Pokémon Mythology RPG
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#003? - Na trilha do ouro.

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Assim que eu tocava o bebedouro... Bem, não consigo descrever a sensação por completo. Mas tentarei. Num espaço de três segundos, fui sugado de onde estava, naquela sala estranha dum abrigo em Mountrock, e pude sentir todo o meu corpo ser comprimido num diâmetro um pouco menor da abertura do bebedouro por onde a água era expelida sem parar. Como se meu corpo tivesse virado gelatina e fosse sugado, mas o mais incrível: Eu não sentia dor.

Meu corpo inteiro ficava anestesiado e durante todo um trajeto inexplicável, é como se meu corpo ficasse perdido nas sensações, incapaz de processar o fluxo que percorria. Quando terminou, eu estava em um lugar diferente, ao lado de Kathryne fomos sugados para algo estranho, onde, ao passo que todo o lugar tinha cor nenhuma, ele tinha todas elas. Eu não sei se sentia o chão, e também sequer sei dizer se eu estava nele ou levitando. Era complicado. Eu tentava dizer algo a Kath, mas a voz não saía da minha boca.

Eu me sentia em choque.

Mas não estava. Meu corpo conseguia se mexer e eu podia ver a paisagem a minha volta, no entanto, minha voz simplesmente não emergia para fora. Não que fosse algo do ambiente, mas... O que eu diria? Alguns engasgos eram emitidos da minha parte, algum som que tentava escapar da minha garganta. Como se as coisas não pudessem ficar mais estranhas, pude ver as Pokéball de Maru, Hope e Fuujin me circulando, ao lado da incubadora com o ovo de Magnemite.

Os três Pokémon saiam e eu me perguntava como eles foram parar ali, ainda surpreso. Eu tentava dizer algo mas... O que diria? Decerto, eu não conseguia escutar som algum, até que... Aquele trompete estranho começou a tocar de novo. Eu ouvia meus pequenos gritarem para ele, e, no segundo seguinte, eu fechava os olhos.

Quando os abria novamente, me encontrava de costas para uma parede qualquer no primeiro andar. Sem saber ao certo o que aconteceu. Eu... Não me lembrava de nada? Espera, mas que diabos aconteceu aqui? Eu tentaria apalpar meu corpo para ver se algo havia sumido, mas, em resposta, eu não podia, já que estava com uma incubadora nos braços.

- Mas que... - Dizia, em seguida, me virava para Kath. - Ei, você sabe o que aconteceu? Eu não lembro de nada. Só lembro que a gente tava de frente para a escada rumo ao segundo andar e no instante seguinte, tava aqui, segurando meu ovo. - Eu passava a mão no cinto de Pokéball e só sentia três. Buscava a Pokédex e conseguia ver as alterações que eu queria fazer no meu time haviam sido feitas, e, por agora, meus outros quatro companheiros estavam no storage. - Oh, bem. Parece que achamos a máquina de storage... Então, vamos ao Marconi? - Perguntava para ela, e, se ela concordasse, voltaria para o quarto onde estávamos e escutaria a história do advogado.

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Eu tenho uma pergunta bastante relevante: o que aconteceu? Eu estava em um lugar, mas era o máximo que eu podia dizer sobre onde fui parar, duvido até mesmo se é um lugar. Eu juro que eu não comi, nem bebi nada alterado, eu via Daisuke naquele lugar, ou será que nem era ele? Estava em um transe multicolorido e mais uma vez me pergunto: o que aquilo fazia no abrigo de quarentena? Outra coisa interessante era que eu pude ver pokébolas e um ovo rodeando Daisuke. Não acho uma sensação legal ir parar em um lugar que eu não sei onde é e sem saber como cheguei lá.

