Pokémon Mythology RPG
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#003? - Na trilha do ouro.

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A medida que Daisuke revelava sua vida, um sorriso um pouco bobo tomava os cantos dos lábios de Marconi; como tão novo mas tão encrencado?! Ouvira os dois com um olhar sereno, um canto do lábio arqueado e, ao fim, projetou seu corpo para trás da cadeira e suspirou fundo:
- É... sem assédio moral para nós - E revelou o óbvio; Daisuke não tinha moral para ser assediada - Ok, eu preciso saber de mais uma coisa pontual... como se conheceram?! Ou melhor, vocês não se conhecem né, então quem são vocês?! Precisamos criar uma história então é melhor inventarmos uma desculpa de porque você está andando com uma menor que não conhece.

Aquilo era óbvio, mas não custava repetir. A principal ideia de Marconi era revelar que os dois se conheceram só naquele episódio esquisitíssimo. Sem dúvidas, isso seria bizarro mas... há como questionar?! Dizer que se esbarraram no Centro Pokemon e se conheceram só hoje mesmo, seria quase que irrefutável; ao menos se não tivessem histórias juntos. Para isso, terminaria de imprimir o documento que redigiu e voltaria a explicar à Kathryne a situação:
- Veja só, é bem rápido, leva realmente alguns minutos - E deu-lhe um documento com alguns dados básicos para que ela preenchesse. Nome dos pais, onde reside e registros numéricos de sua existência - E bem... onde estão seus pais? Eu preciso falar com o responsável legal por você.

Fora com esse problema que Marconi abaixou a voz; ele sabia, melhor que qualquer um, que não devia esperar uma história legal. Ainda assim, esperava que houvesse alguém à quem se dirigir. Sua vontade era por tudo em panos claros na mesa, mas antes de mais nada, precisaria pensar na taxa de sucesso. Agora ele já levava seu notebook para a mesa de reuniões; esperava que a garota lhe respondesse e lhe desse um telefone para ligar; caso contrário, repensaria como proceder.

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Inventar uma história de como nos conhecemos? A verdade, que no caso é que nos conhecemos na Battle Tower definitivamente não ia dar certo, pois fomos encontrados em uma manifestação anti-treinadores, mas o advogado parecia ter algum plano quanto à isso. E logo depois ele precisou de mim. Toda a papelada para o processo de emancipação.

- Umm... minha mãe faleceu há um tempo atrás, mas posso te dar o contato do meu pai, obviamente. - Falava enquanto preenchia o documento. Ainda ficava sem jeito ao tocar nesse assunto, de fato ficar anos, remoendo essa tristeza, passando a maior parte do tempo em casa não havia ajudado.

Entregava o documento e um número para contatar meu pai. Ele se chamava Cedric, trabalhava como engenheiro dentre muitos outros na Devon Corp, o suficiente para ter uma vida boa, mas nada do tipo "alta burguesia". - Umm... me fale se precisar de mais alguma coisa. - Falava para Marconi enquanto eu não conseguia parar de mexer minhas pernas em um tom de ansiedade, imaginava como seria meu pai recebendo a ligação de um advogado.

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Suspirei fundo. Como eu havia previsto, eu havia me enrolado. A pior parte é que, diretamente, eu não fiz nada! Fiquei calado, já que me fazer de vítima não resolveria minha situação e ainda iria desgastar os outros dois que me acompanhavam à mesa, mas aquilo não me impedia de protestar mentalmente. No fim das contas, tudo que pude fazer era começar a pensar em uma história para contar o porquê de eu estar viajando com Kathryne, mas... Se descobrissem a verdade, eu podia me ferrar ainda mais. Optei pela verdade e contei tudo o que aconteceu.

- Olha, eu não quero mentir. Acho que a situação pode piorar se o fizermos. Nos conhecemos no Centro Pokémon de Mu Island, depois da Battle Tower. Estava meio chateado e a Kathryne parecia disposta a conversar... Depois disse pra ela que iria treinar e ela pediu pra vir junto. Passamos em Mountrock antes de irmos ao Valley of Steel pra levantar recursos, como eu disse, e foi apenas isso. - Disse, da forma mais clara e simples que pude.

