para que os prédios atrasem a tsunami. Yoshiro ia um pouco à nossa frente, desviando das pessoas em pânico que por muito pouco não a pisoteavam, e só olhava na minha direção para mandar eu me apressar. Fácil pra ela, mas eu estou com duas pernas a menos! Não dá para ir mais rápido que isso!

Uma explosão em algum lugar à minha direita acabou me fazendo mudar de ideia. Pensando bem, acho que dá pra ir um pouquinho mais rápido, sim… Segurei com firmeza a mão de Ivy, para garantir que a menina não iria se perder em meio a todo aquele caos, mas acabei nem reparando que o bichinho esquisito de antes não estava mais com ela. Se conseguirmos sobreviver por tempo o bastante para dar conta da ausência dele, já vai ser um mérito enorme… tomara que o coitado aguente até lá.

Por fim, chegamos em um cruzamento. A água nos cercava por todo lado, não tínhamos mais para onde correr. Em toda a minha vida, nunca achei que morreria afogado… o quão irônico isso é? O pior de tudo é ter que apostar nossas vidas num cristal supostamente mágico. Se ele fosse mesmo tão poderoso assim, será que teriam me dado em troca de meras tampinhas de garrafa? Bem, agora vamos ter que descobrir…

- Todo mundo, pra trás! - Não foi preciso pedir duas vezes. Os humanos que tinham conseguido chegar até ali se amontoaram perto de mim, apegando-se a essa última esperança. Yoshiro tinha se escondido atrás das minhas pernas, tremendo dos pés à cabeça, e não parecia nada confiante para encarar aquela tsunami de frente. Abaixei-me e acariciei a cabeça da anfíbia, tentando passar algum conforto a ela. - Ei, Yo… você consegue. Estamos contando contigo.

Não havia tempo para conversar mais. Ao invés disso, a ex-humana fixou seus olhos em mim por uns breves instantes, e logo depois desviou-os para as demais pessoas. Estavam desesperadas, o olhar de cada uma delas era quase uma súplica para que fizéssemos algo. Elas precisavam de nós. Foi nessa súbita responsabilidade que Yoshiro se agarrou - mesmo ainda trêmula, deu um passo a frente e confirmou com a cabeça.

- Pronta? - Toquei o tal anel, e de alguma forma o cristal pareceu responder a isso. - Hydro Vortex!




Contagem de posts: 3

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Lilycove Streets

Lost in Thoughts All Alone ♪

Será que o mar era assim, sempre tão agressivo? Estranho... E pensar que até mesmo os prédios gostavam de tomar banho. Hoenn era definitivamente um lugar engraçado. Não entendi direito por que estávamos correndo. Aquilo não era comum? Apesar de ser meio perigoso correr no entorno de prédios e carros quebrados, ondas e rias alagadas, essa brincadeira parecia ser bastante popular: tinha bastante gente participando.

As pessoas aqui realmente são mais vivazes, não?

Algumas pareciam ser bons atores e atrizes. O jeito com o qual fabricavam e simbolizavam medo era realmente impressionante. Eu infelizmente não era assim tão boa, mas tentei fazer uma careta ou outra. Se eu não soubesse que aquele era um povo brincalhão que gostava de água, eu diria que esse tal de tsunami era bastante perigoso! Felizmente, a mocinha que estava comigo parecia ser uma boa jogadora, e outras pessoas pareceram notar isso também.

Eu talvez tenha bufado um pouco, mas não consegui me conter. Ora, trombem em suas próprias meninas guias com cristais mágicos! Essa já era minha. Espera aí... Cristal mágico? É, ela estava segurando um desses. Parecia... brilhante. A mocinha estava conjurando algum poder? Puxa, esse jogo é realmente bastante popular e disputado! Bem, acho que posso relaxar a aproveitar minha sorte de principante.

A menininha vai fazer tudo por mim, não é? Ótimo, ponto pra ela! Vou lembrar de agradecê-la mais tarde, por ter ido assim tão longe por mim. Ela é mais doce do que eu imaginei. Mas enfim... Mal posso esperar para ver o que vai acontecer em breve! Essa região é tão repleta de vida e animação! Tenho que falar sobre isso com Annette, mais tarde... Ah, a menina está ativando um poderzinho?!

Que legal!!!

OFF :


[EVENTO] Though the waters ever change 661 03/40

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Eu juro que se eu pudesse por uma trilha sonora nesse post, eu colocaria uma música Indie bem calminha, para tentar ENTENDER a cena que se passa na cabeça de Ivy. Apesar de toda a destruição e morte ao seu lado, a menina parecia estar num tipo de parquinho. Não tinha adrenalina na garota?! Suas glândulas suprarrenais simplesmente não funcionam?!