Ao contrário de Daisuke, nenhuma pokébola e nem ovo chegaram até mim, dessa vez era eu quem tentava falar, era pra sair um "O que tá acontecendo? De onde vieram essas pokébolas?" mas nada saia da minha boca eu apenas movia os lábios sem fazer som algum. Eu começava a olhar ao meu redor, mas em um instante eu ouvia de novo o trompete, seguido por aplausos. Aquilo era um show bizarro, que eu acabei fazendo parte dele? Bem acho que eu nunca terei as respostas para todas as perguntas que eu fiz nesse curto espaço de tempo, pois eu estava de volta no segundo andar do abrigo e bem, acabei me esquecendo da maioria das coisas que haviam acontecido.

- Hey, eu tô bem? Tem algo de errado comigo? E como você achou a máquina de storage? - Acabei bombardeando com perguntas o ruivo que parecia tão perdido quanto eu. Mas o que importa é que a busca pela tal máquina de storage havia sido completa, não sei como mas havia sido completa. - Eu tô com um pouco de tontura, mas vamos ver logo o Marconi. E afinal de contas acho que perdi completamente a noção do tempo, já são que horas da noite? Ouch. - Esse "Ouch" foi por uma pontada na minha cabeça, eu estava com dor de cabeça após seja lá o que for que aconteceu, espero que não me atrapalhe a ouvir a história de Marconi.

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Experiências macabras demais para serem relatadas... não é?! Dizem que o recalque é um mecanismo de defesa insconsciênte; quando sua vida começa a perder sentido e tudo que você acreditou simplesmente desmorona, o recalque age. Talvez vocês não conheçam muito o termo, mas o recalque é o simples e puro esquecimento.

Ele as vezes começa a agir até conscientemente... como um "nossa, deixa para lá" ou ainda "vamos ver Marconi e parar de pensar nisso". Outras vezes ele só atua quando você nem percebe e, quando vai ver, esqueceu! Talvez o mundo onírico é o nosso maior esquecimento repentino; e era assim que ambos se sentiam agora. Depois de alguns segundos de questionamento, já não tinham mais certeza se sequer passaram por algo.

Pois bem, Marconi né?! O homem continuava sentado do colchão, para a surpresa de Kathryne e Daisuke, ainda não era tarde, estavam próximos das sete da noite. Na verdade, nem sequer passou muito tempo desde que saíram atrás de um Storage; o advogado estranho a chegada rápida mas não questionou... no fim, não queria saber se conseguiram ou não.
- Oh, que bom que chegaram... eu tava contextualizando o Cadu da história - Disse Daniel, já introduzindo o assunto sem nem ter sido questionado - Contando que vocês tão enchendo meu saco com isso desde cedo e quando eu ia contar só foram embora...
- Deixa de drama Daniel, conta logo! Eu também to curioso agora... Isso porque nem tinha percebido - Respondeu Cadu.
- Calma, rapaz! Eles nem chegaram primeiro, deixa eles sentarem que ai eu conto... ta com pressa?! Esperou até agora.

PROGRESSO CUNHA :


PROGRESSO SLEEPY :


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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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Logo que voltávamos, a loira me bombardeava com uma série de perguntas, da qual, me desculpe por isso Kath, a primeira eu tive que rir. Quando ela subitamente perguntou pra mim se estava bem, eu sorri de lado antes de responder as suas demais questões.

- Eu não sei, me diga você. - Respondia com um sorriso. - Ei, calma... É só... Ok. Eu também não tenho a menor ideia do que aconteceu. Mas acho que não tem nada de errado... E não sei. Acho que encontrei né, estou com o ovo aqui. - Dizia enquanto olhava para baixo, os olhos fixos na incubadora, ainda me perguntando como fui parar ali. Assim que ouvia Kath se queixando da tonteira, eu a direcionava um olhar preocupado. - Ei, ta tudo bem? Consegue andar tranquila?

Bem, se Kath precisasse de ajuda, iria ao lado dela, ajudando-a a se firmar até irmos ao quarto, onde eu a deixaria em seu colchão, em seguida, ouviria o comentário do advogado e lhe direcionaria um sorriso meio sem graça.

