OFF: Desculpe a demora, amo vocês não me matem
Tem algo muito peculiar nesse universo... talvez isso seja comum ao meu e ao da moçoila que me escreve, mas as coisas sempre tendam a homeostase. Talvez por isso magia nenhuma supere a natureza dos fatos em nenhuma das minhas histórias. Esse aspecto neutro e normativo das minhas histórias me trazem um certo conforto porque, apesar de tudo, amanhã será um novo dia. Um dia que guardará um bocado de dor e sofrimento do ontem? Sem dúvida nenhuma, mas será um novo dia.
Um dia que a bruxaria não ganhou.
Se eu perder, há quem venha no meu lugar e ganhe por mim. O extraordinário nunca ganha nessas nossas histórias; e não digo que o mal nunca sobressai, porque nem sempre o mal é extraordinário, é que simplesmente "magia" e "seitas" não cabem na ordem ou no ordinal deste lugar.
A sensação que eu tenho é que vivemos um mundo que dificilmente irá se desestruturar. Sinto que tentam - e tentam muito -, mas tem algo que nunca sai do eixo; tem algo que não se abala. Mesmo com tantas tentativas revolucionárias de dominar o mundo, alterar a natureza ou capturar o incapturável, eu sinto que nenhuma nunca vai dar certo.
Por isso - e só por isso -, minha mísera esperança de que as bruxas perdessem foi aflorada naquela jaula. Foi assim que eu pude achar uma pista, que me levou a outra e, finalmente, me levou até aqui. Quando as rochas expostas foram cada uma para o seu dono, eu já entendi que desintegrei mais um feitiço, mas eu não falei absolutamente nada; não porque não podia ou porque temia, mas sim porque, por incrível que pareça, a voz não me fez falta.
Eu provavelmente usaria ela muito mal se a tivesse instantes atrás. Talvez tirá-la foi nada mais que uma benção e, agora que a tenho de volta, me questiono se deveria ter. Olho para Galvanis suspirando, dou-lhe um sorriso doce e quando ele me chama, lhe olho nos olhos. Com os pirulitos em mãos, entrego metade a ele e escuto o estalo de sua mão batendo no seu rosto, me fazendo inevitavelmente rir.
Foi rindo que terminei de catar as coisas na caixinha e procurar uma forma de recuperar nossos pokémons. Quem conseguiu esta proeza foi Galvanis que, ao chamar um por um, os viu vindo até a mim. Pensei em fazer o mesmo, mas não sem antes chegar perto da "minha prateleira" e apontar um por um, dizendo-lhe seus nomes em ordem:
- Kouman, Ran, Bragui, Freya, Hati, Sleipnir - Falei em ordem. O som nórdico soou como um encanto, mas não era nada disso - A gente não consegue liberar os pokémons? Preciso curar Hati... - Fora a primeira coisa que falei a Galvanis, percebendo que minha voz estava tremida, provavelmente pela falta de uso.
De imediato tentei apertar o botão central da esfera da minha canina, tentando ver o que acontecia.
Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 28
Tem algo muito peculiar nesse universo... talvez isso seja comum ao meu e ao da moçoila que me escreve, mas as coisas sempre tendam a homeostase. Talvez por isso magia nenhuma supere a natureza dos fatos em nenhuma das minhas histórias. Esse aspecto neutro e normativo das minhas histórias me trazem um certo conforto porque, apesar de tudo, amanhã será um novo dia. Um dia que guardará um bocado de dor e sofrimento do ontem? Sem dúvida nenhuma, mas será um novo dia.
Um dia que a bruxaria não ganhou.
Se eu perder, há quem venha no meu lugar e ganhe por mim. O extraordinário nunca ganha nessas nossas histórias; e não digo que o mal nunca sobressai, porque nem sempre o mal é extraordinário, é que simplesmente "magia" e "seitas" não cabem na ordem ou no ordinal deste lugar.
A sensação que eu tenho é que vivemos um mundo que dificilmente irá se desestruturar. Sinto que tentam - e tentam muito -, mas tem algo que nunca sai do eixo; tem algo que não se abala. Mesmo com tantas tentativas revolucionárias de dominar o mundo, alterar a natureza ou capturar o incapturável, eu sinto que nenhuma nunca vai dar certo.
Por isso - e só por isso -, minha mísera esperança de que as bruxas perdessem foi aflorada naquela jaula. Foi assim que eu pude achar uma pista, que me levou a outra e, finalmente, me levou até aqui. Quando as rochas expostas foram cada uma para o seu dono, eu já entendi que desintegrei mais um feitiço, mas eu não falei absolutamente nada; não porque não podia ou porque temia, mas sim porque, por incrível que pareça, a voz não me fez falta.
Eu provavelmente usaria ela muito mal se a tivesse instantes atrás. Talvez tirá-la foi nada mais que uma benção e, agora que a tenho de volta, me questiono se deveria ter. Olho para Galvanis suspirando, dou-lhe um sorriso doce e quando ele me chama, lhe olho nos olhos. Com os pirulitos em mãos, entrego metade a ele e escuto o estalo de sua mão batendo no seu rosto, me fazendo inevitavelmente rir.
Foi rindo que terminei de catar as coisas na caixinha e procurar uma forma de recuperar nossos pokémons. Quem conseguiu esta proeza foi Galvanis que, ao chamar um por um, os viu vindo até a mim. Pensei em fazer o mesmo, mas não sem antes chegar perto da "minha prateleira" e apontar um por um, dizendo-lhe seus nomes em ordem:
- Kouman, Ran, Bragui, Freya, Hati, Sleipnir - Falei em ordem. O som nórdico soou como um encanto, mas não era nada disso - A gente não consegue liberar os pokémons? Preciso curar Hati... - Fora a primeira coisa que falei a Galvanis, percebendo que minha voz estava tremida, provavelmente pela falta de uso.
De imediato tentei apertar o botão central da esfera da minha canina, tentando ver o que acontecia.
Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 28
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O Mahiro é o melhor do mundo <3