Não tinha muito o que fazer, então, após falar, me dispus a olhar pela janela e observar as nuvens, enquanto prestava atenção nos diálogos e pensava se valeria a pena pontuar algo, mas, a priori, me mantive quieto e observei.

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Marconi então abriu um sorriso, mostrando-se pouco apreensivo à história de Kathryne; já lidara com morte infinitas vezes e aprendera que a melhor forma de lidar com isso, é de forma profissional. Pegou o celular, discou o número de seu pai e chamou. Tocou uma, duas, três vezes! Na quarta o advogado fora atendido com uma voz um pouco trêmula e duvidosa, afinal, de quem era aquele número desconhecido?! No mais, um alô bastou para o homem se apresentar:

- Bom dia Cedric, eu sou Marconi, advogado administrativo e estou aqui com sua filha Kathryne... você já deve saber o que aconteceu, certo?! - Não era possível ouvir mas (provavelmente) o homem do outro lado da linha confirmou - Pois bem, estamos pretendendo processar aqueles dois repórteres e tirar o nome da sua filha das redes sociais, só que para isso eu preciso que ela tenha autonomia para assinar documentos - E introduziu; ele sabia que emancipação não era lá um termo muito agradável para pais de jovens, por isso tentara amenizar - Eu vou precisar de uma permissão sua, pode me passar um email?! É uma assinatura digital e a cópia de um documento. É literalmente dar autonomia para que ela possa responder juridicamente. Só isso. Não pode ser usado contra ela, ok?! - E amenizou a explicação; aqui Marconi até ficara um pouco intrigado, se perguntando como Kathryne ainda não era emancipada, já que com mortes de pais, esse era um processo básico em inventários. A única resposta cabível seria o fato de sua herança não ter sido mexida ainda.

A impossibilidade de escuta podia incomodar; apesar dos pesares, a conversa continuava fluindo e tudo parecia bem. Em certo ponto, Marconi afirmou (e reafirmou) que no modelo teria todas as informações sobre o processo e que seria bem rápido, já que não é nada demais. Conversa ia e vinha e "bingo"; temos um aval.

Após o envio do email, as coisas aconteceram rápido demais. Talvez pela noção de importância do caso, Cedric não demorou dar uma resposta e, graças à isso, Marconi se afastou:
- Há um Cartório aqui nesse prédio mesmo, venham comigo! - E o papel impresso viera junto com mais alguns que ele havia redigido até agora. Colocara tudo dentro de um envelope e, depois disso, colocara tudo dentro de uma pasta. Estando seguro de que nada de errado aconteceria aos papéis, saiu do escritório e foi-se; com os dois jovens, a caminho do décimo andar.

De fato fora uma viagem mais silenciosa; nenhuma história bizarra saíra da boca de Marconi e ele se contentara em passar grande parte do tempo olhando a tela do seu celular e rindo de algo que aparecesse em sua "time line". Fora assim até o andar certo, em que passara direto da recepção e ia direto para uma das mesas; deixando óbvio seu acesso exclusivo à área.
- Espere um pouco aqui - Falou à Daisuke, enquanto chamava Kathryne para entrar com ele - Vai ser bem rápido.
E foram até uma das mesas. Lá, o homem falou com uma moça bonita até-demais. De cabelos longos, até a cintura. Seu rosto era fino e levemente pontudo, seu queixo levantado, seu nariz rebitado e sua bochecha-e-bocas finas, porém bem delineadas. Seus olhos eram levemente puxados e de cor negra; combinando com seu cabelo, blusa e sobrancelhas. Bem; apesar de tudo, ela era ela e, como toda boa profissional, resolveu a questão sem demora. Carimbara uma vez a primeira folha, outra vez a segunda, pedira para nossa menor de idade assinar quatro vezes (duas por folha) e carimbou mais uma vez com o símbolo e assinatura do cartório.

