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S02 - Tea Party: A Toast to Madness

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Tea Party: A Toast to Madness




Observei o meu sorriso com um olhar crítico. Rodopiei, tentando mantê-lo a todo custo em minha expressão. Duas tentativas. Três... Quatro... Quando obtive um resultado satisfatório eu já sentia o cenário mudando de lugar pelo efeito da tontura. Ensaiar não era o maior desafio. Superar as minhas expectativas e vencer a minha recente crise de falso perfeccionismo eram as verdadeiras vilãs, por outro lado.  Há dias eu já não aguentava mais me ver girando, treinando expressões ou simplesmente me arrumando na frente daquele maldito espelho.

Passionate Desire. Esse era o nome do Outfit escolhido por mim para encenar uma das peças inspiradas em “Alice no País das Maravilhas”. Poderia não ser o traje que mais combinava com o tema, mas ainda tinha certa ideia geniosa por trás da fantasia. Ao contrário do que havia pedido, estava o vestindo de forma espalhafatosa, combinando um pouco mais com os personagens excêntricos e marcantes da história.

O mundo da maquiagem era novo para mim. Não que eu tivesse aprendido muita coisa, apenas o básico que foi mal executado nas primeiras seções. Rosemary quase retirava o rímel das minhas mãos e a fazia por mim, entretanto eu precisei impedi-la várias vezes, ou eu nunca melhoraria nisso. Para o meu azar, tanta movimentação repetida que valia cinco vezes mais ao que eu realmente faria durante a peça acabaram danificando um pouco da “Make”, como dizia a loira. Ugh. Isso significava mais tempo para ser gasto nos toques finais.

Terminei de rever algumas passagens importantes, lendo o Script uma última vez e indo em direção ao camarim. Ainda exalava o perfume refrescante que escolhi e o cheiro do sabonete do banho gelado tomado há meia hora atrás. A plateia não sentiria o meu odor, é verdade, mas eu me sentia muito mais confortável com a sensação do suor bem longe de mim. Cumprimentei educadamente cada pessoa que passou por mim, fosse ela do elenco, produção, ou faxineira, antes de sentar em frente a uma das penteadeiras.

As minhas madeixas ruivas caiam naturalmente, sem qualquer alteração brusca no penteado. Ele estava apenas um pouco encaracolado nas pontas, a pedido do diretor. Peguei o rímel e retoquei o olho direito, o único pelo qual ele escorria, como se eu tivesse chorado apenas por aquele lado do rosto. Na minha bochecha esquerda um pequeno coração feito com maquiagem pedia um pouco de atenção, o pintei pela última vez, antes de ir me encontrar com Rosemary e o elenco. A peça começaria daqui há duas horas.

Os três dispositivos que carregavam as minhas escolhas para o Evento estavam presos por um suporte no acessório azul direito, muito parecido com um cinto, acima da primeira fivela rosa. As duas Poké Balls vermelhas, posicionadas nas extremidades, eram de Braixen e Raichu, enquanto a roxa, no centro, era a da Delcatty, trazendo um detalhe a mais para o meu visual. Cantarolei, sem me importar com qualquer um a me observar, esperando a chegada de Rosemary e do diretor.

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Tea Party: A Toast to Madness

Estar ali naquele teatro me dava diversos flashes passados, a um ano atrás quando eu participei do teatro Sootopolitano ao lado de meus adoráveis Water-types. Foi um grande sucesso e o público aclamou minha performance, mas agora um novo teatro surgiu aqui em Forina e estava tudo uma correria. Diversos atores estavam tentando decorar seus textos e é claro: uma performance de tirar o fôlego e eu é claro estava entre eles. Confesso que meu coração estava a mil por hora, por mais que eu já tenha feito isso anteriormente, sempre que algo assim acontece eu fico nervosa ao extremo. Se concentrar é uma tarefa bem complicada. ainda mais para mim que era toda tímida assim com estranhos, o pior era que aquele teatro de Forina parecia abrigar um público tão imenso quanto o de Sootopolis, isso é se ele não for maior desta vez.

