50 resultados encontrados para TreinoWinnie

Fur Elise

Meu Deus: eles tem um shotcaller. Assim que dei minhas ordens, ouvi Malamar com a voz mais esquisita da face da terra: era fina, elétrica, com tons desequilibrados e um chiado esquisito no fundo. Demorei perceber que aquilo não vinha de um rádio ou de uma escuta. Era de dentro da minha cabeça, mas não proveniente de um fone de ouvido; era Morpeko.

Tapei minhas orelhas para ter certeza que a altura não diminuía. Depois percebi que não era um som; era um pensamento. Dei um suspiro sincero e respondi, pensando com certa clareza "vocês não tão aqui pra me dar folga, né?". Meus ombros caíram e e eu deixei de ver alguns golpes para observar como Morpeko se posicionava na batalha.

Eu já tinha usado aquela estratégia antes, mas era algo TÃO RARO que eu nunca pensei que ia ser usado contra mim. Fafnir era meu Gravity User e eu de vez enquanto usava ele para Focus Blast e Hypnosis num pokémon ao lado; nunca tentei com Hustle. Na verdade, esqueci completamente que antes de um Hydregion flutuar, ele bate muito forte.

Nesse aspecto, sabia que Malamar já tinha feito a missão dele, mas o Superpower, junto do Hypnosis, seria um problema maior para Tyranitar do que o resto do leque do Pseudo-Lendário. No meio da terceira rodada as chances poderiam passar para o meu lado e contar com a sorte é melhor do que contar com nada. Sendo assim, ordenei:
- Ran, Taunt no Malamar, se conseguir dar algum golpe use U-Turno no mesmo pokémon. Kouman, duplo Crunch no Malamar. Se ele cair antes por algum milagre, Ice Punch no Zweilous.

Não pensei que um pokémon batalhando fosse me dar mais trabalho que um Líder de Ginásio. O fator surpresa realmente "piorava" tudo, mas com ou sem ele é preciso admitir que Morpeko tirou limões de limonadas: até essa Eviolite prova que não há brincadeira nenhuma aqui. Começo a cogitar que dentro desse grupo só tem peso-pesado e talvez - apenas talvez - Ran não passe no teste. Minha esperança era Kouman: ele precisava bancar o mal-encarado. Meu T-Tar não podia ser o bebê mimado que costuma ser; não agora.

| #TreinoWinnie | Pincurchin 167 | Starmie 23 | Eelektross 08

Fur Elise

OFF: Ok na verdade eu vou por o Power Lens (SpA) no Greninja no lugar do Power Anklet QQQ O T-tar pode continuar com Power Bracer. Imagino que como é um 2v2 liso, o U-Turn funcione sem efeito secundário, né?!

VIXE, fudeu. Esse era exatamente o tipo de confronto que eu não queria ter: uma batalha de monstros numa viela fechada. Pra piorar, um pequeno feeling me dizia que por Hati aqui era uma péssima ideia; ela não funciona muito sem a Mega Stone e isso poderia ser visto como "roubar". Olhei os dois pokémons de cima a baixo e procurei algum item preso neles em colar ou de algum outro modo; a priori, não achei. Perguntei-me se era prudente deixar Kouman com seu peso no braço, mas não seria difícil notar que aquilo mais dificultava do que facilitava, tornando o pokémon ainda mais nobre... né?!

Talvez.

No fim, ponderei com meus dois palitos: uma batalha não é tão ruim assim. Se eu perder, certamente será por muito pouco e, na medida que eu posso vir a ganhar, provarei meu valor e de meus pokémons. Perder talvez prove alguma honra nisso; seja como for, entrar parece uma linha do horizonte bem mais próxima do que o habitual, se é que é possível usar essa metáfora.

