Pokémon Mythology RPG
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Um homem sem sorte não quer guerra com ninguém

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Depois do fracasso no Safari, resolvi voltar ao Centro Pokémon. Bem, eu perdi dinheiro e saí sem meu Pineco, mas ao menos capturei algo no final. Acho que essa é a última vez que vou em um Safari, já que dessa vez não dei sorte como na primeira. Talvez tenha sido sorte de principiante.

O que fazer agora? O pessoal da sociedade descobriu que tem um contrato na cidade e o pegou para que eu fizesse. Que eu me lembre nunca fiz um contrato antes ou fiz? Acho que não, mesmo quando estava na Circulus. De qualquer forma não parece algo difícil, apenas proteger as obras da Rede Pluvial dos ataques de Pokémon selvagens. Antes de começar eu preciso fazer alguns preparativos.

Primeiro fui até o mercado e comprei cinco Pokéball. Eu não sei se irei precisar durante o contrato, mas tenho planos para uso no futuro. Isso me deixou totalmente sem dinheiro, mas fazer o que. Ao menos minha passagem de voltar para Hoenn já está paga.

Pensei em fazer mudanças no meu time, contudo os Pokémon que quero treinar infelizmente ainda estão no Daycare. Então apenas irei continuar com esse time full Steel. Embora me incomode ficar com Kelsier e Haliax.

Agora a pergunta é: Com quem eu falo sobre a missão? Bem, a pessoa mais próxima que possa me dar alguma informação é óbviamente a enfermeira Joy.

- Bom dia, enfermeira Joy. Meu nome é Nicholas von Dietricher, eu sou membro da sociedade Requiem. Eu recebi um contrato para ajudar na construção da Rede Pluvial, você sabe com quem preciso falar ou para onde ir para iniciar a missão? - Enquanto esperava a resposta retirei minhas seis esferas. - Ah, também preciso curar meu time, por favor.



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Última edição por Ran em Ter 11 Ago 2020, 21:55, editado 1 vez(es)

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Espia só! :


Arboville Town
Manhã nublada, fresca e úmida, vai chover!
Ran

Depois de uma série de desventuras - cinco para ser mais preciso - na nova Zona Safári, Nicholas teve seus planos imediatos interrompidos por um pedido quase urgente de sua Sociedade, para atender a um chamado numa das novas cidades da recém reconstruída Região de Johto. Parece que ninguém quis estar ali durante a Força Voluntária, por isso alguns problemas ficaram pendentes, enfim.

Tendo seu estoque de Pokébolas abastecido a próxima parada era o Centro Pokémon, cujo prédio ainda ficava na parte "normal" do vilarejo, sobre o chão de terra firme. No balcão os serviços da Joy local foram requisitados e uma orientação solicitada por parte do jovem rapaz.

– Bom dia Nicholas! Uhm, deixa eu ver... – retribuiu o cumprimento na voz padrão das enfermeiras, enquanto recolhia as esferas e as entregava para a Chansey auxiliar – Quem tem resolvido os problemas daqui ultimamente são os próprios moradores. Vá mais adiante, algumas quadras a Nordeste daqui e procure pela Dona Onete, na Associação de Moradores. É uma casa grande de fachada amarela. Mas não esqueça de olhar pra cima! – riu com simpatia.

Como dito, o Centro Pokémon ficava na parte mais normal possível, provavelmente para não impressionar os viajantes que passavam por ali. No mais, seguindo para dentro da cidade logo a trilha de terra dava lugar à uma de madeira, que gradativamente se tornava uma ponte bem longa e mais adiante começava a se dividir em transversais e diagonais.

Arboville fora toda projetada sobre pontes, palafitas e, principalmente, casas nas árvores. Uma destas era a própria sede da Associação, que ficava bem lá no alto. Era um distinto edifício em madeira, de fachada amarela de fato, com uma estreita varanda na frente e dos lados. Para acessá-la à pé era preciso subir vários lances de escadas ou pelo "elevador" improvisado - um quadrado 1,5x1,5 de madeira preso por cordas - que poderia ser içado por alguém lá em cima, bastava tocar um pequeno sino na própria plataforma. Um último recurso era montar num voador e subir, tomando cuidado para não colidir com nenhum galho no caminho.