- Ao menos admita que o que você fez foi muito suspeito. - Dizia, tentando dar uma aliviada nas acusações. - Soltar um "vocês não conhecem mesmo essa cidade" e depois fingir demência é algo muito MUITO suspeito. - Enfatizava o meu ponto de vista. Em seguida, pedia para que esperassem e ia até o banheiro. Fazia os processos de limpeza padrão, lavava as mãos, em seguida, limpava a incubadora do ovo para que eu o guardasse na mochila. Lavava o rosto, escovava os dentes e colocava outra máscara. Depois, me sentava em meu colchão e me direcionava ao advogado.

- Estou pronto para te ouvir.

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-Então parece que tá tudo certo, hehe. É meio estranho a gente não se lembrar da máquina de storage, mas fazer o que? E eu consigo andar, não é como se eu fosse cair no chão. - Dava uma risadinha e estava pronta para voltar para o quarto. Realmente não fez sentido nenhum perguntar se eu estou bem para Daisuke, quem deveria saber disso sou eu. Apenas completei com mais um risinho e continuei andando.

Ao chegar no quarto, Marconi já estava falando. Apenas me sentei no meu colchão e fiz um comentário após o de Daisuke. Marconi parecia... irritado? Será que ele e Daisuke conversaram sobre ainda mais coisas? Apenas comentei.

- Bem, me desculpe se a gente te deixou irritado. Não era a minha intenção pelo menos. Eu só fiquei realmente preocupada com o jeito que você tava. Sei que só te conheço por um dia, mas não te vi daquele jeito antes. - Não sei se foi uma boa maneira, mas eu senti que ele estava irritado e então tentei ser educada. Acabei ficando corada pois esperava uma reação negativa dele. - Mas não posso negar que fiquei curiosa. Não sei direito o que você e Daisuke conversaram naquela hora.

Quando Daisuke pediu licença para ir ao banheiro eu me lembrei que tinha que fazer isso também. Minhas roupas deviam estar sujas, eu precisava me olhar no espelho para ver o quão bagunçado meu rosto estava. Mas, eu queria ouvir primeiro a história de Marconi, por tanto vou evitar o máximo de enrolações. É fácil fazer com que eu fique curiosa.



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- Eu não sei porque é suspeito. Daisuke, estamos numa quarentena com risco de ficar doentes, me deixa ficar mal?! - Fora uma pergunta completamente retórica, o que é óbvio - Você só ta achando suspeito porque tem alguma paranoia com o terceiro andar. Você ta explorando esse lugar, eu já percebi, mas não tem nada a ver com esse suspense ai não. Eu só to preocupado e falar que vocês não conhecem a cidade é só um fato, não tem nada demais nisso - Acho que uma discussão... começou?! Parecia que sim. Marconi não falava aquilo com um tom muito amigável, apesar de não ser grosseiro.

Quem diria que Daisuke se sairia melhor na prevenção da doença do que Kathryne! Ponto para o rapaz, que além de não furar quarentena, se limpou mais vezes e reiterou o uso da máscara. Cadu e Marconi deixaram que ele fosse, esperando deitados, apenas respondendo o básico à moça:
- Eu não to irritado com isso... na verdade, eu não vou nem mentir, essa situação toda me deixa bem estressado - Ao dizer isso, viu Daisuke voltando e passando pela porta, mas não mudou de assunto - Eu não sou igual Cadu que ta tranquilinho, esse menino ai é um cara muito incrível por conseguir. Eu não, eu só quero ir pra casa mas to evitando reclamar demais para não parecer um tiozão irritante.