- Voilá - E ela estava... emancipada. Ligaria ao seu pai para contar o rumo da história mas Marconi parecia com ainda mais pressa que nossos protagonistas; voltou até onde deixou Daisuke e anunciou - E vamos para a emissora?!

OFF: Dei um pulinho na história porque tava muito mimimi e eu não vi que o Cunha postou ontem então não narrei :mds: ai decidi adiantar essa parte.

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Marconi saia para falar com meu pai e o fato de eu não poder escutar a conversa, aumentava a minha ansiedade, eu começava a balançar as pernas mais intensamente e roer unhas. Quando eu entrei no escritório de Marconi, pode-se dizer que eu perdi a noção do tempo, o que me fez dar uma olhada pela janela. Esse dia está sendo muito mais intenso do que eu havia imaginado, devo explicações ao meu pai sobre a meu desencontro com a emissora de TV e o súbito pedido de emancipação e também devia explicações a Daisuke, sobre mim mesma, ele ainda deve me ver como uma completa desconhecida e eu queria consertar isso. Quando eu tentava puxar uma conversa com ele e quebrar o silêncio, Marconi aparecia e nos chamava.

- Bem, ainda não consegui explicar quem sou eu para você. Hehe. - Comentava para Daisuke para ver o quão incomodado ele estava com o fato de não saber quase nada sobre mim e também queria quebrar um pouco do silêncio que pairava a tanto tempo. - Talvez quando tudo isso terminar eu te dou as explicações que você merece.

Então, continuávamos apenas Marconi e eu. Apenas estava seguindo ele, se fosse para eu ir sozinha, acho que demoraria um pouco para achar o lugar, o prédio já era enorme, mas por dentro parecia ainda maior. Como era de se esperar, Marconi era alguém importante ali, me levando direto para uma das mesas e já era recebida com a papelada que era de se esperar (Eram apenas duas folhas na verdade) e depois disso, podia dar um suspiro de alívio, o processo de emancipação não demorou tanto quanto eu esperava. Na volta, resolvi tentar puxar conversa com Marconi, o que fazia parte do meu objetivo de melhorar minha "sociabilidade" e nada melhor para isso do que iniciar conversas, melhor ainda, conversas com gente importante.

- Umm... bem, eu não fui emancipada porque não achei que iria precisar. Eu ia morar com meu pai e ia acabar fazendo 18 anos de qualquer maneira Começar a carreira de treinadora foi algo bem súbito, que para ser franca, não planejei direito, apenas me soltei ao mundo. - Depois de falar, eu desviava o olhar da direção dele, com o meu pensamento de sempre que "era melhor ter ficado quieta."

Nos reecontravamos com Daisuke e eu apenas fazia um sinal de "ok" para ele. Ao ouvir Marconi falar que iríamos para a emissora eu dava um outro suspiro de alívio, espero que isso tudo esteja acabando.

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OFF: Tudo bem, Vi. Tá tranquilo heueheu

Enquanto estávamos sentados, pude ver que Marconi ligava para o pai de Kathryne, para pedir autorização pela emancipação e acabou mantendo um diálogo com ele. Num primeiro momento, me mantive olhando pela janela, no entanto, depois Kathryne começou a puxar conversa e então me tornei para ela. Quando terminou de falar, eu tive de dar um sorriso.

- Ah, eu não estou incomodado com isso. Claro, adoraria te conhecer mais, mas é que... - Pude sentir umas gotas de suór escorrerem pelo meu rosto, fiquei nervoso e meio constrangido. - Acho que acabei com nossas chances de ganharmos um bom dinheiro. - Em seguida, ri um pouco, mas de nervoso. Eu realmente havia me constrangido com aquilo. - Eu pediria desculpas, mas... Eu realmente acho que não fiz nada. - Disse enquanto mudava minhas feições para uma expressão mais séria. - E você não me deve explicações. Não fala isso. Não é como se você tivesse feito alguma coisa, então... Só relaxa, ta? - E dei um sorriso simpático.