Era estranho o humano mais prudente daquela dupla ser um pokémon.

Mas não importa. Simplesmente não importa. Quando chegassem na encruzilhada, uma decisão precisaria ser tomada. Não há inocência que lhe salve dessa preocupação. Ivy já começava a entender (eu acho) e se posicionava atrás de Yoshiro. O pokémon-garota, que já entendera a um bom tempo o desespero, pressionava seu anel e iniciava o movimento necessário. Mudkip?! Bem, este(a) esperara o momento certo. Segurou, segurou, segurou e quando a onda estava por vir, soltara tudo de vez.

Veja bem, não é um pokémon grande. Não é um pokémon forte. Sabe o que ele tinha? Força de vontade. Muita. E muita inteligência também! Assoprou contra o a enxurrada que vinha da direita e conseguiu mandar para longe os entulhos que ela levava consigo.

Só havia um probleminha: água com água da... mais água. Mudkip conseguiu manter os entulhos longe das nossas treinadoras, até freou e quebrou a onda que chegaria neles... mas ele definitivamente não conseguiu evitá-los de cair num interminável mar. Inundação! Podia não ser uma onda fortíssima de catorze metros, mas uma enxurrada preenchia a rua, e carregava todos os banhistas restantes incontrolavelmente!

Agora o "desastre natural" deixava de ser um Tsunami e se tornava uma enchente. Enchente que carregava tudo! Inclusive Ivy, Yoshiro e Mudkip. Os três foram arrastados para dentro da cidade até finalmente (e inevitavelmente) se separar. Aqui lhes aviso: não há reação para tomar. Aos poucos os entulhos iam até vocês. A primeira a ser afetada foi Ivy! Um resto de construção se desprendera de um casebre, deixando blocos de concreto & vergalhões aquém do destino.

Um desses atropelada sua perna direita, a prendendo em uma edificação ainda de pé. A dor vinha de imediato! Já amassou sua perna contra um bloco de concreto?! Pois bem... mas o pior nem era isso. Um vergalhão a atravessara a artéria femoral da moça, que só parou de sentir dor quando o sangramento era o suficiente para matá-la.

Agora eram apenas a treinadora-nova e seu pokémon-humana. Eles estavam separados, mas não tão distantes. Vocês sabem o desafio que é narrar isso?! É muito complicado dizer que Mudkip ia atrás de "sua treinadora", já que sua treinadora era, na verdade um Mudkip.

Arg, espero que entenda o que vou querer dizer: o pokémon procurou por baixo da enchente a humana. Nadou, caçou suas pernas e quando achou, escalou para a superfície, se fixando ao corpo da garota que tentava nadar e manter-se na superfície respirando. O problema é que ela estava ocupada demais tentando não morrer afogada, acabou não vendo que o movimento das águas a levava diretamente para um novo posto de gasolina.

Mudkip, por outro lado, reparou isso. Nadou mais uma vez e mordeu os pés da moçoila, tentando puxá-la fortemente para uma abertura qualquer nas ruelas. Até conseguiu! Mas o custo disso foi puxar Yoshiro para o fundo do oceano. Depois disso a menina não conseguiu voltar! Estava prestes a morrer afogada quando o tal do Mudkip soltou-a para que fosse a superfície.

Esse soltar funcionou como um estilingue! A menina perdera a "corda" que lhe prendia em toda a aceleração centrípeta e foi para longe. Poderíamos dizer que ela sobreviveu, se fôssemos muito esperançosos. Como não sou, não direi isso. O que direi é que o Mudkip, agora sozinho, começara a nadar contra a enchente, tentando achar Yoshiro. Num certo ponto, ficou preso entre os entulhos. Depois um tecido lhe prendeu. Mais cedo ou mais tarde ele seria nocauteado. Morreria?! Provável que não, mas de que adianta ser o único pokémon vivo para contar história?!

O tecido que lhe prendeu era uma canga enorme que lhe envolveu. Depois um grande entulho de madeira se desprendera da maioria e batera em sua cabeça. Logo mais o Mudkip Yoshiro desmaiava e acordava na rua anterior a praia, trinta minutos antes de tudo acontecer. Ali estava Ivy e seu Baltoy, que fechava os olhos em um sinal esquisito.

O vento virava forte DO NADA e o chapéu de Ivy voava mais uma vez. A vã com um mundaréu de crianças encostava no acostamento para que a família fosse à praia. Tudo voltava exatamente no ponto inicial, mas ninguém sabia de NADA. Ninguém viu NADA do que eu narrei aconteceu. Yoshiro parecia normal, Ivy parecia normal, o Baltoy não parecia normal, mas era normal que ele não parecesse normal.

