A lenda do Guardião - crossover Lupinos e Avengers

É difícil dizer se após a tempestade bem a bonança, ou se após a bonança vem a tempestade. Ok, quer dizer, é sempre uma alternância de caos-e-paz no mundo, mas há de se dizer que este é o momento exato de se olhar para Lucario e se perguntar o não óbvio: seus olhos-aureos viam marcas do passado que assombrou espécies, ou marcas do futuro que assombrariam humanos?

O próprio pokémon não sabia dizer. Ele olhava seus borrões e não entendia nada. Aquelas manchas pretas continuavam. Elas continuavam! Elas terrivelmente continuavam! Mas nada de ruim estava acontecendo então ele detinha a certeza de algo: aquela aura era sobre tempo. Tempo passado ou futuro?

Não havia como saber.

Ao menos, não agora.

A queimada que estavam sobre seus pés era suficiente para mostrar ao lutador toda aquela agonia, assim como foi suficiente para agonizá-lo quando ele pousou naquele cenário pela primeira vez. Ao mesmo tempo, desleixar o futuro e o presente achando que sua aura era passado não era uma opção. Por isso, o lutador ficou atento, mas nada disse a Gaulvist. Os dois treinadores também pareciam não saber como reagir.

Mas ainda assim, o borrão persistia. Não era a missa que o purificava ou o fazia ir embora. Talvez fosse este borrão que impedia Celebi de vir. Lucario, o cão-guia, tinha essa forte impressão. Talvez o lendário, sabendo da resposta, decidiu não surgir até que esta aura obscura desaparecesse.

Pois então o canino - tentando largar mão do espaço-sensitivo - foi mais pragmático: usou o faro para tentar localizar algo mais útil. Sentiu o mesmo cheiro azedo de Sckar, mas por falta de experiência, não identificou-o a priori. Foi necessário um erro entre as crianças para que este entendesse do que aquilo dizia respeito. Uma das tochas-de-bambu (que outrora exemplifiquei com a tocha que César estava carregando) tinha sua vela desgastada demais, e ao passar o fogo de uma-para-a-outra, a vela caiu no chão.

O fogo, ao tocar o chão-de-cheio-azedo, emitiu um som estridente e, em instantes, o solo começou a explodir em chamas por todos os lados.

O som espumante em contato com algo úmido (chuva) e cheiro azedo era, nada mais nada menos que... pólvora. Com a luz do fogo, Sckar pode ver como o químico brilhava quando em contato com a luz. Era como se fosse mágica, mas não era! Era pura-e-simplesmente química! Seu aspecto de "magic powder" instantes antes de entrar em combustão era lindo, para não dizer mortal.

Poderia passar mais tempo descrevendo a pólvora, se não fosse quase uma anástrofe. Não há tanta relevância em começar pela pólvora, quando o sujeito da frase é o incêndio.

E que incêndio, eu diria. Regado aos gritos de desesperos e a sinfonia do suplício, Sckar e Gaulvist estavam estrategicamente no meio. Não se deram o trabalho de sair quando eu lhes dei o direito de licença, por isso estavam no coração do fogo. Viam o padre ser tomado por chamas, viam as crianças serem as primeiras a se queimarem. Viam os fiéis correndo, porém a chama sendo ainda mais rápido e os alcançando. Conseguiam ver os mais espertos, que corriam e chegavam até o espaço que outrora foi queimado e que caíra chuva. Lá, a pólvora foi molhada, e o fogo não alastrava como antes.

O outro ponto que podiam ver era... o santuário. O fogo começava em seus pés. Como podem imaginar, ele era uma casinha de madeira. O engraçado é que seus pés pegavam fogo, mas mesmo sendo uma madeira sem-folhas e sem-clorofila, ou seja, sem verde, o fogo não alastrava pela sua cadeia de carbono. Ele começava em seus pés e parava ali. Era como se o fogo respeitasse a casa-do-lendário.

Mas a pior das cenas era, sem dúvida, o padre. Ele, tentando resistir a dor de tudo, botava a mão dentro de sua túnica e sacava uma mísera pokébola. Dali tirava seu único pokémon, um Tyrantrum. Em voz falha, pedia por ajuda, enquanto seu pokémon desesperado, tentava ajudá-lo. Como não era um pokémon aquático, não podia apagá-lo de formas normais, então pegou um bom punhado de terra e jogou no seu treinador, na tentativa de abafar o oxigênio da reação. Em condições normais, aquilo daria certo, o que o pokémon-pedra não sabia é que aquela terra estava misturada com pólvora e isso faria com que o vigário ardesse mais em chamas.

Uma bola de fogo rodeou o padre. Uma lágrima se perdeu nos olhos de Tyrantrum. Ainda sem desistir, o pokémon olhou em volta e achou um jarro de água benta ali por perto. Jogou em seu treinador sem pensar duas vezes. O fogo não se apagou por completo, mas diminuiu por muito! Com as chamas diminutas, o pokémon pedra tomou liberdade de abraçar Otaviano, abafando o resquício de fogo com seu corpo-de-pedregulhos e apagando o restante das fagulhas.