Em seguida, fomos levados para o elevador pelo doutor. Eu não sei se disse alguma coisa antes, ou só se todo mundo se concentrava em acabar logo com o processo de emancipação, mas ficamos em silêncio. Não bastasse, fiquei plantado em pé na frente do cartório, esperando que os dois terminassem aquilo tudo. Aproveitei para responder algumas das mensagens que havia recebido. Nada de mais, em resumo, contei para meu pai o que havia acontecido, disse pra minha mãe que com a Lisanna eu me entendia, perguntei pra Mira se ela estava viva e fui ignorado e... Talvez eu tenha demorado mais do que o normal para responder Lisanna. Conversei com ela por mensagem durante um tempo mas logo fui interrompido com o convite de Marconi.

- Por favor. Aliás... Seria rude dizer que vamos chutar as bundas de uns jornalistas? - Perguntei em tom de brincadeira, enquanto me certificava que iria acompanhá-lo até o local.

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A princípio, o advogado era extremamente receptivo à afirmação dee Kathryne. Abria-lhe um sorriso que mostrava os dentes superiores e ao fim de seu "micro-discurso", se debruçava para responder:
- Te acho muito corajosa por isso, parabéns - E bastou. Ele tinha mais o que falar, mas tinha medo extremo de como soaria; se tem algo que Marconi aprendeu em seus tantos casos, é que muitas das vezes é necessário aprender que nossas palavras são imprevisíveis no corpo do outro. No mais, eles seguiram e, só quando viu Daisuke mais uma vez, reabriu a boca para respondê-lo sem demora - Veja só, você pode falar isso sem problemas mas... bem, daqui a pouco eles devem estar nos dando dinheiro e você vai terminar agradecendo, vai ver só - E riu, jogando uma das mãos para trás da cabeça e coçando o coro cabeludo.

Era isso; não havia muito mais. O fino envelope de Marconi já estava com lotações máximas de papéis e podiam ir ao topo; resolver o problema todo que se criara. Passaram já uma hora naquele prédio e isso provavelmente lhes fez bem: ali não havia a euforia das ruas e, graças à isso, perseguição. Também não seriam alvos de risos e fofocas; nem de paradas para "vocês são aquela dupla na TV?!". Pois é; era ótimo estar ali, mas não poderiam ficar para sempre. Já partiam para o elevador e iam ao andar sessenta, Marconi parecia saber de cabeça a localização: entraram, subiram, saíram, cruzaram a esquerda e foram até a quinta porta.

Gravem isso.

No mais, nem tocou nenhuma sirene, apenas empurrara a porta, entrara de modo súbito e gritara em anúncio:
- Eu vim aqui processar vocês - E após o anúncio, suspirava e baixava o tom de voz - ...de novo.
De fato era de novo; a diferença de todas as outras vezes era que, atrás dele, uma dupla de jovens desarrumados coloriam o local. Era inevitável não reparar no local; era um escritório relativamente cheio, movimentado, cacofônico e com cheiro de... papel xeroxado?! Talvez por isso o ambiente fosse não abafado; ar condionado algum parecia fazer efeito. No mais, o maior dos aspectos fora a quantidade exuberante de pessoas naquele escritório. Chegava a ser ressonate a fala de Marconi! Passara direto e apenas alguns deram bola; poucos sequer repararam em sua entrada completamente espalhafatosa. Isso lhe saltara uma veia na testa, até porque, como diabos não saltaria?! Caminhou revoltado, pisando forte e ao chegar na recepção, jogou os envelopes sob a mesa:
- Eu quero falar com Rubim - E ai dizer isso, a moça lhe encarara com desdém - Você só precisa dizer que Marconi chegou aqui com alguns papéis. Mande uma sms se quiser, caso contrário, faço eu mesmo.

