Friozinho de Outono

Friozinho de Outono

Chegamos próximo a construção, aparentemente uma cabana de madeira. Apesar de não ser tão seguro viver longe da cidade assim, sem devida proteção como a de uma fazenda por exemplo, cabanas assim não eram tão anormais, tanto que já tive experiências com várias pessoas vivendo em uma dentro de Kanto. Averiguei próximo às janelas e parecia ter ninguém em casa. Seguimos Growlithe até irmos mais a fundo e encontrarmos uma horta, uma horta florida e com alguns arbustos e mudas de berries.
Agora sem dúvida sabíamos que morava alguém ali, e a placa pedindo para termos cuidado com as hortênsias premiadas não permitia duvidar de mais hipóteses. Resolvi que seria melhor ficar quieto no meu canto, me sentar em algum lugar sombreado e descansar a perna por alguns minutinhos. No entanto Growlithe latia sem parar para uma pequena muda de ali umas três folhas. Não sabia do que se tratava, mas resolvi que seria melhor pará-lo.
_ Sada! Para! Seja o Pokémon que tiver aí, ele está com medo de você. O deixe ir, coitado, deve ser o guardião dessa horta, e nós somos os intrusos. Venha, vamos descansar um pouco. De acordo, senhor Pete?
Acredito que o Intimidate de Growlithe seja uma sentença de começar uma batalha instantaneamente. Se há um Pokémon ali provavelmente seja do tipo planta, e eu não duvido que esse possa jorrar alguns esporos no nariz do canino por estar com medo. Batalhar aqui também seria problema, destruiria uma horta particular e isso poderia nos causar dor de cabeça.
Como o mercante se sentia sobre a situação?

Friozinho de Outono

Não queria incomodar ninguém, talvez a pessoa que morasse ali também não quisesse incomodo. Só queria me sentar abaixo de uma sombra fresca e descansar meus pés... Mas Pete tinha razão, estávamos atrás de uma baga em especial, e para alguém ter um jardim desses próximo ao deserto talvez deva ter conhecimento sobre a vegetação local.
Não exitei, me aproximei da porta, e com a traseira da minha mão bati exatos três "tocs".

Friozinho de Outono

Percebi que se realmente houvesse alguém ali, não queria nos atender. Por fim encostei minhas costas à parede de madeira e recolhi o cantil de água guardado em um dos bolsos de minha mochila. Refresquei a boca seca com pouco liquido, pois sei bem o quão essencial água me seria na travessia do deserto.
Era possível sentir um ventinho gelado soprando sobre nós, mas meu corpo já estava quente, e por isso tirei aquela vestimenta escura e amarrei suas mangas em minha cintura. Pete sugeriu continuarmos e parou sua frase após um "ou".
_ Continuemos. Já estamos perto mesmo. Certo, Sada?
O canino parecia ainda conturbado com a planta... Resolvi continuar a ignorar tal possível Pokémon.

Friozinho de Outono

Voltamos a caminhar, desanimando o senhor que queria procurar por mais informações e do canino que queria encrencar-se com a planta. Eu realmente queria chegar logo, sem mais enrolações, mesmo que isso significasse o desapontamento por parte de meus companheiros.
Andamos um tanto bom, até podermos ver uma nuvem de poeira encobrindo o local destino. Pete afirmou que teríamos dificuldades a partir de agora e questionou se tínhamos água o suficiente. Eu olhei para ele e dei um sorriso canteiro.
_ Fique próximo de mim, não podemos nos perder de maneira alguma. Se tiver algum tipo de óculos para proteger os olhos e algum lenço para evitar areia no nariz e boca enquanto conversamos, pegue e se equipe agora. Sada, obrigado pela companhia, descanse por favor.
Ao recolher o cão para sua pokébola e a guardar em meu bolso, joguei minha mochila ao chão e tudo que encontrei foi um pano de prato a qual sempre carrego. Sobrevivência é isso, eis de usar o que tenho.
Me levantei e joguei a mochila de volta às costas, com um pano branco em meu pescoço. Normalmente era para se estar assustado, mas a dimensão da vista do deserto me animava, aliás, poderia encontrar ali o treino que tanto busco a um tempo para definir meu estilo de treinador.
_ Vamos?