O sol ainda estava intenso naquela manhã, mas nuvens começavam a adensar pouco a pouco. A brisa era fresca e úmida, graças ao terreno predominantemente pantanoso e as árvores altas e densas. Parecia ser um lugar agradável de se viver, com um bom clima, apesar dos demais inconvenientes.

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Hiro ♡

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Como eu esperava a enfermeira Joy tinha as informações que preciso. Então que lançou o contrato foram os próprios moradores? Bem, uma cidade pequena como essa já é esperado que não tenho uma prefeitura ou algo do tipo. De qualquer forma, trabalhar com os moradores deve ser mais fácil do que trabalhar com algum tipo de governo. - Obrigado, você foi de grande ajuda. - Agredeci ao pegar minhas esferas de volta e saí do Centro Pokémon.

Nordeste certo? Ao olhar para  o céu, parcialmente encoberto pelas árvores, notei que poderia chover em breve. Espero que isso não atrapalhe o contrato. Pensando bem, eu não tenho ideia se essa á uma missão de apenas um dia ou se irá demorar mais ainda. Afinal, a depender do progresso das obras do esgoto pode ser necessários dias para sua conclusão.

Enquanto caminho pelas pontes fico pensando no meu azar no safari. Mas que droga, eu só quero um Pineco. Será que com todas essas árvores eu consigo encontrar um na cidade mesmo. Irei perguntar para… Dona Chevette. Claudete? Acho que esqueci o nome da mulher.

Depois de algum tempo cheguei em frente e abaixo da construção de fachada amarela. Entrei no elevador improvisado e toquei o sino para que eu fosse puxado para o alto. Quem precisa de escadas quando se tem tecnologia de ponta? Logo iria novamente pedir informações para a primeira pessoa que aparecer.

- Olá, eu sou Nicholas, enviado da melhor sociedade dos três continentes, Requiem. Não uivamos, não imitamos heróis fictícios e nosso nome não tem o som de Fórmula-1.  - Por que eu disse isso? Não faço ideia. - Vim para ajudar a proteger as obras dos esgotos.




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Arboville Town
Manhã nublada, fresca e úmida, vai chover!
Ran

Ousado, Nicholas pôs sua vida naquela plataforma de madeira e tocou o sino, subindo segundos após quando alguém lá de cima o puxou. Era uma garota bem bronzeada, de cabelo curto, liso e mesclado de fios platinados e pretos, com um vestidinho de listras pretas e brancas horizontais que contrastavam com as madeixas [foto meramente ilustrativa]. Enquanto o rapaz fazia as formalidades para obter informações, a moça o analisava dos pés à cabeça. Não com antipatia, longe disso! Seu olhar carregava segundas e terceiras intenções...

– Eai Nicholas. Sou mais conhecida como Danusa Deise Medly Leona Meiry Cibele de Bolda de Gasparri, mas pode me chamar de Leona. – contava com desenvoltura e numa velocidade de fala surpreendente – Eu uivo, imito e faço a fórmula que tu quiseres. Pode ser no esgoto também. – deu uma gargalhada estridente depois da provocação, para quebrar um pouco o gelo – Ai deixa de pavulagem minino... DON'ONETE! CHEGO O MININO DA RÉQUI! – gritou sem cerimônia, virando o rosto para a janela do casarão.

Eis que em resposta uma mulher de bastante idade vem do prédio amarelo. Ela caminhava às pressas e com alguma dificuldade por uma aparente limitação das pernas. Dona Onete era uma senhora de pele negra clara, baixa estatura, gordinha e com as rugas da idade bem acentuadas em seu rosto, principalmente as famosas linhas do riso que eram facilmente explicáveis por ela tê-lo constantemente estampado na face. Naquele dia usava um longo vestido azul e os curtos cachinhos na cabeça estavam adornados com um acessório artesanal feito de pequenas flores também azuis e palha seca [foto meramente ilustrativa].

– Minino chegastes bem na hora! – cruzava a estreita varanda na direção de Nicholas, pegando a mão direita dele entre as suas, rechonchudas e enrugadas – Vai cair um toró! Vai transbordar o canal e alagar tudo! Aí já vistes, né? Os bicho vão descer com tudo pra perturbar. O que tu precisas? Me diz que eu vejo se arrumo pra ti! Escreveram direito no aviso o que era pra fazer? Hein Leona? – questionava duplamente.