Mudkip, por outro lado, viu tudo. Aquilo fora uma visão que Mud-Shiro tivera e todos os pequenos detalhes (re)aconteciam como um Déjà Vu. Agora, meus queridos, prometo parar de narrar as ações dos seus personagens, já que estamos na vida real e não mais na realidade-antecipada de Mudkip.

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Off :



Eu não entendo… por que nossos esforços não bastaram? Sei que o mar nunca foi piedoso comigo, no entanto, esperava que ao menos com os outros ele mostrasse alguma benevolência… todos lutaram tanto apenas pela esperança de escapar das suas águas, mas elas não tardaram em fechar o cerco ao nosso redor. Nem o poder que aquele cristal me emprestou foi suficiente para pará-las. O que é isso, algum tipo de karma por eu ter escapado da última vez?

Quando a inundação veio, Sapphire ainda tentou me segurar e segurar Ivy. Até numa situação como aquela, ele ainda era muito valente… contudo, essa coragem de nada adiantou. A correnteza era forte demais, acabamos os três separados. Eu não conseguia encontrar Ivy em lugar nenhum, mas Sapphire estava ao meu alcance… pela primeira vez na vida, ele tentava a duras custas não submergir - não era mais capaz de respirar debaixo d’água.

Eu estava até que… bem? Diferente de quando quase me afoguei, meu peito não ardia, e o ar não faltava. Mas isso só significa que agora é o Sapphire quem está sentindo essas coisas… Eu preciso, PRECISO dar um jeito de salvá-lo. Ele só está nessa situação por minha causa! No entanto, por mais que eu tente trazê-lo comigo para longe do perigo, sinto que só estou machucando-o mais. Ele não vai conseguir respirar assim, mas se eu o deixasse alcançar o posto de gasolina, estaria tudo acabado…

Quando a ameaça maior se afastou, precisei soltá-lo para que voltasse à superfície. Achei que assim ele conseguiria recuperar o fôlego, e que depois ficaria tudo bem. Fui uma tola, tudo o que consegui foi perdê-lo. Lançado para longe, onde eu não conseguiria mais alcançar.

Apenas… por quê?

Deveria ter sido eu.

***
Quando meus olhos se abriram, minha cabeça ainda doía, como se realmente tivesse sido acertada. Eu não sentia mais aquele pano me sufocando, mas ainda assim era difícil puxar o ar. Como num passe de mágica, tudo estava de volta ao normal. A praia, os banhistas, Ivy e… e Sapphire, também. Isso foi… um sonho? Mas eu nem me lembro de ter ido dormir!

Como num flashback, o vento soprou forte e o chapéu de Ivy caiu sobre os olhos da suposta humana. Tudo o que vi momentos antes do desastre se repetia numa exatidão torturante. Isso tudo é loucura… não pode estar mesmo acontecendo de novo…

- Ei, você está bem? - Ainda era estranho ouvir minha própria voz assim, e ver aqueles olhos que por tantos anos só me cumprimentaram no espelho. Sapphire se ajoelhou ao meu lado, parecendo confuso. Confirmei com um aceno fraco, que não passou nem perto de convencê-lo. - Certeza? Você tá tremendo.

Estou…? Não me dei conta disso até ele dizer, mas era verdade. As imagens da inundação ainda me voltavam à mente, mais reais e insistentes que qualquer pesadelo. Como eu poderia me acalmar depois daquilo?! Eu quase, quase os perdi… e tudo ao meu redor continuava seguindo o mesmo script. Não faz sentido, eu posso estar ficando louca… mas não vou pagar para ver.

Os banhistas, será que também correm perigo!? Eu preciso ajudá-los… mas como? Não iriam me entender, e quando a menina avisou eles não acreditaram…

- Pelo menos tá me ouvindo? Sério, o que deu em ti? - O “Mudkip” começou a estalar os dedos na frente dos meus olhos, arrancando-me de meus pensamentos. Ele forçava um sorriso descontraído, contudo, eu conseguia ver a preocupação em seu rosto. - Se a praia te deixa tão mal assim, a gente pode voltar pra cidade.

Olhei para ele, e depois para os outros humanos. Mesmo ainda ofegante e com o coração aos pulos, tive que tomar minha decisão. Virei-me e corri o mais rápido que pude para longe do mar, sabendo que Sapphire me seguiria, e Ivy iria atrás dele. Por favor, me perdoem... eu não posso arriscar perdê-lo de novo.



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