Pokémon Mythology RPG
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Ato 02 — Vendeta.

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Talvez, a pior viagem da vida de qualquer pessoa. O corpo de Nicholas bramia por descanso, enquanto seu emocional não o deixava sequer cochilar até chegar na maior cidade de Hoenn. Hora ou outra, o loiro cerrava seus olhos, cedendo a exaustão; mas, logo as suas memórias lhe assaltavam, fazendo com que acordasse repentinamente. Jigglypuff já repousava sobre seu colo. Sua energia se esvaiu completamente não apenas pela fuga dos Rockets, todavia, sua lamúria deu uma trégua enquanto sentia o calor oriundo do colo de Nico, um porto seguro — ainda longe de ser tão terno como o de sua treinadora.

O loiro encostava sua testa na janela, observando a paisagem, completamente aéreo. Ao fitar o firmamento estrelado, pintado caprichosamente de azul, harmonizando com calmaria instaurada nas noites do novo continente. Em contraste ao mundo externo, o intrínseco do loiro sofria diversos ataques de todos os lados. Lamúria, culpa e uma mescla de dezenas de sentimentos danosos à alma de qualquer ser vivo. Em um caso extremo, era como se Nicholas estivesse em uma UTI, tentando enfrentar seu eu interior a cada respiração que dava.

A carta deixada por Emma fora como um tiro em sua cabeça. A cada palavra que seus olhos percorreram naquele pequeno pedaço de papel — mas que tinham uma imensidão emocional que não se pode falar —, sentiu seu âmago se esfacelar. A silhueta da treinadora ainda era tão presente para sua mente, que hora ou outra, seus pensamentos a colocavam ao seu lado, naquele banco vago no fim do ônibus. Sua mão, feérica, tal qual toda a sua imagem afagava a rechonchuda fada.

Nicholas sentia o destino galhofando de toda a sua agonia. Questionava, segundo após segundo, o porquê de ela ser escolhida pelo destino a ter uma tramontana tão impiedosa.

O loiro esmorecia a cada metro que o transporte percorria. Respirava fundo, tentando ainda digerir aqueles acontecimentos tão atrozes em seu primeiro dia de jornada. Sabia que a jornada seria penosa, todavia, qual o motivo de reservar toda aquela barbaridade? E, sobretudo: por que justo quando ele, sempre fechado, envolto de uma murada emocional consistente em todos seus dezessete anos, resolvera quebrar com os próprios punhos aquela parede tão concreta. Emma conseguiu um espaço especial de Nico, que o fez questionar todos os fundamentos — duvidar de toda e qualquer funcionalidade do emocional.

Mesmo com infindáveis elucubrações, Nico ainda havia saído de Oldale alguns metros. Na verdade, entrara no transporte há poucos minutos — cerca de dez. Sua alma estava em um universo completamente a parte da realidade, maltratando seu cérebro e sua razão durante todo aquele ínfimo trajeto. Seus olhos, melancólicos, mantinham-se fixos na paisagem à sua direita. Não conseguia ao menos expressar alguma emoção sequer: em sentido figurado, Nicholas tornara-se um zumbi.

As palavras de Vanyo faziam-se presente em suas memórias. Era fato: dificilmente, teria chance alguma contra os Rockets sozinho. Todavia, seu coração, já nublado pela negra aura da vingança não aceitaria ajuda alguma das autoridades. Iria resgatar Emma sozinho, para livrar seu âmago do imenso pesar que sentia. Talvez, não apenas resgatá-la. No fundo, Nicholas queria devolver tudo àquele maldito trio: física e psicologicamente.

Em apenas um dia, à sorte no mundo — que sempre temeu em ser hostil daquele modo —, mudara toda a sua postura e quiçá sua maneira de pensar.

Tinha um plano arquitetado para resgatar Emma. Agora, já em Petalburg, começava a desenhar tudo o que ocorreria daqui para a frente. Em uma situação desesperadora e crítica como aquela, não cogitava falha alguma. Teria de ser perfeito do começo ao final. Caso contrário... Respirava fundo a cada segundo que se passava em sua mente, imaginando do começo ao final como tinha de ser.

Em determinado momento, de tanto sua mente ser torturada por seu emaranhado sombrio, seu corpo cedeu não apenas à exaustão mental, como também a física. Serenamente, sua cabeça tombou, recostando-se sobre o vidro. A dor em suas costas, pouco a pouco, começava a cessar. Sua visão se tornava turva e suas janelas anis cerravam em resposta aos bramidos de seu exaurido corpo. Depois de tanto tempo, suas emoções deram uma trégua.

Adormeceu, enfim.

