Pokémon Mythology RPG
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001 - PRINCIPIUM

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Principium




Eu estava surpresa.

Apesar da vitória parecer óbvia, eu não contava com ela, a princípio. Como sou uma treinadora inexperiente, estava bastante insegura sobre meu desempenho.

Após minha vitória, senhor Zumbi anunciou algo sobre uma fogueira, enquanto senhor Kara me elogiou e deu o que parecia um remédio para Arthur. Em pouco tempo, todos tinham sumido, deixando apenas nós três para trás.

Arthur parecia orgulhoso de si. E com razão, é claro. Ele tinha vencido uma importante luta, a sua primeira de muitas. Com certeza seu ego tinha se igualado um pouco mais ao meu naquele momento.

Senhor Zumbi então me convidou para caminhar com ele, na mesma direção do resto do pessoal. Eu não sabia bem para onde eles iriam, mas sei que teria uma fogueira, aparentemente.

Um pedido? - Perguntei, curiosa.

Pensei que se tratava do ovo, mas ele acabou entregando ele em minhas mãos antes mesmo que eu perguntasse se era sobre isso que ele estava falando.

Segurei o ovo com cuidado em meus braços. O que poderia nascer ali dentro? Será que seria algum tipo de Lutador, para me auxiliar no pedido de meu tio? Eu não fazia ideia, mas torcia para que sim. Mas, mesmo que não fosse o caso, eu não iria simplesmente largar ele, é óbvio.

Claro, senhor Zumbi. - Falei, enquanto abraçava o ovo. Arthur vinha logo atrás, encarando-o atentamente e até de forma meio curiosa, eu acho.

O Passimian, que estava atrás de mim, começou a se aproximar e cutucou meu ombro. Olhei para ele.

Que foi, Arthur? - Perguntei.

Ele tocou no ovo com seu dedo indicador, e depois com sua mão inteira.

Só tome um pouco de cuidado, não sei o quão frágil ele pode ser.

Ele parou de tocar o ovo e cruzou os braços e fechou os olhos. Parecia indignado com algo.

Ah, me desculpe. Parabéns pela sua vitória, Arthur. Você foi muito, muito bem! - Falei.

Ele abriu um dos olhos e começou a me espiar com ele.

Não me diga que você também é ciumento...?

Certo, certo. - Acariciei sua cabeça (o que foi meio difícil, pois ele é bem mais alto que eu) enquanto segurei o ovo com firmeza com o outro braço. - Não fique assim! Aconteceu tudo muito rápido, não tive tempo de falar com você!

Ele sorriu com sua usual careta e voltou a sua postura normal. Não sei como, mas ele agora tinha seu coco em mãos novamente. Espera, falando em coisas que somem e reaparecem de repente...

- Verdade, minha bolsa. Um minuto, senhor Zumbi. - Andei em direção a onde ela estava, no chão, e a peguei pelas alças, encaixando-a no meu ombro direito. - Pronto... Mas, qual seria o seu pedido, senhor Zumbi?



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O Arthur não faz parte da Virtuum :

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Uma sequência de fatos aconteceu. Primeiro de tudo Arthur demonstrou uma certa possessividade em relação a sua treinadora e sua atenção; bem, errado não tava. Ele acabou de apanhar por ela, o mínimo que merecia era um obrigado! Felizmente Passimian sentiu um desconforto durante a luta, mas em geral, fora extremamente feliz ao performá-la. Enfim! Logo mais sua treinadora voltava atrás e de desculpava, fazendo a situação retornar ao "zero-a-zero" e demonstrando que a conversa dela com Zumbi podiam continuar.

O líder não se meteu na discussão; muito menos no resgate da bolsa, esperou que tudo acontecesse para enfim voltar a falar:
- Bem, eu quero que você encontre um morador do quilombo que está lá em Petalburg - Fora isso que falou a princípio; não daria muitas informações se Karen não perguntasse ou demonstrasse interesse - Ele é daqui mas ta ficando por lá faz um tempo, como ninguém sai muito daqui, ia te pedir para levar uma carta pra ele.

Essa curta fala e proposta fora dita enquanto andavam. O homem então fez silêncio e pensou que seria melhor esperar a resposta da garota para então continuar, mas antes de qualquer pacto, precisou pontuar algo:
- Fica entre nós e Ogum, pode ser? - Isso era uma espécie de pedido de segredo.
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O pedido do senhor Zumbi pareceu simples. Encontrar um antigo morador do quilombo que estava na cidade de Petalburg. Se Karen Okido sabia onde era isso? Definitivamente não!

