[Skies (were) blue] – Mt. Silver –

Quando Natalie mudou completamente sua postura para apalpar o sujeito ali presente, este se assustou. Levou alguns míseros segundos para entender que aquilo não era uma ameaça velada, ou sequer uma atitude passivo-agressiva da garota Rocket... ele apenas achou que aquilo podia ser um truque estúpido e pronto.

E não cairia nele, não é?!

Er... quer dizer, quando Karinna ofendeu sua amiga e mostrou que claramente não sabia nada sobre aquele feito, ele até titubeou um pouco. Ele realmente acreditou - por míseros instantes - que Natalie voltou atrás e realmente se sentiu mal por ter feito aquilo, mas isso levantaria uma hipótese muito séria por parte do gorducho, que seria o simples fato de que "se esta mulher se arrependeu da forma que falou comigo antes, isso quer dizer que antes não foi sincero... né?"

E se não foi sincero... tem caroço nesse angu.

Veja bem, ele já estava encucado com estas coisas de gênero, mas agora ele estava ainda mais encucado com outra coisa: com os latidos falsos que a ruiva dera em direção a ele, sugerindo que ela tentava encenar alguma coisa. Ao se dar conta disso, ele seguiu caminho com elas, apenas arranhando a garganta e respondendo:
- Obrigado... eu acho - Engoliu o resquício de saliva que ficou na boca e continuou andando.

Ao seguirem os indicativos, Natalie e Karinna iam reparar que estavam descendo um bocado de escadas, se deparando ora ou outra com jaulas em que HOMENS estavam enjaulados. Todos homens. Seguiram até o fundo do andar -3 (sim, isso existe aqui) e, numa cela à esquerda, viram em letras garrafais M377. O homem que ali estava preso poderia ser um rosto conhecido, mas faltava alguma coisa...

Quer dizer, ele era um loiro-claro, de um metro e oitenta e cinco, tinha cerca de dezenove anos e tinha uma enorme quieta por meninas de cabelo rosa. Seu rosto estava com dois grandes hematomas que lhe transformava em um PANDA e o sorriso do Matthew original caiu em desuso...

... restando apenas um semblante triste, abatido e batido.

Mas não era isso que faltava em Matthew Monclair, o que faltava neste aqui era as outras duas personalidades que ele carrega na bolsa.

E foi neste exato ponto que Xerosic levantou um pouco mais o rosto, estufou o peito e pegou do bolso suas pokébolas bicolores, jogando-as para o alto ora ou outra, em tom de ameaça:
- Vocês não vieram aqui ver ele... né?! - Disse, chutando de leve a grade que enjaulava o Rocket - Como é o nome de vocês mesmo? Só pra ter certeza... preciso anotar no meu livrinho de controle de presença.

E foi assim que um homem altíssimo e enorme ficou entre nossa dupla e a saída do corredor, encurralando Natalie e Karinna enquanto um bando de presos via aquela cena e gritavam:
- MORTE AO PORCO, MORTE AO PORCO, MORTE AO PORCO, MORTE AO PORCO - Como vocês podem ver, os espectadores estavam torcendo para vocês.

TA TA TA, AGORA VOCÊS ME PEGARAM! Uma vai lutar e a outra vai seguir a atuação.... é isso?! É isso mesmo produção?! Não que seja uma ideia ruim, eu achei essa uma EXCELENTE IDEIA, visto que isso buga não só Xerosic, como também euzinha aqui, mas preciso ALERTAR que usarei de artifícios narrativos para que isto ocorra de um jeito lógico, coeso e nem um pouco maluquinho (cof cof).

Veja bem, primeiro de tudo lembrem: há um coro de vozes pedindo que vocês matem o ~porco~. Eu não preciso nem dizer quem é o porco, né?! Não é nem uma questão de gordofobia (não me cancelem, eu já to negativada no banco de cancelamento), é só (e apenas) uma questão de ser um policial penitenciário.

Isso, meus amigos, não há UM UNIVERSO SEQUER que é diferente.

Se há prisão, cárcere, xilindró, cadeia, xadrez, presídio, jaula, calabouço ou penitenciário - NÃO IMPORTA O NOME - há um sistema fadado ao insucesso. O que isso significa? Isso mesmo que vocês estão pensando, há uma Vitória Rocon que irá militar a favor de uma reforma penitenciária e falará que esse modelo só cria mais ódio, morte, violência e... problemas de modo geral.

E por HAVER UM XILINDRÓ NESTE UNIVERSO, há um policial penitenciário chamado de porco e odiado por todos os presos. Por isso, como diz a voz do povo: matem o porco.

Um deles, de uma gaiola empilhada lá em cima, jogou uma pequena navalha que ele não deveria ter. Um outro usou um objeto metálico (que ele também não deveria ter) para bater nas barras de aço. Um terceiro gritou e bateu no peito como o Tarzan. Um quarto.... bem, um quarto fez alguma coisa. Um quinto também... enfim, por ai vai, até os quase 77 presos naquele "pavilhão".