Estava escuro quando o ônibus chegou ao seu destino: Rustboro. Gradualmente, Nico abria seus cansados olhos, fitando o céu. Percebera a penumbra e algumas luzes acesas; provavelmente, ainda era madrugada. Sua consciência despertava aos poucos. Ergueu sua mão direita, esfregando os seus olhos para que seu corpo entendesse que era hora de acordar. Tomou a fada em seu colo, que também desadormecia com os movimentos de Nicholas fazia ao espertar. Confusa, fitou as janelas cerúleas do treinador, que apenas encarou-a de volta, sem dizer uma única palavra. Taciturno, Nico dirigiu-se à porta dos fundos do transporte, desembarcando em uma plataforma que dava vista para as ruas da metrópole.

Já alerta, seus olhos percorriam o recinto, até encontrar um banco vago. Lentamente, projetou seus pés na direção daquele canto do terminal — um local mais reservado. Jigglypuff massageava sua cabeça, tentando desvencilhar-se daquela terrível dor — psicológica e palpável — após tanto chorar, enquanto encarava Nicholas ora esperançosa, ora receosa.

Sentou-se no banco, colocando a rechonchuda fada ao seu lado. Suas mãos foram de encontro ao seu pálido e inexpressivo semblante, friccionando violentamente o mesmo. Mandava a mensagem para seu dormente corto que havia despertado enfim. Ainda com os membros tapando seu cenho, respirou fundo, repassando o seu plano ao seu cérebro ainda vagaroso.

Ao final de todo o processo, inspirava novamente. Agora, seu corpo era jogado para trás violentamente, batendo e voltando contra o encosto do banco. Sem delongar, puxou a esfera bicolor de suas três criaturas, liberando-as através do corriqueiro feixe alvo de energia. Todos eram materializados. Vislumbravam o local de relance, e não tardaram para perceber que já estavam longe da rota 101. Olharam para Nicholas, ainda confusos.

— Pessoal, estamos em Rustboro, e é aqui que tudo vai se passar — murmurou aos pokémons presentes. — Temos de resgatar Emma, e nenhuma margem de falha vai ser permitida. Então, quero que todos me ouçam atentamente. Nada de choro, tristeza ou misericórdia para aquele bando de filhos da puta, entenderam?

Apesar de confusos, os monstrinhos assentiram, com exceção de Nincada, que ainda estava receosa com as palavras do loiro. Percebendo isso, Nicholas arqueou o seu corpo para frente, entrelaçando seus pálidos dedos, fitando os olhos da formiga. Em momento algum, suas vistas se desviaram do trajeto. Buscava penetrar o âmago da pequena criatura apenas ao encará-la.

Queria apenas uma conversa sincera no fim das contas.

— Antes de começarmos, preciso conversar com você, Nincada — suas janelas jaziam intactas na direção dos olhos do inseto. — Devo inúmeras explicações e desculpas a você por tudo que aconteceu ontem, e queria fazer isso agora. Quando tudo isso acabar, explicarei para você tudo o que aconteceu. Mas antes de tudo, perdão — respirou fundo, cerrando os olhos, mas retornando a fitá-la logo em seguida. — Não sou desses treinadores que obriga você a ficar comigo, portanto, caso não queira ficar comigo, avise-me, que retornarei você ao seu habitat. Gostaria de sua ajuda nesse momento crítico, já que há algo muito importante em jogo: a vida de alguém que gosto muito — permitiu relaxar sua postura um pouco. — Não se isso fará você confiar um pouco mais em mim, mas foi eu, juntamente com esses dois que expulsamos os Zangooses próximos de você.

Seus olhos olharam de relance para a hiena e o lagarto. Os monstrinhos do loiro olhavam para Nincada, sorrindo receptivamente ao inseto, tentando transmitir segurança e aprazibilidade em suas janelas.

Mais uma vez, Nicholas tornou a dirigir-se ao inseto:

— Posso contar com você, pelo menos dessa vez? Se quiser ficar, preciso que confie em mim e em minhas ordens. Garanto que não quero te fazer mal algum.

Seus olhos continuavam estáticos na direção da formiga. Restava, portanto, a resposta da mesma.

off. :

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Off escreveu:
Oi Nico. Estarei assumindo a sua rota. Espero continuar o ótimo drama que o KB começou! ^^





Quarta, 00h35min - Rutsboro City
"Lua crescente, poucas nuvens no céu. 19ºC"  


Que viajem agonizante! Nicholas não parecia o treinador mais feliz naquele ônibus que saíra de Oldale até Rutsboro, mas Jigglypuff estava pior! O Pokémon balão manteve-se bem quieta todo o momento, com um suspirar e soluções constantes. Seus grandes olhos azulados estavam marcados e inchados pelo choro que tanto assombrou a sua mente.  O Pokémon não conseguia aceitar a separação de sua treinadora, por motivos heroicos, mas não aceitados! Os grandes prédios de Rutsboro cobriam a paisagem. Luzes de várias habitações apareciam na janela do ônibus do rapaz naquela noite. A estação rodoviária intermunicipal de Rutsboro estava calma. Poucos ônibus chegavam e saiam naquele horário.