Claro. - Respondi.

Veja bem!

Eu entendo perfeitamente o senhor Zumbi me pedindo um favor que tenha relação com sair do quilombo, já que eles moram ali e eu como treinadora sou uma espécie de nômade, mesmo. Porém, eu nunca tinha vindo para Hoenn. Não sei direito sobre os lugares! Se vou falar isso para ele? Não sei...

Do mesmo jeito que eu pretendia manter este pequeno segredo dele, o senhor também queria que eu guardasse um segredo, aparentemente. Fiquei um pouco curiosa do porquê, mas não iria perguntar.

Tudo bem.

Ele já tinha me feito favores o suficiente. Não que eu precisasse de um motivo para retribuir...

Essa tal Petalburg, é muito longe daqui?

Talvez seja melhor falar, mesmo. Não deve ser uma boa ficar perdida procurando uma cidade...

Eu não lembro se comentei, mas não sou daqui, haha... Eu vim de Kanto, então ainda estou me adaptando com Hoenn...



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A forma como Karen confirmava a ajuda sem nem sequer saber do que se tratava causava em Zumbi uma sensação de orgulho; escolhera a menina certa para tal. O homem não sabia ao certo o que a moça sentiu em seu rito de inicialização, mas pelo relato da criança e o Gallade, imaginava que ela era a menina perfeita para tal.
- Eu queria resolver um pequeno problema... - Introduziu, mas antes de continuar, foi interrompido por uma pergunta de Karen. O homem então apontou à Oeste e falou - Fica para lá. Dois quilômetros. Eu te levo até la entrada no fim da fogueira, se quiser.

Ao dizer isso, o homem se afastou um pouco de Karemachena e foi até Arthur, dando um leve toque em seu ombro e sinalizando que também precisaria daquele lêmure para a missão. Não por ser difícil, mas por sentir que a garota não deveria ficar sozinha numa cidade grande de Hoenn. Respirou fundo, assentiu com a cabeça para o Passimian e conversou com os olhos, emitindo certa confiança no olhar. Apenas quando sentiu certa reciprocidade voltou a falar:
- O filho mais velho de Karamakate e ele brigaram. Ele queria estudar fora e... bem, como você imagina, Kara não gostou da ideia - Agora sim! Um início que falei algo sobre o pedido - Ele já se arrependeu disso, mas é muito orgulhoso para ir falar com o filho. Eu quero que você entregue uma carta minha ao Mabel. Eu já conversei com Mora sobre essa vontade outro dia... acho que esse é o embate que mais tem pesado aquela família.

Ok, era algo... aceitável?! Bem, era claro que isso não respondia todas as pontas soltas à Karen, mas também, não houve perguntas ou indagações sobre essas questões em si... além disso, Zumbi ainda não sabia de todo o que a garota viu.

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Ah, eu agradeceria se você pudesse me ajudar com o caminho, depois! - Respondi.

Após responder sobre isso, senhor Zumbi me revelou um pouco mais sobre seu pedido. Se tratava de uma espécie de desavença entre senhor Kara e seu filho, que tinham discutido ou brigado porque o filho queria estudar fora. Faz sentido. Apesar de agradável, com certeza devem ter pessoas que querem viver fora do quilombo.

Nossa. Senhor Kara não tinha me dito nada disso...

Minha conversa com ele foi bem superficial, não nego. Lembro dele ter vários filhos e Lecca, mas não pensei que ele teria mais um filho que seria mais velho que eles.

Eu vi que ele e a senhora Mora tem bastante filhos, mas nem me passou pela cabeça que eles teriam um mais velho...

Parecia um problema complicado. Honestamente, não sei se uma simples carta seria suficiente. Mesmo assim, eu colocava certa fé em senhor Zumbi e sua inteligência eremita! Com certeza ele saberia o que dizer para Mabel e fazê-lo mudar de ideia, ou talvez nem seja isso exatamente, mas simplesmente confortá-lo ou informá-lo sobre como anda sua família? Não sei...

Eles pareciam uma família legal. Mas, entendi o que devo fazer. Hum... Como vou saber que encontrei ele? Quer dizer... O senhor tem alguma foto, ou quem sabe alguma característica física notável? Devo apenas entregar a carta? - Perguntei, com a voz mais baixa e olhando para os lados, procurando se estávamos sendo observados por alguém.

É claro, eu tinha medo de estragar tudo, um pouco. Precisava de algumas informações cruciais para que nada de ruim acabasse acontecendo por culpa minha.



