❁ Embrace the Dark |
Lilycove Streets
Lost in Thoughts All Alone ♪
Engraçado como a vida é volátil e frágil. Qualquer movimento, qualquer decisão, por mais delicados que sejam... Podem simplesmente quebrá-la em pedaços pequenos, como vidro partido. Seja por fios metálicos, químicos odoríficos, ou como alguns preferem dizer, a tal da obra do acaso; ceifar continua sendo tão simples quanto sempre fora. Contudo... Qual é o limite que tange as linhas do acontecer, da grande trama arquitetada que é o universo?
Ainda assim, é estranhamente prazeroso saber que o individual também tem sua marca em toda essa pluralidade de existência. Efeito borboleta. Uma teoria que supõe que o bater de asas de um simples inseto é capaz de causar eventos inimagináveis através do mundo. E ora, o que são todas as coisas vivas, senão as borboletas dentro do jardim divino?
Será que um dia minhas asas também acabariam por prender-se na teia do dado destino, e ali eu seria consumida?
Eu sorri, chacoalhando a cabeça. Você deveria aproveitar melhor o ambiente em que está, Ivy. Não é hora para pensar em coisas do tipo. Além disso... Percorrer toda essa linha de pensamentos é muito mais agradável de se fazer à noite, antes de dormir. Posso não ter nenhum poder, não ser nenhuma deusa, mas... gosto de quando sou capaz de criar meu próprio mundo ao cerrar os olhos. Um lugar apenas meu, no qual posso pensar e fazer sem limites.
É uma pena que os sonhos tenham que acabar, não?
Eu suspirei. O horizonte era realmente muito belo de ser visto dali. A brisa foi capaz de trazer-me à realidade, enchendo meus pulmões com aquele estranho odor do mar, e até mesmo derrubando meu chapéu. A mocinha educada pegou-o para mim, e consegui sorrir em resposta. Entretanto, antes que qualquer outra palavra pudesse sair de minha boca, o bichinho azul da menina saiu correndo para longe, fazendo com que sua treinadora fosse logo atrás. Eu arquejei, um pouco incerta, mas decidi segui-los.
... Eu não devia aquilo a ninguém, mas ela me ajudara, de certa forma. O mínimo que eu poderia fazer era tentar ajudá-la de alguma outra forma, em resposta. Fora assim que aconteceu com Annette, não? Uma alma doce e disposta. Quem era eu para dá-la uma resposta negativa?
Mesmo assim, algo parecia estranho, para dizer o mínimo. Por que aquilo parecia estranhamente incomum?
Uma breve série de espirros tirou-me da linha de raciocínio. Não deveria ser nada mesmo, no fim das contas. Provavelmente, apenas a mudança de temperatura, do ar-condicionado para a atmosfera quente da região. É, com certeza era isso.
OFF :
Desculpe pela demora, tava cansadinho :<
04/40
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