Pokémon Mythology RPG
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Ato 02 — Vendeta.

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Sem delongar muito, chegaram ao centro pokémon, o mesmo que o treinador ficou após uma carona do ônibus que já estava recolhendo. Dera de ombros internamente às instruções do policial, todavia, por fora, tinha de parecer prestativo. Coçava sua nuca com sua mão direita, fingindo-se distraído. Ao terminar de ouvir, passou pelas portas automáticas, adentrando o hospital central.

Joy estava detrás do balcão e algumas poucas pessoas espalhadas pelo recinto; nada que realmente importasse. Chansey acompanhava a enfermeira responsável pela recepção, abordando o trio afavelmente. Seu sorriso e semblante eram convidativos, como se esperava de um centro pokémon — ainda mais em Rustboro. As anfitriãs agiam como se não conhecessem Nicholas, e, quiçá, não conheciam mesmo, pois antes de sair às ruas, o próprio treinador via uma outra enfermeira igual chamando sua amiga para auxiliá-la em um tratamento.

Não fraquejaria àquela hora com sua feição simpática e convidativa, como o fez habilmente até então. Com um sucinto riso e um rápido cerrar de olhos, fitou Chansey, agachando-se para nivelar a altura dos olhos. Afável — por mais que falsamente —, cumprimentava-a. Ergueu seu corpo, arqueando a esfera bicolor de Nincada; o mesmo estava em condições melindrosas devido ao envenenamento. Sem delongas, estendeu-a ao pokémon auxiliar de Joy.

— Poderia cuidar de meu Nincada, por gentileza? Ele está precisando se recuperar — pediu, com um sorriso convidativo. — Se tiver um quarto e alguma coisa para comer, ficaria muito agradecido também. Tem lavanderia por aqui? Minhas roupas estão um pouco sujas e estou precisando de um bom banho.

Seu cenho ilusório não recuava um único instante após lançar tantas perguntas ao pokémon, que, possivelmente, seria respondida pela própria enfermeira Joy. A julgar pelo tamanho do centro pokémon, poderia ter tudo aquilo de uma única vez no interior daquele prédio amplo.

Já que a missão não dera certo, nada melhor que uma refeição, um banho, lavar suas vestes já maltrapilhas desde a rota 101. Descansar a mente para se replanejar para as buscas no outro dia era fundamental era necessário, principalmente se explicar para toda a turma de criaturinhas que o acompanhava.

off. :

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Off escreveu:
Continuo achando o post muito bom. A qualidade não tá no tamanho Wink




Quarta, 02h30min - Rutsboro City
"Lua crescente, poucas nuvens no céu. 19ºC"  


O retorno forçado ao Centro Pokémon parecia desacelerar o loiro que estava frenético desde que pisara na cidade. Na verdade, desde que saiu da rota 101! O menino estava sem comer nada por horas, além de que estava caminhando por ali sem saber o que poderia fazer para encontrar Emma. Até agora, ele tinha que se apegar a uma única coisa: o faro de Mightyena e meninos de rua que passeavam na área sul. Mas agora, ele estava diante da Joy, que estava ali sorrindo para ele.

- Temos sim! Embora nem todos os Centro Pokémons sejam assim, o Centro Pokémon de Rutsboro possui lavanderia, as refeições são servidas às 6h, às 11h e às 19h, mas posso providenciar algo para você. Temos um campo de treino aqui atrás e no terraço uma área de voo para Pokémons. Mas você precisa de um quarto! - dizia a mulher, entregando uma chave-cartão e recebendo a esfera do Nincada. - Amanhã de manhã você pode pegar o seu Pokémon... Em breve eu levo algo para você!

Assim, a esfera era levada por Chansey para a ala de avaliação, enquanto Nico seguia para o seu primeiro andar através das escadas. A porta do quarto se abria mostrando um cômodo médio, com duas camas solteiro, uma do lado da outra, com um banheiro ali dentro, pequeno, mas simples. Havia duas toalhas e sabonete, como de hotel. Bem, o governo de Hoenn estava investido pesado. Entre as duas camas, uma cortina tampando a janela e embaixo um criado mudo. A lavanderia ficava no térreo, ao lado do refeitório.