Mas bem somos atores, não? Temos que saber lidar com o nervosismo e encontrar uma forma de tirarmos os problemas da cabeça, clarear a mente e ter um único foco: você mesmo. Essa era uma das minhas motivações este ano, poder demonstrar isso em mim vai ser ótimo e bem eu não estaria sozinha. Haruki que esteve comigo durante esses dias conturbados, eu não podia ter escolhido pessoa melhor para representar este maravilhoso trabalho comigo. Além do mais era Alice no País das Maravilhas, uma obra perfeita. Estar no cenário e ser uma das personagens do longa me deixava cada vez mais ansiosa para começar.

Meu figurino estava belíssimo, eu iria utilizar uma peça rara utilizada por mim. Flower Gothic Lolita. O nome da minha fantasia em que usei em meu segundo Contest aqui na região de Hoenn. Ele significava bastante coisa para mim, pois foi utilizando ele que eu dei um grande passo em minha carreira como coordenadora, participar desta vez com ele em uma peça que utilizaria elementos que lembrava os palcos seria um ótimo retorno. Eu não pude deixar de colocar as mãos nele e dar os retoques finais, né? Estava belíssimo e eu estaria perfeita como sempre naquela roupa.

Me encontrei ali no camarim ao lado do coordenador enquanto tentei ajeitar a sua maquiagem borrada, mas graças aos resmungos de Haru ele quis que ele mesmo fizesse isso para que ele melhorasse neste lado maquiador dele. Relutei, mas sem sucesso. — Você iria ficar maravilhoso com os meus retoques, mocinho! — Gesticulei enquanto segurava a derrota dentro de mim. Observei-o atentamente enquanto ele tentava replicar o tutorial que havíamos assistido antes, mas ele logo borrava a make novamente. Eu não pude deixar de lançar um sorrisinho de convencida, lembrando o clássico "eu te avisei". — Com o tempo você melhora, Haru! Tem que deixar de ser mais orgulhoso mocinho! — Brinquei enquanto sorri novamente ao rapaz.

Após nos arrumarmos, observei no espelho o quanto eu estava bela naquela roupa preta. Por céus, eu me pegaria se pudesse. Eu estava uma grande gostosa e nada e nem ninguém me diria o contrário. — Belíssimos e perfeitos, Haru! Vamos arrasar! O que acha de lermos mais um pouquinho do script? Temos que dar o nosso melhor e erros não está em meus planos... Imagina? Seria o pior vexame que eu pagaria desde o meu primeiro Contest! — Proferi ao rapaz enquanto que eu me relembrava do fiasco que havia sido a minha primeira fase de batalhas em um Contest onde eu acabei pro nocautear sem querer o Chatot do meu oponente, o que me fez arrancar muitos pontos e me retirar do pódio. Uma pena, pois minha apresentação visual e artística havia sido o melhor da noite.

Uma cabeleireira logo veio ao meu encontro após eu requisitar uma, ela iria fazer o meu cabelo enquanto que eu continuaria a decorar os textos. O penteado escolhido pelo diretor para a minha personagem havia ficado perfeito em mim, após eu vê-lo melhor. Este processo rendeu uma hora e meia e logo eu estava propriíssima para dar close no palco. — Acho que isso é tudo, espero não errar nenhuma fala! — Proferi enquanto segui na direção do ruivo, que já estava me esperando.

Minhas escolhas para aquele evento não eram nenhuma surpresa, principalmente se tratando de Lilligant e Mismagius, de longe duas de minhas melhores Pokémon para concurso. Elas significavam muito para mim, Mismagius foi a responsável por me alavancar com a melhor performance enquanto que com Lilligant foi a que me fez ganhar o meu primeiro contest aqui em Hoenn. A minha terceira e última escolha seria uma grande novidade ao público, era Smoochum cujo Haruki já havia conhecido-a anteriormente. Seria uma ótima oportunidade de mostrar a capacidade dela nos palcos. Ela estava acompanhada sob uma esfera azulada que eu mandei confeccionar justamente para que ela brilhasse. A verde de Hanna ou a roxa de Agnes ficariam em falta, eu não queria que elas ofuscassem a grande estreia de Kissa.

Agora tudo o que eu e o garoto tínhamos que fazer era aguardar a chegada do diretor da peça com as´ultimas informações antes de entrarmos no palco. Meu coração acelerou ainda mais enquanto que eu tentava também não demonstrar preocupações de suor.