No fim era mais que óbvio que o "pão-e-circo" do torneio não resolveria a Daniel. Ele não fazia o tipo que se importava com batalhas; e muito menos o que se distraia com elas. Nessa hora ele liberou Pawniard e chamou-o para sentar ao seu lado, mais como o conforto da companhia de um colega de longa data do que qualquer outra coisa. Só quando Daisuke se sentou que ele começou a falar:
- Bem, ano passado minha mãe estava fazendo tratamento de leucemia nesse hospital - Ok, já começamos meio mal - Aqui é referência mundial para isso, e é um hospital público, sabe?! Mountrock acabou sendo referência, porque tem métodos... pouco ortodóxicos?! Só que funcionam bem... Bom, digamos que esse nosso abrigo é referência e ele vive cheio, e eu estou me perguntando para onde levaram os pacientes daqui?! Como diabos desocuparam esse lugar?! Eu não canso de pensar que se fosse a um ano atrás, provavelmente seria minha mãe aqui num desses quartos desocupados, ela seria levada para onde?! Eu li que esse vírus é bem letal para pessoas que já estão mal, e se todas que estavam aqui antes morreram, sabe?! Não era para ter quartos vazios aqui... eu pensei que aquele hospital fosse levar a gente para algum hotel, mas parece que aqui virou algum centro de referência para quarentena.

Agora que ele falou, Cadu pareceu desconsertado; o rapaz não havia pensado nisso. Realmente não era um problema pertinente para se compartilhar; era um medo próprio e até uma comoção voltada à história do próprio Daniel, mas não podia deixar de pensar nisso:
- Mas esse tratamento não pode ser feito em outro lugar? Tem que ser aqui?! - Pergunta inteligentíssima. Aquela famosa pergunta que é feita só para a narradora continuar o plot sem precisar de mais dois posts dos narrandos no meio e já emendar a história toda de uma só vez.
- Acredito que não. Basicamente por ser próximo do Valley, os médicos de Mountrock usam uma tecnologia pokemon que vem de Belduns. Como os pokemons são robôs extremamente raros e sem gênero, é impossível esperar que eles se reproduzam por conta própria. Acontece que para manter o trabalho, eles precisam de algumas tecnologias de fecundação forçada, o que é uma coisa muito difícil de se fazer com robôs. A tecnologia fica restrita a espaços com a maquinarias para manter os Belduns, além de salvos de roubos e furtos. Vocês nem imaginam quantas pessoas tentam atacar aqui! Esse prédio é vigiado vinte e quatro horas - Marconi não era médico e nem bio-médico para explicar como essas coisas funcionavam a fundo, apesar disso, fazia o possível - Além disso, precisa de um espaço que limite bem a radiação das ondas psíquicas, para o tratamento ser mais focado e penetrar os ossos até a medula óssea. Só o terceiro andar desse prédio tem salas assim. Vivi quatro meses com minha mãe aqui dentro, levando ela de cima a baixo até ela ser completamente curada, é um tratamento bem demorado e tem muita fila. A gente ta ocupando esses leitos agora!

PROGRESSO CUNHA :


PROGRESSO SLEEPY :


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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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- Okay, talvez eu esteja mesmo paranóico e gerando um... drama desnecessário. - Falava tentando encontrar a melhor palavra para sair, o rosto agora tomava uma expressão neutra, juntamente da voz. Eu não ficaria empolgado com uma discussão, e não tinha porque me exaltar, muito menos manter o rotineiro sorriso. - Só que entenda o meu lado também, poxa. Tu não foi exatamente o cara quieto quando nos conhecemos, e não é fazer questão de contar todos os pormenores por si. - Eu não sabia se ele entenderia, mas estava me referindo ao seu problema pessoal com o Rubim, me apoeiei sobre meus braços no colchão enquanto me mantinha levemente inclinado para trás. Em seguida, continuei, com os olhos fixos em Daniel. - Mas essa ala é totalmente diferente de qualquer coisa que eu tenha visto, e observar uma grande ala num centro médico vazia desse jeito, no meio de uma pandemia, e ouvir um comentário digno de suspense em filme de terror de uma pessoa aparentemente com uma vasta linha de contatos numa cidade grande não é exatamente o melhor tranquilizador do mundo, se me permite dizer. - Eu tinha que tomar cuidado. Estava fazendo insinuações pretenciosas, de novo. Eu não podia fazer isso pelo resto da vida, então, tomava o cuidado de ser claro com a última frase. - Seu comentário me deixou a entender que você sabia algo por ter defendido algum diretor desse hospital ou sei lá o que. Não é que eu não confie em você, eu só... Sou incapaz de pensar de menos numa situação dessas. Não quis te ofender, em momento algum.