Progresso da Rota - Nico :

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Subiu para o quarto. Era um cômodo relativamente simples, contudo, já era excêntrico por portar hospedagens justamente em um centro pokémon, diferente dos demais. Seus olhos ziguezaguearam pelo recinto, já tentando organizar, ainda que mentalmente, onde ficaria ali por aquela noite todas as suas bagagens. Inerte e taciturno na porta, via sua mente pregando-lhe a peça, fazendo uma jovial e loira garota correndo pelo e pulando por cima de uma das camas, com Jigglypuff no seu colo.

Ah, se ela soubesse ao menos o quanto o seu sumiço torturava as lembranças do treinador, jamais teria cedido a si própria em sacrifício. Fato de que ambos haviam criado um laço, contudo, a mente de Nicholas era esfaqueada a cada segunda pela mais ínfima lembrança da silhueta de Emma, agora na mão de Rockets. Cada palavra daquela derradeira carta entregue pela rechonchuda rósea marcavam seu pensamento como uma tatuagem, e latejava a cada segundo que se passava. O tic-tac de um pequeno relógio sob a cabeceira de uma estante no quarto mais parecia como uma bomba relógio, que explodiria Nico de dentro para fora em ainda mais agonia por pensar que fora fraco demais para enefrentar aquele trio de bandidos.

Em passos vagarosos, colocou a fada sobre a primeira cama, e deixou Mightyena mais à vontade. Sem muitas delongas, deixou a embalagem com o ovo em sua mochila na estante, aproveitando para liberar Charmeleon também. Mostrando um cenho decepcionado não com seus pokémons, mas consigo mesmo, Nico olhava de relance para cada um dos monstrinhos, fitando o chão após aqueles segundos infindáveis. Semicerrou seus orbes, pressionando seus punhos levemente. Possivelmente, diante daquela atitude loiro, seus pokémons quiçá entenderiam: ora, dizem as pessoas que o silêncio pode dizer muitas coisas as vezes.

— Descansem, partiremos amanhã pela manhã — exprimiu, sucintamente. Sua voz era baixa, em um claro tom sorumbático e desgostoso diante do fracasso da busca relâmpago.

Os três monstrinhos entreolhavam-se. Não sabiam exatamente o que sentir. Tristeza, decepção, culpa. Apenas aquele semblante de Nicholas traduzia toda uma aura melancólica que era passada automaticamente para os mesmos. Charmeleon e Mightyena sofriam não só pela falta de companhia de Emma que lhes fora tão terna, ademais, sentiam todo aquele âmago já quebrantado de Nico que se traduzia apenas quando estava a sós com suas criaturas, cujas confiava piamente. Quem dirá Jigglypuff: viu a outra face do loiro atônita, não sabendo o que fazer, a não ser chorar para impedir que extravasasse todo o seu furor ainda mais. Seus olhos vultosos, confusos, corriam por toda a expressão caída daquele que agora a guiava até a sua treinadora na esperança de que ele trouxesse a mesma o mais rápido possível com um quê de medo e desconfiança.

Nicholas deu alguns passos até perceber o olhar de Jigglypuff. Parou, abruptamente. Ainda com seu rosto sorumbático, fitou-a. Abriu a sua boca, ensaiando um pedido de desculpas para a fada; todavia, toda aquela melancolia travou as palavras que sairiam por suas cordas vocais. Emudeceu-se enfim, arqueando seu corpo para a direção do banheiro. Por mais que tentasse, nem mesmo o próprio loiro sabia o que dizer para quem alguém um dia confiara nele a ponto de ajudá-lo em uma crucial batalha contra Drilbur. Mas, e agora? Nico tentava afastar toda a sua emoção de sua consciência o máximo possível, em um infindável embate interior contra seus impulsos; em vão.

Vagarosamente, adentrou ao banheiro e fechou a porta logo seguida. Despia-se, deixando suas roupas em um canto remoto do cômodo. Abriu o box e abria o chuveiro.

Posicionou seu corpo logo em baixo da água morna que derramava e molhava seu pálido e atlético corpo. Seus olhos, vazios, fitavam o nada — apenas aquele piso esbranquiçado que cobria o chão do banheiro. Estático, ficou lá por alguns minutos divagando, e que péssimas lembranças corroíam a mente do treinador gradualmente.

