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"Sol forte, poucas nuvens . 20ºC (?)"
Havia uma pressão no ar. Algo meio sério, misturado com o mistério. Aquela sensação de estar sendo sufocado em sonho, fadigado rápido, embora nada lógico fizesse sentido. Mas no sonho, o que faria sentido? Eles saberem que fora Kiki quem faltou votar? Talvez a psiquê explique, mas a menina tinha sido orientado pelo fiel porteiro que era só teatro. Era teatro! O que custa participar! Ela “coçava” as pernas, fazendo, instantaneamente, todo a plateia voltar a sua atenção para o palco.
O rei, que era o juiz, arqueou as sobrancelhas para Kiki. Talvez notara que ela não era um sonho ou pesadelo, mas de fato ele não era um dos mais inteligentes, como Ekans disse. No fim, o julgamento estava concluído.
- PERFEITO. CHAMEM O CAPATAZ. RAIOS E TROVÕES. - ao mesmo tempo, um barulho ensurdecedor ecoava e relâmpagos preenchiam as janelas de vidraçaria no alto. Depois disso, ficava continuamente os relâmpagos lá fora, enquanto o rei voltava a se sentar no seu trono.
Curiosamente, alguns sonhos começavam a sair do caminho, tirando suas cadeiras, formando no centro um corredor de cadeiras que poderia dar espaço para o tal capataz. Tremor! Kiki sentia algo errado. Seu coração acelerava no mundo real, sua pressão subia levemente, a menina parecia que estava sofrendo os efeitos de um pesadelo no coração do Dream World. E devo dizer que no coração do Sonhar, os sonhos são mais profundos e não iria acordar tão fácil. Esta informação Kiki tinha, não me pergunte como.
Foi quando uma sombra de uma criatura chegava a sala do julgamento. A mulher, decepcionada, sussurrou um “não”. Encolheu suas pernas ali no tronco. Começou a se remexer. Mais um tremor. Uma passada gigante. A mulher começava a ter uma crise de pânico, faltando até o ar. Uma boa atriz, devo dizer. Mais uma passada. Tum. Kiki arrepiava. Talvez tivesse convicta que era uma apresentação teatral, onde o roteiro muda conforme a plateia mande. Mas aquela sensação de pesadelo não passava. Um medo não lógico.
Quando o grande monstro apareceu na porta, todos tiveram que inclinar para ver o bicho peludo, de quase 3 metros de altura, nariz avantajado, boca carnuda e alguns dentes ali. Tum. Mais uma passada. Em suas mãos que continham só três dedos, cada, ele carregava uma marreta pesada, que sozinha era quase metade do tamanho da dançarina. Tum. Ele se aproximava do palco com os olhos fitados nas pernas, como se já soubesse a sentença. Tum. Mais perto da mulher ele erguia a marreta sobre a sua cabeça. Murmurou algo em língua de Troll e descia a marretada direto nas pernas da mulher, de modo tão veloz e violento, que sendo teatro ou não, Kiki só escutou o barulho dos ossos de suas pernas se quebrando, em uma agonia que fazia a menina sentir o golpe do vômito em sua boca.
... Tudo escuro...
O correto era Kiki acordar no mundo real, mas estar tão profundamente no mundo dos sonhos impedia isso. A morena, de vestido colorido, sem máscaras e confusa se via diante do portão do castelo, como se nada tivesse acontecido. Fosse tudo um sonho (???) Esta afirmativa era confusa em vários sentidos, pois não conhecia os padrões de sonho no Dream World, mas sabia reconhecer uma dose de caos quando via. Detrás dela, ela se recordava da vila por onde passou, bem alegre, cheia de música e vários sonhos e pequenos pesadelos entrando e saindo. Agora, ela via apenas um céu cinza, casas destruídas, focos de incêndio e uma fumaça que subia aos céus. O portão do castelo que outrora entrou (se é que entrou) estava fechado, sem muitas cores, porém ainda grande e imponente. Ah, e sem porteiro! Sim! O Porteiro! Não fora ele quem disse que era tudo um teatro?
[Imagem meramente ilustrativa - Carrasco]
Progresso da Rota - Kiki :
Lv.25
♀
Cruella de Vill
85/85
Ganho de Experiência:-
Capturas:-
Itens:-