– Mana eu não sei de nada, nem me mete. – retrucou a garota, agora sentada em uma rede fina, presa entre a parede da casa e uma corda amarrada num grosso galho da árvore onde a Associação de Moradores foi construída.

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Não demorou para que alguém me subisse pela plataforma de madeira. Ao chegar ao topo me deparei com uma jovem de cabelo platinado e pele bronzeada. Tenho que dizer que a achei muito bonita, seu cabelo me lembrou o de Margo. - Esse é mesmo seu nome? - Perguntei, rindo de sua resposta a minha frase aleatória. - Irei me lembrar disso.

Ah, então o nome da mulher é Dononete? Bem, não é atoa que eu não lembrava, é realmente um nome bem diferente. Como esperado Dononete é uma mulher de idade e também bastante sorridente. Para minha surpresa logo ao se aproximar ela agarrou minha mão entre as suas. É claro, apesar de achar desconfortável eu não tive coragem de tirá-las. Por algum motivo me sentirei um monstro se magoar essa pobre senhora.

- Um toró? - Inquiri, logo depois percebendo que ela falava da chuva. - No contrato só diz que eu tenho que proteger a cidade dos Pokémon selvagens enquanto finalizam a Rede Pluvial. Se a senhora puder me explicar melhor a situação.





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Arboville Town
Manhã nublada, fresca e úmida, vai chover!
Ran

– Mas credo só dizia isso era? Eu me escangalho e esse povo nem pra escrever um aviso decente. Vem meu filho, entra que eu vou te explicar. – Onete tomou a dianteira, levando Nicholas pela mão.

A sede da Associação era nada além de um amplo salão com um pequeno palco ao fundo, onde improvisaram um mini escritório, com uma mesa pequena, um notebook, vários papéis e uma larga cadeira de rodinhas. Supõe-se que durante reuniões o espaço era ocupado por fileiras de bancos compridos. Porém, agora os tais bancos estavam empilhados junto a uma parede, enquanto que o restante da sala era tomado por mesas e grandes caixotes contendo materiais diversos. Enfim, contratante e contratado seguiam até o palco.

– Primeira coisa meu filho, 'tás com fome? – sem esperar resposta Onete entregou ao ruivo um pote de plástico cheio de bolachinhas amanteigadas, com um singular pingo de polpa de fruta em cima – Tem água e café ali, pode se servir querido. – indicou um canto do palco onde uma pequena copa havia sido montada, com bebidas à vontade – O negócio é o seguinte. Depois da cheia que deu aqui na região, esse terreno toda hora fica alagado, e quando chove tu já vistes né?! Só piora. Nem todo mundo tem condição de morar nas árvores. Minha casa mesmo é uma palafita lá embaixo! Mas não tem muro que dê jeito, agora na época da chuva enche tudo. Aí eu e o pessoal daqui estamos tentando resolver isso montando uma rede de esgoto. O problema é que vem sempre um monte de Pokémon infernizar, porque o terreno era deles né meu filho, tu sabes! A gente que vem pra cá de enxerido. Mas ninguém quer o mal dos bichinhos, é só que a chuva vem trazendo tudo lá do Norte...

Enquanto explicava, a velha senhora retirava debaixo de pilhas de papéis um mapa de tamanho médio. O imagem do lugar tinha poucos indícios das habitações, já que eram em sua maioria feitas nas árvores. A maior parte dos pontos marcados eram edifícios importantes, como o Centro Pokémon ao Sul, a própria sede à Nordeste e uns rabiscos no centro, onde viria a ser o futuro Ginásio local. Porém, o dedo da mulher apontava para uma área pintada em cores escuras no extremo norte, entre montanhas.

– Aqui tem tipo um mangal... um pântano como vocês chamam. A chuva enche essa parte e vem escorrendo pra cá, e os Pokémon acabam vindo junto, fora os que já tem por aqui né meu filho?! Eles se juntam e tu já vistes! – pela primeira vez naqueles minutos Onete suprimia sua alegria constante para expressar um ar de preocupação, quase atingido a tristeza – A gente não dá conta, porque é só nós aqui da Associação, o pessoal bem de vida tudo se recolhe nas casas e não ajuda... Por isso chamamos vocês. Toda vez a cidade fica toda esbandalhada, aí não sei o que é pior! Enfim, acho que tu podes ir lá pro Norte, pra começar. Mas o que tu achas? Tu tens cara de ser mais esperto que eu nessas coisas!