Conforme a água caía sobre seu corpo, aquela sensação remetia-o à tempestade na rota 101, que marcava o seu auge e declínio dentro de tão pouco tempo. Suas mãos juntas a da treinadora, tal o sol beijando ao oceano no mais belo pôr do sol em harmonia inexplicável, sob o teto de um casebre abandonado na estrada próxima a Littleroot; acompanhando-os, seu outrora Charmander com a hiena que agora era um escudeiro fiel do rapaz. E sob aquela mesma torrente, todo o seu interior ruíra no instante em que a toupeira comandada pelo Rocket acertava o derradeiro ataque em suas costas, exaurindo toda e qualquer reserva energética que ainda o mantinha de pé após receber um golpe de raspão daquela mesma criatura. A silhueta de Emma partindo, misantropa, arrastada pelas mãos do bandido, tal como o mesmo ameaçara após Nicholas vencê-lo no embate inicial.

Respirava fundo conforme sentia o leve calor das gotículas chocando-se sobre sua cabeça e ombros. Segurava ao máximo suas emoções, abafando-as em um cerrar de punhos súbito. Não se permitia chorar até o momento em que recuperasse a garota dos bandidos; para ele, Nicholas era o culpado de tê-la deixado escapar por ser inábil — por mais que não era uma verdade. Movimentou sua mão fechada em um movimento horizontal em ímpeto, chocando a mesma contra a parede em força moderada. Suas criaturas não poderiam ouvir seus lamentos mais silenciosos; passar uma imagem de liderança era essencial, e, para Nico, tinha de mostrar força e determinação para encontrar com vida aquela garota que lhe era tão terna. Rangeu seus dentes, e naquele impulso, viu uma lágrima escapar de seu olho esquerdo.

Ainda divagando, era como se aquele pequeno corpo de água chocasse contra um oceano que afogava o treinador diante de sua própria lamúria. Nesse corpo aquático colossal, a mesma aura negra de outrora fazia-se presente, enegrecendo o líquido e buscando perpassar a cútis de Nicholas para envolvê-lo por completo. Um cabo de guerra metafórico se estabelecia naquele universo paralelo: de um lado, seu consciente, e de outro, o seu ódio. Como frear um sentimento apenas que emergia vigorosamente dos confins de seu intrínseco apenas usando a razão? Impossível responder.

Lavava seu corpo enfim, em um abrupto chacoalhar da cabeça para afastar seu maior inimigo até então: seu pensamento. Ao fim, secou-se, vestindo a outra muda de roupa em sua mochila: uma calça de sarja preta e uma camiseta branca. Estendeu sua toalha no banheiro, voltando para o quarto onde jaziam seus monstrinhos.

MIghtyena e Charmeleon estavam deitados sob a cama esperando o sono chegar, enquanto a fada fitava Nicholas sair do banheiro. Seus orbes cerúleos passavam a confusão que seu âmago sentia, tanto por ver Nico agir de modo anormal e pela falta de Emma. O loiro desviava o olhar — não sabia se explicar ou ao menos o que exprimir para a fada, de personalidade tão cândida tal àquela que a treinava, o porquê daquele turbilhão.

— Durma também, amanhã vai ser um longo dia — disse enquanto preparava a própria cama para dormir assim que comesse algo e levasse suas roupas para a lavanderia.

Ao fim, sentou sobre a cama. Permanecia taciturno com seu corpo arqueado para frente e com seus dedos entrelaçados apoiados em suas coxas, encarando o nada, ensaiando respirações mais profundas na tentativa de recuperar sua calma. Deu para si mesmo de amanhã ser o último prazo para livrar Emma dos Rockets.

Ah, Nicholas Halstenberg...