Eu digo QUASE porque há dois destoantes deste montante: o próprio Matthew Monclair, que arregalava os olhos-de-panda assustados com a situação, como se fosse contrário ao posicionamento dos outros presos e um... segundo esquisito.

Este segundo esquisito estava um pouco mais atrás, mais próximo de Karinna, tentando chamá-la como podia, sussurrando um "psiu, psiu, aqui garota, presta atenção aqui, psiu psiu, não me escuta não, vagabunda? além de corna é surda, não é possível. psiu psiu, eeeei, olha pra cá. não posso gritar não, garota. meu deus foca aqui, esquece esse dragão um segundo e olha pra cá. eeeeei, alô? terra pra loira??"

E enquanto esse desespero ocorria, Xerosic ainda focava em bater bota com Natalie, acredita?
- GAROTA MAS VOCÊ PARA DE SE FAZER DE SONSA PELO AMOR DE DEUS - Disse, já irritado com a situação e botando os bofes pra fora - VOCÊ NEM SEQUER SABIA QUE O M DE M377 É DE MACHO. VOCÊ CLARAMENTE NÃO SABE DE NADA DESSE UNIVERSO NÃO DA PRA SIMPLESMENTE ADMITIR QUE VOCÊ NÃO É DAQUI? O LUGAR É TODO TABELADO E TRABALHADO NA ORGANIZAÇÃO, AI VOCÊ MANDA UM NÚMERO ALEATÓRIO E ACHA QUE VAI ENGANAR ALGUÉM. MEU DEUS SE TOCA PIRANHA. PELO MENOS FAZ IGUAL SUA AMIGA E ACEITA Q VAI TER Q RESOLVER O PROBLEMA NA FORÇA... sei lá quem é você, maluca. Sei nem o nome dos meus pais vou saber nome de maluca?

Era engraçado como ele simplesmente TILTOU e COMPROVOU que Natalie está mais do que certa na sua colocação: houve um dano psicológico no pobre Xerosic, que quando reparou o surto que acabou de dar, arranhou a garganta, ajeitou o óculos e passou a mão nos fios de cabelo vermelho e os realinhou. Respirou fundo e comentou:
- Eu não vou deixar vocês saírem daqui e ponto final - Bateu o pé e jogou dois ALIENÍGENAS em "campo".

Malamar vai usar Protect + Swagger no Rotom
Dragalge vai usar Protect + Dragon Pulse no Dragonite

- TRANS? HAHAHAHAHA - Deu uma gargalhada GOSTOSA. De que? Não sei, mas ele claramente estava sentindo prazer - Isso não EXISTE, essa galera é DOENTE, não TRANS. Para de inventar coisa, militante chata - E deu um chutezinho no ar simbólico.

Pronto, pronto, já podem odiar o vilão agora, tão felizes?! Nada que uma militada aqui e ali não resolva. Ele só precisou completar com:
- Tsk, mulheres, sempre inventando ladainha nova... - Deu uma suspirada, deixou os ombros caírem e colocou as duas mãos em volta de sua cintura corpulenta - De qualquer forma, você errou o número, não errou?! Olha esse garoto aqui, ele tem cara de mulher trans? Ele parece uma "MULHER" - fez as aspas com as mãos - ENTÃO PRONTO. Continua não sabendo do que se trata sua própria prisioneira, NÃO VOU CAIR NESSE GOLPE NÃO. Se quer dinheiro traficando prisioneiro você vai ter qUE PASSAR POR CIMA DE MIM.

Era um pouco cômico como a voz dele oscilava entre um ponto à outro da frase. Soava como uma... canção? Um requiem, talvez, num tom meio de desespero, angustiado, afobado e feio... sabe? Tipo a forma como a gente vê a morte hoje em dia; completamente tenebroso.

Enfim, enfim, enfim. A batalha seguia sem panos quentes até... bem, até Balthazar botar ENERGIA NESSA BUDEGA E ANIMAR TUDO. Não que tenha adiantado tudo, mesmo com a paralisia, todos os golpes foram efetuados com 100% de aproveitamento, até mesmo o Dragon Pulse, que graças ao resquício de "feridas" de Ivy, teve força total, adentrando seu "multiscale".

Ai... essa doeu. A dragonite ficou até meio perdida, pois estava bem confiante graças a sua "habilidade natural". Ela sempre se mete em risco CRENTE DE QUE TA TUDO BEM, ao menos no início... mas não rolou. Substitua todo o riscado por "Foi protegido pela Multiscale e ta tudo bem".

