Pokémon Mythology RPG
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03 - Novos Caminhos!

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Off :



A noite era calma e fresca. Minhas pernas estavam cansadas, meu corpo todo estava. Mas Kinney dormia tão profundamente. Conseguia ouvir sua respiração pesada e compassada, possivelmente estava até babando! Mas não me importava, ela tinha sido incrível naquele dia, e todos nós passamos por grandes emoções. Pouco antes de chegar na cidade Rolf e Lucy cederam ao cansaço e voltaram para as pokébolas, me deixando até um pouco mais aliviado.

O Centro Pokémon não era tão longe. Caminhei tranquilamente até chegar no balcão de atendimento. - Boa noite! - falei baixo para não acordei Kinney e a desci de minhas costas - Boa noite, parceira! - a retornei para a pokébola e coloquei as demais esferas com meus companheiros sobre a bandeja - Por favor, cuide bem deles! - sorri para a enfermeira, para logo depois dar um longo bocejo. Ela me disse que poderia ficar alojado no centro pokémon caso não tivesse onde ficar. Agradeci e fui na direção de um dos locais reservados para isso. Não demorou muito para adormecer, aquele primeiro dia agitado tinha terminado!

Logo que o dia amanheceu recolhi minhas pokébolas e agradeci a receptividade do Centro Pokémon. Passei em uma lanchonete que vendia alguns pães e comprei coisas para o café da manhã. Sentei em uma pequena praça e soltei todos os meus Pokémon. - Bom dia, pessoal! Dormiram bem? - todos estavam bem animados e dispostos, mas o mais engraçado foi ver a reação de Logan ao encarar Kinney evoluída. Ele se aproximou com cuidado e a cheirou, fazendo uma careta logo em seguida. Acredito que ele tenha se sentido ultrapassado pela sua rival, espero que isso o motive.

Para além disso tínhamos um membro novo no time. Meditite se espreguiçou ao sair da pokébola, coçando os olhos depois de uma longa noite de sono. - Bem vindo a bordo, Meditite! Meu nome é Galvanis, e esses são seus novos companheiros de equipe. - apontei para todos e olhei para o lutador, que me encarava com uma expressão vazia, os olhos carregados de sono - Esta é Kinney, ela evoluiu logo depois que vocês batalharam. - Kinney estava com os braços cruzados e somente fez uma breve reverência. Meditite piscou os olhos rapidamente, e logo em seguida soltou um grunhido, algo como um “Ahhh…” e balançou a cabeça positivamente. Talvez ele estivesse tentando reconhecer na Weavile a Sneasel que combateu no dia anterior. - Esta toda saltitante é Lucy, e este não menos saltitante é Rolf - apontei para o brotinho e o lobinho, ambos muito animados com o novo amigo, recebendo um tímido sorriso de Meditite - E este com a expressão fechada é Logan. Ele é legal, só se faz de durão! - o canino de pelo esverdeado encarou o Pokémon lutador e só fez uma expressão de desdém - Espero que não há ressentimentos sobre nosso combate de ontem. Estamos treinando para ser um time de resgate, o melhor do mundo todo. vamos ficar fortes e salvar vidas! É bom ter você conosco! - sorri para Meditite, que desenhou um sorriso na medida que falava, aparentemente ele havia aceitado a situação - Bem, você precisa de um nome… - olhei para o lutador de cima a baixo. Ele parecia um tanto desmotivado, como aquelas pessoas que buscar fazer as coisas fazendo o mínimo de esforço para evitar a fadiga. Me lembrou de um lutador de um programa de Wrestling Profissional bem famoso por ai - Acho que vou te chamar de Cassidy! - sugeri o nome, que fez o Meditite levar a mão ao queixo, pensativo, mas logo depois ele sorriu e fez um joinha, confirmando que aprovou o novo nome - Bem, então vamos comer, pessoal! - olhei para todos e servi as respectivas porções de ração.

