Pokémon Mythology RPG
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001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29

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O qᥙᥱ rᥱ᥉tᥲ ᥉ᥱ꧑ρrᥱ ᥉ᥲ̃᥆ qᥙᥲdr᥆᥉
001 • Rota 29
Uni duni tê. Salamê minguê. O sorvete colorê, o escolhido foi vo... — o indicador apontava pro leste de Mahogany, rota 29. Não que fizesse diferença, Hiei tava mais perdido que Psyduck em dia de avaliação psicológica. A essa altura, restava abraçar o desconhecido e viver o momento de peito aberto. Conforme ia avançando rota dentro, ele se encantava com todos os pormenores, como se tivesse renascido e aprendesse tudo de novo; as cores mais vivas, o oxigênio mais revigorante, a passada pesada e cambaleante. A empolgação irradiava não só do garoto, mas também da única pokebola que carregava consigo. Ela dançava dentro do bolso de Hiei como se o próprio Godzilla pedisse passagem. A mensagem foi recebida.

Foi mal, esqueci. — Hiei suspendeu a pokebola de Aipom no ar, o libertando. Apesar de compartilharem os mesmos neurônios da loucura, a dupla ainda não possuia tanta intimidade, e era nessa missão que o pirralho estava focado. — Aliás, precisamos de um nome pra você, né? Sabe... uma parada que imponha medo, que faça os adversários tremerem na base logo de cara. Hmm. Mas também precisa ser um pouco simpático, senão nossos futuros fãs vão ficar meio pá de pedirem autógrafo. — Quem vos narra espera que esses trechos não cheguem na grande mídia e a magia de Kasandoro permaneça intacta, de tapada já basta minha narina esquerda. — Seria bem mais fácil se tu já viesse com um, hein? Tipo, se tua mãe tivesse te dado um quando nasceu. — Aipom boiava em solo firme, não pescando nem um pouco a lógica do raciocínio — nem eu —, embora se divertisse com os trejeitos do jovem treinador. 

O pokemon enfiou a cauda em um dos bolsos de Hiei e de lá sacou o rotom phone virgem que acabara de receber. Como se tirasse uma selfie, ele a apontou para si mesmo, enquanto sua careta de deboche para Kasandoro crescia à medida em que o aparelho emitia sua descrição: "Aipom, o pokemon cauda longa. Aipom é capaz de escalar...". Em meio a todo o bla bla blá científico, Hiei se tocara que de fato não conhecia esse pokemon pelo nome próprio, mesmo envolvido há meses com ele. Em resposta a isso, ele fez o único comentário lógico e palpável: — Você é mais bonito na foto. 

...

Hiei cruzou um dos braços enquanto com o outro coçava o queixo, um pensador moderno enfrentando mais um de seus dilemas importantíssimos. Aipom escalou o corpo e pairou na cabeça do garoto, também coçando o próprio queixo com a cauda. Gêmeos. Juntos, bolavam um nome próprio. Ainda que tivesse usado o artifício do rotom em sentido contrário, o símio também gostaria de certa exclusividade. Ele não era mais um Aipom, era O Aipom. Com vocês, sugestões tiradas de um site na quarta página do buscador do rotom:

Mega Macaco Sônico. Que tal? — Aipom negou de maneira 'delicada', arrancando um tufo de cabelo de Hiei. O Rattatoile tá diferente.

JÁ ENTENDI, JÁ ENTENDI. É... é... e se for só Mega Macaco? Eu entendo que Sônico pode ser um pouquinho de prepotência... — Lá se vai mais um tufo. Obviamente, não. Ele já tá suando frio, refém de uma criaturinha com menos de um metro pesando a sua nuca. É aquilo: dias de luta, dias de g... luta, luta, luta.

Macacomon? Clóvis? Mopia?  — O último é de trás para frente, pela representatividade de quem tá vendo do espelho — um salve, Alice. Aipom não é Pedro, mas negou três vezes. Mais algumas atrocidades dessas e Hiei vai jogar no time dos calvos.

E se for... — É agora. Hora de usar 100% do cérebro ao menos uma vez na vida. Os pelos de Hiei se arrepiam e de suas orelhas ele expulsa fumaça, como um Torkoal ou qualquer modelo de trem do século XIX. Silêncio, Kasandoro está trabalhando e algo brilhante virá. Segue a thread: Aipom era roxo. Ok, fato consumado. O que também é roxo? Beterrabas. Não há dúvidas, são roxas desde que me entendo por gente. E o que são beterrabas? Para além das definições filosóficas possíveis, alimentos. Beleza. Beleza. Beleza. E que outro alimento pode ser roxo? 

