Pokémon Mythology RPG
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[EVENTO] Though the waters ever change

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❁ Embrace the Dark





Lilycove Streets

Lost in Thoughts All Alone ♪

Engraçado como a vida é volátil e frágil. Qualquer movimento, qualquer decisão, por mais delicados que sejam... Podem simplesmente quebrá-la em pedaços pequenos, como vidro partido. Seja por fios metálicos, químicos odoríficos, ou como alguns preferem dizer, a tal da obra do acaso; ceifar continua sendo tão simples quanto sempre fora. Contudo... Qual é o limite que tange as linhas do acontecer, da grande trama arquitetada que é o universo?

Ainda assim, é estranhamente prazeroso saber que o individual também tem sua marca em toda essa pluralidade de existência. Efeito borboleta. Uma teoria que supõe que o bater de asas de um simples inseto é capaz de causar eventos inimagináveis através do mundo. E ora, o que são todas as coisas vivas, senão as borboletas dentro do jardim divino?

Será que um dia minhas asas também acabariam por prender-se na teia do dado destino, e ali eu seria consumida?

Eu sorri, chacoalhando a cabeça. Você deveria aproveitar melhor o ambiente em que está, Ivy. Não é hora para pensar em coisas do tipo. Além disso... Percorrer toda essa linha de pensamentos é muito mais agradável de se fazer à noite, antes de dormir. Posso não ter nenhum poder, não ser nenhuma deusa, mas... gosto de quando sou capaz de criar meu próprio mundo ao cerrar os olhos. Um lugar apenas meu, no qual posso pensar e fazer sem limites.

É uma pena que os sonhos tenham que acabar, não?

Eu suspirei. O horizonte era realmente muito belo de ser visto dali. A brisa foi capaz de trazer-me à realidade, enchendo meus pulmões com aquele estranho odor do mar, e até mesmo derrubando meu chapéu. A mocinha educada pegou-o para mim, e consegui sorrir em resposta. Entretanto, antes que qualquer outra palavra pudesse sair de minha boca, o bichinho azul da menina saiu correndo para longe, fazendo com que sua treinadora fosse logo atrás. Eu arquejei, um pouco incerta, mas decidi segui-los.

... Eu não devia aquilo a ninguém, mas ela me ajudara, de certa forma. O mínimo que eu poderia fazer era tentar ajudá-la de alguma outra forma, em resposta. Fora assim que aconteceu com Annette, não? Uma alma doce e disposta. Quem era eu para dá-la uma resposta negativa?

Mesmo assim, algo parecia estranho, para dizer o mínimo. Por que aquilo parecia estranhamente incomum?

Uma breve série de espirros tirou-me da linha de raciocínio. Não deveria ser nada mesmo, no fim das contas. Provavelmente, apenas a mudança de temperatura, do ar-condicionado para a atmosfera quente da região. É, com certeza era isso.

OFF :

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Era ético salvar o máximo de vidas que podia. Três? Bom tamanho. Era o máximo que um pequeno Mudkip podia fazer. Yoshiro então correu desesperada, motivada pelo medo & amor. Foi, foi, foi e foi! Tinha trinta minutos de 'visão', depois disso não sabia mais o que aconteceria. Ainda assim não parou.

Estava levemente adiantada em relação ao Tsunami e isso era suficiente.

Percorrera 50 minutos de fôlego. Mudkip podia estar em um corpo de treinadora, ainda assim viva ambulante pelo mundo, tendo um condicionamento físico-adolescente bem palatável. Talvez Ivy tenha ficado um pouco para trás, mas seu histórico de sobrevivência certamente lhe daria um gás quando entendesse a situação.

Cinco minutos após o início da corrida, um barulho enorme de impacto & grito era ouvido atrás deles. Talvez a moça fosse uma grande sonsa, mas dessa vez tinha a chance de reconhecer os gritos e levar a corrida a sério. Imagino que foram só esses cinco minutos necessários para Yoshiro fazer Mudkip e Ivy entenderem a gravidade da situação.

Se ainda não foi suficiente, com quinze minutos de corrida, ouviram atrás deles uma enorme explosão atrás deles. Parte da água fora mais rápida, mas a maioria do mar havia sido parado por prédios, ficando cada vez mais fácil deixá-lo para trás.

Em 25 minutos já estavam a 4 quilômetros da costa. Uma corrida exageradamente rápida, mas é o que eu digo: há motivação melhor que a perda de sua própria vida?! Com mais 20 minutos já haviam deixado um bocado para trás e começavam a desacelerar... nos próximos cinco minutos, alcançaram o marco de 7 quilômetros e chegaram ao centro.

Veja bem, na minha cabeça há mais de um Centro Pokémon em uma cidade. Haviam passado (e de muito) o centro que iniciaram a aventura, e agora estavam no Centro do Centro... arfando. A água chegaria ali em marola, ainda assim carregaria consigo entulhos preocupantes. Há necessidade de correr mais? Ou há necessidade de parar e se abrigar?