De dor, o padre desmaiou. Reparando que o único lugar sem chamas era a casinha do Celebi, o Tyrantrum levou seu treinador para lá e depois ficou cara-a-cara com Sckar e Gaulvist, que eu não tenho certeza se estão muito bem, mas como tem pokémons aquáticos... acho que vão ficar. O dinoussauro estava pronto para ajudar a salvar os demais humanos também, afinal de contas, apenas dez ou doze haviam conseguido chegar a área livre de incêndios, e nenhum deles eram crianças. Ele queria priorizar a vida dos mais novos, inclusive a de Sckar.

Pois acabada a parte da narração "dramática" serei um pouco pragmática em narrar a cena: É importante alertar que a área coberta pelo incêndio é muito grande para apagar toda com um ou dois Surfs, mas vocês podem sim apagar e evitar que o chão pegue fogo de novo com golpes d'água. Além disso, o fogo está vindo do chão, mas ele sobe em árvores e em decorações, como os tecidos e pilares que outrora narrei. As crianças foram as primeiras afetadas, mas não há uma parte que está pegando fogo-mais-que-outra, salvo quando Otaviano virou uma bola de fogo. Outra informação importante é que, como não é um incêndio em local fechado, não precisam se preocupar com vítimas de sufocamento. Há oxigênio suficiente para todos... o que é bom, mas também é ruim, pois se não fizerem nada, o incêndio terá combustível (árvore) e comburente (oxigênio) para rolar pra sempre.

'progresso sckar':

'progresso gaulvist':

○ 21 ○

OFF: É pólvora com terra, a Pólvora é só pra iniciar o incêndio, ta pegando fogo porque é uma floresta mesmo. Mas gás metano também só iria explodir, não? oõ A ideia é iniciar várias micro explosões mesmo, pras árvores pegarem fogo e o incêndio começar. Não sei, também não entendo o suficiente KKKKKKK posso ter errado.

Surf, Surf, Surf! Sem dúvida as estratégias mais efetivas foram Surf! Sckar ordenou um bocado, que acabou por salvar a vida de muitas crianças. Tutle ficou nas criancinhas, que foram rapidamente apagadas e carregadas por Frogssaur para fora disso. Os dois trabalharam em conjunto para salvar a maioria das pessoas em volta deles. Bruce e Sckar já eram mais diferentes, porque apesar das ordens de seu treinador, eles tinham outras prioridades: a segurança do próprio Sckarzinho.

Sim, Sckar esqueceu que apesar do padre e dos outros estarem em perigo, ele também estava. Sendo assim, não desobedeceu seu mestre, mas deu uma pequena invertida na ordem de prioridades: pegou Sckar pelos braços, o colocou em suas costas, inspirou as chamas como ele ordenou e foi para o ar, onde aquele chão inflamável não poderia lhes alcançar.

Depois disso (e só depois disso) desceu e pegou as pessoas, uma por uma, e foi levando até uma área segura. Bruce, dando cobertura ao Charizard, usara Stone Edge numa área muito maior, cobrindo não só Frogssaur mas também Charizard e Sckar. Tudo isso levara tempo demais, tornando os únicos possíveis a intervir no acontecimento do padre o Tutle e o Motonari.

Dois pokémons (perdoem-me pela ofensa) lerdos. Blastoise, ao menos, salvou Otaviano de um bocado de dor. Seu Surf apagou a bola de fogo assim que ela iniciou, poupando um bocado de problemas futuros, mas Motonari nada pode fazer quanto ao pedido de seu treinador, apenas olhando boquiaberto a cena e ficando grato por não ter sido consigo e com seu treinador. Esperava que isso nunca acontecesse.

Tyramtrum mais tarde agradeceria Blastoise, que pouparia um bocado de pele do vigário, mas por hora iria ajudar. Se juntou a Bruce, lançou rochas no chão e junto de Frogssaur, Razor, Navi, Vendome e Sckar (Charizard), começou a carregar pessoas para fora das chamas. Junto dele, outros pokémons começaram a aparecer! Ao que tudo indicava, os outros fiéis tinham pokémons também, e eles começavam a liberar suas esferas, fazendo tropas de ajuda. Tauros, Miltanks, Seels, Azumarills e outros pokémons comuns em Tohjos surgiram, compondo um time de resgate.

Felícia, assim como o principal do Sckarzinho (Pessoa), não deu tanto ouvidos ao seu treinador e deu prioridade a vida de Gaulvist, tirando algumas placas rochosas de seu corpo de dando a Gaulvist, protegendo-o do fogo por meio de uma armadura rochosa e o tirando dali.

Os dois humanos ficaram em um lugar são-e-salvo enquanto os pokémons faziam o trabalho de formiguinha: apagavam o incêndio por completo e tiravam os feridos. Quando Blastoise terminava de dar u último Surf para apagar a última chama, os humanos que ficaram descansando no santuário (como o Otaviano e algumas outras pessoas) foram levados ao espaço da mata mais segura e foram salvos por completo. O vigário, ainda inconsciente, choramingava um pouco, mas salvo ele, ninguém teve danos muito severos.