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The Wondercity of Mistery

Decidida a superar o Teatro Sootopolitano de uma vez por todas e consagrar-se na história de Hoenn como a melhor anfitriã para Grandes Eventos, a Cidade de Forina transformou-se efetivamente em um verdadeiro País das Maravilhas.  Cada pedacinho da metrópole respirava os ares de Alice, seja na decoração das ruas, na pintura em muros, nas fantasias e cosplays dos transeuntes e também... No som. Uma música agradável composta exclusivamente para esta ocasião tocava como som ambiente por todas as ruas, alternadamente aos avisos sonoros que indicavam aos curiosos, atores e espectadores, para onde deveriam ir e vir.

Diferente de uma peça teatral comum, com início, meio e fim dividido em atos e que utilizava de um elenco único, o Evento de Forina teria um “quê” de Festival. Uma semana completa com apresentações diferentes, verdadeiros “curtas” desenvolvidos individualmente ou em dupla, que poderiam reproduzir fielmente os fatos escritos na obra clássica ou simplesmente inventar novos, deixando a imaginação trabalhar... A palavra de “ordem” era realmente, RECONSTRUÇÃO! E foi nessa vibe que Haruki e Rosemary construíram as bases de sua apresentação, juntamente de um dos muitos diretores que se debruçavam sobre os roteiros dos inúmeros “curtas”. Ambos os Coordenadores, com suas próprias histórias de vida e experiências, apesar de estarem caracterizados um pouco destoantes entre si, vinham dispostos a mostrar o melhor de sua pessoa, mas sem deixar de se divertir, é claro...

No dia da apresentação, ainda nos bastidores, a dupla de Coordenadores terminava os últimos retoques, esperando a presença do Diretor, que lhes entregaria as orientações finais antes do evento começar. Era natural os ânimos estarem exaltados e à flor da pele, o que levava a dificuldades inesperadas em tarefas aparentemente simples... Nada que uma longa e profunda respiração não resolvesse. De todo modo, a espera que parecia eterna, finalmente havia chegado ao fim, assim que o Diretor da dupla deu as caras. Ele carregava o pesado roteiro, cheio de marcações e post-its, que indicavam pontos importantes a terem uma atenção maior, no momento do show. Entretanto, não havia nenhuma surpresa, afinal já haviam repassado tudo isso juntos inúmeras vezes.

— Meus amores! Estão DI-VI-NOS! Sabia que era muiiito melhor deixar que vocês tivessem passe livre para escolher o figurino. Uma mescla de temas, tão maravilhosos quanto o próprio País das Maravilhas. Inclusive, não esqueçam do âmago da nossa apresentação... Mostrar o caos inerente de um país maravilhoso, na busca pessoal incessante pelos objetivos morais, mas também obscuros do interior de cada um de seus personagens... Ou seja, sigam o roteiro, tudo bem?  — Comentou o Diretor, abraçando os Coordenadores e dando um “beijinho no ar” em cada um deles. — É, já está mais do que na hora de começar... Respirem fundo, cabeça altiva e QUEBREM A PERNA!

O Diretor desejou tudo de bom à dupla, tocando gentilmente em seus ombros e os direcionando para fora da coxia, na direção do palco. Haruki e Rosemary caminharam adiante então, alcançando a primeira cena do primeiro ATO: a Balada Maravilhosa!  O cenário era bastante contrastante... Havia uma espécie de parede, separando os dois lados do palco. Na esquerda, onde os atores principais encontravam-se, havia apenas espaço vazio, com a presença de um coadjuvante mal-encarado e grandalhão, que obstruía o caminho da dupla. Acima dele, uma placa indicava o nome do lugar “MARAVILHOSA”, escrito em letras garrafais em neon, claramente a porta de uma boate, onde o tal personagem deveria ser um suposto segurança, mas que estava curiosamente fantasiado de uma... porta, com uma proeminente maçaneta no lugar da sua grande barriga.