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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Lilycove Streets

Lost in Thoughts All Alone ♪

Tsc.

Não me importo de correr um pouco, mas aquele bichinho já estava ficando um pouco abusado, não? Ora, estava me fazendo correr sem parar, e nem fazia uma pausa para descansar! Onde já se viu, perninhas tão pequeninas mas mesmo assim, tão apto a correr na minha frente?! Talvez eu até tivesse parado em algum momento, irritada, para esbravejar com aquela criatura e sua dona. Como eu disse, não me importo muito em fazer um esforço por pessoas doces e que tinham me ajudado, mas convenhamos que existem limites para tudo.

Isto é, até que eu ouvi os gritos.

Não eram gritos quaisquer, digo de antemão. Oh, pois não. Ainda assim, eles já me eram familiares: eram gritos de morte. Decerto, vilarejos distantes dos grandes centros que passavam grande parte do ano cobertos por neve costumam ter índices de mortalidade relativamente maiores que os demais. O inverno pode até ser belo por algum, mas esta é apenas uma arma que ele carrega, deixando-a à mostra para hipnotizar todos os transeuntes. Ele espera você baixar a guarda, encantado, para desferir o golpe mais mortal de todos.

E quando você percebe, já é tarde demais.

...

Bem, eu podia não estar vendo nenhum único floco de neve, mas gritos como aqueles eram inconfundíveis. Não faço ideia de o que poderia ser tudo aquilo, mas de uma coisa é certa: deixei a hesitar e passei a seguir o sapinho (aquilo é um sapo?) azulado sem mais delongas. Dizem que os Pokémon são muitos mais sensíveis aos fatos mundanos, não? Quem sou eu para refutar, então...

Minhas pernas e seus músculos provavelmente me odiavam com todas as suas forças — e talvez por isso eles doessem tanto depois de eu forçá-los; trocadilho de mal gosto, não? Mas não era como se eu pudesse julgá-los, afinal, eles estavam constantemente sendo feridos e machucados. Da queimação intensa do frio até uma longa corrida por minha vida — eu estava correndo por minha vida, imagino. Podia não saber exatamente o que estava acontecendo, mas meus ouvidos não me enganavam.

Não estava nem um pouco afim de ver o inverno de novo, assim tão cedo.

A água foi uma surpresa... intrigante. Não nego o fato de que sou leiga, muitas vezes ignorante, mas algumas coisas conseguem sim acometer-se ao meu conhecimento. Apesar de eu sempre ter ouvido falar muito bem do mar daquela região, ele carregava um odor inconfundível: sangue. E se havia alguma coisa ali que estava fazendo a água ser contaminada por sangue, eu definitivamente não queria saber muitos mais detalhes. Veja bem, não era hora de ser inocente ou curiosa. Era hora de eliminar quaisquer pensamentos de minha mente e apenas... deixar a adrenalina percorrer meu corpo.

Mesmo assim, eu sabia que meu corpo tinha limites — e claro, meu orgulho também. Eu não conseguiria, e provavelmente nem me permitiria, fugir para sempre. Uma hora teríamos que parar e enfrentar os problemas, e quando isso acontecesse, era melhor que tivéssemos algum plano. Quando vi a familiar estrutura de um Centro Pokémon, depois de correr muito, eu simplesmente parei, cruzei os braços e esperei a menina e seu Pokémon olharem para mim. Bufando, abri o jogo para eles.

É o seguinte. Eu posso não saber exatamente o que tá acontecendo, eu cresci bastante... reclusa, por assim dizer. Mas mesmo assim, sei que não é bom. Contudo, eu me recuso a continuar correndo — declarei, permitindo-me apoiar na parede da estrutura avermelhada, em um tom de voz bastante sério. — Não sei se posso correr para sempre, e não quero saber da resposta. Então, senhorita... — continuei a dizer, levantando-me e chegando bem perto da menina, apontando meu dedo para o peito da mesma. — ... É bom você me explicar as coisas estranhas que acontecem na sua região e me ajudar a descobrir como resolver isso.

Passei meu olhar para o bichinho ao lado dela, fazendo uma careta especialmente zangada. — Esse seu coisinho aí sabe das coisas. Ele conseguiu sentir que tinha algo de errado, e saiu correndo. Por mais que minhas pernas queiram sair do meu corpo, matar-me e depois atropelá-lo com força, preciso agradecê-lo — proferi, sendo bastante honesta. Não via motivo nenhum para manter-me quieta em uma situação daquelas. — Se sozinho ele fez isso, ao juntarmos os Pokémon de outras pessoas, com certeza conseguiríamos lidar razoavelmente bem com o que quer que venha, não? Sei que essa região tem muitos treinadores fortes. Se eles não conseguem fazer algo, então realmente estamos condenados.