Nasa, estuda esse moleque. 

B A T A T A!

...

Discussões à parte, Aipom não conseguiria negociar nada menos constrangedor que isso, então acabou aceitando. Batata. O nome é ruim, mas tem carisma; igual Aipom, o maluco beleza dos pokemons, camarada demais. A grande verdade é que nomes são apenas... nomes. Tanto faz se seria Batata, Feijão ou Eletropaulo, o importante é que esse momento serviu para aproxima-los minimamente, e isso bastava. Se seriam parceiros dali em diante, desenvolver química seria de vital importância.

Formalidades pactuadas, o agora Batata rejeitou a ideia de viver dentro da pokebola e Hiei de prontidão o alocou no ombro esquerdo, aposentando sua pokebola até segunda ordem. Enquanto não desenvolvesse problemas na coluna, tudo numa boa. Nesse ritmo, Hiei avançou pela rota e quando percebeu, já estava correndo para consumir a empolgação. Ele só tinha um objetivo em mente no auge de sua recém iniciada carreira aos 12 anos: caçar algo divertido pra fazer.

Rota anterior aqui

Eu sei que é comum fazer uma listinha de objetivos em cada rota, mas eu sinto que perco muito a imersão com isso — embora meu pokemon favorito esteja aqui e isso possa me fazer mudar de ideia a qualquer momento.
Ou seja, quem pegar pra narrar aqui tem passe livre pra viajar na maionese e levar a rota pro caminho que quiser. Eu me importo mais com o jogo de interpretação em si do que avançar minha ficha rapidamente. Smile




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Route 29
Kasandoro Hiei
OFF: Bem vindo, serei seu primeiro narrador. Caso qualquer coisa me manda MP aqui, ou de preferencia, no Discord. Espero que se divirta.

A Rota 29 não era um lugar muito comum para treinadores iniciantes, mas era de onde Kasandoro vinha, logo na saída de sua cidade natal. Quer dizer, logo na saída de Mahogany, a Rota 29 não parecia nenhum bicho de sete cabeças, afinal era uma típica campina, com o único diferencial era que o clima lá era bem frio, coisa que sequer seria um problema para um nativo de Mahogany. Mas cercando o horizonte ao norte estava um imponente cinturão montanhoso e ao leste, o horizonte não era tão mais convidativo,  mais uma montanha, com gelo, um clima bastante anormal para a temperada Johto.

Mas agora, falando do protagonista de nossa pequena história, todo treinador novato tinha que conhecer o seu primeiro parceiro, pois tal primeiro parceiro provavelmente será aquele que o acompanhará pela maior parte do tempo. Hiei queria um nome para chamar o macaquinho além do nome de sua espécie, mas era algo difícil. Realmente, por que os Pokémon já não vem com nomes? Por que os pais dos Pokémon não fazem que nem os humanos? Falando mais no macaquinho, ele como todo bom pokémon hiperativo, ele já parecia não gostar muito de ficar na pokébola.

Em um misto do que um garoto de doze anos podia pensar e sugestões encontradas na internet, Hiei disparava vários nomes de sua boca, mas nenhum deles parecia o nome ideal para um parceiro de longa data. Daí Hiei parava e pensava, uma longa pausa que terminava em... batata? Bem, pelo menos ele finalmente escolheu. Um nome por mais tolo que seja, seria o primeiro passo para criar esse vínculo que duraria por anos. De certa forma, casava bem com a natureza um tanto errática de Batata. O narrador vai precisar de um tempo para se acostumar com esse nome.

Enfim de volta a aventura, Kasandoro tinha várias opções ao seu dispor, como tentar chegar em alguma das imponentes paisagens que no caso era o cinturão de montanhas ao norte ou a grande paisagem gelada ao leste. Ou ele podia optar pelo seguro e ficar pelas campinas, quem sabe ele não encontra outro aventureiro novato e conterrâneo? Porém no meio dessas opções tinha algo bastante interessante, indo em direção ao norte haviam marcas de pneu, que saíram da estrada e atropelaram o terreno gramado por uma distância que era impossível determinar.

Aquilo provavelmente não era da conta de Kasandoro, mas será que a sua curiosidade o levaria a seguir aquela trilha? Ou ele gostaria de ser mais seguro e pé no chão?