O frio da cidade batia naquela noite. Rutsboro era uma das maiores cidade de Hoenn, comportando prédios altos e cinzentos que pareciam adornar ao redor do treinador e do Pokémon rosado. Aquela estação rodoviária tinha poucos funcionários, um no guichê trabalhando, outro limpando o chão, enquanto poucas pessoas desciam de um ônibus. O jovem escorava naquele banco ali perto, com o peso do mundo todo. Até sua mochila com poucos itens parecia ser um pouco mais pesada que o normal, mesmo tendo uma incubadora de plástico com um ovo misterioso dentro. O trio era chamado para fora de suas esferas para que soubesse as verdadeiras intenções do rapaz. Era hora de começar o seu plano, sozinho, uma vez que o loiro queria fazer sua própria justiça, sem auxílio de outras autoridades.

Nincada era o Pokémon que mais chamava a atenção. O Ground Pokémon encarava o seu primeiro treinador. Embora não concordasse junto com ele, era impossível não notar a carga emocional que o jovem trazia para si naquela noite de poucas estrelas. Possivelmente, a poluição da cidade grande cobria o céu. Nincada pareceu querer ficar para ver que era Nicholas de verdade, afinal, ele e seus dois Pokémons o tinha salvado de um ataque. Querendo ou não, gostando ou não, o inseto devia a sua vida ao jovem.

Mas aquela interação noturna era cortada por um piar. No alto da grande que estava fixada no muro que contornava a estação de trem, os olhos cansados do garoto subiam até encontrar o Natu ali. Aquele Pokémon selvagem, que não era comum em cidade, estava ali, no alto da grande. Os olhos da ave encaravam os olhos do rapaz, cuja sensibilidade psíquica fazia com que o pequeno passarinho se perdesse em devaneios. Foi quando uma luz na rua acendia, que o Pokémon sumia no piscar de olhos: Teleport tinha dessas coisas...

Nico reparava os seus Pokémons em posição de batalha! Mightyena rangia os dentes, mas era para um veículo grande, enquanto Charmaleon abria suas garras. Nincada? Bem! O Pokémon precisava de um entrosamento melhor, pois só observava. Mas também, não precisava de  tanto alarme! Era só um ônibus que ia para o centro da cidade.



Progresso da Rota - Nico :

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No fim das contas, Nincada consentia com os termos pedidos pelo loiro. Ao confirmar com o inseto, balançou a sua cabeça em um movimento vertical. Outra vez, tornou a respirar fundo. Sua mente começava a desenferrujar aos poucos, e com ela, os fantasmas que tanto assombravam as memórias de Nico. Precisou se concentrar um pouco mais para que afastasse as lembranças de si, tentando olhar para seus pokémons.

Quando pensou em abrir a boca para dizer seu plano, a atenção dos monstrinhos era direcionada para uma grande que cercava um muro em volta do terminal. Um ruído oriundo daquele lugar fora audível para o treinador. Assim que seus tímpanos processaram aquele som, volveu seu pescoço bruscamente na direção da fonte sonora. Suas pupilas dilataram quando seu cérebro processou a imagem em sua retina.

Natu.

Ao vislumbrar aquele pássaro mais uma vez, seu pensamento tornou a insistir em paranoias: um presságio. Antes de sair da cabana, um pokémon da mesma espécie alertara-o da presença dos malfeitores que se acercavam daquele casebre pútrido no meio da floresta na rota 101. Ironicamente, interrompera no momento em que dois universos conversavam harmonicamente; duas galáxias, opostas, mas com afinidade colossal, gerando um calor tão terno que fora capaz até mesmo de esquecer o frio que passavam.

Nico manteve-se alerta. Os olhos de ambos se conectaram, tal as gotas da chuva de uma noite posterior pousavam sobre o tapete verde da relva, para formar o esplendor do orvalho da manhã. O loiro parecia aéreo naquele ínfimo momento em que se encararam. A aura psíquica do pássaro parecia querer passar algum prenúncio, seja bom ou seja ruim. Apenas aquele contato entre os orbes foram o suficiente para que seu cérebro liberasse adrenalina em sua corrente sanguínea, revivendo uma sensação consternada que roubara até mesmo o sono de Nicholas.

Em um piscar de luzes, a figura de Natu desvanecera. Ainda assim, apenas por notar a sua presença, a mente de Nicholas já começava a maquinar alguma estratégia completamente diferente daquela que pensara assim que colocou seu primeiro pé em Rustboro. Com o agouro — que possivelmente o psíquico trouxera —, tudo teria de passar por um replanejamento.

Em um lapso temporal diminuto, a atenção do loiro voltou-se aos seus monstrinhos alertas. Seu réptil e seu canídeo encaravam o transporte prontos para o ataque, diferente da formiga, que apenas jazia estática, com suas vistas pousadas sobre o automóvel. Apesar de não parecer nada, Nico fitou o ônibus, atônito, tornando a lembrar da figura de Natu.

