Tissues
Os casacos eram fofos. O abraço também foi, apesar de repentino. Mas não questionei. Sei como às vezes, o contato físico pode ser essencial para garantir uma relativa calma, ou em casos mais extremos, até mesmo a sanidade. Quiçá, ao forçar um sorriso repetidas vezes, você não comece a de fato se sentir mais feliz? Me limitei a sorrir em resposta.
Logo estava a vagar por entre Lilycove novamente. Quantas vezes já não havia feito esta mesma coisa antes, com a mente tão turbulenta e incerta quanto agora? Apesar de não ser o melhor dia para se dar uma volta pela cidade, eu não questionei. De certa forma, a chuva que escorria pelo corta-vento de Kauan parecia ser assustadoramente correta naquela situação. Passear por entre os subúrbios de uma cidade grande que supostamente são assombrados por uma seita religiosa maluca? Aqui, tome umas nuvens cinzas e pesadas como acompanhamento.
O barro era um estorvo, no entanto. Era um péssimo dia para estar usando um tênis branco.
Paramos próximo a um prédio aparentemente abandonado — ou nem tanto assim. Parecia ser nosso destino final, uma vez que o rapaz gritou algumas coisas e saiu correndo antes mesmo de eu poder dar uma resposta. Pouco tempo depois, um enorme dragão aquático passou... voando por nós? Fiquei alguns segundos parado, tentando processar o que havia acabado de ver. Acho que a única coisa restante a fazer, levando em conta toda a situação, era seguir em frente.
Vamos lá Ren, dê um passo adiante. Vá para dentro daquele prédio sinistro. Distraia sua mente com histórias macabras de cultos anti-matéria. O que poderia dar errado? No final, qualquer coisa lhe serve melhor que encarar sua própria realidade pessoal.
123 - Day Care
30 - Day Care
13 - Day Care
30 - Day Care
13 - Day Care
Ren | Lilycove Streets | Kath
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escrevendo no pré-apresentação de artigo passando mal sobrevivendo na base da dipirona
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