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001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29 FF3OUQS

BY MAHIRO

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O qᥙᥱ rᥱ᥉tᥲ ᥉ᥱ꧑ρrᥱ ᥉ᥲ̃᥆ qᥙᥲdr᥆᥉
001 • Rota 29
É
tenebrosa a incapacidade de Hiei de tomar decisões coerentes e, portanto, cautelosas. Não que   a rota 29 fosse o décimo inferno de Dante filler, mas levando em consideração a inexperiência gritante do garoto em todos os aspectos, em especial o sobrevivencialista, pisar fofo era claramente a melhor opção. Isto é, seguir a trilha demarcada e fazer o feijão com arroz, aprendendo todo o beabá que precisaria em sua jornada sem maiores riscos. É óbvio, porém, que Hiei não é desses.

O campo gélido tinha seu charme, é verdade.
As montanhas eram convidativas, é verdade.
A trilha principal talvez proporcionasse um encontro mais tranquilo com pokemons, é verdade também.
Mas não adianta, Kasandoro nasceu pra ser ímpar, imperfeito.

Até tem um pouco de lógica nisso; você não toma um gole antes, você vira a dose de cachaça de uma vez. Faz parte da experiência. E seguindo essa tese, não pôde evitar ser seduzido pelas marcas de pneu que magnetizaram seus olhos e, consequentemente, jogaram no lixo todas as alternativas anteriores. Por um breve momento, um turbilhão de possibilidades percorreu seus pensamentos. Poderia ser um acidente, uma armadilha, ou em uma hipótese mais viajada que tudo, a indicação de um local secreto que seria apagada assim que os nutrientes restabelecessem a grama ao seu estado original, como se fosse uma oportunidade única. Evidente que também poderia não ser nada, mas até aí, ainda não há um estudo sobre a marca de pneu de Schrödinger.

Hiei agachou-se no acostamento e examinou as marcas, como se soubesse o que estava fazendo. — De acordo com o padrão das folhas, o pneu provavelmente passou por aqui primeiro. É, definitivamente. Uhum, uhum. — A cada palavra que saía de sua boca, mais Aipom repensava a escolha de se juntar a ele. O moleque era pirado. — E de acordo com o vento... — ele umedeceu o dedo e esticou aos céus. — ... leste. É, definitivamente leste. Uhum, uhum. — como se o próprio caminho de marcas já não indicasse isso, ô Sherlock. — Parece que temos um dever aqui, Batata! — Ele foi seguindo rente às marcas, volta e meia conferindo algo que pudesse encontrar pelo mesmo caminho, para ser exato, pistas. Aipom de início só observou de bracinhos cruzados, mas logo cedeu e entrou no mesmo ritmo de seu treinador, apertando o passo e também executando a mesma tarefa. Em paralelo, o pokemon seguiria o mesmo trajeto pelo alto enquanto ainda encontrasse galhos em que pudesse se locomover.

Aliás, eu esqueci de perguntar. Você é bom de briga, né? Eu não falei antes, mas um dos meus objetivos é vencer todos os ginásios possíveis! Acho que posso contar com você para isso. — Batata retrucou com um sorrisinho sem graça, temeroso em arruinar a animação de Kasandoro. Mal sabia o garoto que Batata simplesmente odiava lutar. A verdade é que o macaco também tinha o espírito aventureiro, de querer descobrir o mundo a seu dispor, mas não dessa forma. Ele queria ser uma companhia, não uma máquina de guerra. Mais verdade ainda é que enquanto Hiei não capturasse nenhuma outra criatura, Aipom representaria a única proteção da dupla, e isso uma hora ou outra poderia ser um problema.

A caixa de Pandora tá aberta, daqui pra frente tudo pode acontecer.



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Route 29
Kasandoro Hiei
No fim a escolha por parte de Hiei se tornou óbvia. Seja por uma curiosidade juvenil, simples impulsividade, desejo pela glória de uma aventura mais perigosa, a decisão do garoto era de seguir as marcas de pneu cujo lugar definitivamente não era passando por cima das planícies gramadas da fria rota. Hiei queria ser diferente, ele sabia que para um iniciante como ele, ficar pelo calmo gramado seria o melhor e mais seguro, mas não era isso que ele queria.