Eu suspirei, cansada, finalmente afrouxando um pouco. Talvez eu estivesse sendo dura demais. Era apenas uma criança, que direito eu tinha de exigir tantas coisas assim? Resolvi tentar voltar atrás, um pouco, mas sem quebrar minha determinação. — Pode continuar a correr, se quiser. Mas eu vou ficar aqui, mesmo que isso signifique voltar a olhar para a morte diretamente nos olhos.

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Off :



Francamente, o que deu nessa guria? Sei que Yoshiro não é muito fã do mar, nem de locais lotados, mas não é para tanto! E claro que sobrou pra mim ir atrás. Ora, ela é minha treinadora, não é como se eu tivesse muitas escolhas aqui. Tive tempo apenas de lançar a Ivy um olhar breve, o qual estava em algum ponto entre um “me desculpe” e um “não acredito nisso”, antes de seguir Yoshiro de volta para a cidade.

Foi assim que o nosso passeio na praia se transformou em “uma dupla de loucos correndo sem rumo por Lilycove”. Para a minha surpresa, Ivy logo se juntou a nós - talvez por ser uma humana muito legal, talvez por não querer perder sua guia -, e assim a dupla virou trio. Não era bem desse jeito que eu estava esperando passar a tarde… mas quando é que qualquer coisa sai do jeito que eu espero? Não lembro de nenhuma.

O mais estranho de tudo é que Yoshiro nem sequer gosta de correr, e, quando corre, geralmente não vai muito longe antes de tropeçar nas próprias patas. No entanto, ela parecia bem inspirada naquele dia - manteve o ritmo por muito tempo, ignorando por completo meus gritos para que parasse. Se a anfíbia parece tão determinada a nos levar para algum lugar… então acho que não custa dar um voto de confiança, né? Afinal, a intuição dela já nos salvou de enrascadas antes...

Eu demorei um tempo para notar o óbvio: Yoshiro não queria nos levar a lugar nenhum. Ela simplesmente queria nos afastar de alguma coisa… e foi só quando um barulho enorme cortou o ar que eu me dei conta disso. Olhando para trás, vi uma imensidão de água se curvando sobre a cidade, como se o mar tivesse do nada decidido tomar aquele território para si. Ok… admito que até seria uma boa repaginada, se as águas não estivessem destruindo tudo em seu caminho. E os humanos não conseguem respirar debaixo dela… então sim, a coisa aqui tá MUITO ruim!

Depois de ver aquilo, juro que a dor nos meus pés até diminuiu. Apertei o passo, e, embora meus pulmões estivessem gritando por um descanso, ser perseguido por uma onda gigante te ensina a mandá-los calar a boca.  Não sei quanto tempo se passou até chegarmos a um Centro Pokémon. Lá, Ivy simplesmente empacou, cruzando os braços e me encarando de um jeito bem sério. Quando ela começou a falar, eu ainda estava tentando recuperar o fôlego, apoiava minhas mãos nos joelhos e mal conseguia encará-la.

- Também não sei direito o que foi aquilo. Eu nunca tinha visto tanta água vindo pra cidade… - Consegui erguer minha coluna, e, mesmo ainda arfando um pouco, tentei usar um tom firme. - Acho que algo assim nunca aconteceu em Lilycove antes. Não teriam feito a cidade tão perto da água, se tivesse acontecido. -  Com isso, Ivy voltou-se para Yoshiro. A expressão irritada da garota fez a Mudkip se encolher, jurando que levaria alguma bronca, mas acabou sendo surpreendida com o desenrolar. Ainda de cabeça baixa e sem olhar para nenhum de nós, a pequena assentiu, aceitando o agradecimento.

- Não sei se vamos achar outros treinadores tão facilmente assim. Digo, se tá tendo ondas gigantes por aqui, qualquer um com juízo ia querer ficar longe… mas acho que não custa tentar. - Comentei, desviando de propósito o assunto de Yoshiro. Embora as interrogações estivessem fervilhando na minha mente, eu não queria pressioná-la ainda mais. Já parecia bem afetada com aquilo tudo…

Francamente, eu não conseguiria continuar correndo nem se quisesse. Se precisávamos buscar ajuda, ficar no Centro Pokémon era nossa melhor escolha… Ivy já parecia bem decidida e, mesmo sendo uma iniciante, a menina demonstrava tanta valentia que me impressionou. - Então, deixa eu ver se entendi. Você vai ficar aqui e tentar resolver tudo sozinha, mesmo sendo uma completa novata, e numa região que você nem sequer conhece? - Agora foi a minha vez de cruzar os braços e fazer uma careta, olhando-a de um jeito tão sério que era quase acusador. Contudo, essa pose não durou muito tempo, logo meus ombros relaxaram e me permiti dar uma curta risada. - Porque, se for isso mesmo, então saiba que eu gosto da sua coragem. Aposto que você sabe se virar, mas eu também cansei de fugir, então vou ficar por aqui e te dar uma mãozinha.