Em busca do local exato da Festa do Chá, Haruki e Rosemary  acabaram seguindo um grupo bastante suspeito de pessoas fantasiadas de Bunneary e Bunnelby, visivelmente apressados para algum evento... O grupo de lebres, contudo, ao invés de leva-los diretamente ao objetivo esperado, adentrou num estabelecimento exótico e berrantemente iluminado, desaparecendo na escuridão que surgia após a porta de entrada e deixando a dupla de turistas “a ver navios”. De todo modo, eles agora se encontravam diante de uma ta... Balada Maravilhosa...? Que certamente não era a Festa do Chá que esperavam alcançar... Estariam nossos heróis completamente perdidos, além de atrasados? Aparentemente, só havia uma pessoa a se tomar as informações necessárias e esta, não parecia disposta a fazer novos amigos...  — Disse o narrador, enquanto todo o cenário ficava à meia-luz, deixando apenas três spots iluminados, cada um em um dos personagens mais importantes desta cena. Seguindo o roteiro, deveria ter uma interação entre eles, restava então aos Coordenadores seguir corretamente o roteiro.


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Fiquei aliviado ao descobrir que nosso figurino havia agradado o Diretor, isso retirava boas toneladas dos meus ombros. Respirei profundamente para processar toda a sua fala, tentando não me intimidar com a lembrança de que bastava seguir o roteiro. O último evento teatral exigiu boas improvisações de mim, porém ninguém além do elenco e da produção havia percebido, talvez eu precisasse dessa mesma astúcia em palco daqui há alguns minutos.

- Obrigado. Vamos dar o nosso melhor, não é Rose? – Agradeci o homem utilizando um tom animado, já incorporando um pouco do personagem.

Ele nos levou em direção ao lugar onde entraríamos no palco. Cantarolei mentalmente e andei como se estivesse dançando uma música caótica, sem ter qualquer ritmo bem ordenado. As horas que passei ensaiando com Myrtil valeram a pena, e muito! Os movimentos estavam incrivelmente mais naturais do que há dias atrás, caso eu praticasse isso por mais algumas semanas eu poderia usar em um Contest com uma maestria surpreendente.

~~X~~


O narrador começou contando o enredo antes da primeira cena. Ficar perdido por causa de lebres e coelhos? Era tão eu! Na verdade, eu tive a sensação de “Dejavu” quando li a passagem pela primeira vez. Tenho certeza de que um Vivillon fizera a mesma coisa comigo, propositalmente ainda por cima. Entrei em cena andando da forma ensaiada e olhando para os lados, esboçando uma expressão confusa.

- Não querendo ser esse tipo de pessoa, mas já sendo, eu avisei! Seguir gente fantasiada de coelho sempre dá errado! Acho que nem eles mesmos sabem para onde estão indo! - Olhei para Rosemary, minha voz era alta e bem-humorada.

Esperei a jovem terminar de falar para lançar um olhar curioso e confuso sobre a porta-homem. Pisei várias vezes no mesmo lugar, o observando com olhos brilhantes e animados. Andei em sua direção mantendo o tom dançante e saltitando durante o percurso. Toquei em sua maçaneta e tentei vira-la, obviamente não conseguindo.

- Awn. Acho que tá trancado! – De certa forma, eu seria o alívio cômico na maioria das cenas. – Hey homem-porta! Ou porta-homem? Como você prefere ser chamado??! – Perguntei rapidamente, não deixando tempo para ele responder, assim como eu deveria fazer. – Sabe nos dizer onde estamos?! Hey!! Melhor ainda!! Onde é a Festa do Chá?!!

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Não pude deixar de dar um sorriso ao ouvir as palavras do diretor ecoarem na minha cabeça. Eu não podia de hipotese alguma decepciona-lo, teria que dar o meu melhor após ler esee roteiro diversas vezes seguidas, as vezes sem pausas de tants concentração.

Enquanto isso eu e Haruki davamos os retoques finais antes de entrar em cena, isso era totalmente normalvantes de se estrear um espetáculo. Apesar disso a escolha do diretor em fazer mini curtas conosco era uma ideia interessante, a parte em que nós dois ensaiamos foi muito boa. - Disso eu não tenho dúvidas, Haru! - Finalizei ajeitando o meu cabelo que havia se bagunçado.

E então o ato começou, o narrador fazia a introdução inicial enquanto que logo os personagens principais entram em cena. Haru e eu andávamos pelo palco enquanto interpretavamos nossos personagens.