O recém apelidado Batata se encontrava em um impasse com a pergunta de seu treinador. Ele não era um guerreiro e nem queria ser, mas agora era apenas ele e o seu inexperiente treinador. Era possível que Batata tenha que quebrar o galho de alguma forma se não poderia não terminar muito bem para a dupla. O macaquinho sabia disso, mas será que o seu treinador também estava ciente dos riscos? Bem, Aipom não era psíquico então não tinha como ele saber.

Enfim, enquanto seguiam as marcas de pneu, era possível notar que estavam quentes, ou seja, o veículo trilhou aquele caminho bem recentemente. O que podia significar varias coisas. Mas isso era a maior pista que Hiei conseguia por um tempo. Um veículo passou por ali não muito tempo atrás, mas fora isso... nada. Quanto mais andavam, a grama voltava a ficar com uma temperatura mais adequada ao ambiente e tudo voltava ao normal, até os sons eram basicamente escassos, fora os cantos tímidos de alguns Pidgey por aqui e por ali naquela amena manhã.

Mas como toda boa história, essa calmaria não duraria muito. Uma voz humana seria ouvida não muito a frente. A pessoa em questão não falava muito alto, mas no meio de toda aquela calmaria, qualquer som causava dissonância.

- Relaxa mano. Tenho certeza que ninguém viu a gente saindo de Mahogany. Então não vai ter ninguém seguindo a gente nesse meio de nada, eu acho que você podia ter seguido a estrada suave sem desviar que nem um louco. - Como era um campo aberto, Kasandoro podia ver um homem alto de vestes pretas, com uma grossa jaqueta com um capuz. O homem falava, ao celular em um tom relaxado. Ficou óbvio que ele e seus amigos estavam por trás daquelas marcas de pneu.

O que Hiei faria?

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BY MAHIRO

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O qᥙᥱ rᥱ᥉tᥲ ᥉ᥱ꧑ρrᥱ ᥉ᥲ̃᥆ qᥙᥲdr᥆᥉
001 • Rota 29
C
onspiração. Conspiração. Conspiração. Era assim que Hiei interpretava toda a situação, e não atoa o sangue fervia conforme o cenário ia se desenhando. Apesar de ter ouvido as inúmeras histórias sobre os ninjas de Mahogany, essa radicalidade toda ainda estava apenas no campo das ideias. Para Hiei, Mahogany não passava de um local moroso, pacato, inofensivo. A possibilidade de encontrar algo ali que subvertesse esse pensamento seria motivação suficiente para ir até o final.

Logo que detectou as vozes, imediatamente dobrou os joelhos e se curvou para a direção oposta do campo de visão do homem, mais de maneira instintiva do que propriamente calculada. Ele sinalizou com as mãos para que Batata permanecesse imóvel, assim como ele. Enquanto não fosse notado, ouviria a conversa afim de absorver o máximo de informação possível. Usaria este momento também para verificar em quantos estavam, e caso o veículo estivesse ali também tentaria observar algo de anormal pelas janelas se o ângulo de onde estava permitisse.

Mas algumas coisas são engraçadas... e convenientes também.

Enquanto tentava fazer tudo isso com o máximo — ou o que fosse possível — de discrição, seu Rotom Phone tocou do bolso.

Droga, droga, droga, droga, droga, droga. — sussurrava em desespero.

"Aipom, o pokemon cauda longa..."

Qual é? Desliga! Desliga! — com uma das mãos imersas no bolso, ele apertava todos os botões possíveis, ou o que ele pensava ser botões. O suor nas mãos de alguma forma impedia sua capacidade tátil de encontrar o botão correto com precisão, ainda levando em conta que o garoto não estava assim tão habituado com o dispositivo. Provavelmente o aparelho ficou ligado na última tela usada e resolveu, por um acaso do destino, repetir a transcrição. Talvez tenham sido projetados para cuspir conhecimento nos piores momentos possíveis, vai saber.

"... Aipoms vivem no topo das árvores. Como usam suas caudas em excesso, acabam perdendo habilidade com as mãos..."

Cedo ou tarde, ele seria descoberto, não há dúvida. Percorrer todo o caminho de volta ou se esconder de última hora pareciam alternativas igualmente arriscadas. Analisando a situação, Hiei foi pelo caminho que parecia mais viável:  m e t e r   o   l o u c o.