Com isso, peguei Yoshiro no colo e indiquei que entrássemos no Centro. A situação lá fora parecia bem perigosa, então não era momento de ficar desfilando com filhotes por aí… Pedi licença a Ivy e fiz algumas mudanças no time, por garantia, antes de retornar para perto dela. - Melhor a gente tentar conseguir ajuda. Não é bom agir sem um plano, mas tem que ser rápido.

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OFF: O que ta na box pode gastar tudo o7 Atts feitas!

"Vou ficar aqui e pronto". Sério isso?! Nem sequer entrar no Centro Pokémon tu vai entrar?! Lhe adianto que, para sua semi-felicidade, ao menos a onda já quebrou. A água chegará ao Centro Pokémon de duas formas: chuva intensa repentina e uma enchente que vai até o joelho, que carrega consigo um bocado de entulhos, sangue e água contaminada. A força? Não será suficiente para derrubar o Centro, mas eu te garanto Ivy: se tu esperar do lado de fora, suas perninhas não estarão salvas.

Por essas e outras, imagino que quando reparou isso, você subiu. É bom que tenha subido até o segundo andar do Centro, que era onde estava o Computador que Yoshiro queria usar.

Vamos lá, não é tanto esforço assim pegar um elevador em troca de sua própria vida! Mas deixarei ao seu critério; se desejar encarar os entulhos mais uma vez, fique a vontade.

No mais, lhes direi sobre o Centro. A quarenta minutos atrás um toque de alerta tocou na cidade, pedindo para que um perímetro de dezessete quilômetros do mar fosse interditado. Nessa brincadeira (pasmem), o Centro Pokémon foi junto. Claro que o perímetro era exagerado, mas ele precisava ser! Só quem ficou no Centro fora uma enfermeira corajosa, que estava certa que teria que trabalhar-duro para receber os pokémons machucados quando a maré baixasse.

Só que ela, como não é burra, subiu para o segundo andar. Ela estava deitada em um puff qualquer, tirando uma soneca. Esquecera a TV ligada. Na tela?! Imagens feitas por drone da costa de Lilycove destruída.

Dois prédios médios caíram. As mortes eram incalculáveis e não havia "secura" em nenhuma parte, salvo a orla (literalmente apenas a orla). A parte de areia já estava "seguro", mas não tinham mais nada! Nadinha! Nem uma pessoa, nenhum banco, nenhuma cadeira... nada. A areia fora carregada um pouco em direção a avenida que cortava a orla. Nenhum 'objeto' e nenhum 'objetivo'. Não tinha nada e nem ninguém. Lilycove, pela primeira vez, parecia uma praia in natura. Completamente deserta, com uma faixa de areia enorme e sem nenhum sinal de urbanização.

O calçadão construído em contenção?! Pode esquecer. Em letras maiores, um anúncio: TSUNAMI INÉDITO DESTROI COSTA E CEIFA VIDAS. No som, uma mulher resumia a história que Yoshiro já havia vivido, então "nada de novo ali". Ora ou outra ela dava informações sobre o trabalho dos bombeiros e da polícia, mas nada de novo até então.

O número de mortes não era nem estimado, e a única coisa de interessante que aconteceu na TV, fora duas movimentações suspeitas na areia. Sim, suspeitas! A jornalista até ficou meio alegre, começando a deduzir:
- Oh, será que pokémons usaram Dig para se salvar?! - Se questionara, vendo duas pequenas criaturas emergir - O drone pode chegar mais perto?!
O "motorista" deve ter confirmado, chegando mais perto e revelando... aberrações?! Bleh, não deu para ver direito. Logo mais o drone era atingido por uma pedra que "alguém" jogou e caíra por ali mesmo.

Talvez agora fosse interessante alguém olhar pela janela, ou mesmo Ivy, que sabe-se lá onde estar, manter os olhos atentos para fora. O clima fechou, uma chova grossa e repentina começou a cair, como se fosse verão. No fundo, uma enchente começava a vir, e na frente dela, dois 'troços' se moviam em direção ao Centro Pokémon.

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Como alguém consegue tirar um cochilo com o mundo acabando lá fora? Ou essa mulher tem uma paz de espírito enorme, ou vive tão ocupada que precisou vir um tsunami para que ela conseguisse ter um sono decente. Considerando que é uma Enfermeira Joy, prefiro apostar na segunda. De qualquer modo, fiz todos os preparos no maior silêncio possível, não queria acordá-la… mas acho que eu nem precisava ter me preocupado: a TV estava ligada e anunciava em alto e bom tom os acontecimentos que nós teríamos visto em primeira mão se tivéssemos continuado na praia.

- Não faço ideia de como fez isso… mas você nos salvou. Sabe disso, né? - Enquanto ouvia a repórter falar, desviei meus olhos para a Mudkip. Sentada sobre as patas traseiras e com a cabeça ainda baixa, ela murmurou uma confirmação, sem nem sequer olhar para mim. Desde que chegamos na praia, Yoshiro estava agindo de um jeito tão estranho… eu não sabia o que tinha acontecido com ela, e isso me preocupava. - Obrigado… - Abaixei-me e acariciei sua cabeça, forçando um sorriso para tentar trazer-lhe algum conforto. Não sei se deu certo, pois nesse momento a reportagem chamou nossa atenção.