E a ameaça calhou. Não por ser de fato uma ameaça eficaz; a moça não sabia direito que era aquele homem, porém, contudo, entretanto, todavida, sua presença era tão estranha que podia se tornar problemática. Percebendo isso, a moça tratou de fazer o que ele disse; querendo dispensá-lo logo. Mas que surpresa fora ver seu rosto ao ouvir a aceitação de seu chefe! Logo mais Marconi, Daisuke e Kathryne eram remanejados e guiados para dentro do local. Atravessavam cubículos e mais cubículos de plástico e enfrentavam a poluição sonora com bastante ardor. Ao menos, não demoraram muito para chegar à sala de Rubim, que lhes recebera com três cadeiras acolchoadas, um bom-ar caro, um ar condicionado eficaz e, por último, mas não menos importante, um abraço e um beijo no rosto de cada um:
- Ah, então são vocês que fizeram minha audiência decolar hoje!! Muito prazer!! Sou Rubim!!

O ato? Completamente repudioso. Rubim era um homem velho, próximo dos setenta anos. Sua pele era suada, seu cabelo também; seu terno andava desabotoado e sua gravata completamente desengonçada. Ainda que estivesse sóbrio, ganhara um cheiro de alcool quase que permanente e... bem, seu tipo físico era magro mas, apesar disso, parecia "pesado demais", se é que me entende. Muito disso era por culpa do peso que ele projetava em cima dos três ao abraçá-los; ele era, em resumo, um homem inconveniente até demais.

Mas ele já nem ligava mais; tinha dinheiro o suficiente para isso não ser mais um problema em sua vida:
- Querem que eu tire a imagem de vocês né? Pois bem, eu tiro sim... Sem problemas!! Desculpe por isso mas... ah, faz parte né! Ao menos posso afirmar a vocês que, depois que eu tirar, passará dois ou três dias e ninguém mais lembrará da existência de vocês... vão por mim, é sempre assim - E gargalhara alto, sentando na "mesa do chefe" tão forte que as molas da cadeira rangiam. O problema é que Marconi não deixaria assim.
- Não Rubim, agora é um pouco mais sério, você sabe que não venho aqui atoa - E refutou; não havia condição de deixar "elas-por-elas" - A moça aqui é de menor, os danos a reputação deles é irreparável e sair na rua nos próximos "três dias", como disse, será impossível, porque agora tem uma manifestação toda onde eles são símbolos. A gente quer, no mínimo, uma indenização.
- Mas é mercenário mesmo você em... - E caluniou nosso advogado - Fala aew, o que vocês dois querem?! - E apontou para os dois de trás, tentando excluir o advogado da conversa - São treinadores? Porque se forem, a gente pode fazer um acordo por fora...

Fora ai que Marconi o olhou cismado; ele não gostara da ideia, mas não podia impedir os dois de responder. Era fato que ele não queria que a conversa seguisse por esse caminho; com um acordo informal, provavelmente o advogado não ganharia muito... mas ele precisa de dinheiro?! Há de se valorizar seu trabalho até então... não?!

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Como já dito, segui Marconi onde quer que ele fosse nos levar. Incrivelmente, sequer saímos do prédio, que, a essa altura já me forçava a perguntar o que NÃO tinha naquele lugar. Que lugar enorme! Saímos do elevador, viramos a esquerda e entramos na quinta porta apenas para que eu conseguisse me surpreender com um escritório estupidamente movimentado... É nessas horas que eu agradecia por não ter ouvido minha mãe e ter seguido carreira como treinador. Jamais ficaria num escritório daquele, e, quando começava a sentir falta da brisa batendo no rosto, pude ver o doutor enquadrando a secretária.

- Corre que o corno ta puto... - Pensava para que aquela fala não repercutisse negativamente, enquanto tentava entoar algum mantra, de forma a evitar que toda aquela agitação negativa me contagiasse. Olhei para Kathryne, e, para que novamente não ficássemos presos no silêncio, me permiti uma piada.

- Quando eu entro num escritório desses é quando eu agradeço por ter virado treinador. - Sussurrava, tentando apenas quebrar o gelo.

