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[GYM BATTLE] - VS Fantina #01

Talvez se Fantina ficasse quieta, o espetáculo até fosse bonito de ver. O tom obscuro do ambiente ajudava o tom púrpura e espesso do Icy Wind + Dark Pulse se dissipar de forma agradável, emitindo uma luz fraca, porém destoante. Aquilo, por um momento, me fez relembrar a beleza que se pode fazer com pokémons ao misturá-los a arte. O problema é que, logo em seguida, aquele "moi" da líder me deu um tremelique, rememorando porque diabos sai dessa vida:

Eu odeio esse tipo de gente que chama atenção.

Tanto quanto odeio ter a atenção voltada para mim.

Não que eu vá tratar mal a mademoiselle por isso, mas certamente não voltaria lá. É até um pouco estranha essa minha relação dúbia com uma líder de ginásio Ghost: lhe congratulo pela tipagem interessante, mas lhe julgo pelo uso do ginásio como trampolim social.

Claro... não é muito diferente de Juan e outros, mas ao menos eles são menos escancarados, não é?! Ou eu só peguei um dia ruim... é, pode ser. Fato era que eu, sentada no chão, comecei a tomar meu champagne mais devagar. Analisando melhor a batalha, ela não estava tãaao ruim assim. Quer dizer, poderia estar melhor, de fato; Ran estava mais lerda que minha Araquanid e ela provavelmente estava um bocado incomodada com isso. Era possível vê-la olhando para baixo, encarando sua pernoca e se queixando do quão horrível é ser desproporcional. Ela, verdadeiramente, atribuía a dificuldade de andar ao item somado a sua deficiência; não ao Icy Wind.

Isso me deu um enorme aperto no coração. Mais tarde, fora das câmeras, eu precisaria falar com ela, mas por enquanto seguiríamos: ela iria gostar que eu lhe levasse completamente a sério:
- Hidden Power e Taunt! - Só depois disso subi um pouco o rosto e respondi Fantina com um som meio rouco e uma voz meio falhada; características inevitáveis da minha insegurança - Eu... eu... não sei - Procurava uma resposta mais clara, mas ao invés disso só soube sussurrar "Alice disse a mesma coisa" de cabeça baixa, mas depois elevar novamente - Na verdade, isso de aprender ta difícil, eu amei os looks de Mozinho e Mozão, mas eu vou me sentir meio poser se eu parecer tão punk quanto aqueles motoqueiros que realmente sabem dirigir uma moto, sabe? - Isso foi uma espécie de negativa? Acredito que não.

Treinamento: #Pincurchin #Eelektross #Staryu 03

[GYM BATTLE] - VS Fantina #01

Primeiro de tudo preciso reforçar: eu não devo agiota, agiotas que me devem, ok?! Deixando claro que sou milionária, podemos continuar.

Vamos lá, isso aqui é bem parecido com o Twitter, que fica batendo palma pra doido dançar. Sei que contests fazem com que a excentricidade se torne arte, mas essas coisas fora de um contexto viram bagunça. Vi Lísia agora pouco, devo admitir que mesmo a jovem contesteira não era tão maluca quanto esta ai; mas admito que sempre há um ar cringe em todo adulto...

... inclusive em mim. Vocês não acharam cringe quando eu acenei pra Ran? Pois bem.

Mas o pior mesmo era essa questão um pouco espalhafatosa que Fantina fez questão de me incluir. Não houve meio termo, não houve percepção, não houve... convite?! A menos que a recepção tenha sido um convite, preciso reforçar que cai nisso de paraquedas. Por longos instantes, encarei os fotógrafos como se fossem parte do cenário, com uma sobrancelha um pouco arqueada e um ar de curiosidade.

Só depois de dois flashs fortes em minha direção que entendi que se eu olhasse-os assim, eu acabaria saindo em capas de revista com cara de quem está cagando. Isso não seria legal.