Enquanto comíamos retirei meu celular do bolso e iniciei uma chamada de voz com meu pai. Ele atendeu pouco depois, já estava no quartel, ainda não tinha começado efetivamente os trabalhos

- Bom dia, filho! Onde você está?
- Bom dia, pai! Cheguei em Mauville ontem a noite! - respondi ainda com um pedaço de pão na boca, pude ouvir uma voz grossa dizendo ao fundo “É o Galvanis?”
- Sim, é ele… como é? Ah, tá.., filho, eles querem dar um oi! - meu pai virou a câmera, mostrando todos do pelotão se preparando para o dia.
- E ai pessoal! - saudei todos eles, virando um pouco meu corpo para mostrar meu time - Da um oi pro pessoal, pessoal! - disse para meus pokémon, tentando enquadrar eles na câmera.
- Eita! Olha só, já tem um, dois… cinco! Kinney, você já evoluiu! - meu velho quase surtou ao ver minha Weavile, levando as mãos à cabeça - Ei, a Kinney evoluiu! - disse ele para os demais no quartel, pude ouvir um sonoro “Cacete!” vindo de algum deles!
- Mas me conta suas aventuras até agora, filho! - comecei a contar a meu pai como foi o dia de ontem. Contei sobre  Sr, Mushi, o resgate na floresta, a batalha contra o caçador, o encontro com Sra. Winstrate, o treinamento, a evolução de Kinney. Todos do pelotão pararam para ouvir, Billy fechou a cara quando falei da Sra. Winstrate, eles tem um passado afinal! Acho que contar o que aconteceu fez um fio de cabelo branco apontar na cabeça do meu velho, ele estava um tanto quanto pálido.
- Nossa, filho… que dia, hein? - comentou com um sorriso amarelo - Mas você está bem, isso que importa! Tenho que desligar, o comandante tá chamando. Juízo, viu? Kinney, cuida dele por mim! - Kinney sorriu com o pedido dele e encerrei a chamada.

Café da manhã tomado, todos bem dispostos e preparados, hora de retomar o caminho… bem, seja ela qual fosse! Kinney continuou do meu lado e Lucy voltou a pedir colo, logo a coisa toda voltava ao normal. Para qual direção o vento nos levaria naquela manhã?    

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Off escreveu:
Bom dia ^^ Estou bem e você?
Estarei assumindo sua rota. Não prometo nada, mas veremos o que conseguimos =)




Terça, 09h35min
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"


Era noite quando o jovem Galvanis pisou pela primeira vez nas ruas de Mauville. O céu estrelado com poucas nuvens naquele período de lua nova cercava o garoto e seus Pokémons cansados. Era difícil notar como era aquela cidade, não só pela luminosidade proveniente de postes de luzes, como também pelo cansaço de horas caminhando pelas rotas da cidade. Mas prédios grandes eram vistos, com certeza! E entre tantos prédios, o único que chamava era um pintado de branco, com teto avermelhado de poucos andares. Ele entrava e se deparava com mais uma das muitas Enfermeiras Joy’s e seus Chanseis bem treinados.

A mulher de cabelos rosados atendeu o rapaz de cabelos cacheados muito bem. Ofereceu um quarto que era aberta por um cartão-chave, liberado apenas pelo ID da Pokédex, e assim ele deitou, enquanto seus Pokémons eram analisados pela enfermeira plantonista daquela noite. O jovem dormira bem, naquele quarto que só tinha uma cama e uma cômoda ao lado da cama, e um banheiro. Luxo que apenas cidades maiores, como Mauville, tinha, pois em outros Centros Pokémons de cidades menores, era quarto e banheiro compartilhado.

O dia amanheceu e Galvanis decidiu descer as escadas e pegar seus Pokémons, indo desfrutar de um café de padaria que ele mesmo queria, embora naquele Centro para treinadores havia alimentação nos três turnos, bastando apenas apresentar a Pokédex. Na praça, ele pós a delongar em um momento de apresentações, especialmente para conhecer melhor Cassidy e, claro, a recém evoluída Kinney. A ligação para seu pai também fora importante, afinal, dar notícias sempre pelo menos ajudava a equilibrar aquele nível de preocupação.