Assim que a loira respondesse, nós entraríamos na sala do tal do Rubim, e, assim que ele tentasse me cumprimentar, empurraria seu corpo para longe com um braço a fim de evitar seu abraço e... Beijo? Mano, cadê meu espaço? Que intimidade esse cara acha que tem comigo? Quando estava perto de perder a cabeça, suspirei fundo, e fuzilei o homem com o olhar, quase o ameaçando de morte com os olhos, uma atitude muito idiota, diga-se de passagem, que rapidamente foi alterada para uma em que eu desviava o olhar de Rubim e deixava meu desconforto a mostra.

- Me chamo Daisuke. Aliás, pode manter distância? Eu não gosto muito de contato físico... - Dizia, enquanto forçava o homem a ficar distante com o meu braço e mantinha a expressão de desconforto, para esconder toda a minha vil vontade de socá-lo na cara e me empenhava para que minha voz soasse normal, ao invés de mais grossa do que o necessário.

Ao tempo que fazia, eu começava a refletir. Faria toda aquela cena a troco de quê? Imbecis como ele não ficam intimidados com um mero inflar de peito. De qualquer ângulo que eu olhava, achava que aquilo era melhor. Assim que ele parasse de insistir no abraço, concertava minha postura e retornava para minha expressão serena, em seguida, pigarreava um pouco e disfarçava o que havia acabado de fazer, enquanto olhava ao redor do comodo, a fim de disfarçar todo o ocorrido e fingir que nada daquilo havia acontecido. Em seguida, Rubim tentava ganhar nossa atenção. Eu não sei o que Kathryne estava pensando, mas eu sabia o que pensar. Então, logo que ele tentava, de algum jeito, tirar Marconi da jogada, tentei de forma bem educada, contornar a situação.

- Sr. Rubim... Não acha que é rude da sua parte em retirar o Dr. Marconi do acordo? Por favor, deixe que ele conduza a negociação até o fim. Ele tem toda nossa confiança e credibilidade, além do que, sabe dos detalhes de nossos pedidos e requisições. - Dizia, em certo tom de formalidade. Aquilo era esquisito para mim, e, quando estava a beira do desespero, me preocupando em não virar um daqueles mordomos de filmes, me tornei para Kathryne, com uma suave expressão em meu rosto, pedindo por sua confirmação. - ... O que acha, Kathryne?

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Já expressei varias vezes a minha surpresa com o tamanho do prédio, mas não estava esperando que a emissora também estava lá. Um lugar grande e imponente daqueles era mais do que suficiente para fazer uma garota avoada que nem eu, se distrair nos vários detalhes, mas eu voltava para a realidade quando chegava no escritório, que parecia até pequeno devido ao ao quão lotado ele estava.

- Se eu tivesse continuado com meu medo de sair em uma jornada, certamente pararia em um lugar como esse. - Respondia o comentário de Daisuke com um risinho. Realmente não sei como eu me encaixaria em um escritório barulhento como esse.

Daisuke e eu eramos recebidos pelo tal do Rubim de um jeito não muito agradável, pelo menos no meu ponto de vista, apesar do ruivo também não ter gostado da interação. Eu tentei me soltar do abraço dele, mas a boca dele já havia encostado no meu rosto, me deixando envergonhada, estava extremamente vermelha.

- Umm... por favor não faça isso. É... umm... desagradável. - Não gostava nenhum pouco que desconhecidos saíssem me abraçando desse jeito. Na verdade eu mal gosto desse tipo de coisa por parte do meu pai ou da minha melhor amiga, imagine de alguém que nunca vi na vida. Não me arrependia de ter soltado a palavra "desagradável", queria expressar que não gostei daquilo, mas eu me sentava, reclusa, na cadeira, de qualquer jeito.

Eu podia parecer distraída, estava olhando para meus próprios pés, mas estava bem atenta ao que estava sendo falado. Rubim quer fazer um acordo, huh. Não duvido que seja apenas uma tentativa de minimizar os custos e se livrar de jovens que ele acha que aceitam qualquer coisa.
Daisuke falava primeiro, mas eu concordava, melhor deixar Marconi conduzir isso: - Sim, realmente acho melhor deixar Marconi negociar.