Entornei mais uma champagne e sorri em direção ao que outrora pensei ser só um cenário, dando mais um aceno cringe para os rapazes, raparigas e rapariguez. Não houve um tempo em que eu me concentrei 100% no campo, afinal de contas, todo aquele evento GRITAVA DISTRAÇÃO. Gritos, fotos, purpurinas, luzes e... bem... Froslass.

É importante dizer que toda a vez que aquela maluca ordenava Ice Wind, a pokémon fazia um show. Chegava a atrasar o confronto, me deixando um bocadinho impaciente. Minha perna começava a bater no chão e depois de certo tempo, eu seria obrigada a voltar ao meu costume nostálgico: sentar no chão durante uma luta.

Segurei-me; apesar de não ser uma luta fácil, eu não faria isso tão cedo. Inclusive, que merda, em?! Seria muito melhor lidar com isso se fosse algo fácil, mas não o é. Para piorar, era Ran que estava em campo. Não que a pokémon seja ruim, mas não há o treino e o conhecimento que minha Jellicent ou minha Houndoom tem. Era uma novata, o que já pesava demais; tanto para ela quanto para mim. Vendo a situação complicada que nos coloquei, tentei manter a ofensiva para tirar leite-de-pedra:
- Dark Pulse e Hidden Power - Ordenei, quase atropelando as perguntas de Fantina. Logo em seguida, tentei assimilá-las para responder alguma coisa, mas falhei um pouco na missão. Eu não sabia muito bem porque estava em Hearthome, salvo o encontro de motoqueiros organizados por "mozinho e mozão"...

... mas eu devia falar isso?
- ... Eu to tentando aprendi a pilotar minha moto. Vim no encontro de motoqueiros daqui. Realmente Hearhome é uma cidade bem plural - Foi o máximo que consegui fazer para diminuir a vergonha da resposta.

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[GYM BATTLE] - VS Fantina #01

OFF: OIE, QUE HONRA TER VOCÊ POR AQUI.

Não foi difícil achar o ginásio de Hearthome; não só pelo fato dele ficar no coração da cidade, mas também pelo caráter espalhafatoso da arquitetura. Foi com muita - mas muita - caminhada que cheguei no ambiente de luxo, decorado com veludo, cetim e... servos?! Sei que não é o melhor dos termos, mas há um tom serviçal nos trabalhadores que aqui estão hoje: já chegaram com uma taça de champagne e se preocuparam integralmente com meu bem estar.

Olhei para o chão acetinado e avermelhado do local e logo em seguida foquei em meus pés, revestidos com uma havaiana laranja. Pisquei algumas vezes, na tentativa de que - magicalmente - o "fator cinderela" ocorra e eu repentinamente deixe de ser uma gata borralheira. Drama? Talvez, mas todo o bom milionário sabe fazer um cospobre de vez em quando: infelizmente arranjei a situação errada para fazer.

Meu shorts jeans surrados que me acompanham desde o início da viagem que os diga: a única coisa que eu tinha em comum com aquele cenário era a vontade de beber. Peguei a primeira taça e engoli de vez. Talvez assim aquele cenário de um filme de David Lynch faça sentido...

... e agora você me questiona: porque diabos estou fazendo referência a filmes cults? Porque depois de um bom tempo de férias em Lilycove, eu vi a grande maioria do arsenal de filmes da Amazônia Pride. Talvez uma sequência de blue velvet fosse ser filmada aqui. Se pararmos para pensar um tiquinho, perceberíamos que ginásios são formas de monumentos turísticos, o que significa que muitos filmes devem ser filmados dentro, fora e entre eles.

Dito isso, fui caminhando junto da recepcionista, até que o escuro me encontrasse. As pistas que a moçoila de terno me dava não era apenas o contraste torpe que eu tinha com o lugar - também pelo tom rosado e feliz, que certamente Matthew acharia estúpido de ter. Eu deveria ser uma melhor aprendiz -, mas também a pista de que era um evento social, ou melhor, um evento socialite. Isso, meus queridos fazia muito sentido.