Sendo assim, liberei um segundo pokémon (Greninja) e anunciei:
- Ok, que seja uma boa batalha então - Kouman, como o rapazinho que se acha demais, já inflou o peito e mostrou-se extremamente convencido de sua vitória. Ran, por outro lado, se afugentou, um pouco taquicárdica - Hmm, Ran, Taunt no Malamar e U-Turn. Kouman, Thunder Wave em Zweilous e Crunch no Malamar.

| #TreinoWinnie | Pincurchin 166 | Starmie 22 | Eelektross 07

Fur Elise

OFF: Os itens equipados dos mons podem ser os mesmos trainers itens q eu equipei no início da rota + lucky egg ~~mds vou tomar um pau~~

Spoiler:

Acho que o veto me deu ainda mais vontade de participar daquilo do que de costume eu teria; não por uma simples birra, mas por sentir que aquilo era algo realmente legal de se ver. QUANDO eu vou ver um movimento rebelde de pokémons noturnos se juntando do absolutamente nada? Bem de baixo do nariz de Chrstina?! O meu líder de ginásio ia ficar DOIDO quando eu contasse isso. DOIDINHOOO! Ele não ia nem acreditar.

Pensei em Matthew por um instante, lembrando do time de motociclista dele e do quanto essa baterna-contida lhe anima em certa medida; aquela missão se tornou mais uma missão de sociedade do que tudo e eu, bem alegre, peguei as duas unidades de doce e estendi a Malamar, olhando o pokémon de cima a baixo. Eu conhecia o pokémon; não tão de perto e nem tão bem, mas certamente sabia do seu potencial. Era engraçado ver um tão mal-encarado em minha direção, provando pra mim que sua feição natural não é o ápice do mau humor: tem como ficar pior.

Cogitei que o problema fosse a falta de um pokémon noturno para me "apadrinhar" naquele encontro, então, em voz alta, eu comentei:
- Se eu tiver um pokémon que vocês aprovem, eu posso entrar? - Foi uma dúvida sincera. Imaginei que precisasse passar por algum tipo de crivo ou algo do tipo.

Na minha mão estava a esfera de Tyranitar agora, apenas a dele; iria liberar se recebesse algum sinal afirmativo.

| #TreinoWinnie | Pincurchin 165 posts | Starmie 21 posts | Eelektross 06 Posts

Fur Elise

Caminhar não era minha atividade física favorita (se é que tenho uma), mas desta vez fiz o caminho com certa facilidade. O suor que escapava da minha testa era de preocupação, enquanto todo meu pensamento se limitava ao fato de que talvez eu estivesse cavando minha própria cova. "Enfrentei uma seita satânica ontem pra morrer perseguindo um Pikachu meio maluco". Sabe o que é, né?! As vezes a sensação de insegurança acovarda mais que a cena em si e tinha algo nessa história toda que me fazia ter medo.

Eu não sou muito teimosa mas desde que entrei nos Rockets eu me tornei um pouco conspiradora. Tudo é uma enorme falcatrua e um plano maligno político para tomar o lugar de alguém. Esse pensamento me fez ter um certo receio com alguns tipos de morte, principalmente a morte inútil, daquelas que você poderia muito bem ter evitado.

Talvez meu maior medo seja morrer de forma inútil; sem deixar nenhuma história interessante pra alguém contar. Um simples corpo estirado no chão que estava na hora errada e no lugar errado, além de despreparada. Não direito que minha história é repleta de traumas pois, apesar das difíceis aventuras, eu (quase) sempre tive ferramentas pra pensar e articular a situação com muita cautela, tendo feito minhas "primeiras vezes" com bastante confiança. Sei que sinto culpa, mas matei, roubei e enganei alguém pela primeira vez com consciência. Nada disso foi feito de supetão; nenhuma agressão minha foi inesperada.

Por isso, o elemento principal de constituição de trauma não me é tão comum: eu não tenho um choque ou um susto muito grande na minha trajetória de vida, salvo duas míseras vezes. Não trarei essa memória aqui, pra não me gatilhar ainda mais, mas o receio de me meter numa grande burrada e não honrar esse "Ideal de Eu" que eu criei para mim: eu até posso aceitar ser um pouco cruel, mas não aceito ser burra.