Oi tio, quanto tempo! Bem que a mamãe disse que eu teria uma surpresa aqui hoje! Ela já deve tá chegando aí pra encontrar a gente. — Ele se aproximou na maior cara de pau, encenando aquele sorrisinho canalha que só criança sabe fazer. Aipom correu e escalou o corpo de Kasandoro, novamente alcançando seu ombro. Ele entendeu o improviso e também fez o possível para contribuir com o teatro, brincando com a orelha de Hiei e reforçando o clima amistoso da abordagem. — Cê pode dar um jeito nisso aqui? Acho que quebrou, sei lá. — e estendeu o Rotom Phone para o estranho, que permanecia emitindo as descrições de seu pokemon em loop.

Ele só poderia esperar que a reação não colocasse tudo a perder, mas ao menos estaria interagindo com a figura sem precisar arrumar muito pretexto.

E por que cê tá usando essas roupas? Virou gótico?

Eu estive usando uma tvzinha como monitor e até então a cor das falas me parecia normal, mas vi meu post em uma tela menor e achei meio pá de enxergar. Prefere que eu deixe de uma cor mais escura, adicione um negrito ou tá bão assim?




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Route 29
Kasandoro Hiei
OFF: Consigo enxergar, mas se poder deixar a cor mais escura eu agradeço.

Na verdade o homem estava sozinho, falando ao celular, não sei se especifiquei isso direito, mas enfim. Pela fala daquela pessoa era possível inferir que de fato o curso do veículo, que não estava por ali, foi de fato planejado e que eles não queriam ser seguidos. E o tal homem estava lá apenas para checar se realmente não foram seguidos. E de fato não foram, mas havia um moleque curioso por ali, bisbilhotando a conversa. Hiei estava absorvendo o máximo de informação que podia e tudo parecia um pouco suspeito. Estaria ele a passos de desmascarar um império do mal em seu primeiro dia que simplesmente saiu de Mahogany em rumo a sua jornada?

- Bem, eu to voltando pra aí. Realmente não tem ninguém, até mais. - O homem terminava a sua ligação e estava pronto para ir embora sem sequer notar Hiei, mas parece que tem vezes que as coisas tem que simplesmente dar errado. O Rotom Phone de Kasandoro começava a tocar, repetindo a entrada da Pokédex de Aipom, provavelmente o menino largou ligado sem perceber, o que não seria um problema, afinal não tinha como ele adivinhar que precisaria de furtividade. Mas o som do Rotom Phone foi o suficiente para alertar aquele homem suspeito que logo se virava na direção do som e agora que descoberto, Hiei tentaria uma abordagem um pouco estranha.

- Tch, é só um moleque curioso. Olha, isso não é nada da sua conta, você pode só voltar de onde veio e fingir que não ouviu nada. Todo mundo sai ganhando com isso. Quer dizer, você pode tentar me seguir, mas não garanto que vai terminar bem pra você. - Então era possível ver as feições do homem, não muito velho, mas não muito novo, provavelmente acabou de completar 30 recentemente, era loiro e de pele bem clara e olhos verdes bem chamativos. O estilo do seu cabelo ao certo era difícil de discernir por causa do grosso capuz.

Antes que aquilo se tornasse um impasse, com o homem querendo que Hiei vá embora e provavelmente o menino não querendo ir, algo inesperado acontecia. Um vulto, aparentemente vindo de lugar nenhum, mas na realidade, porque Hiei não estava prestando atenção, dava um bote e acertava Batata em cheio, quebrando o equilíbrio do macaco e fazendo-o se estatelar no chão. A criatura que causou aquela interrupção então se revelava, um pequeno cão rosado que parecia até ser domesticado, mas ele era de fato um pokémon que vivia por ali e estava bem bravo com todo aquela conversa nessa hora da manhã, quebrando a calmaria que basicamente consistia no piar dos Pidgey.

001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29 Snubbull

O homem aproveitaria que Hiei estava distraído e começava a andar. O menino podia tentar segui-lo, mas aquele cãozinho não sairia da cola de Batata e tentar ignorá-lo apenas enfureceria mais a pequena criatura.