Depois disso, eu ouviria os comentários seguintes, não sei se estaríamos em clima para isso, mas, caso a discussão não tivesse desenrolado mais, eu faria uma breve piada antes me sentar novamente.

- Ah, que isso. Ainda vai ter que se esforçar muito se quiser o título de tiozão irritante, quer dizer, tu ta competindo com o Eduardo da Mônica, cara! Aqueles dois não se desgrudaram. Tem algo mais irritante que isso? - E sorria de canto, antes de me sentar no colchão e ouvir os apontamentos do advogado.

Eu o ouvia completamente e atentamente. Sabe, era complicado, eu partilhava da comoção sentida por Cadu e ficava levemente preocupado. Acho que fiquei em choque por algum momento, pois, mesmo depois de ouvir Daniel terminar de falar, eu ainda demorei para processar tudo aquilo. Eu não queria pensar no pior, e, só de imaginar em perder um ente querido, eu sentia minha espinha tremer de cima a baixo. Eu tinha algumas especulações, mas nada que seria agradável.

- Olha... Sinceramente, eu adoraria acreditar que o câncer no mundo acabou e o hospital ficou vazio com isso. - Disse depois de um suspiro enquanto olhava para baixo, em seguida, eu olhava para os dois habitantes da cidade. - Mas, honestamente, eu não consigo nem imaginar um cenário lógico para isso. Principalmente porque vimos uma senhora de jaleco com um Beldum entrando numa das salas. Isso poderia significar que ainda estão conduzindo o tratamento em algumas pessoas, mas é muita irresponsabilidade colocá-los junto de suspeitos do Corsola... - E então eu parava um pouco para pensar, em seguida, direcionava mais uma pergunta a Marconi. - Existe alguma chance, mesmo que remota, dos médicos terem conseguido alocar todos os pacientes com câncer e afins somente no terceiro andar? Não, né? - Dava um falho sorriso esperançoso. - Eu... Quero ir atrás do diretor do hospital para saber. Não sei se é uma boa ideia, mas é melhor do que a gente ficar se atormentando com essas ideias, não é? O que acham? - Perguntava para os outros três indivíduos na sala. Eu, de novo, dava minha cara a tapa. Eu não sei o quanto de adesão a gente teria e nem o quanto eles tentariam me impedir, por, novamente, fazer a primeira coisa que me vinha a cabeça, mas uma coisa era fato: Eu tava enfiando meu bom senso no cu hoje. A quarentena faz a gente surtar, não é mesmo, amigos?

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Quando Marconi contava sua história, minha mente deu um BOOM, tudo havia se encaixado, aquele terceiro andar era um lugar onde mantinham pacientes com câncer e com um método de tratamento bem interessante. Belduns, um pokémon super raro, para algo como isso, esse hospital é certamente algo grande como Marconi disse, mas ainda tinham algumas "pontas soltas" nessa história que eu ia pontuar exatamente agora, afinal, descobrir que aquilo era uma ala para tratamento de câncer me trouxe uma resposta, mas junto com um monte de perguntas.

- Ok, então é exatamente no terceiro andar desse prédio que acontece o tratamento para os pacientes com câncer. Mas tem algo que anda me afligindo desde que eu vi aquele lugar. Para um lugar tão importante, era tão bem pouco vigiado, visto que conseguimos passar por lá sem nenhum problema. Você diz que o prédio é bem vigiado, mas o terceiro andar tá meio abandonado. E também é de se esperar algum tipo de vigilância reforçada já que temos suspeitos do novo Corsola Vírus, o que pode ser perigoso para os pacientes de lá. - Eu cruzava minhas pernas: - Eu queria acreditar que não tem pacientes lá, mas como o Daisuke disse, vimos uma médica com um Beldum. Não sei, me parece pouco "reforço" pra algo de todo esse reconhecimento que você diz.