Será possível que os Rockets já estavam ali e Mightyena conseguira rastreá-los pelo seu cheiro? Ora, se Natu avisou uma vez que o trio de bandidos estava próximo, por que não avisar uma segunda? Assim como outrora, por saber de que havia algo para vir, isso daria um intervalo de tempo — quiçá maior do que planejara — para explicar o plano aos seus pokémons; ou então, passasse novas instruções diante daquela situação.

Instintivamente, abaixou o seu corpo, e já começou a buscar por algum lugar mais escondido daquele ônibus. Apenas com um olhar e gestos, pediu para que Nincada, Charmeleon e Jiggluypuff olhassem os arredores e informassem-no o mais rápido possível de prováveis ameaças — entende-se como os Rockets. Já para Mightyena, pediu para que mantivesse seus sentimentos agudos, focados naquele transporte.

Nico não pestanejou em seu palpite: para ele, Natu apareceu diante de seus orbes confusos para alertá-lo de que seus arquirrivais ali estavam. Arqueou seu tronco o mais próximo possível da orelha de seu canídeo — com sua equipe o mais escondido possível —, murmurando algumas perguntas para Mightyena?

— Viu ou sentiu o cheiro de alguma coisa? Se for eles, me diga.

O loiro ainda tinha em mãos a bandana que a garota utilizava em suas douradas madeixas. Por mais que se o ônibus partisse para os confins da cidade, ainda restaria algum encalço de seu cheiro para que a hiena pudesse rastrear com seu inverossímil faro, como fizera ainda horas atrás. Ademais, o cheiro de Emma ainda lhe era recente, então, reconhecê-lo não seria tão difícil para Mightyena.

Por ora, inquiria apenas aquilo. Dependendo da resposta, quiçá todo o planejamento de Nico teria de ser refeito. Todavia, ainda eram necessárias as informações de sua hiena.

off. :

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Off escreveu:
Qualquer coisa também pode me dá um toque e me chamar no discord ou MP. Meu estilo de narração é bem interpretativo, mas no final compensa muito. Espero que você curta e se fica muito pesado me avise também!





Quarta, 00h35min - Rutsboro City
"Lua crescente, poucas nuvens no céu. 19ºC"  



O jovem treinador ainda perdido em seu encontro de Natu, agora se colocava de frente do seu canino Pokémon que começava a farejar. Ok! Rutsboro de noite, com tantas pessoas passando por ali, enquanto Emma poderia ter chegado ali se sabe lá quando ou ainda nem ter chegado, levantava uma suspeita um tanto ínfima diante do quadro de probabilidades. Mightyena começava a farejar sem resposta ao jovem, enquanto caminhava naquela calçada noturna da rodoviária da cidade cinzenta. O ônibus que vinha ao longe era conduzido por um motorista magro, esguio e já passava com certeza dos seus sessenta anos. O homem de cabelos brancos e parcialmente careca, escondida por uma boina, esgueirava os seus grandes óculos “fundo de garrafa” no retrovisor do grande veículo ao ver o loiro com o trio de Pokémons ali, mais a feérica Pokémon no banco.

Era inevitável parar. O grande ônibus que circulava na cidade para levar as pessoas de um bairro ao outro parava ao lado do ponto em que Nico se encontrava com sua trupe. A porta da frente se abria de forma abrupta, mostrando que aquele ônibus já sofrera várias reformas para continuar funcionando. Mas quem recebera o menino não era o motorista, mas um rapaz jovem, em seus vinte e poucos anos, com ainda umas espinhas no rosto e cabelos cor de cobre, esguio como o motorista. Seu olhar perdido pairava sobre o jovem no meio da madrugada e seus Pokémons.

- Tá perdido, garoto?!- o jeito do cobrador falar com Nico era de curiosidade, sendo motivando com uma preocupação mínima sobre o porquê dele está ali, no meio da noite escura. - Você é um treinador?!- a segunda pergunta se via ao perceber a presença do trio Pokémon na calçada e da Fairy no banco. - Nós vamos passar pelo Centro Pokémon, não vai querer ir não?

Progresso da Rota - Nico :

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Perdido em seus devaneios, Nicholas divagava sobre a aparição repentina do psíquico. Mais uma vez. Sim, era bem incomum aquela criatura aparecer diante de suas vistas novamente, mesmo depois de um agouro como dantes, alertando sobre a chegada dos bandidos.