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001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29 FF3OUQS

BY MAHIRO

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O qᥙᥱ rᥱ᥉tᥲ ᥉ᥱ꧑ρrᥱ ᥉ᥲ̃᥆ qᥙᥲdr᥆᥉
001 • Rota 29
K
asandoro tomou um baita susto quando viu Aipom simplesmente voar de seu ombro. Quando tomou ciência do canídeo, de imediato congelou por alguns instantes. Olhar aquelas batalhas pela televisão era mole, mesmo o mais exagerado lança-chamas parecia rotineiro, comum. Agora, vendo duas criaturinhas fofas se encarando em plena natureza e com o real cenário de acabar bem ruim para um dos lados, é impossível não ficar pelo menos um pouquinho temeroso. Tudo que ele queria naquele momento era um osso para jogar em direção do playboy loirinho e rapidamente virar a fúria do pequeno rosado para o estranho, resolveria dois problemas com um Snubbull só. Sendo assim, uma treta de cada vez, apoiar Aipom era prioridade.

Batata, ataque com... — o garoto simplesmente sabia de absolutamente nada vezes nada. Nessas horas o Rotom Phone não apita para ajudar, né? Embora as vezes pareça que todos os treinadores começam sabendo de tudo (oi?), Hiei conhecia no máximo algumas vantagens e desvantagens, mas este combate estava em um escopo tão básico que enfeitar demais com estratégias talvez fosse mais prejudicial; o bagulho é descer a porrada. Ele conferiu algumas informações na correria e deu sequência.

Comece com Arranhão¹ e persista nesse movimento!

Não tendo nenhuma informação sobre o tamanho da ameaça que enfrentava, ele preferiu fazer o básico, o 4-3-3 bem feito, ataque puro. E por falar em ameaça, também não escondeu a curiosidade com o pokemon em si. A roupinha esquisita do cachorro claramente não o agradava, mas a agressividade vinda dele era, no mínimo, um contraste intrigante. Hiei também o escaneou com o Rotom e começou a formar sua opinião sobre o pokemon. Um futuro aliado, talvez?

...

Enquanto tudo se desenrolava, Hiei notara o homem se afastando de rabo de olho. O que ele poderia fazer? Abandonar seu pokemon e correr atrás dele? E quando o alcançasse, que cartas ele teria para jogar? Sequer sabia o porquê de estar fazendo isso tudo, ele só começara essa busca por curiosidade. Ele precisava pensar em algo rápido para tentar para-lo com palavras, mas o quê? O máximo de informação que tinha arrancado é que ele tinha ligação com Mahogany, o que é o mesmo que nada.

Sua mente viajou,
ponderou,
viajou mais um pouco,
e...
achou a solução, ou um protótipo disso.

O Pryce já sabe o que vocês fizeram!

Um blefe desesperado? É lógico! Afinal, o líder do ginásio era a única autoridade que pipocara na cabeça de Hiei naquele momento. No ínfimo caso do rapaz ter alguma relação com ele, Kasandoro torceria que fosse o bastante para ganhar um tempinho enquanto lidava com o cão.
¹ Scratch 2x





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Route 29
Kasandoro Hiei
Hiei jogava a sua última carta na expectativa de prender a atenção daquele homem suspeito. Era possível que funcionasse, mas não funcionou. Não sei se foi por ingenuidade, pensando que o nome do líder de ginásio iria causar algo naquele homem, ou simplesmente porque o menino não tinha mais nenhuma possibilidade. Mas o homem simplesmente soltava um leve riso ao ouvir a fala do garoto, sem sequer olhar para trás e cotinuava o seu caminho. Hiei sabia que não podia seguí-lo, pois o seu companheiro estava com um pequeno probleminha.

Falando no tal problema, essa seria a tal primeira batalha de Hiei. O menino estava intrigado sobre a criatura, a aparência não o agradava, mas o comportamento do pokémon canino era estranho. E o embate começava com Batata se sentindo desconfortável ao olhar a cara carrancuda daquele cachorrinho, talvez porque o macaquinho não era um guerreiro nato, mas ele se sentia intimidado. E então o que se seguia seria a batalha mais arroz com feijão de todas, do tipo que todo treinador iniciante, ou a maioria deles, veria.

Simples golpes normais eram trocados, arranhões por parte de Batata e investidas por parte do cachorrinho rosado. Não eram as explosões de fogo, gelo, eletricidade, florestas sendo criadas, magia, etc que alguém pensa na primeira vez que ouve sobre batalhas Pokémon, era apenas a mais pura porrada. Algo interessante que vale a pena reiterar é que mesmo apesar de intimidado, o segundo arranhão de Batata foi mais forte que o usual, o famigerado golpe crítico.