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- Hmmm, eu também não conheço a cidade para te dizer o que fazer... mas na última carta que ele mandou, ele diz ta morando perto do Centro Pokemon, em alguma ruazinha do bairro do centro - Ao dizer isso, botou a mão por dentro da blusa e tirou de algum lugar de si um bocado de folhas dobradas, formando um retângulo mediano - Aqui, pera, tem uma foto dele e o endereço... mas faz uns três meses que ele não escreve. Não faz mal né?!

Ao falar isso, entregou a Karemachena o bocado de palavras que recebeu. Ao meio de todos os escritos, uma foto bastante clara do rapaz. Ela parecia datada de sua formatura e os escritos também se relacionam com ela. No mais, Karen ainda poderia ler a carta; essa permissão foi dada a ela, mas não teria tempo agora, porque logo mais Zumbi a interpelava e a convidava para ir até a fogueira:
- Minha carta é mais um bilhete... eu não gosto de escrever. É um convite para ele tomar um café. Dizem que as pessoas da cidade fazem assim, né?! - Perguntou, procurando alguma aprovação nos olhos de Karen. Enquanto esperava sua confirmação, apontou para a foto de Mabel e tentou entonar uma voz mais firme quando disse - Ele me chama de Paizin, mesmo eu não sendo pai dele. Acho que é o costume de viver comigo... e também, vê se esse garoto bonito vai puxar Karamakate, né?! Parece muito mais comigo.

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Talvez fosse a primeira de muitas piadas que Zumbi pretendeu fazer. Agora o homem largava mão da postura de sábio e virtuoso; uma que nunca teve, apenas aos olhos de sua convidada. O inquilino não ligava de soar bobo ou fraco; tinha saudades de Mabel e não via vergonha alguma em demonstrar isso:
- Você leva a carta e a foto, da pra ele quando encontrar. O endereço deve ta em algum tanto aqui, não sei bem mandar carta, quem faz pra mim é sempre Mora então não entendo muito bem - E dito isso, apontou para a primeira página.

Rua. Mareanie, Centro, Petalburg City. Nº 07, esquina com sorveteria Let's Go. Oh, isso não parecia difícil de achar! Bem, não vamos procurar agora, não é? Até porque, nem temos como. Vamos, vamos, Karemachena, está perdendo a fogueira...

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Hummm - Algo me dizia que as informações eram suficientes, então deixei de lado por enquanto. - Realmente, é bonito Eu sou mais, é claro. E lembra bastante você, senhor Zumbi! Como ele é? Digo, de personalidade?

Perguntei, enquanto andava acompanhando ele.

Ah, verdade, temos que ir para a fogueira, Arthur, senhor Zumbi! - Comentei, apertando o passo um pouco mais.

Nada contra senhor Kara ou senhora Mora, mas o senhor Zumbi era a minha pessoa favorita do quilombo. Conversar com ele me fazia esquecer de alguns problemas, ou de alguns afazeres, como a fogueira.

Bem, melhor irmos logo. Podemos conversar mais depois!

Arthur assentiu, provavelmente curioso com o que seria a tal fogueira. Na verdade, ele estava bastante animado e feliz com as tradições dali do quilombo, ainda mais após sua vitória. Com certeza estava se divertindo lá. Se não fosse por minha pessoa, eu teria que voltar por ele, também.

Suspiro fundo. Tanta coisa tinha acontecido nesse dia, era estranho... Enquanto andava em direção à fogueira, que poderia ser o meu último momento no quilombo por algum tempo, não pude deixar de pensar nessas coisas... Essa sensação era engraçada. Uma espécie de despedida, eu diria... Mas eu nem tinha ficado tanto tempo lá... Que coisa.

Desta vez, fiquei apenas pensando, ao invés de falar algo para senhor Zumbi.



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- Hmm... digamos que ele é um homem de poucas palavras - E fora só isso que falou. O que era completamente incongruente com as quatro páginas de carta que mandou.

Depois disso, um certo silêncio reinou; todos concordaram em ir e... bem, foram. Quando chegaram a tal fogueira, todos esperavam Zumbi com uma vela na mão, todas acessas! Porém não muito consumidas. O homem então largou Karen e foi dar atenção ao seu povo; ao seu lado ficou dois desconhecidos, que sorriam para a menina e lhe ofereciam as mãos para segurar.