- Certamente! Não estava em meus planos seguir essas pessoas! Precisamos chegar nessa maldita Festa do Chá o quanto antes e eles devem saber onde fica, deuses porque correm tão rápido?! - Pronunciei enquanto que logo davamos de cara com algo bem peculiar que o rapaz já foi logo explorando.

Exploramos aquele lugar estranho com uma pitada de humor nas cenas interpretadas pelo garoto enquanto que a minha personagem tinha um tom mais sério, ameaçador. Era uma mistura interessante a ser trabalhada naquela peça. - Não acho que você ficar aí falando sozinho que vai fazer isso te responder, querido. - Disse mantendo um olhar de dúvidas ao rapaz enquanto qie a cena corria.Agora era só esperar o próximo take e realizar as próximas ações.

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The Wondercity of Mistery

Quando Haruki e Rosemary subiram ao palco, as luzes quentes dos holofotes focaram em seus rostos. Era um calor realmente desconfortável, ainda mais se considerarmos a maquiagem que escolheram utilizar. Contudo, era uma situação enfrentada por todos os atores e precisava ser contornada se quisessem ser o mais profissional possível. Bem, pelo menos nesse início, a dupla de atores parecia tranquila em sua atuação, sem se preocupar com obstáculos. Nos primeiros segundos da peça já ficava claro o "papel" de cada personagem na construção da narrativa. Isso inclusive havia sido decidido e transmitido aos dois logo nas primeiras leituras coletivas do roteiro: o rapaz seria o alívio cômico na maioria das cenas e ele logo demonstrou essas habilidades em serviço, arrancando umas risadinhas da plateia, principalmente pelas suas expressões corporais cheias de desenvoltura. Já Rosemary seria mais séria, trazendo um belo contrabalanço às ações de seu parceiro, equilibrando assim o humor daquela apresentação.

— Mas... Mas... Quem me tocas? Ah! Um rapazinho e uma "rapazinha", ora bolotas! Bem-vindos então meus jovens, à Balada Maravilhosa... Ho ho ho... Eis um dos caminhos que é o primeiro caminho no caminho para Wonderland. Tudo o que quiseres ser e alcançar, encontrarão aqui dentro, é só entrar... É claro... Por um pequeno preço...  — Dizia o homem grandalhão, vestido de porta e maçaneta. Ele tinha um jeitão engraçado, pois sua silhueta era bem "fortinha", com uma barriga proeminente, que era uma verdadeira antítese a ideia de ser uma porta. Além do mais, ele tinha uma fala mansa, com uma voz idosa, que mais lembrava o Papai-Noel. O personagem, cuja face mal podia ser vista por baixo de uma maquiagem texturizada de mogno, alisou a barriga-maçaneta lustrosa com as duas mãos e pigarreou, mantendo-se em silêncio tempo suficiente para que a plateia pudesse focar na expressão facial de curiosidade dos dois personagens principais, cheios de trejeitos marcantes. Em seguida, desatou-se a falar e explicar melhor o que tinha a propor.

— Pois vejam bem meus mancebos, todos que aqui entram me dão nos nervos! Mas vocês são gentis e parecem dignos, por um preço bem pequenininho, poderão entrar de fininho — Completou o personagem, retirando de dentro de... "bolsos"? Dois pequenos frascos, escritos com algo curioso: à direita, uma espécie de lata de biscoitos... do outro, uma garrafa bonita e estilizada, com curvas salientes e uma tampa abobada. — Deste lado tens o que comer e deste outro, o que beber. Enturmar-se é PRECISO um pouco, então por que não chapar o coco? — Completou animadamente a porta falante, deixando que cada um dos personagens escolhesse qual alimento tomaria e iria ingerir. Como dito pelo diretor, eles seriam livres para decidir e dependendo da escolha, deveriam assumir as consequências com maestria: O bolo tornaria a pessoa que o ingerisse, extremamente segura de si e arrogante, enquanto aquele que resolvesse beber, acabaria diminuído e com a auto-estima em baixa, lhe restando apenas a tristeza e o choro eventualmente. De todo modo, ao ingerirem aqueles alimentos, eles ganhariam a chance de entrar na tão famosa Balada Maravilhosa, onde diversas pessoas com fantasias exóticas se misturavam, ainda no lado pouco iluminado do palco. O público podia ver pouco de suas formas, mas havia mais de um chapéu gigante e esfarrapado, assim como as máscaras de Bunnelby e Bunneary que encontraram anteriormente. Sendo assim, quais seriam as decisões de roteiro interativo que a dupla escolheria para seguir em frente?