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Quarta, 08h30min - Rutsboro City
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


O retorno ao Centro Pokémon deu ao jovem loiro um tempo para relaxar. Nico não relaxaria até Emma retornasse, claro, mas ele estava ali em uma pausa para poder se restabelecer. O corpo fadigado de horas em viagem e vários momentos do seu dia sem comer parecia cobrar ao rapaz, já magro, por tanto esforço feito, sem uma recompensa fisiológica. A obsessão do rapaz o impedia de sentir as necessidades básicas, mas ao chegar naquele quarto, sentir a pressão da água e entender como tudo aquilo funcionava, o rapaz passou pela fome, dores musculares, sono... tudo de uma vez só em uma potência amplificada! O narrador poderia narrar aquilo? Bem, era uma resposta fisiológica do corpo humano...

Ao sair do chuveiro ele viu seus monstrinhos. Eles estavam em melhores estado do que o garoto. A porta batia, Joy deixava uma omelete bem recheado com um copo de suco de laranja. O rapaz comeu e deitou. Jigglypuff ainda com seus olhos marcados de choro e inchado pensava em ser forte como Nico, no entanto, menos psicopata! Ela logo veio a adormecer, enquanto Nico seguia depois... Como não colocou nenhum alarme, bem, o corpo acordaria quando se sentisse melhor...

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Rutsboro City, Terça-feira. 23 horas.
A escuridão do ambiente impedia Emma de seguir uma direção com precisão. Mantinha as duas mãos frente ao rosto com uma função dupla: impedir que qualquer objeto batesse na parte sensível de sua fronte e acariciar a sua bochecha avermelhada na tentativa de fazer a dor passar. As mãos estavam amarradas. Antes de chegar em Rutsboro, a menina tentou uma fuga, na tentativa de recuperar a bolsa com o Ralts dentro, mas recebeu um golpe que a tinha derrubado, fazendo-a acordar dentro do carro roubado, correndo para aquela área que ela não conhecia.

Ela fora empurrada para um quarto, enquanto tiravam o capuz que tampavam a visão dela. O coração acelerado e os olhos cheios de lágrimas forçavam a garota a ser valente, mas suas esperanças flutuavam, afinal, ela tinha escolhido aquele destino, diante das opções que a vida a dera... O que tinha para comer? Um pão e um corpo de leite. O cômodo era pequeno, com um colchão velho no chão, um banheiro sujo e pequeno do lado e a janela estava trancada com várias tábuas. Ela pensou ter visto alguém do lado de fora, entre as frestas. Gritou um pouco, até que veio um cara e a jogou no chão. As forças da menina tinham sido desgastadas e o chute que ele deu na barriga dela a fez contorcer todo os seus olhos, esticando a sua coluna enquanto se mantinha em posição fetal... Pensou em não gritar mais...

A porta era fechada, enquanto a menina permanecia no colchão cheio de ácaros. Os soluços e lágrimas corriam em seu rosto, enquanto tentava se colocar sentada mais uma vez. Surpresa foi a dela quando se deparou com Natu bicando o pão. O Pokémon apareceu ali por algum motivo e ela reconhecera o pássaro... Mas quando sentiu que tinha sido flagrado, o Pokémon sumiu do nada, levando de Emma sua última esperança...

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Quarta-feira, Rutsboro, 8h30
O sol entrava entre as frestas da cortina sobre a janela, fazendo uma linha contra a parede de frente dela. Os olhos de Nico se abriam, sentindo-se totalmente restaurado e sua vida parecia renovada depois do banho, comida e sono. Claro que ele comeria mais e o refeitório do Centro Pokémon daquela metrópole oferecia isso. Mas o foco do menino não era comer, embora fosse necessário.

Jigglypuff na sua cama parecia ter outra aura. Embora seus olhos ainda fossem inchados e marcados pelo choro, a Feérica Pokémon corria de um lado para o outro, inchando seu corpo e cobrando do menino uma posição. A Fairy se sentiu na obrigação e no direito disso quando teve que passar pelo o que passou na noite anterior...


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Seu fatigado corpo pedia algum descanso depois de um dia tão intenso. Por mais que a tensão e a adrenalina de não ter a treinadora por perto não o fizeram sentir, aquele descanso revigorara Nico. Lentamente, suas janelas abriam-se, deparando-se com a figura da fada ziguezagueando por sua cama. Os olhos ainda semicerrados fitavam Jigglypuff inchar-se e exprimindo coisas em seu idioma ininteligível, quiçá desesperada para que seguissem as buscas.