Zumbi foi até próximo da fogueira apagada, pegou uma vela que tinha no chão e emitiu um grito incompreensível, ao menos para Karen, que não só estava desabituada com os ritos locais como também não estava muito próxima para entender. Ao dizer isso, a primeira desconhecida lhe ofereceu uma vela apagada e ofereceu-lhe para acender. Esperaram um tempo, cantaram o mesmíssimo refrão que Karamakate cantou no batismo de nossa protagonista e puff! Um grito findou o ato; de repente todos os presentes jogavam suas velas no amontoado de lenha, uma por uma, iniciando focos de fogo diferente e afastando. Uma hora chegaria a vez de Karen; ela o faria?!

Independente dela fazer ou nõa, a fogueira ia aos poucos aumentando a vazão do fogo, chegando ao topo e iluminando tudo como um sol. Agora a personagem poderia vez em volta e reparar o quão bem os barracos eram feitos. Seus acabamentos lisos não lhe dava o privilégio de uma sombra de imprefeição! Ao entorno, árvores dançavam com o vento e agradeciam o leve aquecer, que era raro no inverno.

Inclusive, a menina que logo mais estava ao sol, poderia dar graças a deus. A noite naquela rota era gélia; ainda mais ao centro de maio, que o inverno retoma sua força, apesar de ser outono. Agora todos se aproximava (em uma distância segura) e agradeciam pela oportunidade de se aquecer. O atabaque agora não era único; estava entre as pernas de um grupo de humanóides. Alguns humanos, outros pokémons; o importante é que tocavam um ritmo animado, muito mais semelhante à um samba à que uma vocalização religiosa.

Junto do ritmo, cada um cantava um pedaço. Não era uma coesão, apesar de combinar! Não havia letra fixa; todos rememoravam fragmentos isolados que aqueles batuques traziam como nostálgicos. Ora ou outra um fragmento se sobressaia aos demais e cantavem em coro; a maioria da tribo se colocava a dançar, enquanto aqueles que não faziam isso, se dirigiam ao canto, sentando na mesa longa e bisbilhotando o banquete que Karen e Passimian ainda não conheciam.

A moça outrora dançou sem música (nem sei se deve lembrar), e apenas no batuque de Passimian. Se daria o luxo de fazer o mesmo ali?! Com todos aqueles olhos?!

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Ahn... Boa noite. - Falei para as pessoas que estavam me encarando, quando chegamos na fogueira. Dei as mãos para ambos, e então Arthur se enfiou no meio dos dois deles e me deu as mãos logo depois. Assim, eu só estava efetivamente dando a mão para um "estranho".

Conforme o rito foi seguindo, todos começaram a pegar velas e jogar na fogueira para acender ela. Quando chegou na minha vez, fiquei meio na dúvida de como deveria ser feito, mas tentei imitar os outros moradores do quilombo.  Um morador, que estava me dando a mão, me ofereceu uma vela. Peguei ela e levei até a fogueira. Joguei ela lá e então me afastei logo depois.

. - Ufa... - Nossa, que tensão! Que medo de tropeçar e deixar a vela cair no chão! Odeio essas inseguranças...

Ainda bem que a fogueira estava ficando cada vez mais forte; o frio estava de matar. Mesmo que eu estivesse com um belo vestido, ele ainda não era um casaco, e eu já sou bem friorenta. Por sorte, o ambiente começou a ficar mais quentinho.

Todos começaram a cantar uma música que eu sentia já ter escutado. Apesar da impressão de que cada um cantava uma coisa diferente, o ritmo me era estranhamente familiar. Uma parte do pessoal começou a dançar, enquanto outros se afastavam mais da... Festa? Não sei se posso chamar assim. Da comemoração, então.

Eu fique na dúvida se deveria dançar ou não. Quer dizer, dúvida não é a palavra certa, pois eu definitivamente não queria dançar na frente de tanta gente assim. Mesmo assim, Arthur parecia animado com a ideia. Ele se aproximou de mim e me empurrou mais para dentro do círculo de pessoas, rebolando a cintura e mexendo sua cauda, enquanto batia "palmas" (a mão no coco, pra ser mais exata) e gritava seus grunhidos característicos, me encarando com expectativa após.

- O que foi? Você está esperando que eu dance aqui, também?!

Ele fez que sim e começou a mudar sua dança. Com seu coco, começou a fazer as mesmas batucadas do início do dia, que eram relativamente abafadas pelo som alto dos instrumentos de verdade que tocavam. Mas aquilo não desanimava Arthur; na verdade, instigava o Passimian, que batucava com ainda mais  força e vontade.

Hum... Não sei não, Arthur... - Falei, olhando para os lados e vendo todo aquele pessoal dançando.

Bem, eu não sou uma pessoa exatamente tímida, mas estou longe da extroversão necessária para sair dançando no meio de estranhos.