Aquilo tudo realmente me parecia contraditório, uma enorme e bem reconhecida operação para tratar câncer, mas com alguns aspectos desleixados como alocar pessoas com suspeita de um vírus desconhecido no mesmo prédio e não colocar vigilância na tal ala. Isso não parece certo pra mim, é muito estranho. Até o método de usar o pokémon Beldum para tratá-los era meio estranho, mas isso era provavelmente ignorância da minha parte ao assunto. Enquanto isso eu levantava mais uma dúvida.

- Como você disse tentaram roubar várias vezes esse local e o prédio é bem vigiado por isso, mas, existe a possibilidade de alguém daqui de dentro se aproveitar da baixa segurança daquele terceiro andar. Se isso tudo é uma grande operação, deviam pensar em todas as possibilidades. - Então eu ouvia a sugestão de Daisuke sobre falar com o diretor do hospital: -Não é uma má ideia, mas acho que não devemos fazer isso pessoalmente, até porque estamos em quarentena e se formos até ele, podemos acabar com alguns problemas. Marconi, você tem o contato do diretor? Enquanto isso eu vou me arrumar, já fui descuidada o suficiente nessa quarentena.

Enquanto isso eu fui no banheiro e preparava para me arrumar, comecei a tomar um banho, um quente e longo banho do jeito que eu gosto. Quando saí de lá, troquei a máscara, vesti meu pijama, que era basicamente uma simples camiseta e shorts rosa e soltei meu cabelo, que mesmo solto, mal chegava abaixo dos meus ombros. Ao chegar no quarto, sentei no colchão com as pernas cruzadas e esperava para ouvir a resposta de Marconi sobre o contato do diretor. Talvez assim conseguiremos algumas respostas sobre tudo o que está acontecendo.

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Há um problema aqui; enquanto Cunha narra uma conversa pré-banheiro, Sleepy mantém o foco. Acredito que esse é um lapso temporal comum de se cair numa rota... ainda mais com três escritores! Apesar disso, obrigo-me a cortar o paradoxo temporal aqui. Marconi se contentou com as respostas de Daisuke e apenas botou em mente coisas intransponíveis; como a surpresa ao ver que o garoto não entendia absolutamente nada sobre hospitais. Riu de sua piada sobre Eduardo e Mônica mas assim que possível focou no que deveria. Enfim contou o que tinha que contar a deu ouvidos ao que tinha que ouvir.

Era impressionante para ele ver Kathryne não engajada em pontuar e intervir na história que fez. Não sabia que a menina era interessada em pokemons-psíquicos; não havia como saber, ainda assim achava que a conexão com um Kadabra tinha algo a ver com isso. Pois bem! Levantou-se e ouviu tudo, um de cada vez, e sentiu que seu primeiro pontuamento deveria ser cirúrgico:
- Eu gosto de vocês.... vocês se comportam tipo Scooby Doo. Eu gosto disso... - Ok, não tão cirúrgico assim; poderia até soar ofensivo, mas não era sua intenção. A questão é que ele se apaixonou pelo simples "interesse ao mistério" revelado pelos dois e, logo mais, pelos três - Agora eu entendo porque acharam o terceiro andar tão suspeito... - Referência a revelação de Daisuke e Kathryne, que admitiram ter visto um Beldun ali.

- ... ir atrás do diretor para saber - Comentou Cadu, mas logo interrompeu sua própria fala e repensou-a antes de terminar - Me parece uma boa, mas isso não é muito mais uma questão política do que de regimento?! Talvez a gente ache informação mais fácil na internet em algum site de notícias. A gente nem tentou procurar. Qual no nome mesmo desse lugar?!
- Não sei, as pessoas costumam chamar de CesarTC... acho que isso é até uma sigla... Centro de Saúde e Referência ao Tratamento de Câncer - Nome horrível! Até porque a narradora que vos fala é péssima com isso - Bem, eu não sei. Eu sei que ao meio de uma Pandemia, algumas escolhas completamente horríveis podem ser tomadas e é isso que me assusta. Estamos presos, sabe?! Isso é completamente inconstitucional, mas com a desordem pública, o governo pode nos manter aqui sem que possamos reclamar. A gente perde direitos fundamentais em momentos assim, e quase sempre são os grupos de risco que são os mais prejudicados.