Menos a menina das madeixas queimadas por Sckar, que teve as outras madeixas queimadas dessa vez, mas isso não é tão relevante assim. Queimaduras pequenas eram fáceis de tratar. O kit de primeiro socorros estava por ali, e a comunidade se ajudava. A atenção central era o padre e quem podia, cuidava dele. Uma das pessoas agradecia os dois garotos com um bocado de felicidade, ao meio da multidão:
- Eu não confiei em vocês a princípio, mas se não fosse pelos seus pokémons, talvez estivéssemos muitos mortos e machucados. Vocês foram os mais rápidos e obrigada pela ajuda... - Ao revelar-se, viram que era o mesmo homem barbado que demonstrou desdém.

Nesse momento, Lucario puxou a gola da blusa de Gaulvist para dizer-lhe algo. Sua expressão era muito melhor: não havia mais tanta dor de cabeça e seus borrões obscuros haviam sumido.

'progresso sckar':

'progresso gaulvist':

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OFF: Tudo bem Gaulvist, é sempre bom aprender algo novo <3 E gente, desculpa a ausência fora do fim de semana, eu to pra qualificar minha dissertação no dia 13, então ta meio 'pauleira' ): Vou tentar evitar, ta?!

Independente dos pedidos, Lucario iria fazer aquilo querendo ou não. Sua aura não era uma coisa 'opcional' naquelas situações, visto que sentia com os olhos, e não mais como pessoas normais. Seus borrões, suas dores de cabeça e sua enxaqueca foram embora e agora ele apenas via "silêncio e paz". Não havia muito o que dar a Sckar, seja lá quem fizera isto, não havia mais rastros: nem de tempo, nem de sentimento e nem de cheiro. O que poderia dar ao rapaz era isso, um grande vazio.

Suas auras estavam tomadas pelo alívio de que nada de ruim irá acontecer de novo, além de uma enorme energia vinda do santuário. Ele olhou para Gaulvist e com suaa própria comunicação, expressou seus sentimentos: "seja quem for o culpado, está bem longe daqui", afinal de conta, ele não sentia culpa em ninguém, no máximo em Sckar, que se culpava por não resolver a situação antes dela acontecer.

Então direcionou os olhos até o Santuário, que era onde mais lhe chamava a atenção. Seus olhos flutuaram por um instante até o assentamento de madeira superior, onde deveria ficar a flauta que outrora Gaulvist. Ao invés disso, ali estava dois Noctowl, que olhavam os dois garotos um bocado irritado.

Por um momento, as corujas cogitaram que Sckar e seu Charizard fossem os culpados pelo incêndio. Olharam-o nos olhos e sem pensar duas vezes, voaram em um rasante veloz. Em paralelo a isso, Lucario corria até o Santuário e procurava a tal da flauta, que não conseguia ver dali onde estava, e chamava Gaulvist para ir procurar consigo.

'progresso sckar':

'progresso gaulvist':

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Com os olhos fechados, Gaulvist tenta acalmar Lucario, que tenta sentir a flauta mais uma vez. Ele, num ato um bocado irracional, tenta ouvir o som que seu mestre outrora tocou. Um som harmônico 'toca' seu coração e o guia, reparando que seu desespero era, nada mais nada menos, que medo. Não havia nada demais ocorrido; os Noctowl apenas derrubaram a flauta ao passarem rapidamente atrás de Sckar. Seus rasantes ultrapassaram o templo por dentro, causando uma rápida rajada de vento e fazendo a flauta escorregar para o chão.

Ou seja, a flauta estava no chão, no pé do santuário, escondida em uma graminha, que magicamente não queimara em todo aquele incêndio. Quando Lucario, já mais calmo, abaixou-se para pegá-la, a graminha sorriu para ele.

Sim, ela sorriu. Ela deu um sorriso bobinho e disse animadinha:
- Talvez a resposta pro que estão procurando não esteja "aqui" - Disse.

Ao fim da frase, a flauta fica um bocadinho morna e começa a brilhar. Já entendendo o que significa, o pokémon-aura leva a flauta para seu mestre e o indica para que começasse a toca.

Num paralelo extremamente paralelo, Sckar batalha com os Noctowls que, em ataques suicidas, focam no pokémon ígnio na batalha, afinal de contas, ele deve ser o culpado, né?!

Log da Batalha:

Turno 01: Noctowl 1 Take Down (-11 | Combusken 67) (-4 | Noctowl 96) > Noctowl 2 Take Down (-11 | Combusken 56 ) (-4 | Noctowl 96) > Combusken Night Slash (-18 | Noctowl 1 78) > Quilladin Rollou (-13 | Noctowl 1 65)

Turno 02: Noctowl 1 Take Down (-11 | Combusken 45) (-4 | Noctowl 1 61) > Noctowl 2 Take Down (-11 | Combusken 34) (-4 | Noctowl 2 62) > Combusken Night Slash (-27 CRITICAL | Noctowl 1 -27 | 38) > Quilladin Rollout (-26 | Noctowl 1 12) > +1 Speed Combusken


Campo: Descrição do campo de batalha e clima.

'progresso sckar':

'progresso gaulvist':

○ 24 ○