O projeto de ator, diante dos difíceis questionamentos, procurava mostrar para o respeitável público que o acompanhava nesta fictícia jornada que estava tendo dificuldades em mais esta etapa da peça. O cavaleiro rodava de um lado para o outro, pensando e então, comunicando seus raciocínios, acertava a primeira charada!
A máscara sorria e logo o cumprimentava – Muito bem, não esperava menos do Witcher. O homem é a medida de todas as coisas. Uma frase verdadeira no outro mundo e menos verossímil por aqui... até os tempos recentes. Precisamos de alguém que coloque sentido e retidão nos rumos deste país novamente.... enfim, vamos à segunda!
Joul, para responder à segunda, se valia de algo fora do Script, para aprofundar ainda mais seu personagem para o público e criar um vínculo maior com a peça... fazer tudo aquilo mais que apenas uma apresentação. O treinador e ator tinha que mostrar que estava encarnando o personagem de vez, ficando fidedigno a um honrável cavaleiro!
Ao ouvir a frase, a máscara parecia se deleitar e ficava contente por Terri ter acertado tudo – Isto mesmo, jovem cavaleiro, a busca pelo conhecimento, de fato, molda o homem! Siga adiante, seu último desafio o espera... – a máscara então, se partindo ao meio, caio ao chão (apenas no telão), abrindo, com isso, a porta da Universidade para o cavaleiro!
Então, as cortinas se fechavam e mais trabalhadores apareciam para criar o novo cenário. Na volta, Joul estava em um grande salão, montado pelas maquetes no palco. Escuro, se não fosse pelas luzes de LED pelo palco. Por fim, podia ver o que parecia um elevador (que na verdade era uma pequena “sala” travestida de elevador, que somente o era assim para os espectadores na realidade aumentada). Ao adentra-lo, sabia que deveria ficar por lá alguns instantes, fingindo que estava subindo com a máquina... uma novidade para o cavaleiro que jamais havia visto aquilo!
Passados alguns segundos, ele deveria abrir o outro lado da porta do cubículo em que estava, dando para outra parte do palco (para os espectadores, ele iria abrir a porta do elevador depois de subir bastante). O novo cenário era de luzes em lamparinas, fracas e pouca ventilação... recheada de estantes de livros, um planetário no centro em cima (apenas nos telões). Eram livros, pergaminhos, objetos “tecnológicos” sem fim! Enquanto andava, admirado, encontrava no centro de tudo um pequeno gato que carregava uma espécie de muleta consigo.
O ator que estava vestido do felino era bem baixo para caber ali, provavelmente alguém com nanismo. A voz do ser era baixa e calma, logo conversando com o cavaleiro – Pois veja que maravilha temos aqui! O majestoso Witcher conseguiu vencer os desafios que coloquei... muito bem! Devo dizer que esperava alguém mais... velho. Você não parece ser muito experiente para comandar uma Revolução... pelo visto Alice deve estar cuidado da maior parte... que garota levada, tsc!
O pequeno ator rodeava o cavaleiro enquanto conversava, com passos lentos, analisando cada aspecto do treinador/cavaleiro – Eu na verdade tiver que agir como agente duplo para ajudar o Rei. Eu há muito tempo havia me aposentado de ser seu conselheiro, afinal, sempre era bom dar lugar aos mais novos, com mentes frescas e inovadoras! Nem um rei governa para sempre... e isso também é verdade para seu conselheiro! RARARARA
Entre as falas, o ator fazia pausas, provavelmente para que o público pudesse entender tudo e apreciar aquela interação – Voltei para “servir” ao Chapeleiro e ele logo aceitou, me colocando no lugar de onde passei metade da minha longa vida... a Universidade. Ele queria alguém quieto que não enchesse ele de problemas... bem, consegui me passar por isso facilmente, mantendo as chamas da rebelião baixas... mas acessas. Estava à espera de alguém que pudesse provar o seu valor... por acaso é você? – dessa vez, o ser que mal aparecia os olhos, mostrava sua íris azulada, fitando atentamente o treinador