Aqui, eu sentia que estava sendo um pouco burra. Esse Morpeko por um instante deixou de ser um ratinho comum e fofo e passou a ser um Shiny Ditto da seita do Gilatina. O beco escurou se transformou num enorme cenário de terror que outrora vivi com Freya. Os doces se tornaram drogas e meu coração disparou.

Luta ou fuga. Qual vai ser?!

O instante em que paralisei atrás de Morpeko foi o mesmo instante que um estilhaço de vidro foi ouvido do meu lado esquerdo. Virei o rosto, quase soltei Bragui por reflexo mas me segurei: o medo de piorar a situação me fez segurar o dedo indicador e não acionar o apetrecho esférico. Engoli a seco, tensionei os ombros e vi um Zweilous aparecer para fora do prédio e surpreendentemente relaxei.

Zweilous foi o sinal de que eu não tinha caminhado para uma morte ridícula frente um beco sem saída. Zweilous era o sinal de que eu só estava entrando mais profundamente na minha missão. Não era um desvio de rota burra e desnecessária e muito menos um risco idiota, era só meu instinto me levando pro lugar certo.

Meus ombros caíram, pendi minha cabeça pra trás e vi aqueles dois grandalhões balançarem a cabeça na minha direção. Não eram bonitos e nem simpáticos, mas ai eu lhe pergunto: que pokémon Dark é?! Malamar me lembrou um pouco Greninja, enquanto o pseudo-lendário se assemelhava muito ao meu meu T-tar: grande, assustador e meio mal humorado.

Com um pouco de sensatez e cautela, larguei a esfera de Bragui e a depositei no fundo do bolso da calça, logo em seguida dei um aceno de "olá" com a mesma mão e falei:
- Oi galera, tudo bem? - Perguntei, como se fosse acompanhante de Morpeko - Trouxe uns doces, mas acho que é pouco pra nós quatro, né?! - A mão livre foi parar no topo da minha cabeça e eu a cocei como se estivesse em dúvida - Da próxima eu passo com menos pressa e pego mais...

Sei que pode ser uma coisa extremamente idiota tentar me comunicar com pokémons Darks levemente irritados com a minha presença, ainda mais esses dois que são um bocado forte, mas veja bem: se forem os pokémons Darks que estão fugindo de treinadores e aprontando vandalismos, eles certamente não são selvagens (literalmente). Além disso, quem me garante que se eu começar um confronto aqui, não surjam mais noventa e eu passe a ser uma vítima e não uma investigadora?

| #TreinoWinnie | Pincurchin 164 posts | Starmie 20 posts | Eelektross 05 Posts

Fur Elise

Vai recusar comigo, senhor Morpeko?! A Pokédex me prometeu que você não é desses e ela não costuma errar. Olhei-o parado na frente da vitrine, namorando a estética e o cheiro dos bolos daquele lugar. Seu semblante era um pouco triste e um pouco babão, me fazendo questionar o que diabos passava na cabeça dele. Logo em seguida ele se vira para a mesmíssima direção que estava continua a andar, como quem dizia "agora não!".
- Que disciplina! - Suspirei - Nem comigo te oferecendo um doce? - Indaguei, já imaginando que eu não teria resposta.

E aqui, um pequeno sinal de alerta acendeu na minha cabeça: Morpeko estava fugindo. De mim? Daquele lugar? Não sei ao certo, mas arrisco que a segunda hipótese seja mais válida: se fosse algo comigo, ele já teria me atacado. Certamente não está confortável com minha perseguição, é possível ver isso, mas há algo mais importante para ele a priori. Deixei-o ir um pouco mais a frente, enquanto entrava na loja e pegava dois Crumbles expostos e ia até o caixa, esperando ser rápido. Caso demorasse demais, deixaria o doce ali e voltaria ao cenário anterior, focando em não perder o bendito Morpeko de vista.

