Pokémon Mythology RPG
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Ato 02 — Vendeta.

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Tem método mais barato do que descer o chicote em três pivetes? Caso tenha, eu desconheço. Sou apenas o narrador onipresente e onisciente, mas como o cidadão que controla o Nico estava enchendo o meu saco para falar algumas coisas, resolvi quebrar a quarta parede. Quem se importa, não é mesmo? Se tem alguém acompanhando a aventura, eles querem saber de ação, e não de alguém tomando um único parágrafo para exprimir inúmeras groselhas.

Voltemos para o principal.

O bater de asas do inseto eram audíveis ao treinador de madeixas douradas, que logo direcionava suas vistas na direção de sua criatura. Conforme indicado por Ninjask, fitou a silhueta já conhecida dos três acompanhado de um garoto junto ao seu pokémon normal. Pareciam negociar pacientemente o aprendizado de um TM, já suspeitado por Nicholas. O psíquico ficava de guarda simultâneo ao principal, recebendo coisas de seu roedor elétrico — quiçá, aquela carteira roubada.

Dado o horário e a exposição, iniciar uma batalha o fazer qualquer tipo de barulho fizeram o louro repensar sua estratégia de avanço desmedido. Com Kadabra escrutando o seu redor, o treinador sisudo rapidamente refez o seu plano. Quem sabe uma abordagem mais pacífica, apesar do último encontro conturbado não fosse efetivo.

— Ninjask, consegue levar Jigglypuff com você para um ponto fora da visão deles? Vou tentar abordá-los pacificamente com Mightyena, e se acontecer qualquer coisa, Jigglypuff coloca os dois moleques pra dormir — murmurou ao seu inseto após o mesmo descer próximo ao seu ouvido, em resposta a um sinal do treinador. — Não tenho mais tempo ou paciência para ficar entrando em batalhas ridículas.

Resmungava, mas tinha uma porção de verdade. Ora, a evolução de Nincada agora trazia um elemento surpresa para o treinador, tornando sua ofensiva muito mais poderosa do que outrora. O canídeo e o réptil pareciam ter tomado alguma experiência também, e dado às dificuldades defensivas — em contrapartida do entrosamento entre o trio — das criaturas, uma vitória não era impossível. Todavia, pensou Nico, enquanto batalha com três moleques, Emma passava segundos tormentosos ao lado dos Rockets.

Ninjask tentaria carregar a rosada dos ombros de Nicholas para um ponto cego dos três, sem dar a visão, mas com a voz de Nicholas audíveis para eventuais ordens — e, claro, não interagiriam com estranho algum. Ao lado de seu canídeo, buscou uma aproximação mais austera, sem precisar recorrer à violência.

Contudo, se fosse necessário utilizar de suas artimanhas, com certeza o faria.

— Preciso com vocês, podemos conversar? — quebrava o silêncio aparecendo diante das vistas dos três, com suas mãos no bolso tal seu cotidiano e Mightyena ao seu lado; o noturno não apresentava qualquer sinal de agressividade, e a abordagem do treinador era neutra. Seus olhos bailavam em todos os possíveis pontos, buscando algum recinto em que pudessem sentar placidamente.

Queria as informações acima de tudo. Apenas voltar ao centro pokémon lhe fizera gastar muito tempo, e perder minutos preciosos em batalhas — por mais que quisesse — não estava no plano. Restava os três pentelhos colaborarem.

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Quarta, 11h55min - Rutsboro City
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


Nico tinha várias opções, mas 80% delas pareciam arriscadas e ineficientes para tirar respostas dos três meninos de rua. Não era só questão da batalha, pois o trio parecia bem articulado para fugir delas. Teleport era uma ferramenta narrativamente interessante! Enquanto Nico enviava Jigglypuff para o alto, a fairy tremeu. Ficou enjoada, sua pele rosada ganhava tonalidade branca. Parecia ter medo de altura! Mas, como era parte de uma missão para resgatar sua amiga, claro que a Pokémon faria isso de bom grado.