Seu canídeo tentava reconhecer o cheiro da treinadora, sem sucesso. Nico respirou mais aliviado, já que seu plano ainda não fora água abaixo. Nicholas ainda tinha sua carta na manga para agir naqueles moldes, mesmo assim, não teria o elemento surpresa que tanto queria. Recostou-se sobre o assento, chamando a atenção de seus monstrinhos para que se achegassem dele. Ora, aquele banco mais afastado do terminal não parecia ser hostil. Revelar o plano para seus pokémons para que agissem conforme queria era mais do que necessário àquela altura do campeonato.

— Todos, me escutem com atenção. Preciso que todos vocês entendam o meu plano antes que comecemos a agir — olhou de relance para o ônibus no horizonte, calculando o tempo médio em que o transporte passaria por aquele ponto. — Primeiro, nós vamos rastreá-los utilizando o seu faro, Mightyena. Lembre-se: estamos com a bandana dela, e se nós os acharmos, a vantagem é nossa. Duvido que eles estejam esperando a gente agir. Irei dar um jeito de invadir o lugar assim que os encontrarmos. Assim que localizarmos onde eles estão escondidos, vai ser a sua vez, Jigglypuff — seus olhos buscaram os orbes cerúleos da fada, que, atônita, fitou Nicholas de volta. — Ao meu sinal e depois que eu colocar meu tampão de ouvido, você irá cantar a sua canção para que todos os Rockets durmam. É nesse meio tempo que eu resgato a Emma, e então, saímos em fuga — pigarreou, logo voltando. — Antes de pegá-la no meu colo, liberarei vocês três: Mightyena, Charmeleon e Nincada. Cada um de vocês vai se posicionar conforme eu falar, como um triângulo, enquanto eu ficarei no centro, vigiando e protegendo cada ponto em que eu estiver com a guarda baixa até chegarmos a algum ponto seguro. Entenderam?

Eram informações demais para as criaturas digerirem. O canídeo e o réptil, por estarem com Nicholas a mais tempo, entendiam sua cabeça engenhosa. Hora ou outra, o loiro estava a maquinar planos e estratégias para as mais excêntricas situações. Ainda em Kanto, via as lutas no televisor não apenas como uma grande exibição de força, contudo, seus olhos eram voltados às estratégias que os treinadores utilizavam. Baseava-se nisso. Seu lado racional, mesmo nublado por todo furor, ainda tinha lampejos.

Ao terminar de repassar o plano, o loiro foi surpreendido pela chegada do transporte na sua frente. O tempo em que murmurou sua estratégia fora o suficiente para que nenhum terceiro ouvisse. Ótimo, tudo conforme planejado — ao menos, naquele início. A figura serena de um ancião já esguio no volante chamou a atenção de Nicholas, até uma voz estridente rasgar os ares. Volveu sua atenção para o cobrador, ainda jovem, ouvindo suas indagações atentamente.

Assim que seu tímpano processava aquelas ondas sonoras, mudou sua postura. Atuando com maestria, seu semblante sisudo transformou-se em uma personalidade mais afável, com um falso simpático sorriso desenhando em seus finos lábios. Era muito diferente do corriqueiro Nico, todavia, era necessário agir daquele modo se não quisesse que ninguém interferisse em seus planos.

— Ah, claro, estou subindo então — respondera, com o mesmo leve sorriso de outrora. Seus pokémons sabiam de sua real personalidade, e de prontidão, exprobaram da atitude do loiro. — Vamos indo, pessoal.

Com o mesmo sorriso dissimulado, recolheu Mightyena, Charmeleon e Nincada para suas esferas bicolores, por via do mesmo feixe de energia vermelho-sangue. Colocou Jigglypuff em seu colo, cumprimentando com a cabeça o motorista e o cobrador. Em passos vagarosos, varreu o lugar com seus orbes, dirigindo-se, então, na direção de algum banco mais ao fundo em que não havia ninguém sentado.

Antes de chegar ao seu destino, voltou-se ao cobrador.

— Quando for o ponto do centro pokémon, pode me avisar, por favor?

Ao fazer tal questionamento, aguardaria a resposta, ainda utilizando a mesmo ego ilusório. Assim que o fiscal do transporte lhe respondesse, iria na direção do mesmo banco que avistou assim que adentrou o ônibus — mais ao fundo, com ninguém ao redor.

off. :

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Off escreveu:
;D





Quarta, 00h35min - Rutsboro City
"Lua crescente, poucas nuvens no céu. 19ºC"  


O plano repassado era ouvido pelos monstrinhos de bolso. Embora muitas informações, Mightyena e Charmeleon estavam bem atentos e não iriam decepcionar o seu treinador. Nincada estava lá pela baderna – mentira, ele seguia os dois salvadores e o treinador que o comandava pela sua honra que precisava ser paga! Ao entrar no ônibus, o motorista apenas fechava a porta sem olhar para o garoto. Seus grandes óculos mais uma vez encaravam as ruas vazias e seguia. A essa hora, até os semáforos/sinaleiras da cidade já haviam perdido o controle e apenas piscavam continuamente o amarelo.