... Estranhos?

Ah, eu não sei se poderia chamar eles assim. Soa errado.

São desconhecidos, de fato, mas não estranhos. A palavra tem um significado diferente do que eu atribuía a eles, não combinava muito. Mas, mesmo que eu tenha certa estima pelo pessoal, não sei se eu conseguiria dançar na frente de tantos assim...

Arthur assovia, chamando minha atenção. Encaro ele, surpresa. O Passimian joga seu coco para mim, como se quisesse que eu o agarrasse. Com todo meu reflexo possível, tento segurar a fruta, sem sucesso. Ela acaba caindo de minhas mãos, e rola até ficar um pouco na minha frente. Dou alguns passos e pego ela do chão.  Arthur então aponta para o "instrumento" e começa a fazer sinais com a mão, como se dissesse para que eu batucasse aquilo, como ele faz.

Bem, esse tanto eu acho que poderia fazer.

Bati no coco, que emitiu um som bem diferente do que Arthur costumava ritmar. Não sei se por suas mãos serem mais fortes e mais pesadas, mas sons diferentes foram ouvidos quando eu batuquei.

O Passimian voltou a dançar, fazendo vários tipos de movimentos.

Vendo ele dançar, comecei a tentar batucar novamente.

O coco era estranho. Ele emitia sons como se fosse oco e tivesse uma casca fina, mas com a força que Arthur tinha batucado nele, eu diria que seria suficiente para quebrá-lo. Mesmo assim, o fruto parecia intacto. Eu não precisava usar muita força para que sons saíssem dele, então tentei batucar (falhei miseravelmente) de forma parecida à de meu Pokémon.

A cada tentativa, um novo ritmo saia. Eu não conseguia manter a estabilidade de ritmo que nem ele. Era mais difícil do que eu pensava. Mas o Pokémon não desanimava; ele mudava sua dança para cada ritmo de batucada.

Com cada dança nova, uma careta. Eu não sei se ele estava se divertindo ou ficando nervoso, mas era muito engraçado.

Hahah! - Tive que parar de tocar por um minuto para gargalhar. Ele era realmente muito engraçado e caricato, principalmente com suas caretas tão características.

Assim que consigo me recompor, volto a batucar, e Arthur volta a dançar. Continuamos assim por algum tempo...





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Uma coisa que Karen talvez não tivesse percebido, é que seu ritmo era influenciado também pelo ritmo alheio. Apesar de ser "as batidas de Karemachena", era também suas batidas somadas ao som da banda. Tudo isso se tornava unífono de alguma forma; poderia soar bagunçado para os ouvidos de um crítico, mas sem dúvida era uma linda música para quem estava ali.

Tão linda a música que deu espaço para lindas danças. Num instante só, Passimian estava cercado de gente; Karamakate estava ali, Zumbi também surgia por perto, Mora, alguns de seus olhos, outras personagens que nunca vira antes e Lecca. O próprio ritmo de Arthur & sua treinadora virou moda e a brincadeira não era mais a dança em si... o entreterimento tornou-se "imite o Passimian". A malemolência e criatividade de Arthur se tornava o maior ícone daquela roda, e sua cauda tornava seu remelexo extremamente divertido de ver.

Todos imitaram como podiam; a moça de quatro-braços era a que mais tinha dificuldade. Machamps são duros e sem muito movimento, ainda assim ela tentava acompanhá-lo numa cena bastante cômica. Se Karen achou seu pokemon engraçado, imagine o que acharia de Lecca tentando fazer aqueles passos?! Bem, seu filho certamente viu graça. Agora o Machoke chegava próximo e ria até cair no chão! Ria tanto que dançar já não era possível.

Pois bem, o resto não parecia dar bela; dançavam ao som que dava. Fora assim por longos minutos, até que Karen reparou que calor e movimento juntos a faria (mais uma vez) suar. A menina próxima da fogueira começava a cansar, descobrindo que apenas tocar não era lá um "descanso de domingo", ficando ofegante e bastante necessitava de água. Infelizmente ela era a única que se sentia assim; Arthur e os outros tinham condicionamento físico para ali ficar por mais um bom tempo, sem necessário pausas para água.

Talvez, apenas talvez, isso diz respeito ao fato de terem todos um copo em mãos. Vazio, é claro! Provavelmente já estavam tomando alguma coisa retirada daquela mesa; que tinha água, cerveja, chás desconhecidos e variados, café forte e amargo e... obviamente, a cachaça que Karen tomou mais cedo.

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