Ninjask começava a sumir no meio do céu tóxico de uma metrópole. Os carros continuavam passando de um lado para o outro, enquanto um sinal fechava e outro abria. Nas ruas, aquele típico movimento de quem tem 1 hora de almoço, mas gasta 20 minutos para chegar em casa. Ao se aproximar, claro que o trio ficou em guarda. Há poucas horas, Nico havia optado por uma abordagem brutal, achando que a sua violência seria suficiente para conseguir tudo. Agora, ele tentou ser mais cordial, chamando para uma conversa.

Pikachu ficava com suas quatro patinhas no chão. Sua pelagem amarelada se ouriçava perante a presença do loiro e suas bochechas avermelhadas soltavam faíscas, mesmo Mightyena apenas encarando e tentando segurar a brutalidade e bestialidade que compartilhava com seu mestre. Ninjask não era visto por ninguém, enquanto o trio ficava bem perto de Kadabra, com Spinarak do lado, apenas esperando para abrir o seu Protect, caso necessário.

- Você não vai se arrepender, cara... Eles têm ótimas TMs! Obrigado de novo, boa sorte para vocês! – o treinador que estava usando as TMs dos garotos parecia não entender em nada aquela tensão que pairava no ar. Parecia que o trio ajudava outros treinadores usando Taunt, Protect e Toxic como forma de ensinar movimentos e auxiliar na jornada e parecia que eles nem cobravam nada!!! Mas roubavam dos outros, o que era imoral, né? Enquanto o treinador desavisado ia embora, o “Líder” deles dava um passo para frente.

- Agora você quer conversar?- cruzava os braços, enquanto fazia um bico. Ele tinha bem menos idade do que Nico, mas não era ingênuo. Kadabra, com seus poderes psíquicos, monitorava a área, atento, para proteger o trio.
- Milagre que não chegou atacando e gritando coisas sem sentido como um retardado! Homens! Argg- na verdade, a menina parecia ser a mais esperta do trio, embora o garoto do Pikachu não ficasse muito atrás.
- Ma? Mas nós somos homens...- o mais tímido parecia questionar a sua parceira e não o loiro em sua frente.
- Melhor a gente ir embora, pessoal! Não queremos falar com pessoas que se acham melhor do que a gente só porque tem dinheiro!- parecia que o trio tinha interpretado que Nico não era só um idiota que atacava crianças na rua, como também um metido, não sabendo ele a intensidade da história que o menino vivera até o momento...



Progresso da Rota - Nico :

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Ao menos, até o momento, nenhum sinal de hostilidade. Fora do campo de visão dos atentos olhos de Kadabra jaziam o inseto acompanhado da fada, prontos para agirem em caso de reações abruptas por parte do trio. Antes de chegar até os três, o treinador que outrora ensinara uma técnica a seu Zigzagoon buscou dialogar com o louro, que apenas ignorava as palavras eufóricas do mesmo.

A resposta já era esperada por Nicholas. Agindo até mesmo conforme a idade, de acordo com o último encontro, uma posição relaxada — por mais que, paradoxalmente, estavam alerta. A última afirmação do garoto fora o suficiente para o austero Nicholas franzir ainda mais seu cenho simultâneo ao erguimento de suas sobrancelhas. Apenas inspirou, tapando seu semblante com a mão direita.

Coçou seus olhos. Ergueu sua fronte então na direção do garoto — por mais que não fosse o mais racional dos três. Sisudo, Nicholas fixava seus orbes na figura do garoto.

— Não tenho um único tostão furado — deu mais alguns passos na direção do garoto, enquanto seu canídeo, sempre acautelado, prestava atenção nos movimentos das criaturas do trio. — Quando disse que queria as informações do paradeiro dos caras que chegaram no carro preto, não era brincadeira — abaixou seu tom de voz, falando apenas ao menino de braços cruzados. — Por mais que eu não queira falar, acho que não tenho escolha: aqueles filhos da puta estão mantendo como refém alguém que é muito importante para mim, por isso preciso encontrá-los e acabar com a raça deles. O que vocês me falarem pode salvar uma vida, então, acho que podemos colaborar.

Abriu sua boca demais apenas para três moleques. Todavia, não tinha escolha: a confiança entre aquele grupo e o treinador já estava abalada, e Nicholas, não vendo muita opção, resolveu revelar a maior parte dos ocorridos para conseguir o que queria. Seu intrínseco bramia para ter a treinadora ao seu lado para controlar seu eu lôbrego, e quanto menos tempo perder, melhor; o dia já estava em sua metade, e considerando o tamanho de Rustboro, ainda tinha muito mais coisa que poderia acontecer.