Galvanis estava agora indo em sua própria direção naquela cidade. Prédios enormes ensaiavam a paisagem de Mauville. Eram vários, de tamanhos variados, e claro, naquele centro da cidade, o que bem tinha era uma rede de Shopping Center... Chegou o momento em que cada quadra tinha um shopping novo. A manhã estava quente, com céu de poucas nuvens e sol forte. O trânsito estava a todo vapor. Pessoas iam e vinham, comercia abrindo, crianças passando, um verdadeiro caótico centro urbano. Realmente, Galvanis tinha muita opção para experimentar.

As ruas davam para uma rede completa de shopping center, treinadores também iam e vinham de um lado para o outro, acompanhado de seus Pokémons, alguns até se exibindo. Mas pelo o olhar do menino, o que pareceu ser mais visível foi a seguinte cena: um homem de idade mais avançada caminhando com sua bengala. Ele parou no meio da calçada, deixando algumas pessoas o ultrapassarem e o deixarem de lado. Foi quando ele parou, elevou a mão trêmula até o peito, estremeceu todo o corpo e caiu de costas ao chão...



Progresso da Rota - Galvanis Vitale :

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Lavaridge era uma cidade não muito grande, e já tinha lá seu movimento. Mauvile então era enorme! Prédios, comércios, carros, pessoas… era um visão não muito familiar mas nada estranha também. Era algo novo para Lucy, pelo menos. O barulho da cidade grande parecia a incomodar, então ela se enfiou dentro do meu colete. Kinney atraía alguns olhares, mas se mantinha atenta ao entorno, caminhando ao meu lado. Tínhamos muitas opções do que fazer e possíveis caminhos para seguir, logo o futuro era um grande leque de possibilidades e surpresas.

- Estava pensando Kinney. - virei para minha parceira - Acho que precisamos de alguém na equipe que possa voar… sabe, rastreamento em três níveis - gesticulei para melhor transmitir o que estava pensando - Rolf e Logan no chão você na altura das árvores e um voador acima do dossel. O que acha? - olhei para minha parceira, que concordou com a ideia, mas parece ter refutado fazendo uma mímica de natação - Ah, um pokémon aquático? Hm, de fato, você tem razão. Podemos pensar melhor nesse seu plano quando nos aproximarmos do mar… - balancei a cabeça positivamente, recebendo um gesto de concordância de minha parceira. Estávamos em uma mesmo sintonia, e isso era muito bom!

A sintonia era tanta que voltamos a olhar para a rua e nossos olhos encontraram uma mesma visão. Um senhor caminhando com dificuldade pela rua, com sua bengala. De repente ele parou, levou a mão ao peito e começou a cair - Kinney, ampare a cabeça dele! - comandei instintivamente, e minha parceira nem esperou o término do comando para partir na direção do senhor. Por uma fração de segundos sua cabeça não bateu forte no chão, repousando suavemente sobre as garras de minha Weavile - Por favor, se afastem, deem espaço! - disse em voz alta, para alertar as pessoas em volta, que já se moviam para formar uma aglomeração. Me abaixei para amparar o senhor, ele estava ofegante, com as mãos trêmulas, segurando forte o peito. “Ataque cardíaco…”, pensei - Acalme-se senhor! Vai ficar tudo bem! Há, algum médico por aqui? Este senhor precisa de ajuda, por favor um médico! - gritava com certa ansiedade na voz. Tomei meu celular e digitei rapidamente o número da emergência - Alô, preciso de uma ambulância rápido na… onde estamos? - virei-me para uma mulher que estava nas proximidades, aparentemente filmando toda aquela situação com seu celular. Ela me respondeu “esquina da décima com a 34” - Esquina da décima com a 34! Um senhor está tendo um ataque cardíaco! venham rápido por favor! - apoiei o celular no ombro e tentei checar o pulso do senhor, para uma mais informações para a atendente - O pulso está fraco mais estável, deve ter por volta de 70 anos… pessoal, se afastem por favor! Abram espaço! - voltei a pedir para as pessoas saírem de lá, e Kinney me ajudava com o controle de multidão.