Tinha um movimento na areia… algum sobrevivente, talvez? Essa parecia ser a teoria mais aceita, e até a cabisbaixa Mudkip se deixou ter esperança, erguendo o queixo e fitando a tela com seus olhos cheios de expectativa. Entretanto, o que saiu de debaixo da terra foi… o que era aquilo!? Só consegui ter um vislumbre rápido antes que a câmera fosse esmagada, mas definitivamente não parecia nada… natural…

- Aquilo era um Pokémon…? - A pergunta se perdeu no ar, nenhum de nós dois sabia respondê-la. E nem tivemos mais tempo para pensar no assunto, pois a anfíbia ergueu-se e correu até a janela, pendurando-se nela com as patas da frente. O céu tinha se fechado, trazendo uma chuva forte que surgiu muito rápido… e, infelizmente, ela não veio sozinha. Estava apenas anunciando a chegada de algo maior, como os batedores que vão à frente do imperador. - E eu achando que não dava pra piorar…

É claro que dava. Ao longe, era possível ver uma enchente se aproximando, e imagino que não demoraria muito até nos alcançar. Era difícil ver direito àquela distância, contudo, parecia ter algo na frente dela… algo que estava vindo direto pra gente. Sinto muito, enfermeira, mas não dá pra continuar dormindo agora. Andei até a mulher e sacudi seu ombro com cuidado, abrindo um sorriso desconcertado de quem não sabe o que dizer.

- Ei, Joy. Que tal olhar pela janela e depois ir atrás de um lugar pra se esconder? Vou tentar cuidar das coisas lá embaixo. - Espero que eu tenha soado mais confiante do que me sentia. Botei Yoshiro no ombro e desci às pressas, arrastando Ivy comigo se a achasse no segundo andar. Eu não sabia o que estava nos esperando lá fora, mas torci para que não fosse nada potencialmente mortífero… embora eu suspeite que seja. - Vou mandar um colega usar o Light Screen na entrada do Centro, pra pelo menos desviar parte da enchente. Mas não é só água que está vindo pra cá. Você pareceu bem valente naquela hora, e eu estou contando que seja mesmo… tem alguma coisa muito errada com essa cidade.

Enquanto falava, liberei o Ivysaur a tempo de ele ouvir suas instruções. Claro que um Light Screen não é uma proteção completa, mas deve ser melhor que nada, né? Eu até mandaria Yoshiro tentar desviar a água com um Surf, mas não posso fazer isso com aquelas duas coisas vindo pra cá… não vou colocá-la em perigo assim.

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Lilycove Streets

Lost in Thoughts All Alone ♪

Sério mesmo.

Poxa vida, mas que imenso monte de bosta. Eu saio da minha até então casa, fugindo da caralha da morte apenas para encontrá-la esperando por mim assim que eu pousasse em outra região. Maravilha, vinte vivas! Que seja então. Não tenho medo dela, e sinceramente, se for para ser, será. Isso não significa que eu esteja morrendo de vontade por morrer, todavia. Viu só que engraçado? Morrendo de vontade de morrer? Hilário, não acha? Por que eu não acho.

Calúnia. A menina parecia não fazer ideia do que estava acontecendo, também. Ora bolas, se nem mesmo os nativos sabem que porcaria é essa, o que eu deveria fazer?! Desculpe, mas eu não passei minha vida toda estudando e devorando livros cheios de conhecimento alheio que eu não quero saber. Não sou obrigada a saber de tudo isso. Mas esperava que pelo menos a mocinha-guia fosse do tipo que soubesse. Seria útil ter uma enciclopédia ambulante ali, pra variar.

Eu fitei minhas mãos por alguns instantes. É, Ivy... Parece que vai ser hoje que você vai pro saco. Ou seria o que eu diria se eu não tivesse mais coisa pra fazer. EU ACABEI DE SAIR DAQUELE INFERNO CONGELADO, MAS QUE MERDA, ME DEIXA CURTIR!!!

Além disso, eu não podia deixar Annette sozinha. Por isso e por algumas outras coisas (você faz ideia de quanto tempo eu demorei pra escolher aquele chapéu? Eu não iria perdê-lo pra água), eu apenas bufei e segui a menina pra dentro do Centro Pokémon. Pra ser sincera, eu queria ficar assistindo e vê-la resolver tudo sozinha justamente por ser uma completa novata, numa região que eu nem sequer conheço. Mas fazer o que né, já estava metida nisso tudo. Aquele bichinho de areia que lute pra tentar fazer alguma coisa.