Depois de tanto falar a própria anfitriã tomou a iniciativa de servir-se um generoso copo d'água, para reidratar a goela, enquanto Nicholas tinha todo tempo que precisasse para elaborar um primeiro plano. Um vento forte entrou pelas portas e janelas, remexendo a papelada sobre a mesa.

– Vai cair um toró... – a líder murmurou sozinha em seu canto, com o olhar meio perdido.

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É impossível não sorrir com o modo de falar de Donete. Fui arrastado pela senhora para o interior da sede da associação de moradores. A segui até uma espécie de palco no fundo onde aparentemente se encontra o escritório. - Ah, obrigado. - Eu não estou com fome, contudo as bolachas parecem tão deliciosas que eu não consegui resistir. Aproveitei e também peguei um copo de café para acompanhar.

Eu entendi o cerne do problema; ao norte tem um pântano que inunda com a chuva e trás os Pokémon selvagens e outras coisas alagando toda a pequena cidade. Ainda assim eu tenho algumas dúvidas do que eu exatamente tenho que fazer.

- Certo, eu entendi o problema. Mas se eu for para o norte o que precisam que eu faça? Impedir que os Pokémon venham para cá? Ou tentar impedir que a cidade inunde ou os dois? Acho que vocês só podem trabalhar nos esgotos quando parar de chover, né?

No fim acho que essa missão será um pouco mais complicada e demorada do que eu esperava. Ainda mais se ficar chovendo o tempo todo, já que esse é o grande problema. Logo depois de Johto se recuperar da inundação, uma cidade atormentada pela chuva não é algo bom. - Quais são os Pokémon que aparecem? Tem Pineco por aqui? - Eu realmente não consegui evitar perguntar isso, afinal esse foi o motivo para eu vim até a cidade.





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Arboville Town
Manhã nublada, fresca e úmida, vai chover!
Ran

Tirada de seu devaneio pelas questões de Nicholas a mulher imediatamente abriu um largo sorriso, como se estivesse satisfeita por ele ter perguntas.

– Não te disse que tu és mais esperto do que eu?! – comemorou – Tens razão, eu me esqueci desse detalhe. Olha, tu podes ajudar nas duas coisas, porque toda ajuda é bem-vinda. Mas é o seguinte meu filho, os Pokémon sabem mais que a gente que vai vim chuva, aí eles ficam logo alvoroçados. Por isso é capaz de tu achares alguns lá causando dor de cabeça desde agora. Quem mais aparece são as plantas e os insetos venenosos, tipo Spinarak, Bellsprout e Oddish, principalmente na chuva. Agora mais no comecinho antes de chover quem vem são os mais espertinhos, como Hoothoot, Sentret, Granbull e Houndour, porque eles já vivem nas redondezas né, aí querem se esconder da chuva. Além disso...

Enquanto falava, Onete caminhava de volta para sua mesa e do meio de uma pilha de papéis tirou um jornal já bem amarrotado. Era de uma semana atrás, pela data no topo, e trazia estampada uma foto desoladora de uma casa na árvore em ruínas, inclusive com claros sinais de incêndio.

– Aqui, olha isso. Só de ver eu fico mufina, me dá logo vontade de baldear. Quem fez isso foram os Pineco. Tinha muitos deles por aqui, nas árvores, e tivemos muitos problemas pra construir por causa disso. Mas com jeitinho a gente levou eles lá pro Norte, agora parou mais. O problema é que alguns que avoam são encrenqueiros, aí trazem os Pineco e jogam como se fossem bombas, aí tu já vistes né? – entregou o jornal para o ruivo, caso ele quisesse olhar melhor a notícia – Fora isso não te preocupas que essa chuva não vem agora. Ela tá só se arrumando, por isso como tu podes ver não tem quase ninguém aqui. Tá todo mundo lá embaixo trabalhando já, a gente quer tentar adiantar o máximo que der. – olhava com expectativa para Nicholas agora que concluíra que ele era realmente esperto, como se esperasse que ele inventasse a roda a qualquer momento diante de seus olhos – Então, o que tu achas, tem jeito?

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Certo, então os Pokémon já estão agitados antes de começar a chover. Se eu for para o norte posso conter alguns de antemão e isso já vai ajudar os moradores. Talvez eu consiga de alguma forma intimidar os Pokémon de virem para cá.