Nico se dirigia ao seu lugar vazia. Ele poderia escolher, já que só tinham três pessoas ali no ônibus: ele, o cobrador mais jovem ruivo e o motorista já de idade, porém, que parecia manobrar aquele ônibus muito bem (anos de experiência, não é? O pedido ao cobrador era recebido sem muita importância... - Claro, vai demorar não...- respondia enquanto folheava uma revista e se acomodava em sua cadeira, um pouco mais alta do que todas as outras do ônibus, ficando ao lado da catraca onde Nico passava, tendo que encostar apenas sua Pokédex no local indicado para que o aparelho lesse e liberasse o treinador.

De longe, o olhar de Nico encontrava aquele ônibus que tinha alguns papeis de bala no chão. Iria precisar de uma limpeza no fim da noite... A revista do cobrador não era nada importante, mas em sua capa tinha uma propaganda enorme de um aparelho que parecia ser febre em Hoenn: um Pokénav Plus. Parecia que tinha funções de smarthphone, com acesso a internet em quase todo canto de Hoenn, assim como poderia servir para outras finalidades do dia a dia do treinador pokémon caso conseguisse instalar outros aplicativos. O cobrador, desviava o olhar da sua revista para o menino... na verdade, para o Pokémon que o menino segurava.

- Oh, garoto?!- chamava a atenção de Nico, enquanto arqueava uma sobrancelha e perguntava, sem compromisso: Tá tudo bem?!- na verdade, a pergunta não era nem tanto para ele, mas para o Jigglypuff... Enquanto Nicholas conseguia esconder bem os seus sentimentos, a Fairy era transparente como um plástico...
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Em algum momento do passado naquela cidade... Terça-feira, 18h15min
Um carro acabava de entrar no território de Rutsboro... Era negro e alto, um bom e estiloso Range Rover, com vidros opacos que escondiam o seu condutor. Mal sabiam os olhares das pessoas nas ruas daquele fim de tarde que era um carro furtado. O céu começava a se escurecer, ao passo em que a lua subia de leve aos céus. Dentro, um homem fazia questão de estampar seu sorriso malicioso e uma pose de vitória, enquanto dois homens no fundo, ficava, cada um, do lado da menina que tinha os olhos tão roxos e inchados como de Jigglypuff. Ainda tremia um pouco e olhava levemente para baixo, como que esperasse o pior... Mas os dois caras ao seu redor apenas riam e contavam piadas de nível pornográfico e que a menina preferia não se atentar... Ela apenas conseguia pensar no seu Pokémon rosado que perdera, e do romance que planejara em sua mente adolescente com o garoto... Ah, se ela soubesse, teria dito para ele ao vivo o que sentia, sem precisar de carta ou outra coisa...


Progresso da Rota - Nico :

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Permitiu perder-se, por ínfimos segundos, na capa da revista. Nicholas tinha ouvido falar daquele dispositivo pouco antes de chagr a Hoenn, mas apenas de canto de ouvido. Um upgrade feito na antiga pokénav pela Devon Corporation, nome já estabelecido no mercado de tecnologia do mundo. Seus olhos repousavam no apetrecho, e em alguns anúncios sobre como poderia ser utilizado por treinadores em seu dia a dia. Era, de fato, uma ferramenta importante; todavia, Nico não pensava nela agora.

Voltou a fitar a paisagem pela janela. Hora ou outra, sua mente divagava em seu esboço para resgatar a treinadora. Ao vislumbrar as escassas estrelas adornando o turvo céu urbano, tinha lampejos da figura resplandecente de Emma aparecendo em suas memórias. Não era segredo algum de que não a ter ao seu lado lhe era torturante. Sua respiração ficava mais acelerada conforme sua silhueta ficava mais nítida em sua mente. Simultaneamente, afagava a fada em seu colo com seus orbes cerrados; ora, sabia que a loira faria exatamente aquilo que reproduzia se estivesse em seu lugar.

Abruptamente, abriu seus olhos. Mais uma vez, o cobrador — não tão mais velho — havia lhe dirigido a palavra. Mais uma vez, o fictício sorriso foi bosquejado em seus lábios róseos e pouco volumosos, buscando transpassar a imagem de que tudo estava bem. A seguir, o ruivo indagava se estava tudo certo.

Só havia uma criatura que estava abatida e não fazia questão de esconder: Jigglypuff.

Por um ínfimo segundo, Nicholas pensou em xingá-la mentalmente por não manter um disfarce naquela situação. Todavia, lembrara do que a rechonchuda criatura poderia ter passado, e o quanto a imagem de sua treinadora antes de escapar ainda assustava seu âmago. No fim das contas, compreendeu-a. Calmamente, sua mão canhota acariciava a cabeça da pequena; queria que a mesma se sentisse, ao menos, segura ao seu lado. Jigglypuff sabia do que Nico era capaz, afinal, enfrentou uma batalha ao seu lado. Seu emocional açoitava a consciência do pokémon com tanta força que a mesma nem ao menos fazia questão de ocultar.