Quem sabe agora eles não colaborassem.

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Quarta, 11h55min - Rutsboro City
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


- Ah, e ao invés de pedir educadamente, você chega exigindo e soltando este cachorro velho em cima de nós?- bom ponto levantado.
- Ainda alegando que os rockets fariam algo assim... Os rockets não são maus!
- Mike, ele são criminosos!- embora tivesse uma unidade em querer enfrentar Nico, parecia haver distorções entre as opiniões sobre os rockets.
- Não! Graças ao mano Nico em LaRousse conseguimos ficar mais perto de virarmos treinadores e graças ao mano Andrew conseguimos as TMs para nossos Pokémons... Ele também te deu o Abra que rapidinho evoluiu..
- Eu sei.. Mas assim como nem todos os policiais são bons, nem todos os rockets também são...

No meio daquelas entrelinhas, os meninos pareciam contar parte de suas histórias. Eram meninos de rua que foram “resgatados” por rockets e trazidos para Rutsboro, por ser mais perto de Littleroot, e por isso eles dedicavam tanta simpatia pelos foguetes. No entanto, Nico sabia que os que ele conhecia eram na verdade o pior dos tipos, assim como o estuprador da noite passada que se revelou Rocket...

- Enfim... Nós vimos sim três homens em um carro preto ontem, não sabemos se são rockets ou não, mas realmente eram bem suspeitos e tinha uma menina com ele...- a menina mais esperta do trio assumia a posição da negociação. De certo, ela tinha se sensibilizado, aparentemente, por Nico, mas nem por isso ela deixou de se afastar de Kadabra. Muito pelo contrário! O trio e seus Pokémons estavam bem juntos, ao ponto de que o Psychic poderia sumir em menos de 1 segundo e Nico nem iria ter tempo de reagir.

- Você acha mesmo que é verdade? Um rocket não nos atacaria assim nas ruas...  - era um bom ponto.

- Vamos ao menos ouvi-lo, p-pode ser que uma pessoa esteja em perigo...





Progresso da Rota - Nico :

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Momento algum pensava que sua abordagem geraria alguma discussão entre os membros do trio. Aquele que tomava a frente não se mostrava o mais inteligente, afinal, considerar os Rockets — apesar dos acontecimentos favoráveis ao seu destino que outrora não lhe era nada benfazejo — como mocinhos era uma piada, e de péssimo gosto.

A mesma garota tomava as rédeas da negociação, introduzindo algo que Nicholas já sabia. Todavia, já era algum início de interação pouco mais propícia às ambições do treinador. Por mais que os demais tentavam falar algo, os orbes cerúleos fixavam-se apenas na figura da menina, mostrando sua astúcia demasiada comparada às demais da mesma faixa etária.

Por mais que ensaiassem uma prosa em meio ao infinito azulado e da ilha de calor da metrópole da Rustboro, o trio, astuciosamente, reunia-se ao redor de Kadabra para poderem zarpar em qualquer reação súbita por parte do loiro. Nico notara a amical interação, portanto, não erguia um único músculo para prosseguir com a conversa que, pouco a pouco, seria propícia para encontrar o paradeiro da treinadora — já confirmada por duas fontes confiáveis de que estava pelos arredores da grande metrópole de Hoenn.

— Se vocês se encontraram com um Rocket bonzinho, considerem-se sortudos — começou, fitando a garota. — Eu sou de Kanto, que é onde eles mais se faziam presentes junto com Johto, então sei bem como funcionam. Os Rockets são o que são como organização graças à sua onipresença no mundo do crime: tráfico de drogas e de pokémons, assassinatos, espionagem e inúmeras coisas fazem o nome deles. Desde que os continentes foram assolados, tiveram de iniciar uma reorganização aqui, em Hoenn. Para se entrar na equipe, alguém de lá deve indicá-lo, e, por isso, eles continuam sendo o que sendo graças a essa “confiança” — não titubeava; era como se conversasse apenas com a garota, que agora tomava o centro do trio. — Encontrei com esses caras duas vezes: uma vez, um dos aspirantes a membros estava tentando estuprar uma garota aqui na cidade, e foi então que intervi; a segunda, foi sequestrando essa menina, que é alguém que tenho muita consideração. Consegui pará-los em um primeiro momento, mas como ela estava ferido e estava preocupado em salvá-la, eles se reorganizaram e vieram em maior número, então... — rangeu seus dentes, inclinando sua fronte para o lado simultâneo ao cerrar de punhos. Os acontecimentos lhe eram recentes, e a memória de Emma entregando-se perturbava a sua memória, tentando despertar seus demônios mais recônditos. Feito isso, em um ínfimo segundo, volveu a fixar os seus olhos na garota. — É por isso que estou atrás deles, preciso salvá-la o mais rápido possível.