Quando o vi novamente, ele estava entrando numa ruela um bocado abandonada, me fazendo ter certeza que sua fuga é muito mais sobre o local em que estávamos do que sobre mim. Um certo alívio me tomou e eu voltei a persegui-lo com mais velocidade, entrando naquela sua esquisita com ele. Era uma boa ideia? Definitivamente não. Aqui eu devo admitir que cogitei tirar um pokémon da esfera, mas temi amedrontar Morpeko. Ao invés disso peguei a esfera de Togekiss e de Greninja e deixei uma de cada da minha roupa, em bolsos laterais. Mantive a mão firme nos dois apetrechos, esperando não ser atacada.

- Ei, pera, pra onde você ta indo? - Comecei a questionar. A essa altura do campeonato eu já estava preocupada com a integridade do Morpeko também. Ele não vai tomar uma SURRA desses pokémons noturnos? - Eu tenho um AirBnB por aqui, a gente pode ir pra lá descansar e comer doce...

| #TreinoWinnie | Pincurchin 163 posts | Starmie 19 posts | Eelektross 04 Posts

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Fur Elise

OFF: O Sleepy, se você puder passar um pano pra mim, eu queria ativar esse Ticket de EXP Aqui óh " Ticket Especial - Bônus de 10% de XP x01 - Validade: 18/02/2024 x01". Sei que já passou o tempo, mas em minha defesa eu não achei que o BF ia durar 8 anos e quando eu criei essa rota tava bem no prazo ainda e eu já imaginava usar QQ

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Wow, pro tanto de doce que tem aqui, esse pokémon deve ser uma enorme bola de gordura e pelo. Vê-lo acordar aos pouquinhos foi realmente gracioso, me lembrando um pouquinho meus primeiros momentos de treinadora, onde minha rotina era dormir e acordar com Meowth e Chikorita, andando para lá e para cá procurando o básico.

Olhá-lo levantando o rabinho, os bracinhos e abrindo os olhos para entender a realidade me tirou um riso simpático. Suas bochechinhas cheias de eletricidade, seu amor por aquela sacola; tudo era muito caricato. Como toda a caricatura, ela me lembrava algo. Algo que já vi antes; um pequeno desespero de um pokémon completamente perdido por ali.

O saquinho nas costas, o fato de andar pra lá e para cá sem se importar em carregar alguém.

Aquele pokémon podia até ter um treinador, mas ele provavelmente está sozinho nesse momento. Como alguém que carrega seus míseros pertences para um lado e para o outro, prezando pelo mínimo que tem. Aos poucos foi saindo de cena e eu, obviamente, fui atrás. Não correndo e nem de forma inquisitiva, apenas estando ali do lado, dando passinhos no mesmo ritmo e lhe fazendo companhia. Fiquei em silêncio por um tempo, esperando que aquele serzinho se acalmasse um pouco e, depois de alguns longos segundos, perguntei:
- O que ta fazendo aqui? - Dei um meio sorriso, fazendo a cara mais serena possível - Sinto que você não precisa de ajuda, mas eu posso ter alguma coisa que te interesse. Não quer conversar?

Como um ser determinado que era, descredibiliza-lhe não parecia a melhor ideia. Por isso, tentei lhe dar a importância que ele queria ter; responderia no seu tempo, não iria lhe pressionar. Se é um pokémon de Galar (e provavelmente nascera próximo de lá, já que esses Pikaclones não saem muito de seus nichos), certamente viajou muito para estar aqui. Se está determinado em carregar seus pertences para longe de mim, é porque não confia em mim. Se seu humor se altera com seu estômago, mexer em sua comida também não parece algo muito bom...

... O que eu poderia era lhe pagar um pequeno banquete e esperar para ver como ele iria ficar. Não faria o convite a priori, mas se passássemos por uma padaria, eu lhe convidaria para se demorar um pouco e sentir o cheirinho de pão. Quem sabe ele não quisesse entrar por conta própria?

| #TreinoWinnie | Pincurchin 162 posts | Starmie 18 posts | Eelektross 03 Posts

Fur Elise

OFF: Ai acabei de rancar os 4 sisos to meio baqueada dsclp qlqr erro grotesco

Como um Google pode ser mais esclarecedor que mil entrevistas né?! Ao menos eu sabia de algo: provavelmente esses policiais não vão me atrapalhar mais do que já atrapalharam. Talvez por isso não me investigaram mais; certamente por isso me deixaram ir mesmo com suspeitas fortes. O engraçado foi perceber que acreditar na honestidade e disponibilidade institucional me fez seguir uma pista bastante errada, fazendo com que eu perdesse BASTANTE tempo.