- Oh, então tem Pinecos na cidade? - Foi realmente uma surpresa descobrir isso. Eu não vou precisar ir até uma rota para capturar um e ainda joguei dinheiro fora no safari. Merda… - Eles parecem perigosos mesmo, mas conseguirei cuidar deles.

Então eu também tenho que ajudar na construção do esgoto e a conter os Pokémon. Eu tenho algumas ideias, mas não tenho certeza de quão efetivo posso ser. - Bem, eu vou para o norte e lutarei com os selvagens que estiverem agitados e tentarei intimidar que eles venham para cidade. - Isso já deve dar algum tempo para os moradores. - Eu também posso tentar criar algum tipo de barreira que vai conter um pouco tanto a água de vir para cá como os Pokémon, mas não sei o quão efetivo isso pode ser. - Coloquei a mão na cabeça enquanto penso no que posso fazer. - Vocês conseguem arranjar a TM Dig? Se eu puder ensinar o movimento temporariamente para meus Pokémon eu conseguirei ajudar bastante tanto na obra dos esgotos como impedir que a água venha do norte por um tempo maior. Acho que consigo fazer isso mesmo sem o Dig com meu Steelix e Piloswine, mas com ele outros dos meus Pokémon vão poder ajudar.




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Arboville Town
Manhã nublada, fresca e úmida, vai chover!
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Os anseios da velha senhora eram atendidos quando Nicholas lhe oferecia um plano inicial para agir. Ela ficava até nitidamente mais aliviada, abrindo um sorriso largo de estreitar os olhos e batendo palmas.

– Ai que maravilha! Chamei a Sociedade certa! – bajulou – Eu posso te arranjar esse TM, mas tu podes ir te adiantando que eu mando alguém levar lá pra ti. Sobre esta barreira que falastes, diz pra um dos construtores que vai 'tá lá, aí ele vai poder te ajudar. Porque tem que tomar cuidado né meu filho, a gente não quer levantar um muro entre nós e os Pokémon... É, é complicado, eu sei, hehe! Vem, te adianta, vamos arrumar as coisas aqui pra ti... EI LEONA! BORA, VEM CÁ! – Onete ia gritando enquanto descia do palquinho.

– Égua o que foi agora hein mana?! – a garota respondia em tom desaforado, vinda da varanda.

– Bora anda, ajuda aqui o Nicholas a arrumar as coisas pra ele ir lá pras bandas do mangal ajudar o pessoal. Enquanto isso eu vou ali ver se consigo o TM que tu queres. Te cuida meu filho. Podes levar o pote contigo, vai que da fome?! Já mivú!

Onete saiu em seus passos arrastados, deixando Nicholas a sós com a garota de listrado, Leona. Ela tornava a olhá-lo com certo interesse e falta de pudor, dos pés à cabeça, pelo menos até que a responsabilidade a chamasse de volta para as obrigações.

– Então maninho, um bora montar um kit aqui pra ti. Aqui tem umas sacolas que tu podes colocar as coisas. Ali naquela caixa tem macacão com bota, acho bom tu levares um, porque tá só lama lá pra baixo. Acolá também tem capa de chuva, e nas mesas tu vais achar terçado, vara, corda... – ia apontando as caixas e mesas espalhadas pelo salão a medida que os enunciava – Se precisares de algum outro equipamento podes me dizer. Nem te bate que eu te ajudo a carregar se precisar. – daí ela cruzou os braços.

O salão estava repleto de equipamentos de todos os tipos, desde os mais apropriados para lidar com o ambiente peculiar da cidade pantanosa e chuvosa, até outros típicos de exploração padrão, como capacetes e acessórios para escalada. Eram simples, mas estavam minimamente organizados para que todos os voluntários pudessem fazer uso.

– Eu tava só de butuca ali escutando... – ia introduzindo um novo assunto – Tu és treinador né?! Eu também tenho um Pokémon, e outras pessoas aqui da Associação também. Só que don'Onete diz que como a gente mora aqui não é bom arrumar problema com os Pokémon de perto, aí acha que é melhor chamar alguém de fora... – bufava, revelando um pouco de impaciência – Mas só te digo uma maninho, se tu quiseres eu posso dar os papos pro resto do pessoal, a gente pode te ajudar nisso. Eu sou enxerida mesmo! E acho que a gente dá conta! – deu uma piscadela comprometedora para fechar a proposta.

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