Projetava seu corpo para cima, sentando na cama lentamente. Esfregava a sua mão direita sobre seus orbes cerúleos, encarando os demais monstrinhos despertando pouco a pouco. Diante daquele cenário, na estante ao lado de sua cama, fora na direção do relógio digital que marcava por volta das oito e meia da manhã. Reparando no horário, Nicholas matutava de que estava atrasado, mesmo não tendo hora para acordar; a vida de alguém estava em jogo.

— Se preparem, vamos comer alguma coisa, fazer um último treinamento no campo de batalhas daqui e então partiremos — exprimiu, coçando seus olhos mais uma vez.

Levantara-se enfim. Nicholas calcorreou na direção de sua mochila, colocando um par de tênis pretos casuais, tal como os itens de higiene básica — escova de dente, creme dental, fio dental — antes de descer. Já no banheiro, defrontava sua imagem no espelho com a escova em punhos; molhava o creme dental e então iniciara a limpeza bucal matutina. Ao fim, secava suas mãos, levando seu membro esquerdo até suas madeixas, e em um rápido e desordenado movimento, desgrenhava seus cabelos louros lisos, pronto para descer.

Com todos já pronto, bastou um único sinal de cabeça para que sua equipe entendesse. Já com toda a sua mochila nas costas, Nicholas dirigia-se ao hall principal do centro pokémon para falar com Joy acerca de seu Nincada, afinal, o treinamento seria para testá-lo ainda mais em batalhas. Não obstante, suas roupas sujas que lavara no cômodo respectivo, agora já secas, para colocar onde guardava seus pertences e seguir então. Sem esquecer, claro, do café da manhã bem reforçado, afinal, planejava ficar o dia inteiro fora e só retornaria para aquele lugar com Emma — quiçá, estaria em um estado deplorável de saúde.

Em passos largos, calcorreou até o balcão onde encontrou as duas enfermeiras responsável por sua recepção. Acompanhado da fada em seu ombro e seus demais escudeiros cada um ao seu lado, fitou a agora Joy responsável por cuidar da entrada do estabelecimento. Outro sorriso ilusório tingiu seu semblante, afinal, manter aquela imagem era essencial — não se sabe se era alguma Joy que não o conhecesse, portanto, manter-se naquele modo era importante.

— Bom dia, enfermeira — o sorriso emergira ao fim de sua saudação. — Como está meu Nincada?

Ao indagar, aguardaria o que Joy responderia. Manteve-se estático na frente do balcão, afagando hora ou outra Jigglypuff, torcendo para que, mais uma vez, a fada entrasse em sua cena.

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Quarta, 08h30min - Rutsboro City
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


Mais um dia com novas esperanças no ar! Embora Emma ainda sentisse dor pela pancada que recebera propositalmente no dia anterior, Nico se sentia mais determinado do que nunca. Não que sua última noite não tenha provado o que ele sentia em querer encontrar sua amiga, mas agora ele estava fisicamente bem. Seu corpo estava descansado e preparado. Enquanto o menino escovava os dentes, Emma gargarejava a água que saia da torneira enferrujada em seu cômodo. Mais uma vez a menina ouvira os barulhos nas ruas, mas dessa vez não gritaria. Para quê? Ainda tinha que se recuperar daquela dor, tanto no rosto, como na barriga. Ela levantava levemente sua blusa em direção ao espelho quebrado do banheiro, e viu a mancha rocha no abdômen... Aquilo só afetara o psicológico da menina, que pôs a chorar...

Nico descia com sua equipe ao refeitório. Tinha muita coisa para comer e ração pokémon da mais alta qualidade. Jigglypuff parecia motivado. Se Nico estava fazendo todas aquelas coisas para recuperar a amada, Jigglypuff também poderia ultrapassar um pouco os limites. “Chega de chorar”, a pokémon pesava! Nico comia os ovos mexidos, café preto e frutas. O Bacon estava maravilhoso, diga-se de passagem!

Ao retornar ao balcão, dois Chanseys acompanhavam a enfermeira Joy. Seriam outras Joys? Qual era o horário de troca de plantão? Na parede tinha alguns informativos do funcionamento e parecia que havia troca de plantão às 7 horas da manhã e 19 horas. Eram novas Joys!