Parecia até mesmo um monólogo. Mesmo contra sua vontade, Nicholas teve de confiar seus pesadelos a três garotos de rua que mal saíram das fraldas — mesmo com atitudes de treinadores célebres diante ao seu entrosamento — com um único intuito: saber uma pista de onde se encontra a treinadora de madeixas douradas.

Que falta Emma fazia. O treinador sentia pisar em seus próprios ideais apenas para tê-la salva. No fim, se ela estiver segura ao seu lado, nada importava.

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Quarta, 11h55min - Rutsboro City
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


A dor da perda a parceira ressoava na fronte do rapaz. Embora parece dolorido, ele tentava esconder a dor que sentia pela falta da menina, que já se passara de mais de 24 horas. Para os dois meninos, esta percepção era passageira e nem notava, mas a menina de cabelos cor-de-cobre do grupo parecia ser a que tinha maior sensibilidade para isso... meninas, né?! Amadureciam mais rápido! Mightyena permanecia estáticos. As pessoas ao redor reparavam no trio de meninos de rua, que mais parecia uma pessoa só, de tão próximos que estavam, enquanto Nico era totalmente exposto, dizendo, do seu emocional...

- Nordeste de Rutsboro há um conjunto de vários prédios inacabáveis que moram poucas pessoas... Vimos ontem chegando o carro preto com três homens e alguém com saco na cabeça... Ficamos jogando bola lá na frente, mas ninguém apareceu, embora ouvimos barulho no segundo andar... O prédio é o número 6.
- VOCÊ DECOROU ATÈ O NÚMERO DO PRÈDIO?!- questionava o menino do Pikachu.
- Dãã, claro! Eles foram bem suspeitos, né?
- Você vai até eles sozinho?- questionava o menino catarrento.
- Ele vai se suicidar se for sozinho!!!
- Ela deve ser muito importante para você, não sei se vai encontra-la, ou se é quem procura.. Seria muita coincidência, mas se você quer ter uma chance, quero que leve isso... - de uma forma pitoresca, Kadabra aproximava-se de Mightyena e o Pokémon canino rangeu um pouco os dentes... Com a TM escura nas mãos, a menina de nome Mariah colocava em um aparelho, um pokénav bem antigo, talvez a primeira versão e assim ensinava para Mightyena Taunt!
- VOCÊ ESTÁ ENSINANDO UMA TM NOSSA PARA ELE??
- Eu também posso ensinar Protect e Toxic se você quiser...- falava o outro menino, enquanto o dono do Pikachu ficava mais irritado ainda...
- Ele precisa treinar o movimento... Você pode olhar como se faz na própria Pokédex, se preciso...


- Mightyena pode aprender Taunt. Deseja substituir algum move?


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Sendo necessário contar — sem muitos detalhes — o que ocorrera na rota 101, o loiro encarava a garota com o olhar vazio de qualquer emoção; não sabia exatamente o que sentir. Sua silhueta mais parecia uma casca oca de qualquer elemento etéreo que, segundo crendices populares, faziam os músculos movimentarem-se livremente graças aos comandos cerebrais. Sua alma era torturada ouvindo os ruídos de inúmeros relógios espaços em outro plano. Completamente aéreo, o louro aguardava a sua resposta.

Ela viera então. Claro, despiu seus agouros mais profundos para três garotos desconhecido e que não ousou contar nem ao menos às autoridades, mais capacitadas do que o próprio para tal missão. Contudo, ousou ponderar: arriscar perder os três de vista ou ter alguma chance de recuperar Emma para seu lado. A resposta para essa inquirição era mais do que óbvia.

