Allan havia entrado na passagem estreita como se estivesse em um processo de desvirginar alguém: no começo, so a cabecinha, mas depois já se sentia confiante para ir cada vez mais fundo. Depois de alguns minutos de movimento contínuo, sem exageros, havia finalmente encontrado aquela...bem, “saída” era muito forte, mas é o que temos para hoje, não é mesmo?
Sem ter um plano aparente para sair daquela situação, resolvia explorar o mar em vez de usar Charizard para observar o espaço acima. Jogando Gyarados direto nas águas, explicava bem para o pokemon o que ele queria... só não contava com o fato de aquele mar profundo ser quase que completamente escuro!
Enfim, missão dada era missão cumprida e Dragoon afundava de vez naquele lugar, logo ficando tudo mais escuro à medida que se distanciava de Boom. A serpente demorava bastante, deixando Allan parado naquele lugar e talvez começando a se preocupar se algo poderia ter acontecido. Todavia, depois de meia hora ou mais, o pokemon retornava e parecia trazer algo em sua boca, jogando no local próximo de onde Allan estava...era um corpo! Homem e nu, com a pele bem desgastada e com a cor já meio azulada.
Gyarados não parecia ter noção do que havia trazido, talvez pensando que Allan pudesse salvar aquela pessoa? Quem sabe o que se passa na cabeça de um pokemon! Enfim, em seguida o pokemon aquático ficava mergulhando e voltando até seu treinador...parecia um tanto quanto animado com algo.
Will era esperto. Falava pouco e sem dar informações pertinentes sobre sua situação ou onde se encontrava, para o caso de não ser bem Allan que estivesse ali. Por outro lado, não se sujeitava à proposta do bandido, sendo firme em sua posição: O carateca mandava, o meliante obedecia. Uma regra simples e que não iria mudar.
O capturado tirava o risinho do rosto, ficando sério...mas também não iria mudar sua forma de pensar – Eu tenho mais medo do Philip do que de um moleque, seu troxa! Tu nunca vai derrotar ele...sabia que ele tem duas Mega Evoluções? Não né? Imaginei que um pivete que vem aqui bisbilhotar as coisas dele não iria saber! – o delinquente observava bem a reação de Will ao contar sobre a força de Philip...estaria ele falando a verdade?
Quando ele te achar, tu não vai durar 1 minuto, ainda mais se usar essa dupla ai hehehehe. – Em seguida, ficou calado, sentindo bastante a paralisia e pouco se importando com as ameaças de Will. O carateca, por sua vez, continuava andando reto pelo caminho da direita, por onde foi atacado. Apesar das deformidades padrão, não haviam armadilhas ali e o caminho era seguro aparentemente.
Finalmente, no final, Will encontrava um salão que parecia ter sido esculpido na rocha. Havia iluminação artificial lá, com lâmpadas um tanto quanto fracas no teto. Do lado esquerdo, uma passagem estreita exalava um cheiro forte que irritava os olhos do jovem. De frente, uma espécie de túnel com a mesma iluminação. Uma ventania vinha dele, o que parecia indicar que ele dava em algum lugar.... O bandido ria, vendo que Will não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo ali.