Como eu estivera apenas exagerando as coisas e não pretendia ficar ali fora literalmente, eu acompanhei a mocinha para o segundo andar. Ela podia não ter a intenção de fazer tudo sozinha, mas provavelmente acabaria sendo algo bem próximo disso. O que eu não esperava era encontrar a folgada da Enfermeira Joy tirando um ronco enquanto eu estava ali, tão pura e nobre, querendo sacrificar a menina pelo meu bem. Ops, eu quis dizer, sacrificar a mim mesma pelo bem da nação, isso mesmo. Contudo, antes que eu pudesse dar um sacode violento na mulher, a minha guia foi até a mulher, acordando-a com gentileza. Bem, acho que é o máximo que vou conseguir, né...

Ah, eu acho que esqueci de falar dos negócios que saíram da areia. Bem, sei lá o que era aquilo tudo. Tinha uma notícia passando na televisão (COMO AS PESSOAS CONSEGUEM DORMIR COM A TV LIGADA??? CALÚNIA!), mostrando que esse tal de tsunami — era esse o nome do negócio? — havia feito um belo de um estrago. Além disso, conseguiram pegar brevemente as silhuetas de uns negócios que cavaram na areia, antes de as câmeras serem derrubadas. O Centro Pokémon era relativamente alto, então eu conseguia ver a praia lá de cima, pelas janelas. Mas sei lá, não era uma visão muito agradável, ainda mais com aqueles dois trecos esquisitos vindo na minha direção.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ou mesmo reclamar com alguém, a mocinha me puxou pela mão. POR QUE EU? EU SÓ TENHO UMA BONECA DE AREIA DEFEITUOSA QUE NÃO FAZ BOSTA NENHUMA! AQUELA ENFERMEIRA DORMINHOCA COM CERTEZA IA SER MAIS ÚTIL, QUE SACO!

Eu só tive tempo de suspirar, antes de tropeçar e cair de cara no chão. A guria me puxou tão do nada, e eu estava tão atônita que pisei em falso e caí. E claro, minhas coisas caíram comigo. Só tive tempo de erguer a cabeça e ver um dos ovos que o menino estranho de cabelos cor-de-rosa me entregara cair também. Eu pisquei quando ele atingiu o solo, quebrou-se e esparramou-se pelo piso do Centro Pokémon em uma estranha gosma amarelada.

Eu pisquei algumas vezes, sem saber como reagir. Será que ainda dava pra recolher tudo e usar como omelete...? O bichinho ia ter que servir pra alguma coisa, né... AI ESPERA ELE TEM OLHOS! O FANTASMA DO OVO VOLTOU PRA ME ASSOMBRAR POR TER PENSADO EM COMER ELE...! Eu pulei pra trás da menina, desconcertada. Talvez não tenha sido a melhor hora para ela me elogiar, imagino. Eu apenas limpei a garganta e consegui esgarçar algumas palavras.

Valente, você disse...? — perguntei, fazendo uma longa pausa antes de continuar. O ovo havia juntado-se em uma meleca estranha. Os olhos pareciam... vazios. Eu tinha certeza de que aquilo queria me matar, mais que qualquer outra coisa lá fora. Aquele pedaço de ovo tinha morte no olhar. — Sei lá se vou conseguir fazer alguma coisa, mas se esse ovo coisado puder ajudar, pode usar. Um ovo fantasma parece ser mais útil que eu, dadas as circunstâncias, de qualquer forma.

Criaturas lá fora? Pfff. Com certeza não eram nada, pelo menos não nada que a menina não desse conta sozinha — ela parecia experiente com aquele tipo de coisa. Minha preocupação mesmo era aquele creme-de-ovo. Eu já vira a morte antes, mas ela nunca tivera olhos tão assombrosos assim. E eu tinha matado ela. Isso significava que eu tinha matado um filhote de morte e ele voltou pra me assombrar?

... Hoenn era mais imprevisível do que eu imaginava.

OFF :


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Omelete? Ta mais para ovo mexido. Enquanto as donzelas perdiam seu tempo organizando alguma defesa, o ataque já começava! A enchente chegou, e junto dela, os dois cavaleiros do apocalipse.

Eu detesto dizer isso, mas essa barulheira toda da TV deve ter-lhes atraído. Eu não sou uma especialista em biologia pokémon, mas eles certamente estavam ali para trazer duas coisas: a morte e a destruição. Para matar e destruir, tem que ir no intacto & vivo. Há isso onde há TV's ligadas... isso eu posso garantir. Com ou sem notícia relevante, os dois porta-vozes pularam para dentro de estabelecimento instantes antes da água começar a invadi-lo. Yoshiro já estava no meio da escada quando conseguiu ângulo para ver a cena bizarra. Ivy? Logo atrás, "chorando no leite derramado"... ou resmungando, se assim preferir.