A responsável por conversar com Nico seguia com as informações, exprimindo que o trio chegara — aparentemente — a nordeste da cidade; a julgar que estava no sul, o louro já começava a pensar no tempo que perderia apenas dirigindo-se até lá, ainda mais sob a luz do astro central do sistema solar. Sua averiguação era mais do que precisa, dizendo exatamente a numeração do edifício e de qual andar estiveram, espantando o escandaloso menino acompanhado de seu roedor fulvo. Dito o paradeiro, o omisso rapaz de óculos tornou a indagar se Nicholas iria sozinho, e novamente, causou uma resposta espalhafatosa do outro.

— Não tenho escolha — respondera prontamente. — Já os enfrentei uma vez, e já sei como agir exatamente dessa vez.

Ao fim, mais um discurso emocional da voz da razão do trio. Arqueando uma versão anterior da pokénav, entregou-a a Kadabra com um disco escuro dentro do mesmo.

Foi em surpresas que as pálpebras do treinador se arregalaram no momento em que o psíquico se achegara de seu canídeo. A hiena respondia a aproximação de Kadabra, já temendo um ataque, todavia, sentiu seus pelos eriçarem no momento em que a pokénav singela do trio emitia um ruído ínfimo. O mesmo movimento utilizado pelo nativo de Kanto outrora agora era passado a Mightyena, que aceitava a oferta após olhar confuso para Nicholas. De imediato, o quase sempre discreto menino de óculos fizera mais uma oferta generosa mesmo depois dos resmungos do treinador de Pikachu.

Demorou alguns segundos até se recompor; seu semblante apenas se desmanchava em um sorriso agora agradecido às ofertas dos meninos que, mesmo depois de serem alvos da cólera de Nico, agora entendiam — mesmo que superficialmente — o que passava em sua confusa mente. Com um aceno de cabeça, aceitou a generosidade daquele garoto que conhecera a pouco tempo, chamando Ninjask e Jigglypuff com através de um singelo sinal de mão. Reconhecendo o sinal de Nicholas, o inseto, com sua enorme velocidade, parava ao seu lado, com a fada levando suas mãozinhas à boca após a criatura alada açodar para o lado do treinador. Sem delongar, acionou as esferas bicolores das demais criaturas; as mesmas sentiam as vibrações bonançosas por parte do louro, não pestanejando em jazerem apenas entreolhando o trio.

— O Toxic fica com o Mightyena, enquanto o Protect pode ficar com Charmeleon, Ninjask, Shedinja, Pichu e principalmente — olhou com o canto dos orbes anis para o balão; a rósea, confusa, devolveu o olhar ingênuo como sempre para o louro. — com Jiglypuff. Ela é a última coisa que tenho dela e será meu trunfo para trazê-la de volta. Se eu não estiver perto para proteger vocês, use do presente que eles estão nos dando para proteger Emma, entendeu?

Questionava serenamente Jigglypuff. A fada assentia, já determinada.

— Sabe, eu não esperava que isso fosse acontecer. Só tenho agradecer a vocês e de pedir desculpas pelo mal entendido, é que... — titubeou, resolvendo abafar em sua garganta aquele seu lado oculto; por mais generosos que fossem, Nico julgou que eles não poderiam ser os guardiões daquele seu lado maquiavélico. Relutando ao olhar para o pavimento, ergueu seu semblante, fixando suas vistas sobre o treinador de Pikachu. — Você disse que vai ser o campeão, não é? Assim que tudo se resolver, hora ou outra, nós iremos nos enfrentar em um combate justo. Já adianto que não pegarei leve.

Permitiu um sorriso no canto de seus lábios tingir sua feição. O louro achava que estava abusando da boa vontade dos três ao fazer tantas requisições sobre aprendizado aos mesmos, e diante daquela sucinta determinação, ousou até mesmo desafiar aquele que tomava a frente nas ações ofensivas na tentativa de limpar as suas ações atrozes de outrora. Se ensinados, Nicholas tornaria ao Centro Pokémon para ensinar suas criaturas os novos movimentos com auxílio dos equipamentos e de sua pokénav, sem esquecer de agradecer ao trio pela oferta sublime.