Talvez por gastar todo o meu tempo livre em filmes e séries, eu não sabia quem era Mareanie Claire. Arrisco ser alguém, mas podia muito bem ser uma marca de vestido para contests, uma revista ou qualquer outra coisa... ou os três ao mesmo tempo. Não tentei adivinhar, muito menos fingir que sabia do que se tratava, apenas segui e me posicionei exatamente onde me mandaram, aproveitando da escuridão para...

... bem, pra coçar o sovaco. Acho que tem algo de vergonhoso nisso, mas é algo natural e comum, não é?! Bem, o escuro me permitiu fazer isso sem muitas vergonhas: o pior foi perceber - já com a luz acessa - que eu tinha público.

Sim. Pú-bli-co. Não há ar gélido que possa se comparar com o frio que senti quando entendi que o êxtase que ouvi não era só sonoplastia: eram pessoas de verdade. Olhei, estarrecida, toda aquela gente. De imediato fiz o ato mais rude que podia fazer: assobiei para um garçom e fui atrás de três taças de champagne seguidas. A primeira, eu tomaria de imediato e deixaria na bandeja. As outras duas seguraria uma em cada mão, revezando o copo para que não ficassem em temperaturas muito distintas.

Fantina falava comigo... ou não. Seu tom performático me deixava em dúvida se o dito era para mim ou para a arquibancada, ainda mais com o tom de francês que desconheço por completo. Por isso, apenas lhe encarei em silêncio, até reparar que todos esperavam que eu dissesse alguma coisa. Minha resposta imediata fora a mais idiota e sem sentido delas:
- Desculpa - Ao menos, foi em baixo tom. Não sei se ouviram - Mas... vamos sim! Vamos sim! Vai ser uma ótima batalha! - Disse, dando uma bicada numa das taças.

Abaxei-me, deixei a taça da mão esquerda repousar no chão por um instante e cacei no bolso do shorts uma esfera bicolor. Era de Ran; ao menos não troquei - literalmente - as bolas. Joguei a Greninja perneta em campo e lhe dei a honra de estar no seu primeiro ginásio:
- Ei Ran! - Acenei em uma felicidade sublime. Por um instante eu tinha esquecido da minha situação, sinal que o Álcool fez efeito rápido. A sapinha virou-se para mim e acenou de volta, com aquelas mãozonas engraçadas. Dei um riso - Vamos de Taunt e Dark Pulse.

Treinamento: #Pincurchin #Eelektross #Staryu 01

[Gym Battle] Vs. Lisia #06

Lísia é - e talvez isso seja sorte grande minha, e não uma verdade absoluta - uma pequenina ursinha de pelúcia. Digo isso porque seu abraço foi como algodão, e suas palavras foram ainda mais gostosas de ouvir ao reparar que ela estava ali, bem do meu lado. Atravessando - literalmente - assombrações e batalhas para me dar uma mão e um abraço.

Nisso, ergui os olhos até os dela e sorri:
- Obrigada por isso - Fui pontual. Não havia muito mais o que dizer, apenas deixara evidente o quão confortável foi aquele abraço, pois não quis desgrudar muito fácil - Eu devia começar a pensar que um erro não me faz alguém pior... acho que nem se eu continuasse errando faria. Tantas mulheres incríveis se pegam nessa situação por anos... pelo menos, no meu caso, foi só o período de compreender e sumir.

Num momento - um pouco contra a minha vontade -, tive que soltar Lísia e deixá-la ir. Voltei a olhar no seu olho e a acompanhei buscando papel e caneta em algum bolso lateral da mochila. Quando achei, adiantei o processo de escrita e apenas lhe entreguei o bilhete. No verso, deixei um coraçãozinho e um "obrigada" bem escrito.
- Se eu souber de algo, ligo pro ginásio e mando te avisarem.