Claro, esse tempo não me era muito útil pela manhã, já que tudo de "bom" acontece pela noite. Além disso, ser vetada desta praça parece ter me dado bons frutos: se eu sassaricasse por ai com Hati ao meu lado eu só traria péssimos olhares e fofocas. Percebendo o mau-olhado, retornei a pokémon para a esfera e comecei a ponderar se não havia um Dark melhor e menos assustador para invocar.

Ponderei um pouco e decidi que não tinha; Greninja podia ser a única opção viável, mas pelo Protean, ela sempre se sentiu alienada da linhagem e se adapta muito bem a todos os outros tipos. Sendo assim, me restava retornar todos os mons para a esfera e esperar um pouco mais para tirá-los de suas esferas.

Sem nenhum mon ao meu lado, caminhei com certa leveza pelas áreas livres da pracinha e vi um ou outro transeunte curioso. Num desses olhares mais minuciosos à cena do crime, um pedaço de grama chamuscada não parecia tão insípido assim. Uma manchinha amarelada se enrolava em si mesmo e dormia um sono profundo (ou ao menos eu acreditava que sim), com suas orelhinhas bem caídas. Aproveitei a ausência de qualquer pokémon que pudesse lhe assustar e dei passos mansos e sutis em sua direção.

Próxima, vi a sacola transparente e as berrys que carregava e procurei num entorno próximo um treinador que pudesse ser dono daquilo. A priori, eu não conhecia o pokémon. O fato de não conhecê-lo me fez pensar que ele é um bocado raro e, por consequência, só podia ter dono. Se estava com uma sacola de Berrys ao lado, o treinador deve ter pedido para que ele vigiasse e logo voltaria, sendo assim, eu teria pouco tempo para....

Para o que? Raptar seu pokémon?

Bleh, parecia uma péssima ideia. Ao invés disso, tirei um pirulito da bolsa e fui me aproximando devagar. Com cuidado, dobrei os joelhos e apoiei a mão na grama. Tateando com muita cautela, tentei sentar ao lado do pokémon sem que ele acordasse e, se conseguisse, iria pegar o pirulito e aproximar lentamente de sua face, fazendo com que o pokémon sentisse o cheiro doce enquanto estava dormindo.

A ideia era fazê-lo acordar com um nível discreto de bom humor.

No mais, se ele fosse completamente arisco a minha presença e fugisse, eu iria pegar a PokeDex e usá-la, apenas para saber o que diabos era aquele pokemonzinho perdido ali.

[center]| #TreinoWinnie | Pincurchin 161 posts | Starmie 17 posts | Eelektross 02 Posts

Fur Elise

OFF: OI SLEEPY!!! QUANTO TEMPO

Ao fim da explicação de Anna, eu precisei me conter MUITO para não dar uma resposta 100% grosseira. Ela me falar que "não estava levando muito a sério" me fez quase corrigir a frase dela, afinal de contas, ela não ESTÁ levando nada a sério. Talvez por isso a prefeitura tenha tido que contratar uma sociedade pra resolver um problema tão pífio, talvez por isso não há solução até agora, talvez por isso a proporção ta cada vez PIOR!

Do jeito que esses aqui estão com má vontade, parecem até que não ligam pro que ta aconte...cendo... e... pera ai?! E se eles estão por trás disso?

Já fora da delegacia meu cenho franzia e uma das sobrancelhas ficava extremamente acentuada. Será? Seria muita conspiração se isso tivesse acontecendo. Pode ser algo político; talvez eles nem estejam por trás, mas a perda de popularidade do prefeito pode ser vantajoso pra eles! Nossa, será?!

