Caça aos invasores!

Kimi fazia uma certa cena e um pouco de drama como boa moleca que era! Pelo menos naquela hora era mais um charme que uma revolta, então só abri um sorriso e baguncei mais um pouco o capuz dela. Bom, sozinho dentro da cabana com a mulher e o Rocket amarrado, esse não demorou muito para acordar depois de dar dois belos tapas na cara. Havia uma preocupação dentro de mim para um possível julgamento dela, mas este não veio, ao menos não verbalmente. Também não estava preocupado com aquilo. Talvez o garoto seja um prodígio nos momentos de batalha, mas claramente havia uma falha em sua maturidade e modus operandi. A mulher claramente estava ali mais como babá do que especialista para lidar com a situação, logo Kimi e eu teríamos que trabalhar sozinhos. Melhor assim, na verdade, ao menos com a garota eu tenho uma maior liberdade e semelhanças, afinal Arceus me livre de ter que ficar recebendo ordens de um moleque que não consegue se conter pra ir pra uma festa furry!

Julgamentos à parte, o Rocket estava desperto e assustado, e isso era ótimo. - Você não faz perguntas aqui, só responde. - joguei ele sentado em um canto da sala e apertei o maxilar do homem com as mãos, chegando perto o bastante pra ele perceber que estava sem paciência. - Você vai me falar quais são seus setores estratégicos pela floresta, em especial o tal Pineco, que a sua chefe mencionou. - só para ter certeza que ele estava entendo a posição que estava, bati a cabeça dele contra a parede da cabana. - Quantos são e qual o objetivo dessa invasão? - sim, eram muitas perguntas, e é melhor ele ir respondendo.    

O grunt começava a abrir o bico, mas ele testava a minha paciência ao não responder todas as minhas perguntas. Bom, ao menos sabia o nome da mulher que tentou me matar queimado, já tinha o foco para receber a retribuição. Ele tentou, e não iria usar mais da abordagem violenta para lidar com ele, então só o arremessei na frente do monitor e gritei. - Setor Pineco. Onde fica? - precisava saber daquilo antes de continuar. Depois da resposta dele, positiva ou não, daria um mata-leão para apagá-lo e o prenderia em algum lugar da cabana - Por favor, peça extradição pra ele. - me dirigi para a mulher, que estava imóvel até então, e então me dirigi para fora da cabana para iniciar o rastreio e a instalação nas áreas que a mulher tinha me indicado.      

Não foi exatamente as respostas que procurava, mas pelo visto este grunt era de baixa patente, o famoso “pau mandado” sem informações, com ordens diretas de ações pontuais e só. Ao menos ele foi razoavelmente útil, hora de dormir e parar de dar trabalho. Depois de mantê-lo preso em um canto da cabana, apagado e amordaçado, era hora de cutucar essa floresta atrás de respostas. - Vamos fazer a triangulação, teremos uma visão melhor do que acontece aqui com ela. - o que dizer, gosto de trabalhar com informações. Me considero um tipo de batedor, não de agente direto de ação. Talvez esteja me subestimando ou pior só trabalhando dentro da minha zona de conforto. Se bem que, de certo modo, esse interrogatório foi algo completamente fora do meu modus operandi convencional…

Então, uma explosão. Eu nem pude terminar de falar com a mulher e fui interrompido pelo estrondo. Meu pensamento foi tomado imediatamente pelo temor à segurança de Kimi. Saltei para fora da cabana e dei de cara com um grande pokémon dracônico e, ao longe, um Rainbow Rocket caído e meio chamuscado. - Kimi! Você está bem? - fui na direção da garota e me abaixei, olhando para cada canto dela, a examinando, para ver se estava realmente bem. Uma garota loira na floresta, muitos gatilhos disparados. Mas pelo visto ela estava bem, e aquele pokémon dragão pertencia ao garoto que aparentemente era o líder dessa operação. Um pokémon realmente poderoso. Agora, diante de nós, estava outro agente invasor. - Stalkeando crianças? Sério? - comecei a estalar os dedos enquanto encarava o sujeito caído, mas fiz nada. Queria ver o que o garoto e aparente patente superior faria naquela situação.