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[Gym Battle] Vs. Lisia #06

OFF: Pode botar os 9 pontos de cada pokémon em Sp Def.

Talvez a que eu menos esperava ter alguma reação era a Flannery. Quer dizer, nosso confronto foi um dos meus primeiros ginásios e está tão longínquo quando meu início de carreira, ainda assim, há algo nela que se mostrou um bocado brincalhona, mas numa medida certa; não numa medida "pesada".

Não que isso me incomodasse muito, porque de fato não incomodava, mas havia um certo "tchum" em saber mais sobre os líderes de ginásio. Sabe quando você se sente amiga de estrela? Pois é, assim que eu me senti. Talvez, saindo daqui, eu narre essa história como se soubesse de fato o que aconteceu, apenas para deixar a entender que estou por dentro do grupinho de líderes...

... ou talvez, eu esqueça isso no primeiro problema grande que tiver.

O que me faz pensar que o Norman não deve ter mais nada pra fazer, já que viu NISSO um problema gravíssimo. Ele definitivamente tem uma rotina um bocado entediante.

Enfim, esses pensamentos acompanharam meu afunilar de sentimentos junto do tom final. Quando disse "Eu que o DIA", cometi um ato falho bastante tosco, mostrando que havia algo muito mais fundo do que o que a frase já transparecia. Lísia percebeu, ficou óbvio que sim. Desta vez, num ato de exposição repetido, falei:
- Ah, é que terminei recentemente. Foi algo nesse sentido... me sentindo meio usada, sabe? - Dei um risinho frouxo - Ok, não é tão recente, mas perceber que meu relacionamento virou isso me deixa mal até hoje. Não por ele, eu realmente não ligo muito mais, mas por mim... sabe? Esse lance de se meter em problema SEMPRE tem me feito achar que sou exatamente a pessoa que se deixa levar.

Por um instante, esqueci da batalha. Fiquei num silêncio enorme enquanto Freya olhava para mim. "Vai ordenar nada não?", pensava a fantasma, mas pela falta de expressão, demorei entender o que ela queria dizer. Quando reparei, agi no susto:
- Ah, verdade. Duplo Venoshock.

#Pincurchin #Eelektross #Staryu 12

[Gym Battle] Vs. Lisia #06

Tudo em Lísia era uma enorme arte e eu começava a gostar disso. Thito me cansa, mas Lísia tinha um tom certo de fazer as coisas se tornarem uma hecatombe; o tom certo para fazer uma história se tornar mais interessante do que é. Para melhorar, não a vejo com frequência alguma, tornando impossível enjoar de suas caras e bocas.

Por isso, seu "não" enlutado foi recebido por mim com risinhos tímidos. Depois disso, uma sequência de fatos me fez reagir da melhor forma que poderia reagir:
- AH NÃO, NÃO ME DIGA!!! - Proclamei, num tom jovial e bocudo, até estridente - Ele PRECISAVA MESMO?! Veja bem, se eu sai por ai falando mal de todo o líder de ginásio porque ele foi CHATO PRA CACETE COMIGO, estou certa que seria SUUUUPER INJUSTA. Não gostei, to ofendida - Cruzei os braços ainda mais forte - Mas parando pra pensar, eu devo ter dado pano pra manga, em?! Graças a Deus ele não falou meu nome, se não eu ia ta na boca do lobo agora, porque tenho CERTEZA que uns doidos concordam com ele - Minha cabeça foi diretamente a Carlos Monteczuma e ao Mr. D. - Ainda mais se ele omitiu a falta de educação que teve... ai sim. Certeeeeza que ia ter quem batesse palma pro doido dançar.

