A past and future secret

Pra minha surpresa, a batalha não durou muito mais além daquilo. Apesar de a criatura não mostrar nenhum sinal de fadiga, as sequências de golpes que se seguiram foram o suficiente pra derrubá-la. Assim, ela simplesmente explodiu, lançando partículas pra todos os lados, uma delas, um papel, eu peguei. Parecia ter ido parar aos meus pés propositalmente, pois trazia uma nova sequência de runas. Talvez fosse a lógica agindo na minha cabeça, mas algo me dizia que dessa vez formariam a palavra futuro, ou similar. De qualquer modo, eu entregaria a Gray para analisarmos.

Quando o homem também "explodiu" em chamas, vimos a mulher da boneca livre e grata. As palavras dela confirmavam: era a garotinha de minutos atrás... Que bizarro! Coisas assim eu só vi em filme e o ceticismo nunca me deixou crer que tivesse a mínima chance de ser real, mas é.

– Não há de que... – respondia ao agradecimento, me aproximando das minhas aves pra entrar uma Lum Berry à Skarmory e curar suas queimaduras – ... O que esse homem horrível queria? De que poder ele falava? – adicionei uns passos para emparelhar com Gray e lhe entregar o papel com a nova mensagem. Mais importante, será que conseguiríamos alguma informação importante da mulher?!

Off escreveu:

> Dar uma Lum Berry pra curar o Burn do Skarmory.

off escreveu:

Calculo o xp depois.

As chamas diminuíam até deixar de existir devido a chuva que caia no local, a senhora sorri a dupla que se aproxima e suspira ante as perguntas de Kiki.

Oh, esse é o Shingen, um Warlord dos tempos em que os pokémons viviam ainda mais livres pelas terras.

Ela caminha a volta, e Gray podia ver que seu corpo começava a brilhar, ela olha a volta e continua.

O poder que ele almeja, é o de cruzar o tempo, ele conseguiu uma fração desse poder ao encontrar o guardião, podendo se manifestar, mas por não pertencer a esse tempo ele não consegue ficar muito tempo. Eu sou da linhagem que guarda o templo, mas a passagem a ele está perdida no tempo, vcs precisam encontrar e não deixar que ninguém se aposse desse poder.

A mulher então entrega a boneca para Gray e se afasta, seu corpo desaparecendo no ar, na boneca mais um papel com as runas traduzidas.

Eu não fazia ideia do que Gray queria dizer com aquelas palavras para a mulher, então só focava nas respostas que ela me deu. Era como se algumas peças finalmente começassem a se encaixar. Pelo menos, algo que ela dizia me dava esperança de que toda aquela situação tivesse uma solução. Melhor, que ela estava meio que permitindo que nós encontrássemos o tal templo.

Depois de respirar mais aliviada, dei uma espiada na nova boneca que ela entregou para Gray, pois o outro pedaço de papel nos trazia mais uma sequência de letras naquele alfabeto antigo. Infelizmente, nenhuma delas respondia a mensagem que eu tinha em mãos, o que ainda me deixa na expectativa de que se trate mesmo da palavra "futuro" ou similar.

– Algo me diz que mais mensagens virão... E agora? Ela partiu sem nos dizer pra onde ir. – fiz a constatação ao meu parceiro.

off escreveu:

Calculo o xp depois. x2 kkk

O sumiço da senhora abria um leque de novas duvidas para a dupla, Kiki sentia que tinha agora mais perguntas do que quando chegou a floresta, enquanto o Ranger se mantinha confiante, afinal enfrentar as adversidades do mundo e salvar pessoas, era apenas mais um dia na vida daqueles jovens.

Assim que a dupla começava a olhar os papeis, Kiki nota que o papel que tinham acabado de receber parecia brilhar em um tom azul claro, a garota sentia uma brisa soprar em direção a esquerda da mata. Gray olha para o papel que tinham recebido junto a garotinha e as letras pareciam se mover pelo papel como sombras diante do sol, o rapaz sentia uma espécie de sussurro vir de um ponto a direita da mata.

A dupla agora tinha que decidir o que fazer com as novas informações, visto que a senhora não estava mais por lá e não sabiam quando o warlord conseguiria retornar para tentar roubar novamente o poder.

– Hm... Não (?!) – respondi a Gray com uma insegurança leve, só porque não sabia se sua pergunta era retórica ou se tinha algum outro sentido que não captei.

Nessas horas é que eu me sinto mais fazendeira que treinadora. Parece que minhas aventuras não são tão aventuradas assim. Ou eu que já tô acostumada à fórmula: crime, meliantes, homens escrotos... E a vítima às vezes até sou eu; mas, criança? Nem. O mais próximo que cheguei de uma criança foi Lilo, mas passei longe de precisar voar pra salvá-la. Na verdade, a coisa foi mais tensa por lá, enfim.

De volta ao foco, mais coisinhas estranhas aconteciam agora, sobretudo com os papéis que tínhamos. Digo, pelo menos o meu tinha um aspecto nítido, azulado, e instintivamente me levava a mirar uma possível passagem a nossa esquerda. Não pensei muito antes de dar uns passos naquela direção, antes de hesitar e me voltar para o outro treinador:

– Vamos lá?! Acho que você tava certo, parece que tem uma passagem por aqui. – eu aguardaria ele vir junto, é claro; não vou sair por aí sozinha vivendo essa loucura, é perigoso!

– Como é? Mas nós já não o enfrentamos nesses tempos? – fiquei sem entender o que Gray dizia, dei até a clássica coçadinha na nuca que a gente dá quando as coisas não fazem sentido.

Na minha cabeça a garota/mulher estava nos indicando o caminho para o templo que ela queria que protegêssemos. Ou eu entendi mal? O que será que Gray leu nos papéis que recebeu? Dessa vez ele não disse. E se ele leu algo diferente ou uma outra mensagem apareceu pra ele? Se estamos lidando com o sobrenatural, tudo é possível... Que saco. Nada disso faz o mínimo sentido.

– Bem... – suspirei, perdida; não é fácil tomar decisões num cenário bizarro a esse ponto – Passado, então. Na pior das hipóteses, já temos uma linha temporal em que nenhuma desgraça dessas rolou, não é mesmo?! Inclusive, espero voltar pra ela... – sim, eu já assisti filmes e séries o suficiente pra saber como essas coisas funcionam. Prefiro evitar a fadiga de brincar com visitas ao futuro, pela minha própria sanidade.