Ao falar isso, o homem olhou ao lado; o barulho de zíper parecia chamar sua atenção e até distraí-lo na proposta inicial. Era Cadu, tirando de sua mochila um Notebook pesado-demais. Talvez aquele menino fosse rico de alguma forma; pois bem, até ligá-lo, conseguir uma rede (ainda que móvel, hosteada de si), e enfim procurar algo... daria tempo de Marconi finalizar seu pensamento:
- Enfim... eu tenho quase certeza que sou o único murador de Mountrock nesse abrigo. Acho que estão apostando no desconhecimento desse local. O que faz sentido, não é?! Um bando de estrangeiro não tentaria roubar nada daqui - Ao falar isso, rememorou algo que pensou desde o relato de Daisuke, mas ao meio de tanta conversa deixou passar - Mas eu tenho que admitir. Eu fico impressionado que vocês tenham visto alguma coisa no terceiro andar. Pra mim ele tava completamente abandonado; ele costumava ser extremamente movimentado nos dias que frequentei, e ao passar por lá, não senti a presença de uma alma viva sequer. Inclusive eu estava apostando no esvaziamento mesmo.

- ... Como eu faço uma pesquisa sobre isso no Pookle?! Eu não faço ideia do que escrever... "pessoas desaparecidas no Cesar TC?"... sinto que não vou achar nada e ainda vai bater a Polícia Federal no nosso quarto - Ao dizer isso, rio. Era um alívio cômico; não deveria ser sério. Apesar disso, Marconi não pareceu achar graça, apenas deu de ombros e tirou de si essa responsabilidade - Eu não entendo de tecnologia, sou tiozão, isso é com vocês.

PROGRESSO CUNHA :


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Parece que Daisuke e eu conseguimos deixar Marconi e Cadu bem engajados com esse tal mistério do terceiro andar, eu tinha um pequeno pessimismo de ser tida como louca por esboçar todas essas preocupações. Se esse tal CesarTC é de toda essa referência, porque mandar pessoas com suspeita de um vírus desconhecido pra cá. Apenas dei um risinho para o comentário de Marconi e disse:

- Obrigada por terem entendido o meu ponto. Quero aproveitar que não sou mais uma pessoa tão caseira e satisfazer toda essa curiosidade. E afinal de contas, tem pokémon psíquico no meio disso tudo e não sei se você sabe, sou uma treinadora especializada nesse tipo. Admito que é meio difícil pensar nisso quando eu uso um pokémon só, hehe. - Apenas aproveitava o momento mais descontraído da conversa antes de focar na questão principal que preocupava todo mundo: - Falando nisso eu não prestei atenção em mais nenhuma notícia sobre esse vírus. Umm... Mar... Daniel, você chegou a ver alguma coisa? - Apenas soltava essa pergunta, mesmo sendo capaz de procurar isso por mim mesma.

E Cadu convenientemente tirava um notebook que eu sinceramente não sei de onde veio e não vou perguntar, pois era exatamente o que precisávamos, então deixa assim mesmo. Ele não parecia saber muito bem o que procurar então eu tentava ajudar:

-Acho que só pesquisando o nome do lugar você encontra alguma menção recente em um site de notícias ou até mesmo o próprio site oficial do CesarTC. Se é um negócio tão grande, eles devem ter um site institucional ou algo do tipo. - Apenas fazia conclusões lógicas e óbvias mas nesse ponto eu começava as achar inúteis pois as coisas que eu vi ultimamente já passaram longe da obviedade. Enquanto Cadu procurava algo eu respondia Marconi: - Sim, nós vimos um Beldum acompanhado de uma médica. Eles entraram em um quarto, será que tinha algum paciente lá fazendo tratamento? Não sei dizer mas a médica parecia com pressa e nem se importou com a nossa presença lá, nem notou a gente. - Falava isso voltando a cruzar as pernas enquanto sentada no colchão.

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