E foi ai que eu duvidei: o Norman não pode ser fácil de lidar. Ta, ta... ele até pode, mas eu começo a achar que eu estava fedida aquele dia, porque para Lísia falar que ele pode - as vezes - ser fácil de lidar, isso implica que ele tenha um coração, e eu afirmo aqui, caros leitores, que ele não parecia ter coração nenhum naquele dia. Nem nas segundas-feiras, nem nas terças, sextas ou domingos. N-U-N-C-A. Mas não sou eu quem vou duvidar de Lísia, né?! Deixei-a falar por mais um tempo até ordenar; algo que ela optou por não fazer:
- Freya, Toxic. Se errar, repete. Se acertar, Venoshock.

Ela acabou o discurso e eu confirmei com a cabeça, um pouco incrédula do fato d'ela ter trazido uma moral por trás da história. Ainda sem esperar o "plot twist", dei-lhe um sorriso meio quadrado e disse, em tom muito mais singelo que antes:
- Opa... eu que o dia... - Repentinamente, fiquei pensativa.

#Pincurchin #Eelektross #Staryu 11

[Gym Battle] Vs. Lisia #06

Eu não aguentei. Eu juro que eu não aguentei. Se fosse um ou dois anos atrás, eu certamente ficaria extremamente nervosa com o elefante na sala, mas desta vez, eu não aguentei.

Não sei dizer ao certo o sentimento que veio em mim: não era felicidade. Foi um incômodo tremendo que se tornou um grande riso. Riso de mim, riso de Norman, riso da situação. Era óbvio que ser expulsa do ginásio dele não foi nada confortável para mim; a quebra de expectativa também foi um bocado frustrante. Não preciso de mim para rememorar o mais evidente: eu queria ser aprendiz de Norman, mas ele me tratou com ignorância desde a primeira vez que botei os pés no tatame, e o Togekiss vs Slaking só aconteceu por isso; por que ele me emputeceu.

Emputeceu é a única palavra certa para descrever o sentimento.

E agora eu dou uma bela gargalhada. Bela e inevitável eu diria. Hoje, acredito que as coisas acontecem porque tem que acontecer. Hoje eu realmente desistir de lutar contra o destino e certamente aceitei as inevitabilidades e ironias dele. Hoje, eu me sentia minimamente livre para comentar sobre, entre suspiros risonhos e respiradas profundas:
- Ele ainda não superou? - Os meus dedos iam até os olhos, onde eu secava uma lágrima ou outra que escorria em consequência ao riso frouxo e desordernado - Você acredita que ele me expulsou do ginásio depois disso? - Disse, num tom incrédulo encenado. Aumentei um tantinho, mas vamos lá, não aumentei muito. Ele realmente deu as coisas e me enxotou pós-luta, e isso foi o suficiente para eu considerar uma expulsão. Imaginários e imaginários, não é?!

Depois dessa confissão, acredito que Lísia repensará um bocado na frase que falei mais cedo, sobre vir preparada. Nesse caso, eu optei por me defender antes:
- Mas óh, eu só usei o Togepi porque ele tava sendo MUITO IGNORANTE COMIGO. Tipo muito mesmo. Logo no início ele me chamou de esquisita, escandalosa. E eu ainda fui lá pra ser aprendiz dele. Fiquei suuuuper magoada, ta? Ele não é o mocinho dessa história não - Nesse momento, o riso já havia parado. Cruzei os braços e demonstrei um bocado de magoa, inflando as bochechas. Nessa mesma posição, ordenei os golpes - Recover e Trick Room! - ... acho que Lísia vai ficar puta com isso.

#Pincurchin #Eelektross #Staryu 10

[Gym Battle] Vs. Lisia #06

Era difícil não morrer de fofura com os ataque de Lísia. A moçoila retornar para o estado "fofo" me fez pensar que desencanara um bocado da conversa anterior; inclusive da minha mentira. Dessa vez, contive o riso. Percebi que, apesar de não parecer, ela estava realmente frustrada com a situação, me mostrando algo que eu já sabia, mas que é sempre bom lembrar: pessoas sentem de forma distinta.

E a Lísia, sente de forma fofa.