A cena que a menina viu? Era de horripilar. Seu Ivysaur, com um pouco de medo, desceu os degraus trêmulos, tentando por sua vinha na frente como proteção. O que vinha a seguir era uma mistura de bizarrice com feiura, que era melhor "se defender" mesmo.
O primeiro bicho a pular para dentro do Centro era um troço vermelho, de cabeça completamente deformada. O pokémon podia lembrar, até certo ponto, um dos pokémons de Yoshiro, mas tinha uma enorme testa, a boca tortíssima e o corpinho do tamanho de um Kiwi, de tão pequetito. O bicho-estranho pulava ali com bastante mau-jeito, ora ou outra pendendo para o lado, não conseguindo aguentar o peso de sua cabeça.

Mais cedo ou mais tarde desistiu, deixando-se tombar e rolando até onde estava Yoshiro. Quando a água chegou ali, a inundação o ajudara a "boiar" até a escada. Veja bem, não era fofo, mas também não era medonho, sabe?! Era, no máximo, "creepy". Uma espécie de "pedaço de bicho" boiando por uma piscininha d'água rasa. Quando finalmente chegou na escada, o bicho se debateu até a superfície, pulou no degrau mais próximo de Ivysaur e rugiu...

[EVENTO] Though the waters ever change - Página 2 BexaDS5

Logo em seguida os entulhos começaram a chegar... claro que eles não passaram da porta, e isso dava certo alívio a Joy, que agora desperta, descia a escada preocupada com seu Centro Pokémon. Aqueles entulhos todos serviram de "barreira"... até um "dique", semelhante aos de castores. Com a água barrada, seria mais fácil evitar uma inundação, certo?!

Certo! Joy ignorou por completo a criatura abstrata, desceu o resto das escadas e pulou para dentro da piscina de água salgada. Correu até a porta, tirou sua maleta de algum lugar e começou a entupir os buracos do entulho de fita impermeável, usada para tratar algumas feridas superficiais de pokémons de corpos aquosos, porém com partes sólidas. No mais, fez isso exaustivamente, até que alguma coisa... alguém... algum troço dar um coice em direção a barragem, abrindo um imenso buraco.

Eu digo um COICE porque foi realmente um coice. Não foi uma chifrada, não foi uma cabeçada... não foi nada disso. O bicho foi com as duas patas traseiras e deu um coice na barragem, abrindo um caminho de 80 centímetros na marra, passando por ele de costas. Quando seu corpo entrou por completo na estalagem, Joy lhe empurrou rapidamente em direção as garotas e continuou seu exaustivo trabalho da tapar os buracos. Agora tinha um desafio de 80 centímetros de altura para tapar.

Pois bem, o empurrão já lhe deixara ainda mais irritado do que já estava. Ele continuou caminhando de costas (como um curupira), ainda que fosse quadrúpede. Sua cabeça baixa ficava entre as pernas, e ele tentava ao máximo esconder seu rostinho. Yoshiro e Ivy veriam seu rabo e, por enquanto, nada mais que isso! Continuou andando de ré até chegar no degrau. Quando chegou? Rugiu e ergueu algumas pétalas laminosas, tentando deferir uma ameaça...

[EVENTO] Though the waters ever change - Página 2 QlxRm1j

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Off :




Olha, eu juro que minha intenção não era derrubar a menina, mas não tenho culpa se ela estava tão bamba! Só dei um puxãozinho e a humana foi ao solo, o que teria sido até bem cômico se um dos ovos que Ren deu a ela não tivesse sofrido o mesmo destino. Yoshiro deu um grito, eu larguei Ivy e me afastei uns passos, ambos tão atônitos ao ver aquela gosma amarela no chão que até esquecemos da enchente e de todo o resto.

A boa notícia é que o filhote, de algum jeito bizarro, sobreviveu… a má é que ele parece um tanto psicótico. Mas não dá pra culpar o bichinho - com um nascimento desses, quem é que não ia ficar traumatizado? Pra mim já é um milagre que esteja vivo. Eu já estava até ensaiando um pedido de desculpas para Ivy, algo como “foi mal, eu teria sido mais delicado se lembrasse que você ia ser mãe”, quando o caos no andar de baixo me lembrou que não tínhamos tempo para chorar pelo leite (ou ovo) derramado.

Como se não bastasse a água invadindo o Centro, uma criatura bizarra tinha feito o mesmo. E quando eu digo bizarra, ainda estou sendo gentil. Aquilo era apenas… a coisa mais sem noção que já vi na vida, e te garanto que eu já vi MUITAS coisas sem noção. Lembrava um pouco Hephaestus quando ele era ainda um Charmander, mas também podia ser um Wynaut que exagerou no suco de laranja, eu sei lá. Só tenho certeza de que não parece amigável. Nem ele, nem o bicho que surgiu aos coices (literalmente) logo depois.

Por um momento até achei que a enfermeira fosse fazer algo para expulsá-lo, mas ela só jogou a aberração pra gente e continuou tapando os buracos. Valeu, Joy. Você salva o Centro, e enquanto isso nós vamos tentar não ser assassinados aqui. Parece justo. - Se quiser fugir, é essa sua chance. Nós damos conta deles sozinhos. - Murmurei para Ivy, ignorando o olhar desconfiado de Rozen sobre mim.