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Apesar do desdém de Daisuke e do claro desagrado (falado) de Kathryne, aquilo não pararia e nem intimidaria o imbecil. Marconi não era o homem mais exemplar na face da terra; muito menos o mais charmoso, ainda assim, parecia bom estar ao lado (ou melhor, atrás) dele. Apesar de todos os pesares, ele não era lá muito invasivo e parecia inteligente o suficiente para lidar com a situação.

Ou não.

A verdade era que não tinham em que se segurar; apenas bom senso. Bom senso parecia ser suficiente para acreditar num advogado à que num dono de imprensa que ganha a vida explorando imagem e inocência alheia... certo?! Pois bem, o homem sabia dessa posição e não contestaria mais, ao menos, não diretamente. Antes de desistir, apenas jogaria uma questão ao ar; a pequena questão que certamente os dois garotos iriam se perguntar mais cedo ou mais tarde, sendo é claro, se não lhe foi perguntado ainda:
- Mas de onde surgiu todo esse respeito e credibilidade? Vocês conheceram ele o que... hoje? - E findou. Não falaria mais nisso; até porque, isso não pareceu desconsertar o profissional do direito.

Veja só, não é como se é necessário ter longas cargas de conhecimento e história para se contratar um advogado... né?! Pois bem, mas nada garante à eles que não há um certo interesse pessoal ao caso... mas é melhor não pensar nisso, né?! No pior dos casos, é o famoso "win-win". Não há como perder... certo?! Acho que sim.
Bem, Marconi também achava; ao menos demonstrava achar:
- Veja só, você não está bem nesse caso. Divulgação de imagem não-autorizada de uma menina menor de idade. Se fosse só direito de imagem eu te pedia três mil por cabeça, como temos tantos agravantes, ainda com local urbano, sem justificativa alguma e com o lucro que conseguiu em cima disso, te peço cinco mil para cada um de indenização - O homem então jogou o preço lá em cima; sabendo que não conseguiria.

- Você pode pedir... Eu pagar são outros quinhentos - e rodou a cadeira em que sentava uma vez, em sinal de total desrespeito e "brincadeira" com a situação - Veja só, eu sei que ninguém quer ir na justiça. Nem eu, nem você, nem eles. Eu não pago dez mil. Eu pago no máximo o direito de imagem, deleto da rede e algum bônus para não ver sua cara tão cedo.

E Marconi nada falou; aquilo já era um dinheiro muito bom, mas eles queriam mais. Mais e mais. Apesar de tudo, deixou que Rubim continuasse:
- E veja só, não adianta, eu posso recorrer esse processo infinitas vezes alegando ignorância. Eu não sabia que essa menina era menor. Nem meus repórteres. Eu posso recorrer alegando exclusão de culpa na viralização do vídeo, até porque, não é culpa minha se existe rede social hoje em dia. Eu posso ficar nesse processo por anos e anos se eu quiser... você sabe... a gente já passou por isso cem vezes, não se faz de besta - E errado ele não tava - Veja bem, eu deleto a imagem deles agora, já que você me trouxe um pedido formal, eu preciso atender. Se vocês dois assinarem um termo de responsabilidade, eu dou seis mil na mão dos dois agora e vocês saem por aquela porta e não me enchem mais - E agora, disse falando para os dois, ignorando por completo a existência do advogado.

Aquilo era o dinheiro que Marconi havia prometido à princípio; apesar do discurso chulo, a meta básica já havia sido batido. O homem então decidiu não contestar; estava nas mãos dos dois pequenos decidi se lutariam mais ou se aceitariam o "dinheiro fácil". Era claro que eles não entendiam de termo jurídico; para o homem aquilo estava de bom tamanho, mas não falaria por eles:
- Mas é claro... se vocês fossem treinadores... talvez eu pudesse reduzir essa quantia um pouco mas pagar em itens importantes... Pokebolas, Potions, Shards... Mas esse advogadinho não deixa....... - E adicionou esse fala, fazendo Marconi quase revirar os olhos; segurou-se muito para não levantar e bater na mesa, ou mostrar repúdio em confrontações direta.

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