É muito difícil levá-la a sério, mas eu já passei por algo parecido, então é melhor não rir:
- Aaah, você achou que ia ser fácil, né? - Fiz um "hm" animado, brincando com o descontentamento dela. Reparei que aqui abria certa brecha para um jogo-de-egos mais ameno - Eu vim preparada, viu?! Não sou daquelas que vem pra ginásio só com ovinhos e novatos.

No fundo, eu queria ajudá-la a jogar glitter na liga, ia ficar lindo. No mais, fiz um sinal com o dedo indicador e apontei para a coelhinha:
- Oh, mais Venoshocks! - ordenei, mas não consegui tirar a pena do meu tom de voz.

#Pincurchin #Eelektross #Staryu 09

[Gym Battle] Vs. Lisia #06

Apesar do apelo da narradora, a paranoia não me tomou por completo por um motivo muito simples: o assunto rodou. É verdade que o tom de Lisia mudou por completo, mas também é verdade que ela prosseguiu sem indagar a estupidez da minha mentira, sendo então deixada para trás.

Ainda me dava um arrependimento leve de te-la dito? De fato, mas agora, o assunto era outro...

... e mais rápido que esta mudança, veio a próxima.

Com um riso, recebi o bate-pé da líder, que protestava bastante quanto a minha troca. Ainda no riso, reverberei:
- Sempre achei injusto vocês não poderem trocar os pokémons livremente... - tentei dar um suspiro, mas meu sorriso-riso estava ainda ali, me impedindo de fazer expressões mais leves - Desculpa, seu Azumarill ia trucidar minha coitada. Eu já vi esse filme...

Hati, se sentindo um pouco incomodada de ter se tornado o assunto, deu um latido grosso, mostrando o descontentamento. Mais uma vez, a reação me causou riso, e entre pequenos espasmos ordenei:
- Duplo Venoshock! - Até que falei bem.

#Pincurchin #Eelektross #Staryu 08

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[Gym Battle] Vs. Lisia #06

Os olhos confusos de Lísia podiam significar qualquer coisa, mas tal qual Bentinho viu dissimulação no olhar de Capitu, eu achei este resquício na líder de ginásio. Podia ser completa alucinação da minha parte? Podia, mas eu sentia que o clima se silenciava por ela saber que eu estava mentindo; dissimulando o ato de acreditar.

Foi um 'ah' incrédulo; tão incrédulo que não posso crer que ela levou o meu tom a sério.

Juro que fiz um esforço muito grande para não voltar ao assunto e me explicar. Foi um esforço colossal! Dentro do meu âmago vinha uma vontade súbita de ressuscitar o defunto-assunto para corrigir o erro, mas graças a deus meu ego fora maior. Ele nunca vence, mas agora, venceu. Talvez ganhara força junto de uma pontada de consciência, que dizia para que eu não retornasse o sofrimento posto minutos atrás atoa.

Pela primeira vez, meu ego e meu bom-senso foram bons amigos, me fazendo ficar quieta. Essa guerra interna não foi tão longa, muito menos tão longe, de forma que pude responder Lísia no mesmo instante em que tirava Hati de campo e botava minha inevitável Jellicent. Por um instante pensei que não precisaria dela hoje, mas eu estava diametralmente errada:
- Eu posso deixar contigo? Ou anoto em um número na recepção?

Diferente do retorno de Bragui, Houndoom não precisou voltar para a esfera. Como já sabem, cãos são mais fiéis e obedientes, então bastou um pequeno assobio e uma sinalização para que a canina sentasse ao mau lado, animada para receber algum carinho na cabeça. Admito que sempre achei muito difícil acariciá-la quando ela está cheia de ossos ao seu redor, mas o desafio fazia isto ser ainda mais divertido. Não seria por isso que tiraria a mega; provavelmente precisaria dela mais tarde.

Jellicent já estava materializada quando disse:
- Will-o-Wisp.

#Pincurchin #Eelektross #Staryu 07