No Rastro de Phillipe Swirller!
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Diferente de seu sobrinho Blade estava acostumado a dormir pouco e em praticamente qualquer lugar. Uma, duas horas era o suficiente para mantê-lo de pé por um bom tempo tirando alguns cochilos se o dia permitisse. Agora, ele estava completamente acordado depois de ter tomado um banho gelado, que para ele era o melhor despertador de todos.
Ele estava no saguão do Centro Pokémon muito antes de Will chegar e realizar uma troca com um treinador desconhecido. Depois do rapaz ter se retirado, aproximou-se do outro Allstar. – As notícias não falam de outra coisa, mas felizmente parece que “a sujeira não bateu no ventilador” – Comentou em um murmúrio enquanto via a expressão consternada do mais novo se formar. Will era fácil de se ler, seu maxilar firme, seus olhos estreitos e seu punho cerrado já diziam tudo. Blade deu um tapinha no ombro do seu amigo e se afastou – Tome seu tempo, mas não se prenda a isso. Vingança é um caminho sujo e demorado... – O negro se seguiu até a Enfermeira Joy para curar os seus Pokémon e depois pegou uma mesa isolada para tomar café, esperando que os outros se juntassem a ele.
A felicidade do Carateca durou pouco, seu sono ruim não apagou a lembrança da madrugada, mas essa permaneceu em sua mente como um pesadelo ou a história de outra pessoa. Então veio o pequeno presente que conquistou fazendo-o esquecer tudo por um instante, ele conseguira um Sawk... Entretanto, sua felicidade fora breve, pois logo seu tio chegou com as más notícias. Demorou um tempo para conseguir mastigar aquilo e engolir, as duas duplas tinham sido feitas de tolas. Seja lá quem fosse Chloe, ela pagaria um preço que Will pretendia cobrar.
Will levou os seus Pokémon até a Enfermeira Joy e pediu que ela cuidasse deles, uma vez que o dia de hoje poderia ser tão turbulento quanto o anterior. Depois, antes de se juntar ao tio ficou no saguão estudando as informações do Sawk até que foi surpreendido por Allan e Nagisa.
Ele acenou com a cabeça, um gesto de cumprimento, mas que parecia tomado de pesar, como alguém em um velório. – Bom dia, parece que dançamos conforme a música dela desde que chegamos nessa cidade. Mas não vamos deixar as coisas assim... Deixe ela pensar que venceu, um dia voltaremos atrás de justiça. – Ele não explicou o significado de suas palavras, muito menos o poder de fogo da organização da mulher, mas os dois saberiam só de ver as notícias. – Vamos nos juntar ao Blade, ele já pegou uma mesa... Vamos comer e resolver nosso problema com Phillipe o quanto antes.
Depois de se reunir com o quarto integrante da equipe na mesa, Will fez uma refeição nutritiva, mas sem extravagância, assim como Danniel. Ambos sabiam que precisavam se alimentar bem sem comer demais. – Aqui! – Blade mostrou aos dois a posição do GPS no seu Pokénav. – Ele está lá. Uma cadeia de rochas marítimas... Suspeito que montaram uma base em cavernas naturais.
- A garota não disse como entrar, disseram que ela não sabia, mas que existia armadilha por todo canto. – Completou Will depois de terminar de mastigar o último pedaço de seu sanduiche. – Vamos sobrevoar a área, ver o que tem por ali. Manteremos uma altura em que mesmo que sejamos vistos, não sejamos reconhecidos.
- Se não conseguirmos nada, teremos que procurar a entrada pelo chão, na tentativa e erro. Vamos precisar tomar o máximo de cuidado para não cairmos em uma armadilha. – Terminou o negro, guardando o seu pokénav e se levantando. – Façam o que tiverem que fazer e vamos em frente.
Will e Blade foram ao banheiro para evitar problemas futuros, depois seguiram para fora do Centro Pokémon. Quando os outros dois se juntaram a ele, levantaram voo com seus Pokémon em direção ao local marcado pelo GPS.
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