Fui andando para fora da delegacia, seguindo o mesmo caminho que fiz no carro do Policial, mas agora, a pé. Não tinha uma noção do quão longe era a praça da delegacia, mas certamente seria uma caminhada esclarecedora.

Peguei meu celular e comecei a pesquisar notícias dos últimos dois anos e usei três buscas principais: "Greve + Polícia + Mu Island"; "Perído de Eleição + Mu Island"; "Prefeito + Críticas + Mu Island". SERÁ?!

No mais, comecei a pensar nos lugares que eu mais poderia encontrar treinadores de pokémons Dark. Pelo que eu havia entendido, os pokémons em si estavam ficando "malucos" e não seus treinadores; ao menos o Uber havia me confirmado essa história. Isso significaria que eu não precisava ir atrás de nenhum especialista dark, me contentando apenas com algum adolescente que ganhou um Pochyena de aniversário e que mora ali perto do ginásio.

Além disso, o pequeno conselho que eu mesma me dei não era ruim: usar a manhã para alugar um AirBnB próximo da praça me parecia uma boa ideia. Depois da busca, comecei a procurar alguns lugares possíveis para me hospedar por dois dias próximo da praça e comecei a matutar ainda mais. Foi uma caminhada longa, com Hati bem ao meu lado. Ainda não havia curado completamente os machucados da pokémon, mas assim que eu parasse em algum lugar mais fresco, eu usaria uma pequena poção nela.

Sei que não é legal deixá-la machucada assim, mas Houndoom não parecia se importar. Era uma pokémon imponente e tinha em seu âmago um desejo por ficar ao meu lado. Não era inimiga da dor; achava as dores de combate levemente agradáveis. Por isso, posterguei sua cura; sabia que ela ia até reclamar se eu parasse o que estivesse fazendo para usar uma mísera Potion na pokémon.

Certamente não foi uma caminhada tranquila: tentei absorver o máximo de notícias úteis possíveis e comecei a caçar casas para me hospedar. Matutei algumas teorias e comecei a cogitar entrevistar os moradores ao redor daquela praça que, pelo que eu entendi, era bem próxima do ginásio. Além disso, a voz de Anna ecoava em minha cabeça, me mandando vigiar minha pokémon. Eu olhava Hati, ela me olhava e seus olhos amorosos fazia com que eu me desleixasse um pouco disso, mas há algo que eu aprendi: não se peca por excesso.

Se o motivo dessa revolta e algazarra toda for espiritual (certamente não é psíquica, já que noturnos não se submeteriam a isso), não será legal ver Hati sendo arrastada para dentro desta causa; é bom que eu a vigie mesmo.

| #TreinoWinnie | Pincurchin 160 posts | Starmie 16 posts | Eelektross 01 Posts

FINAL - Winnie vs Nakeisha

Talvez o instante que Magnezone resistiu foi o tempo necessário para eu perceber algo que devia estar na minha cara, mas eu não conseguia enxergar: eu venci. A plateia parecia quieta demais e eu demorei me tocar que esta era apenas a bonança anterior a tormenta. Num só hit de Houndstone, a canina fez todo mundo se levantar e gritar.

Meus olhos, trêmulos e arregalados, olhava aquela torcida desorganizada. Minha cabeça rodava, de um lado ao outro, fazendo com que eu enxergasse cada centímetro daquela arquibancada e, por consequência, notasse a presença de todos ali. Só parei de olha-los quando o "nunquinha" acabou, me obrigando a andar até o meio do campo e juntar os meus seis pokémons temporários.

Do olho arregalado, um filete de lágrima se formou. Aos poucos esse filete foi engrossando e eu comecei a entrar em prantos. Agachei um pouco e Clímax foi o primeiro a me abraçar. Jogou o rosto molhado por trás do ombro do megamen e fui recebida por Suspiria que, mesmo paralisada, correu até a mim. Uma lambida na minha cara enxugou mais do que molhou.