Naquele devaneio em meio à sua fala, divagou sobre o último combate com o trio de rockets. Nicholas meditou sobre aqueles movimentos utilizados, principalmente por Drilbur; mesmo não tendo um conhecimento tão vasto acerca das criaturas residentes em Unova, o louro sabia de que seus ataques não eram os que aprendia naturalmente. Ora, utilizaram de TMs para deixá-los mais forte. Mesmo que a contragosto, o treinador teria de treinar seus pokémons além do que faziam naturalmente se quisessem ter chance contra a desvantagem de tipos e em experiência.

Como pensou assim que chegaram em Rustboro, não havia margem para falhas.

off. :

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Off escreveu:
Jigglypuff já tem 6 moves dos quais você não pode saber :slow:
Deseja substituir aleatoriamente em um D6 algum move?




Quarta, 11h55min - Rutsboro City
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


Aparentemente a negociação surgia efeito. Ser sincero e mostrar o que de fato estava acontecendo rendeu ao Nico uma pista sobre o paradeiro de Emma. Uma boa pista! Um carro preto, que anteriormente fora identificado pela polícia de Rutsboro que eram de rockets. Uma parada em prédios na área mais humilde da cidade. O jovem Nico filtrava até um bairro a possível presença de sua amiga. Jigglypuff e Ninjask desciam. A rosada estava enjoada, porque estava bem alto há tempos, não se sabe se aprendeu o golpe ou não.

Munido e evoluído, Nico não era mais o mesmo da rota que perdera a sua amada. Ele era diferente! Seus Pokémons estavam melhores, mais treinados, Mightyena mais feroz. Golpes novos montavam o arsenal da equipe. Seria possível que os rockets fossem melhor?

O trio sumia, após o menino no meio que estava ainda de cara fechada se sentir balançado pela proposta de uma batalha. Era a forma de um treinador Pokémon em potencial agir. Antes do Teleport de Kadabra levar todos embora, pode-se sentir um risinho dele, como se ele já estivesse ansioso para isso... Para Nico, restava retornar ao Centro Pokémon. O prédio de todo treinador, climatizado, recebia o menino que lançava seus pokémons no campo do primeiro andar.

Era um andar todo com vários tipos de campos de luta, revestido com tatames acolchoados e no fim tinha até alguns aparelhos, como uma academia. Forma horas de treino maçante até que fosse possível ver o rendimento de todos. Com os golpes aprendidos e Jigglypuff recuperando o estado natural, ele apenas pedia para Joy dar uma última olhada, e claro que comeram nesse meio tempo, para poder seguir para a missão do resgate à Emma... Claro que teriam que confirma se a loira estava lá no prédio indicado pelos meninos de Rutsboro...


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Nicholas resolvera gastar mais algum tempo treinando as técnicas no centro pokémon. Utilizou da tecnologia disponibilizada pelo edifício em conjunto à sua pokénav para que suas criaturas dominassem os movimentos antes de sair à busca da treinadora que tanto lhe era tão especiosa. O louro aproveitou alguns minutos para fazer a segunda refeição do dia, tal suas criaturas, que ao comerem, foram feitas triagem nas mesmas antes de partir. Assim que estivesse pronto, era a hora de partir.

Ainda no hall do edifício, chamou as suas criaturas para repassar aquele mesmo plano que ainda estava recente nas memórias de sua equipe. Dessa vez, a cautela seria essencial; Nicholas, por mais que estivesse pronto para combater aquele trio — ainda mais agora, utilizando-se de TMs — priorizava resgatar Emma e o acerto de contas seria apenas condicional. Seu coração ardia nas chamas negras da vingança, que consumia seu intrínseco, todavia, o loiro definiu utilizar-se de apenas alguns pontos de todo o seu ódio guardado. Não queria se precipitar, afinal, julgava-se estar caminhando para a última etapa.

Isto é, se a pista dada pelos garotos fosse realmente verdadeira.