Bem prestativas, as Joys olhavam no sistema e de imediato devolviam a esfera de Nincada, totalmente saudável, bem cuidado e alimentado pelo Centro de Rutsboro. Restava Nico saber para onde seguiria: encontrar pistas, pokénav ou outra coisa?


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Recebeu a esfera que portava Nincada sorrindo, recolhendo aos demais para as suas esferas logo em seguida. Apenas com a fada rósea em seus ombros, o loiro guiou-se pelas placas dentro do centro pokémon até o recinto responsável por portar o campo de batalha. Nicholas, como um entusiasta de lutas, conhecia aquilo como poucos: eram as dimensões oficiais padrões das ligas, tal como os ginásios e os torneios oficiais. O loiro ziguezagueou seus orbes anis ao redor, e não encontrara ninguém; seu plano era treinar para partir em busca dos garotos acerca das informações após um combate para entrosar seu inseto junto a Charmeleon e aumentar as chances de derrotar o trio de Rockets.

Sem sucesso, deixou a sala na direção do hall do edifício hospitalar.

Como não conhecia muito a cidade, dirigiu-se ao balcão para falar com a enfermeira de plantão acerca do edifício da Devon Corporation: utilizando apenas o registro de sua pokédex, o treinador utilizaria das ferramentas da pokénav para não ficar tão dependente de terceiros, além das inúmeras facilidades que uma ferramenta tecnológica poderia oferecer. Indagou-a, e a mesma respondeu prontamente até mesmo como chegar lá utilizando-se dos transportes públicos em Rustboro e das burocracias para adquirir o apetrecho. Terminando de ouvir as palavras de Joy, Nicholas saiu do centro pokémon.

Sem muitas delongas, tomou o transporte e seguiu para o edifício que portava a sede da indústria tecnológica mais poderosa de Hoenn. Não tardou para estar na frente do prédio.

Nico adentrou o edifício e fora na direção do balcão. Quiçá, pelo horário e por fatores externos, a fila do balcão ao centro do grande hall estava vazia; sorte grande a do loiro que estava com pressa. Achegou-se ao balcão, arqueou sua pokédex e deixou-a sobre o móvel, sorrindo para o responsável pela recepção — claro, ilusoriamente —, e com um leve empurrão deixou-o na visão do mesmo.

— Bom dia — apresentou-se. — É aqui que eu pego minha pokénav? Sou um treinador iniciante e gostaria de tê-la.

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Quarta, 08h30min - Rutsboro City
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


Após receber Nincada, Nico, que fora frustrado por não ter com quem batalhar no Centro Pokémon, ia então para mais um dos seus objetivos. O Pokénav serviria como ferramenta na busca de Emma. Jigglypuff parecia muito melhor esta manhã. No ombro do rapaz parecia agir como uma sentinela, aguardando qualquer movimento para poder interceptar o agressor. Esta visão se dava porque verdadeiramente a feérica não suportava mais chorar e queria ajudar na busca de sua treinadora.

Após as orientações de Joy, Nico pegava um ônibus e parava ali perto, ao noroeste da cidade, bem próximo ainda do centro. O grande que estava em sua frente representava a Devon Corporation. As portas se abriam automaticamente para o jovem passar e logo na recepção, a mulher de cabelos escuros apenas pegava a pokédex do menino, mexia em seu computador e logo o rapaz saia dali com um Pokénav em mãos. Pronto! Easy!

O aparelho abria mostrando o mapa de Hoenn inteiro, uma lista de contato para ligações e até o mapa detalhado de Rutsboro, com as zonas da cidade: norte, sul, leste, oeste e central. Tinha todos os pontos de referência e se ele decidisse ir para qualquer bairro o aparelho mostrava como chegar e onde. Seria uma mão na roda!



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Não demorou muito para que conseguisse o apetrecho para facilitar não apenas as buscas por Emma, bem como a sua locomoção como um todo em sua jornada. Já no exterior na sede da Devon Corporation, ziguezagueou seus olhos para um canto mais privado, e sem titubear, dirigiu-se ao mesmo. Não delongou em liberar todas as suas criaturas para uma última reunião, apenas com suas criaturinhas, acerca do que iriam fazer; o motivo da mesma era a mudança de Jigglypuff após o episódio do dia anterior.