E Karinna, apesar de estar focada nela desde o início, virou o rosto numa hora bastante oportuna, encontrando um homem COMPLETAMENTE DESCONHECIDO que acenava para si. Usava um moletom preto, uma calça preta, cabelos pretos e um coturno. Parecia muito aquela caricatura do esquizofrênico vivido por Bruno Gagliasso em Caminho das Índias...
- Ei, ei, finalmente, em garota? - Disse, botando uma das mãos na cintura e fazendo uma pose de menina-mandona. Com a outra mão, tapou o próprio rosto e o tirou - Tava demorando olhar pra cá - Depois de tirar o rosto, deu um sorriso meio "tosco" e esperou o pequeno delay da Karinna até perceber quem diabos era aquela pessoa.

Com peruca, roupas largas e um dispositivo de disfarce ficava meio difícil saber quem era, mas quando a moça TIROU O ROSTO (oi? como eu falo isso com tanta normalidade) ficou bem óbvio que aquela era, nada mais nada menos que... Margo.



Campo: Um presídio com espaço suficiente.

Log de Batalha:
Turno 01: Protect, nada acontece.
Turno 02: Rotom Thunder Wave (Malamar Paralisado) > Dragonite Iron Head (-30 | Dragalge 83) > Dragalge Dragon Pulse (-30 (61/2) | Dragonite 109) > Malamar Swagger (Rotom Confuso) (+2 Atk Rotom)

Sabe essa sensação de roteiro de filme trash de suspense? Pois é, eu me desculparia mas vou por a culpa nesse evento que não tem enredo e muito menos sentido. Não lembro o plot que planejei, então ficaremos com vários plot twists para acabar isso logo!

Foi exatamente assim que Margo apareceu ali. Se vocês perguntassem porque ela estava vestida de homem em um presídio masculino, eu diria que não sei ao certo, posso inventar uma história agora.

... vamos lá! Ela foi presa pelos Rainbow Rockets e vendeu algumas informações privilegiadas em troca de soltura. Como é da inteligência, muitas de suas infos tiveram credibilidade, inclusive o fato de Natalie ser uma Rocket também. Porém, pelo fato dela esconder um bocado de coisa e contar um bocado de mentira para "sabotar" a operação Rainbow, ela foi vendida para quem quisesse comprar. Essa equipe aqui, que carrega nos chifres de um Xerneas e nas asas de um Yvetal uma tal de Karinna, achou que era uma ótima ideia comprá-la e mantê-la por aqui.

Ok, mas porque ela está na ala masculina? Bleh, Margo não é burrinha assim, ela sabia que se fosse categorizada como "Margo" iam usar ela para a tal da invasão dimensional, então fez um último pedido para uma amiga de longa data Rocket, que teve compaixão pelo rosto conhecido da amiga "Margo".

Uma tal de Natalie Rainbow. Tudo isso para, em troca, dar informações privilegiadas que poderiam "resgatar" a Karina Rainbow das garras do Team Flare.

Com essa ajudinha, pegou de volta seu aparelho de disfarce e surgiu na cadeia como JUNINHO PLAY, evitando problemas maiores com sua identidade. Agora, o JUNINHO PLAY estava li, olhando para Karinna e dizendo:
- Podre? Podre é esse universo de merda, eu to é limpa se comparado com ele - Disse ela, dando dois passos para trás - Só toma cuidado com...

E não deu pra terminar. Com um abocanhado, Shoyu legou parte do concreto que colapsou um pedacinho da estrutura, liberando também o preso de cima, que gargalhou em comemoração
- ... em soltar quem não devia.

O homem, em claro tom de felicidade, pulou no chão e soltou um peido de agradecimento, correndo em direção a saída.

Claro que ele não poderia sair, afinal de contas, havia uma batalha bem a frente empatando tudo. E que batalha, em?! Apesar de Karinna não estar prestando muita atenção, sua Dragonite estava quase indo para vala (agora é verdade esse bilete). Eu poderia narrar mais a batalha, mas estou com preguiça, então vou me contentar em dar aqui duas respostas, a primeira de Margo:
- É óbvio que a gente virou um casal lésbico, não tem mais ninguém que presta nessa merda de universo - Chutou um pedregulho para longe e saiu do cárcere engaiolado, caminhando devagar até Karinna.

- Oxe, então era ele.... ela... elu? - Questionou Xerosic, enquanto mandava seus pokémons darem duplo Dragon Pulse em Dragonite e duplo Foul Play no Rotom - .... vocês tavam falando a... verdade? - Questionou-se por um momento, levantando os olhos até o canto da ex-cela-da-margo - Tu realmente veio buscar uma presa transsexual nesse presídio? Só errou o número? - Seus olhos miraram na etiqueta "M376" - É coincidência demais pra ser golpe.... mas... mas... vocês quebraram a parede POR QUE ENTÃO?



Campo: Um presídio com espaço suficiente.

Log de Batalha:
Turno 01: Dragalge Protect > Confuse Ray Fail > Iron Head Fail > Malamar Foul Play (-26 | Rotom 92)
Turno 02: Rotom Thunder Wave (Dragalge paralisada) > Dragonite Iron Head (-28 | Dragalge 55) > Dragalge Dragon Pulse (-61 | Dragonite 60) > Malamar Foul Play (-26 | 66)