Men, o mais deslocado e machucado, ficou apenas ao redor, como um guarda-costa que só vê e não interage. Pearl se agarrafa ao meu pé, bem ao lado de Rosemary, que jogava suas duas crias no meu ombro. Por fim, Gholdengo estava completamente aquém do grupo, indo pra frente e erguendo os bracinhos malemolentes, jogando moedas para cima e aceitando ser ovacionado como protagonista.

O deixei lá, afinal de contas, alguém aqui precisa saber lidar com plateias.

Depois de uns minutos de comoção, levantei do chão e passei a mão no rosto, tentando sumir com os rastros de choro que meu nariz deixava. Funguei bem forte e fui até Kiki, dando-lhe um último abraço e sendo bastante sincera:
- Desde que eu soube, fiquei muito feliz pelo fato de ser você do outro lado - Minha voz era trêmula e eu ainda chorava um bocado. Não iria tomar muito do tempo de Nakeisha, afinal de contas, perder nunca é algo muito agradável e prendê-la ali não seria muito empático da minha parte - Eu vou ir pro cortiço e beber MUITO depois daqui - soltei-a do abraço e dei um beijo no seu rosto, depois fui andando até Iono, esperando os minutos REALMENTE finais.

Não sei ao certo o que acontecer depois disso, havia um pequeno palanque com um troféu e três pokébolas e eu imaginei que minha presença seria requerida lá. Esperei a poeira dar uma pequena baixada para eu verificar o que diabos era aquele beep que meu celular havia feito mais cedo. Apesar da piada anterior, eu não acreditava que era nada do evento; ou era Natalie me respondendo, ou seria algo próximo a isso.

Só que, para minha surpresa, era Kathryne. Era estranho pensar que a garota já estava longe dali, já que a pouquíssimo tempo atrás nos encontramos num canto da cidade de Hearthome para conversar. Dei um enorme sorriso ao vê-la com seu jeitinho indeciso de sempre e logo respondi:

Olha eu diria que a benção de sair mais cedo era enfrentar menos Palafins e Gholdengos chatos KKKKKK
Eu to meio transtornada ainda... não sei, não parece que é real

mas imagina um pódio só da Requiem. Ren estragou o romance

Fiquei um pouco triste por não ter uma mensagenzinha da Natalie sequer, mas é assim, né? Esses vínculos do mundo pokémon são meio desatentos e pouco responsáveis. Abri a conversa com Matthew e COGITEI mandar uma palhaçada pro meu líder de ginásio, mas FELIZMENTE descartei essa ideia logo em seguida porque eu só tomaria um enorme esporro por isso.

No mais, obedeci as cerimônias finais. Provavelmente iam me consagrar campeã e me dar algum troféu, logo depois eu teria que escolher um pokémon e escolheria o Sprigatito, ainda que com muito receio. O pokémon dark era ótimo e eu não havia me apegado nem um pouco a figura de Fuecoco para treinar um. Ainda assim, senti que devia ao type ghost algo, mas deixaria este "algo" faltar.

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FINAL - Winnie vs Nakeisha

OFF: Ai gente desculpa o post ruim mas é mais pra adiantar ~~quero minha rota~~

- A GENTE GASTOU O STURDY, AGORA FORÇA TOTAL! SHADOW SNEAK E DRAIN PUNCH, DUAS VEZES! - Porque eu gritei? Não sei, até então a euforia estava resguardada mas desta vez havia algo que me fazia ter ânimo - Caaara, PRECISO de um churrasco no cortiço assim que sair disso. Vamo mesmo? - Perguntei pra Kiki.

No mais, deixo claro duas percepções minhas: eu não iria devolver aqueles pokémons hoje, eu merecia mais 24h com eles para uma despedida. A outra percepção era um beep de mensagem no meu smartphone, que só pôde ser ouvido com o calmar dos ânimos.

Não o peguei a priori, não queria que Nakeisha me achasse mal educada ao ponto de largá-la do outro lado do campo enquanto eu mexo no celular. Ainda assim fiquei curiosa; podia ser um email dando ao vencedor todos os pokémons que batalhou né???NÉ?????? Claro que não, mas não custa sonhar.

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