- Saur? - “Damos?”. A pergunta estava bem óbvia na cara dele. Eu abri um meio sorriso, que não deve ter sido dos mais convincentes, pois o gramíneo pareceu ainda mais inquieto. Quando A Coisa 2 pulou na nossa frente e rugiu, Rozen decidiu que não queria pagar pra ver. A adrenalina foi tanta que o corpo do Ivysaur começou a brilhar… do mesmo jeito que Ume, a Ivysaur de Luch, fez quando estava… PERA, ELE TÁ EVOLUINDO?

Sem a menor cerimônia, dei o empurrão mais forte que pude nele, jogando-o na água e pra longe de nós. Que foi? A escada não tem tamanho pra acomodar um Venusaur, não! Rozen tem é que me agradecer por ter evitado um desastre pior. Felizmente, imagino que no salão haja sim espaço suficiente para ele ficar sem esmagar ninguém -  é uma clínica de Pokémon, afinal.

- Bem na hora, garoto! - O recém-evoluído parecia ainda meio zonzo pela queda, porém bastante decidido a não morrer. - Ivy, se quiser lutar, nós te damos cobertura. Quem sabe seu bonequinho resolva se mexer dessa vez. - Aguardei pela resposta, contudo, eu já tinha meus comandos muito bem definidos. - Rozen, tá pronto? Dessa vez é pra valer. Use dois Sludge Bombs naquele… eh… naquele… - Pausei um instante, porque qualquer adjetivo como “esquisito” ou "aberração" serviria para os dois. - ...naquele bicho que parece ter saído da floricultura. Isso, o com as pétalas!

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❁ Embrace the Dark





Lilycove Streets

Lost in Thoughts All Alone ♪

Mas que saco viu. Será que era muito, pedir um pouco de paz? Eu nunca fui muito religiosa, mesmo nos momentos mais difíceis preferia manter minhas forças e preces para ninguém mais que eu mesma, mas...

Eu te juro que se esse tal de Arceus aparecesse na minha frente agora, eu  ia dar um soco tão forte que ele ia perder um dente. Ele tem dentes, né? Deve ter... E mesmo que não tiver, eu vou... Argh, você entendeu!

Não tive muito tempo pra surtar com o omelete de leite assassino. É claro que viria uma berinjela laranja e um bicho que parecia um cão chupando manga pra me atrapalhar. Eu suspirei. Parecia que a tal da Enfermeira não ia me ajudar, tampouco. Eu tirei minha blusa de dentro da bolsa e joguei por cima do bicho que acabou de nascer. Sei lá, pareceu uma boa ideia, talvez aquilo impedisse a coisa de... fazer alguma coisa.

... Okay, eu admito que só queria que aquilo parasse de me encarar.

Com isso, eu pude dar uma boa olhada nos trecos que vieram me atacar. Confesso que eu... comecei a rir. Tipo assim, supostamente, isso eram os bichos que destruíram a câmera lá e passaram toda uma sensação de morte certa? A berinjela laranja era tão pequena e fofinha que parecia que o maior perigo seria eu mordê-la tanto que iria machucar minha gengiva. Além disso, por que diabos ela não tinha braços, apesar de ter duas patinhas, presas e... orelhas compridas?

Mordendo a língua, eu passei o olhar para o próximo. Para ser sincero, esse era um pouco mais... sinistro. Afinal de contas, ele tinha um olhar inexpressivo bastante parecido com o dos dois bichinhos que eu tinha comigo. Sério, será que eu sou um imã pra essas coisas? Nem pra atrair dinheiro, ou quem sabe, um Carbink pra me dar pedras preciosas... Mas mesmo assim, as pétalas não ajudavam muito no visual assustador. Era como se um cãozinho tivesse pulado num campo de flores e mordido tantas delas que elas passaram a fazer parte de si.

Em seguida, mirei o pior de todos. Uma pele azulada e rugosa, olhos avermelhados e ranzinzas, as pontas verdes que tomavam conta de seu corpo... Eu falei do negócio rosa que saltava em suas costas?! E o pior de tudo: ele estava bem do lado da moça-guia. Pobrezinha, vai ter que lidar com o pior de todos... Ah, espere, é um dos bichos dela. Credo!

Essa tal de evolução parece um pouco... feia.

Bem, acho que é isso então. Minha vontade mesmo era de pular no pescoço da berinjela e dar uma mordida na protuberância em sua testa, mas por algum motivo, acho que não daria muito certo. Por isso, tentei fazer como a menina, e falar pro meu treco fazer algo por mim. Ele era suposto a me ajudar e obedecer, não? Por isso, catei o boneco de areia por um dos seus bracinhos e joguei contra a berinjela. O coisinho pareceu não reagir de novo, o que me irritou um pouco. — Faz alguma coisa, bicho! Não sei, tu não é feito de terra ou sei lá?! Joga terra nele, faz lama, bate nele, alguma coisa!

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