Simultaneamente, seus três pokémons foram materializados por um feixe de energia alvo; por costume, já estavam todos alerta, mas ao correrem os olhos ao redor, perceberam que não se tratava de nada excêntrico, a não ser o número atípico de pessoas circulando pelo movimentado centro da metrópole de Hoenn. Nicholas agachara-se, e com um simples gesto, chamou todos para aproximarem do mesmo e ouvirem seu treinador.

— O plano continua o mesmo, mas quero dar um último aviso a todos vocês: — dissera em tom audível apenas aos presentes ali; seu tom de voz era pacato, todavia, passava frieza em suas palavras, simultâneo ao seu olhar que adentrava os confins do emocional de todos, principalmente a fada rechonchuda. — estamos lidando com criminosos barra pesada, então temos de jogar o mesmo jogo que eles. Não quero saber de choro de nenhum de vocês, nem muito menos misericórdia ou piedade, ou acham que Emma está em uma colônia de férias? Independentemente do que eu fizer, continuarei sendo aquela pessoa que vocês conheceram, mas que apenas joga conforme as cartas que me dão. Entenderam?

Suas palavras infiltravam os ouvidos de seus monstrinhos, que se entreolhavam confusos e receosos; apenas Mightyena e Jigglypuff entenderam o que queria dizer, afinal, viram o que o treinador fizera com o estuprador. Nicholas omitiria aquele lado que, gradual e lentamente já pincelava seus traços de personalidade, tal como folhas de outono voavam com o sibilar do vento e caíam sobre o chão. Possivelmente, os demais apenas entenderiam assim que vissem suas ações sádicas — provavelmente, viria à tona assim que visse as silhuetas, principalmente do ruivo, por quem despertara o mais genuíno furor.

Dito tais palavras, ergueu-se, recolhendo todas as criaturas logo em seguida. Já com o auxílio de seu mais novo apetrecho, buscou o caminho na direção que o Rocket indicara onde estariam os garotos de rua a fim de conseguir informações — mesmo que utilizar a força fosse necessário. Dentro de um ínfimo tempo, a pokénav indicava o caminho para os prédios abandonados onde atuavam.

Sem mais delongas, dirigiu-se ao ponto de ônibus mais próximo a fim conseguir as informações necessárias para encontrar a loira raptada pelos Rockets.

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Quarta, 08h30min - Rutsboro City
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


A reunião era necessária. Embora tivesse sido confusa para Jigglypuff no começo, agora a Pokémon entendia a seriedade. Sua treinadora estava com gente má! Então, talvez, uma pessoa que faça coisas más deveria fazer coisas más para conseguir tirar Emma das mãos das pessoas más? Certo? (Ok, Jigglypuff estava confusa, mas não queria raciocinar aquilo). A Pokémon só tinha Nico para poder viver aquilo. Seus olhos eram fixos no treinador e assim ele assentia a cabeça e, também, dava sua aprovação a equipe. Não que precisasse...

Agora, o menino se direcionava ao sul da cidade. O Pokénav pediu para pegar um ônus, já que ele estava quase entrando na zona norte. O menino fizera o mesmo procedimento: parou o ônibus, encostou o ID de treinador no receptor do veículo, passava da catraca e se sentava. Diferente da noite anterior, agora os ônibus estavam cheios demais, mas por sorte ele conseguiu um lugar. Como Jigglypuff não ocupava espaço, pois estava no ombro do galego, ela ali ficou e depois mudou para o colo do rapaz.

As pessoas conversavam, outras ouviam música, poucas reparavam na paisagem. De dia, aquelas ruas eram bem diferentes das de noite e mesmo em um teste de percepção, Nico não lembrara de ter passado por ali com som os policiais. Enfim, a situação mudava... O rapaz que abraçava Jigglypuff e sua mochila percebeu que algo de errado não estava certo... De dentro da mochila, a incubadora do Pokémon brilhava e mexia, emitindo uma aura de luz e calor. Parecia que aquele ovo que encontraria estaria nascendo...




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