luz para os perdidos
ROTA 205 — K. e Sota
Dava mais uma tragada, lenta, enquanto ele falava, e depois também soltava a fumaça de forma lenta, me segurando pra não dar um soco na cara dele. Se ele realmente consegue ler minha mente, principalmente após falar da Marilyn, então ele vai perceber que tô muito afim de encher a cara dele de porrada, mas que não vou fazer isso. Apenas tento relaxar. — "Me gabar" é meio forte. Só falei a verdade: Que vim pra Oreburgh pra ver ela e que ela é uma gata. Não tem nada de me gabar nisso.
Um suspiro e então uma ultima tragada antes de apagar o cigarro, assoprando na ponta em brasas e depois botando de volta na cartela, usado mesmo. Ei, eu sou um Ranger, não vou jogar a bituca no meio da floresta. Guardo a caixinha novamente e, por fim, volto a olhar pra ele com um ar mais intenso. — Quê que cê quer, hein? Tarde da noite, no meio da floresta, não é possivel que só quer ajudar. A troco de quê? Só desembucha logo, eu tô ocupado. Não tô com paciencia pra enigmas e joguinhos. Se vai ficar só aí falando groselha, então não me enche. — E a próxima resposta dele definiria se eu iria simplesmente me afastar e voltar a procurar por lenha pra fazer uma fogueira pros garotos ou se iria ouvi-lo um pouco mais.