O fato d'ele não negar a pergunta me dava certa repulsa. Minha cabeça pendera ainda mais e falhei em segurar um pequeno fio d'água que escorrera pela minha bochecha, molhando um pouquinho a camisa de Thito. Muito pouco, é claro, e eu rezava que ele pensasse que fosse suor. Independente disso, nada foi dito.
Minha cabeça parecia suprir todo o espaço de 'silêncio' daquele passeio. Zunidos, zunidos e mais zunidos; apesar da possibilidade dele nem sequer ter ouvido, a falta de resposta realmente me fazia mal.
Cogitei tomar coragem e perguntar de novo, mas não o fiz de imediato, antes eu mantive-me naquilo que eu já estava a muito fazendo: receando. Ao meio dos receios, uma música de ritmo conhecido soou num dos meus ouvidos e passou para o outro. Eu não prestei muita atenção na letra e nem olhei sua origem; na verdade, eu nem sequer estranhei-la no primeiro momento.
Músicas altas são ouvidas em todos os lugares. Hoje com Rotom Phone então? Qualquer um assina um Spoinkfy da vida e consegue um auto-falante musical. Eu não havia me tocado que o som ao fundo era um processo criativo e artesanal e muito menos percebido que se tratava de um instrumento incomum.
Eu apenas segui o ritmo com alguns balbucios primários... sabe? Coisa de quem não sabe a letra da música mas quer cantar também? Pois então, não é que eu queria cantar, mas o som ecoara por meio das minhas cordas vocais sem eu nem me tocar. Só fui me pegar cantarolando quando Thito parou Puerina por um instante e respondeu os dizeres de uma moça...
... e ai eu percebi que a música havia parado.
É estranho só se dar conta que algo existe quando este "algo" deixa de existir. De qualquer forma, levantei meu rosto e olhei por cima do ombro do garoto. Era uma mulher de vestido rodado e longo, com um curto colete vermelho e um tom de voz um bocado convidativo. Só de olhá-la dali, eu poderia lhe dar uma qualidade rara: carisma.
Seu tom chamativo era corajoso e sua tentativa de chamar nossa atenção era ainda mais crível. Ela falou alguns tons comuns e logo lembrei de Sabrina, que lera minha mente como um livro e me expôs com termos mais diretos e agressivos. Depois disso, olhei para a postura de Matthew, que de forma muito estranha parecia ter pressa.
... se tem algo que minha mãe sempre me ensinou na vida, é que a forma mais rápida de fazer qualquer um ir embora é dando o que esta pessoa quer. Não que ela seja uma mãe afobada e ansiosa, mas éramos donos de um pequeno Restaurante na região, e nós sempre tínhamos problemas com clientes nervosos e que prefeririam fazer barraco a que ir embora. Ela nunca me ensinou que os 'clientes sempre tem razão', mas ela sempre me disse que 'ainda que não tenham, isso não importa. Pessoas satisfeitas vão e voltam felizes... isso importa'.
Era um conselho que eu generalizava para a vida às vezes. Aqui era uma dessas vezes; eu não me importava em ficar todo o tempo do mundo com aquela moça, mas meu namorado parecia se importar. Sendo assim, peguei do bolso uma nota de 50 Pk$ e estendi o braço, a oferecendo a doação e falando em um tom animado:
- Foi uma boa música! - Disse, com um sorriso meio amarelo. Talvez ela pense que o meio-sorriso fosse falso, mas havia outras razões para não deixá-lo tão sincero assim - Bom trabalho, viu?!
Sinalizei para que a equídea seguisse.
#TreinoPupitar 05
#TreinoTynamo 05
Minha cabeça parecia suprir todo o espaço de 'silêncio' daquele passeio. Zunidos, zunidos e mais zunidos; apesar da possibilidade dele nem sequer ter ouvido, a falta de resposta realmente me fazia mal.
Cogitei tomar coragem e perguntar de novo, mas não o fiz de imediato, antes eu mantive-me naquilo que eu já estava a muito fazendo: receando. Ao meio dos receios, uma música de ritmo conhecido soou num dos meus ouvidos e passou para o outro. Eu não prestei muita atenção na letra e nem olhei sua origem; na verdade, eu nem sequer estranhei-la no primeiro momento.
Músicas altas são ouvidas em todos os lugares. Hoje com Rotom Phone então? Qualquer um assina um Spoinkfy da vida e consegue um auto-falante musical. Eu não havia me tocado que o som ao fundo era um processo criativo e artesanal e muito menos percebido que se tratava de um instrumento incomum.
Eu apenas segui o ritmo com alguns balbucios primários... sabe? Coisa de quem não sabe a letra da música mas quer cantar também? Pois então, não é que eu queria cantar, mas o som ecoara por meio das minhas cordas vocais sem eu nem me tocar. Só fui me pegar cantarolando quando Thito parou Puerina por um instante e respondeu os dizeres de uma moça...
... e ai eu percebi que a música havia parado.
É estranho só se dar conta que algo existe quando este "algo" deixa de existir. De qualquer forma, levantei meu rosto e olhei por cima do ombro do garoto. Era uma mulher de vestido rodado e longo, com um curto colete vermelho e um tom de voz um bocado convidativo. Só de olhá-la dali, eu poderia lhe dar uma qualidade rara: carisma.
Seu tom chamativo era corajoso e sua tentativa de chamar nossa atenção era ainda mais crível. Ela falou alguns tons comuns e logo lembrei de Sabrina, que lera minha mente como um livro e me expôs com termos mais diretos e agressivos. Depois disso, olhei para a postura de Matthew, que de forma muito estranha parecia ter pressa.
... se tem algo que minha mãe sempre me ensinou na vida, é que a forma mais rápida de fazer qualquer um ir embora é dando o que esta pessoa quer. Não que ela seja uma mãe afobada e ansiosa, mas éramos donos de um pequeno Restaurante na região, e nós sempre tínhamos problemas com clientes nervosos e que prefeririam fazer barraco a que ir embora. Ela nunca me ensinou que os 'clientes sempre tem razão', mas ela sempre me disse que 'ainda que não tenham, isso não importa. Pessoas satisfeitas vão e voltam felizes... isso importa'.
Era um conselho que eu generalizava para a vida às vezes. Aqui era uma dessas vezes; eu não me importava em ficar todo o tempo do mundo com aquela moça, mas meu namorado parecia se importar. Sendo assim, peguei do bolso uma nota de 50 Pk$ e estendi o braço, a oferecendo a doação e falando em um tom animado:
- Foi uma boa música! - Disse, com um sorriso meio amarelo. Talvez ela pense que o meio-sorriso fosse falso, mas havia outras razões para não deixá-lo tão sincero assim - Bom trabalho, viu?!
Sinalizei para que a equídea seguisse.
#TreinoPupitar 05
#TreinoTynamo 05
_________________
O Mahiro é o melhor do mundo <3