Os presentes entendiam mais uma vez as instruções dada pelo loiro. Optou pela prudência naquela última ação, sendo assentido por seus pokémons. Finalizando a conversa, ergueu-se, recolhendo a todos para suas esferas bicolores, apenas com Jigglypuff no exterior — aquela que a continha estava nos pertences de Emma. A rósea, preocupada, inspirou fundo; sentira um arrepio em sua espinha apenas por imaginar estar de frente com aqueles bandidos, as grandes estrelas de seu pesadelo. Sua natureza era contrária a qualquer conflito, e a fada largou disso, tudo isso para ter sua treinadora ao seu lado novamente, cooperando com o frio Nico. Suas janelas queimavam em determinação, mesmo não sendo oriunda de si; bastou uma conversa com Nicholas para entender: estavam se aproximando do último ato.

Nada mais falou o treinador. Ao fim daquilo, taciturno, utilizou de sua pokénav para traçar o caminho até o lugar indicado pelos garotos outrora. Fá-lo-ia com o auxílio dos transportes públicos de Rustboro. Nico apenas torcia para que a loura estivesse bem — por mais que imaginava que não estava —, ao menos viva; a jornada para resgatá-la seria árdua, contudo, estava pronto para executar o que fosse necessário.

off. :

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Off escreveu:
Twisted Evil




Quarta, 15h25min - Rutsboro City
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


Já pronto para seguir para a parte 3 daquele Plot, Nicholas saia com seus Pokémon do Centro Pokémon. Joy acenava feliz para o menino, mal sabendo ela que Nico estava indo ao resgate. O sol continuava forte, mas nada surreal. Hoenn era uma região quente por natureza, Rutsboro, com seus prédios e asfaltos, faziam com que este calor fosse intensificado, mas estranhamente uma brisa saia cortando as construções cinzentas e, ao menos, impedia de se tornar um inferno em forma de vida urbana.

Movimento como antes! Uma metrópole não parava, não é mesmo? O menino saia caminhando com a Féerica Pokémon até o ponto de ônibus. Coincidência ou não, a porta que se abria era do velho de corpo mirrado e óculos de lente grossa e o mais jovem cobrador ruivo de nariz grande, os mesmos que encontraram Nico em altas horas na noite anterior...

- Olha ai, Ernesto! É o guri da madrugada! – dizia o ruivo cobrador enquanto o loiro passava pela catraca, liberada pela Pokédex, o ID de todo Treinador pokémon. - A Pokémon está bem melhor... Ela estava doente mesmo, só pode...- reparava o rapaz ao notar a fúria no olhar de Jigglypuff.

Sim! Jigglypuff tinha evoluído em poucas horas! A pokémon que chegara em Rutsboro com olhos todos roxos e inchados e com a moral arrasada... Agora, os inchados no rosto já tinham sido superados, embora os traumas estivessem tão vívidos quanto antes. A postura dela era de muito mais confiança. Uma esperança vívida! Sabia que sua treinadora estava próxima...

Nico, enquanto em seu lugar no ônibus, via de longe, no telhado de uma casa, um Natu. O Pokémon se destacava por ser mais raro na zona urbana... Só era justificado o fato de que aquela ave psíquica tinha seguido os sentimentos fortes de Nico e Emma...

--
Naquela mesma tarde, no quarto escuro daquele andar, Emma estava encolhida no colchão. A força que ela tinha pra fugir há dois dias sumia de uma forma bruta, deixando aquela casca ali sem esperança. A comida que lhe era dada era de má qualidade, eles não se importavam de deixar um pão de dois dias pra ela. Ela os ouvia conversando na sala ao lado. Embora o apartamento fosse pequeno, a pouca mobília fazia com que o som espalhasse para ali com facilidade...

Eles traçavam planos e metas. Emma ouvia algumas coisas, inclusive que eles tinham entrado no Pokégram, descoberto quem era o pai dela e visto que ela tinha certo poder aquisitivo. Claro, iriam fazer o sequestro dela render! Entre risadas escrotas e uma bebida de cerveja, eles até esqueciam da menina ali, que após a última agressão, não tentaria gritar ou fugir...

Natu se materializava diretamente ali no quarto. Emma assustou-se! Já tinha visto Natu, porém, Teleport era sempre inesperado. O Pokémon esverdeado dava leve pulinhos até ela e a encarava, enquanto o olhar da menina tentava esboçar um sorriso, por ter companhia. Ela sabia que Natu não a ajudaria, pois na última vez, qualquer reação o fazia fugir.

- Você me lembra do Nico...- era tudo o que a voz trêmula dela conseguia emitir...


Progresso da Rota - Nico :

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