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Aquelas luzes de fato não me incomodava nenhum pouco, eu era uma estrela em Ascenção e já estava acostumada com elas desde os Contests, além de que eu também não era uma estreante no mundo dos teatros.

Voltando a narrativa, o bobolhão do Haruki logo continuava a bater na porta enquanto que minha personagem ficou ali parada revirando os olhos. Porque não ir embora? Rosemary pensou e pensou, mas ele decidia continuar para o azar dela.

Para a nosaa surpresa um homem logo surgia e citava uma tal de Balada Maravilhosa. Tinhamos que passar por ali para chegar até a Festa do Chá. Mas que droga... E ele ainda pedia um preço. Mas que abusado. - E que preço seria este? - Perguntei como sempre com um semblante sério aem demonstrar muitos sentimentos.

O homem logo mostrava duas coisas, algo para beber e algo para comer. Cada um timha que escolher um e ingerir para poder entrar na Balada Maravilhosa. Mas que velho abusado.... E se tivesse veneno ali? Ele seria capaz de fazer uma atrocidade como essa? - E que garantia temos de que você não está mentindo em? - Balbuciei arqueando as sobrancelhas enquanto esperaria uma resposta do homem.

Enquanto iss eu olhava para o paspalho do personagem do Haruki e já tinha em mente qual escolher. - Bem eu vou ficar com a bebida você querendo ou não. Esses biscoitos combinam mais com você. - Proferi séria enquanto que eu aceitaria a bebida e a beberia após a resposta do homem. Sendo assim eu me certificava de assumir as consequências de minhas ações.

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Assim que o personagem secundário começou a falar eu dei um passo para trás, esboçando uma expressão de surpresa, como se eu tivesse levado um susto. O movimento foi bem natural, talvez pela familiarização natural que eu tinha com aquele sentimento, ser desligado do mundo tinha os seus lados bons, porém os frequentes sustos, principalmente motivados por barulhos altos, não eram um deles.

- Ele fala! E de um jeito engraçado também! – A frase até poderia ser debochada, caso fosse dita pela menina, mas com o meu tom ela soava mais como uma descoberta fascinante. – Desculpa moço, não temos dinheiro! Aliais, você por acaso é parente de um velho estranho que veste vermelho? Sabe, o que invade casas em plena noite de feriado e deixa presentes depois da nossa pobre geladeira ter esvaziado?

O tom das últimas falas estava no meio termo do deboche, do humor e da personalidade inquietante do meu personagem. Imitar a rima do homem-porta foi um pouco desafiadora, mas com um pequeno improviso consegui manter o que estaria originalmente na peça. Quando ele disse a sua parte e nos mostrou os alimentos que teríamos que escolher, andei ainda mais para trás, indo para perto da jovem vestida de Lolita.

- Não sei não... Tenho a certeza de que já escutei esse sermão. – Mantive as rimas do outro personagem. - “Não aceite comida de estranhos”, a não ser que ela seja um... Deleite? Como você consegue falar tudo desse jeito, caro amigo porta-estranha sem defeitos? – Brinquei um pouco com aquela situação toda, antes de voltar ao momento decisivo. Peguei o pote de biscoitos e comecei a comer os doces despreocupadamente, mais de um, ao contrário da precavida Rosemary, como se nada fosse acontecer demais. – Garantia? Por que você não falou disso antes de eu ter comido metade dessa porcaria?! – Atuei como se nem tivesse prestado atenção nas palavras de aviso da menina, ignorando as que vieram depois e a retomando logo após ter comido boa parte das sobremesas. – Desde quando eu sou tão maravilhoso?!! – Encarei o meu reflexo na maçaneta do personagem, fazendo várias poses e quase o beijando.  Agora bastava aguardar as falas dos demais para prosseguir a peça.