— Está sim — respondeu prontamente, com o mesmo sorriso ilusório que, naquele momento, já se tornava comum. Possivelmente, passar a imagem de um novato inocente e, segundo o próprio Nicholas, idiota, era o melhor a se fazer. — Jigglypuff só está sentindo algumas dores, e por isso vamos ao centro pokémon.

Fabular era, naquela ocasião, a melhor coisa a se fazer. Por trás do falso sorriso inocente de Nicholas, seu lado mais oculto começava a emergir. E era por isso que tinha de ir só. Sabia, nos confins de seu intrínseco, que ao ver aqueles Rockets, todo o seu furor desvencilharia de suas amarras, que foram mantidas intactas durante toda sua existência.

— Aliás — buscou atuar com um cenho confuso, apontando discretamente para a capa da revista. —, sabe me dizer onde consigo achar uma pokénav como essa?

Quiçá, uma conversa normal e descontraída fosse o suficiente para abaixar a poeira que toda a sua cólera fazia; não apenas, como também não levantar suspeita alguma para aqueles dois.

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Quarta, 00h55min - Rutsboro City
"Lua crescente, poucas nuvens no céu. 19ºC"  


O motorista continuava a sua trajetória nas ruas de  Rutsboro. Como todos os sinais estavam em amarelo, o homem apenas olhava de longe, prevenindo-se de um possível acidente, e acelerava com aquele veículo. De certo, já era hora de se recolher, mas decidiu ajudar um treinador que estava por ai perdido. O jovem que estava sentado na cadeira deparou-se com a pergunta do rapaz, após a resposta. Claro que o cobrador não queria entrar em atrito com ninguém, apenas uma pergunta curiosa, que fora respondida e toda a curiosidade substituída por um pedido de informação. Ele, que ainda mascava o seu chiclete, virou a capa da revista para si.

- Pokénav Plus?! É um aparelho de última geral que os treinadores, como você, usam. -dizia enquanto o ônibus fazia uma curva mais fechada e brusca, fazendo com que Nico fosse levado por aquela força centrípeta para um lado, enquanto o cobrador, velho acostumado daquelas manobras, apenas pousou a sua mão e uma barra logo ao seu lado e a segurou firme, evitando ser lançado para fora de sua cadeira.
- Basta ir até a sede da Devon Corporation. Fica a duas quadras do Centro Pokémon. Apresenta a sua Pokédex, que é o registro de identidade como treinador, e pimba! Tem o seu Pokénav nas mãos. Consegue mandar mensagem, tirar fotos, é superior a qualquer aparelho que você pense... Todo treinador tem um Pokénav, me admira você não ter ainda... Possivelmente é um novato!- concluíra o rapaz, após deduzir que Nico não tinha o aparelho. O mesmo dava mais uma mascada no seu chiclete, enquanto o prédio do Centro Pokémon era visto.

Diferente dos outros Centro Pokémons de outras cidades, este fazia jus a Rutsboro. O prédio tinha seus 3 a 4 andares. Suas paredes brancas poderiam trazer paz e afago aos treinadores. O teto avermelhado e oval, como uma parte de cima de uma Pokébola, com uma área de pouso na parte superior, para voadores. Poucas luzes estavam acesas ali, mas o térreo com certeza estava. Nem precisava o cobrador dizer que ali era o local em que o menino desceria.

- Centro Pokémon, garoto! Boa sorte ai com sua Pokémon... Sempre tem Joy de plantão.- concluíra o ruivo narigudo...


Progresso da Rota - Nico :

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As palavras do cobrador, por mais que fossem desleixadas, não tinham um tom ríspido algum. Nicholas apenas balançava a cabeça e assentia com tudo o que ele dizia, mantendo-se na pele de um novato sem experiência alguma. De fato, o loiro não tinha ciência do aparelho, a não ser por rumores. Descobrira por via do fiscal do ônibus que era possível ter o apetrecho apenas mostrando sua pokédex. Ao fim de tudo, não seria problema algum tê-la.

Ao fim das observações do ruivo, o prédio do centro pokémon da cidade era tão amplo conforme os edifícios, tanto em sua entrada como na porção central anunciavam. Sua fachada era exatamente a mesma como os demais, todavia, sua estrutura, dividida em quatro andares davam maiores requintes ao hospital. Rustboro e seu poder aquisitivo influenciavam até mesmo em prédios normalmente tão habituais e simplórios.

O ônibus então parou na frente dele. Com o mesmo sorriso inocente de “Nicholas, o loiro agradeceu ao homem mais velho e ao ruivo. Assim que a porta se entreabriu, em passos vagarosos, o treinador se encaminhou para dentro do prédio — para que nenhum dos dois ao menos desconfiassem de suas intenções. Não obstante, uma mísera pausa dentro do edifício seria bom para conversar com a fada em seu colo, com o mesmo cenho triste desde que partira de Oldale.