Log de Batalha:.
Aipom Scratch (-3) > Snubbull Tackle (-3)
Aipom Scratch (-5 Crit) > Snubbull Tackle (-3)


Snubbull:
Normal
Hold Item:
Nenhum
Trait:
Intimidate

lv5 Snubbull


13/21
001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29 Snubbull
001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29 Aipom
lv5 Batata


14/20
Trait:
Run Away
Hold Item:
Nenhum
Batata:
-1 Atk

Campo: Uma planície de clima ameno e grama fofa.

_________________
001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29 FF3OUQS

BY MAHIRO

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O qᥙᥱ rᥱ᥉tᥲ ᥉ᥱ꧑ρrᥱ ᥉ᥲ̃᥆ qᥙᥲdr᥆᥉
001 • Rota 29
N
em quando o caminhão da Brahma tomba se vê briga tão feia. A adrenalina que outrora imperava em Hiei agora dava lugar a uma... estranheza. A expectativa versus realidade daquela cena de fato ajudou a acalma-lo, batalhas não são nenhum Hydreigon de sete cabeças. Isso também amenizou o sentimento de fracasso em ver o homem sumindo no horizonte e levando consigo toda a motivação que Kasandoro tinha para estar ali. É, talvez a vida seja isso mesmo, uma longa estrada de expectativas com um cachorro biruta no fim. Independente disso, a feição daquele homem não se extinguiria tão cedo de sua memória, ele nutria a partir dali um sentimento até de dever em pôr um ponto final nessa história. 

 — É... é... — Hiei coça a cabeça, ainda pensando no que fazer. — Continue com... é... Arranhão¹?! Mantenha a pressão, Batata! — não é como se ele tivesse outra alternativa, né não?

Em meio ao sangue quente da luta, Hiei não percebera a hesitação de Aipom durante alguns movimentos. Na verdade, o garoto tinha até uma certa dificuldade em acompanhar a pequena dupla. De sua perspectiva, ele só via que, apesar de não parecer existir alguém na liderança daquela disputa, a movimentação de Aipom parecia ligeiramente mais veloz. Portanto, ele só apostava que pudesse manter a batalha naquele ritmo para tomar vantagem dessa característica nos momentos finais. 

 — Coé, cachorrinho. Ei! Ôw! — ele tentava se comunicar enquanto corria circuncando os dois pokemons, enérgico como sempre. — Se desistir agora, pode até seguir com a gente. Não acha melhor? — Hiei dropava uns "au-au" no meio das palavras, como se isso fosse ajudar de alguma forma.

¹ Scratch 2x




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Route 29
Kasandoro Hiei
O homem suspeito já havia sumido no horizonte a um bom tempo enquanto a simples batalha entre Batata e o cão bravo ocorria. A feição do homem deixava uma bela de uma impressão em Hiei. Será que ele tentaria procurá-lo quando terminasse essa batalha? Pelo menos, ele pode esperar que tenha dois Pokémon o acompanhando ao invés de apenas Batata nessa aventura. Mas isso era uma decisão para o Hiei do futuro... eu acho.

No momento seria ideal focar na batalha, que por mais que seja simples, a troca de arranhões e cabeçadas, sem nenhum segredo, golpes físicos simples. Apesar do golpe crítico na rodada anterior, essa rodada prosseguia de maneira mais "pacata" se é que esse confronto furioso pode ser descrito com essa palavra. Enfim, ambos os combatentes mostravam sinais de exaustão, mas mesmo sem a energia que tinha antes, Snubbull continuava rosnando enfurecido.

O menino até tentava chamar a atenção do cachorrinho, talvez tentar convencê-lo na base da palavra, mas era um pouco tarde demais para isso, ele já tomou arranhões o suficiente por parte de Batata e agora não pretendia deixar o macaco se safar daquilo. Uma pena para alguém que não é muito chegado em batalhas como Hiei, mas é assim que funciona. Alguns pokémon apenas não querem largar o osso... literalmente, até porque Snubbull é um cachorro.

Log de Batalha:.
Aipom Scratch (-3) > Snubbull Tackle (-3)
Aipom Scratch (-3) > Snubbull Tackle (-3)


Snubbull:
Normal
Hold Item:
Nenhum
Trait:
Intimidate

lv5 Snubbull


7/21
001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29 Snubbull
001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29 Aipom
lv5 Batata


8/20
Trait:
Run Away
Hold Item:
Nenhum
Batata:
-1 Atk

Campo: Uma planície de clima ameno e grama fofa.

_________________
001 - O que resta sempre são quadros — Rota 29 FF3OUQS

BY MAHIRO

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