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A interação entre os dois atores era perfeita, o que facilitava bastante para o coadjuvante guiá-los na cena em uma direção desejada pelo diretor. Um dos pontos altos foi o momento em que Haruki começou a "imitar" o homem-porta, arranhando algumas rimas, assim como quando Rosemary levantou a possibilidade de estarem em uma armadilha, perguntando sobre "garantias" e trazendo assim uma música ambiente de mistério disparado pelo pessoal da sonoplastia, que só foi interrompida, abruptamente, pela fala do rapaz, que com a boca cheia de biscoitos, soltando farelos para todos os lados, reclamou de não ter sido avisado anteriormente. Depois disso, houve alguns segundos de silêncio por parte dos atores, esperando a plateia rir a vontade e não perder os textos seguintes, dando continuidade à cena.

Trazendo a atenção de volta para o palco, Rosemary agiu, retirando a garrafa de seu lugar repentinamente e tomando o conteúdo suspeito, mas aparentemente refrescante de seu interior. Um sorriso largo e um tanto malicioso surgiu nos lábios carnudos do homem-porta, que afastou-se ao som rangente de ferro sem óleo, também lançado pela sonoplastia. Fazendo uma reverência atrapalhada, ele apontou para o interior da tal boate, ao mesmo tempo em que uma música, ainda baixinha, mas de batidas fortes e ritmadas começou a tocar pelo ambiente do Teatro. Conforme a dupla adentrava, esta música ficava mais forte e intensa, emulando realmente o ambiente que surgia. Como já dito anteriormente, o local estava recheado de figurantes, a maioria com máscaras de lebre, coelho e roupas extravagantes, assim como os acessórios.

Além destes figurinos, havia um bar com alguns banquinhos próximos da extremidade direita do palco e um tablado ao fundo, emulando um "palco sobre palco", com direito a microfone para quem quisesse subir e tentar dar um show. Nesta etapa da peça havia mais uma oportunidade para que Haruk e Rosemary escolhessem o caminho que seguiriam, desde que se propusessem às consequências de seus respectivos alimentos consumidos. A Rocket, por ter consumido a bebida, deve começar a desenvolver uma personalidade auto-piedosa, auto-destrutiva e de baixíssima auto-estima, independente do que resolvesse fazer, como pensar em conquistar alguém, mas desistir antes de começar, por exemplo. Já Haruki, por ter consumido os biscoitos, deveria ganhar um forte senso de poder, como se fosse capaz de fazer tudo o que quisesse, como por exemplo, subir ao palco e cantar e dançar, achando ser um verdadeiro popstar... Como será que os dois atores realizariam isso?


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O gosto dos biscoitos não era lá dos piores, era até bom para algo que seria usado de forma tão simples. Entretanto, eles eran mais leves e grudavam menos que os tradicionais, o que me fez agradecer mentalmente por isso. Consegui retirar qualquer tipo de resíduo deles com a língua e os que ficaram em meus lábios foram removidos com um gesto nada discreto, aquele personagem pedia por isso, afinal.

- Até que esse lugar não é nada mau. Só que nós podemos melhorar bastante isso aqui!! – Deixei o meu tom mais animado e a minha expressão corporal mais solta, como se estivesse me preparando para dançar junto com aqueles figurantes. – Um palco?! Por que não estamos lá em cima ainda?! Vem Rose! – Tentei agarrar o braço da adolescente para leva-la apressadamente. Porém, era a deixa dela bancar a tímida e me deixar frustrado.

Balancei a cabeça incrédulo e levei a minha mão ao cinto acessório, retirando as duas esferas de captura enquanto me misturava com alguns figurantes, dançando entre eles para chamar ainda mais atenção para a cena. Durante os movimentos, os dois bípedes se manifestaram, imitando os meus passos e fazendo os seus próprios. O Raichu e o Braixen eram perfeitos para aquela parte do espetáculo, pois ambos gostavam da atenção do público em si e não tinham dificuldade para se expressar naquela circunstância, pelo contrário, até se sentiam mais motivados.

- Estou te dando a chance de ser a Backing Vocal se quiser!! Vamos mostrar a esses coelhinhos algo digno de aplausos e fazê-los implorar por mais!! Nossa banda será famosa, terá prestígio!! E eu quero muito mudar essa música horrorosa!! – Tentei convencer a coordenadora, incorporada em seu personagem, enquanto Myrtil e Aiko faziam pose para o público e se escoravam em mim.

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