A porta dupla se abriu automaticamente, sem nenhuma força humana necessária. Nico projetou seus passos para o interior do centro pokémon, com novamente suas janelas cerúleas vasculhando o recinto em busca de um canto mais particular. Naquela ocasião, não era mais necessário manter aquela figura tão inocente e idiota. Sua face carrancuda e séria costumeira finalmente se liberou daquela gaiola em que Nico trancafiou-a — não queria a mínima de suspeita da dupla responsável pelos transportes.

Já na mesa, colocou Jigglypuff por cima da mesma, chegando o máximo possível do rosto da fada. Suas janelas anis buscavam o contato fixo da fada, não titubeando nem mesmo diante de seu cenho lamurioso.

— Lembra-se do que disse no começo? Nada de choro, e se puder evitar mostrar seu estado para todo mundo, faça-o — exprimiu, quiçá seco demais. Ao perceber sua aparente rispidez, o loiro respirou fundo, tornando com o mesmo contato visual anterior, bem próximo de Jigglypuff. — Olha, eu sei o que você tá sentindo, eu estou exatamente do mesmo jeito. Mas, confie em mim, Jigglypuff. Eu irei resgatar a Emma, nem que seja a última coisa que eu faça. Tudo bem?

Afagou-a após murmurar aquelas palavras para a fada, audível apenas para a mesma. Não tardaria muito dentro do centro pokémon; Nicholas passaria ali apenas uns 10 minutos para ter certeza de que o ônibus não estaria mais lá. Então, com todos os preparativos prontos, era hora de colocar seu plano em prática.

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Quarta, 00h55min - Rutsboro City
"Lua crescente, poucas nuvens no céu. 19ºC"  



As portas do local se abriam para Nicholas. O mesmo entrou no recinto limpo e climatizado. O Centro Pokémon de Rutsboro era um pouco maior do que os outros Centros. Na verdade, bem maior, comportando vários quartos nos andares superiores, além de um centro de UTI Pokémon e enfermaria, com várias Joys que trabalhavam. Por se tratar de um centro urbano, ali recebiam Pokémons doentes de muitos outros lugares, cuja uma simples potion não era suficiente para revitalizar o Pokémon. Logo na entrada, a direita, um local de conforto, com um grande sofá em forma de “L” com duas garotas conversando. Uma delas, parecia bem apreensiva e a outra tentava acalmá-la. Possivelmente esperando notícias de seu Pokémon. Havia um móvel de centro de sala, onde as duas deixaram seus Pokénavs à mostra, temendo não os ver tocar, ignorando o noticiário noturno que passava em uma grande televisão.

O jovem observava o balcão principal logo a sua frente, com uma porta ao fundo, que daria acesso aos internamentos, enquanto ao lado, uma escada e um elevador para os próximos andares. Um corredor levava ao refeitório, onde era possível ver mesas e cadeiras. As luzes ainda estavam acesas, mas ao chegar lá estava vazio. Claro, era mais de 1 hora da manhã e se ele achasse que encontraria alguém acordado, apenas seria a enfermeira de plantão. O jovem passou por uma loja de itens Pokémons fechada por conta da hora e o mesmo sentou-se naquela cadeira, olhando para o seu Jigglypuff. Seu assim, por hora...

Nico tinha que ser mais cruel com a rosada... A face dela não ajudava em nada os outros que observavam, o que deixava o ambiente mais suspeito. A feérica Pokémon suspirava diante da “reclamação”, enquanto fechava a boca e inchava o rosto em soluço. Algumas lágrimas escorriam, mas ela queria parar e ser forte. Tentaria o máximo.

- Posso ajudar?!- a voz doce e prestativa cortava aquela reunião. Nico reparava a mulher de cabelos rosados, alta, usando o uniforme de enfermeira. Ao lado dela, uma Pokémon também rosada, oval, com um sorriso no rosto. Blissey era a parceira de toda e qualquer enfermeira Joy. - Eu sinto muito, mas o refeitório só funciona até as 21 horas.. Mas posso ver na cozinha algo para você comer, se tiver fome... - dizia a enfermeira que possivelmente assumiu o plantão às 19 horas e não sabia quem era Nicholas - Você já pegou um quarto, querido? Na recepção temos ainda algumas chaves...- como toda enfermeira Joy, ela queria ajudar, mesmo o menino não querendo ajuda por perto... Afinal, ele queria fazer tudo sozinho, dependendo exclusivamente do faro do seu Mightyena em uma cidade de mais de 1 milhão de pessoas, com odores diferentes... Não era uma rota comum ou um campo em que o fluxo de pessoas era menor...


Progresso da Rota - Nico :

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