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Terça, 09h45min  
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


A reação do jovem treinador era rápida. Seu coração inclinou-se a ir até o mais velho, com Weavile que era tremendamente veloz. Galvanis chegava para prestar apoio, ao passo em que as pessoas que estavam ali se aproximavam. O homem no chão não conseguia falar. Galvanis ficou ao lado dele, com Weavile na cabeça. Com o seu celular, ele começava a ligar para a emergência. As pessoas ao redor retiravam seu Pokénav, uns para filmar, outros para pedir ajudar. Médico? Nenhum estava ali!

O homem, ainda acordado, apalpou a roupa do jovem treinador e o encarava de forma séria. Sua face de espanto parecia negligenciar qualquer outra ação, exceto, colocar algo no bolso dele. Não sei se o personagem estava com casaco ou algo assim, mas que aquele papel entrou ali, sim, ele entrou! Galvanis pode sentir isso, mas tinha uma situação de emergência mais próxima para lidar. O pedido de ajuda era feito para a emergência, enquanto o menino tentava oferecer qualquer ajuda ao homem, que após tanta agitação, fechava os olhos e amolecia todo o corpo.

“Está vivo?”, “Ele morreu?”, os murmurinhos e perguntas curiosas continuavam. Passou-se poucos minutos até que uma boa quantidade de pessoas interrompia o seu dia comum na cidade grande para poder formar um espaço naquela rua, onde o treinador de madeixas amarronzadas ficava com seus Pokémons ali. O senhor parava! A tensão ficava no ar! Ainda demoraria minutos até a emergência chegar... O que o jovem treinador poderia fazer? Seria possível que o seu pai tivesse lhe ensinado algo nesse tempo todo?




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A situação não estava nada boa. Senti algo sendo colocado em um dos bolsos do meu colete, aparentemente um pequeno pedaço de papel dobrado. Foi a única coisa que o senhor fez, além de me olhar com horror nos olhos. Depois disso, nenhum movimento. O pulso dele desapareceu. - O coração dele parou! - falei no celular para a atendente e desliguei, precisaria de toda a atenção.  - É melhor você voltar, Lucy! Logan, preciso de você! - voltei o pequeno brotinho para a pokébola e liberei meu Electrike. Tirei a mochila das costas e me coloquei de joelhos. - Escute Logan, preciso que você segure a mão dele - estiquei a mão do homem na direção da boca do canino esverdeado. Apoiei os dedos contra o queixo do homem e repousei sua cabeça na calçada, levantando sua cabeça para melhorar o fluxo respiratório - Ao meu sinal, dê uma descarga de eletricidade, mas não muito forte! Seja suave, certo? - olhei para Logan e respirei fundo - Agora! - assim que meu Pokémon elétrico fez seu movimento, comecei a fazer compressões contra o peito do homem, duas por segundo, para fazer seu coração voltar a bater. Fora uma das primeiras coisas que aprendi quando comecei a frequentar o quartel de resgatistas de meu pai, primeiros socorros. - Vamos, vamos! Reaja! - dizia, enquanto dava tudo de mim para salvar a vida daquele homem.  

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Terça,10h04min  
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  



Com a enfim parada cardíaca, o jovem teria que agir. Era sempre desesperador tal situação e o grito de Galvanis para a mulher do telefone, que estava ali para dar apoio, se precisasse, não soou bem para as pessoas ao redor, que começavam a murmurar e a criar mais conversas soltas. Mas o menino não tinha tempo para isso: ele agia o mais rápido! Repouso bem o senhor de idade na calçada, ele agora liberava o seu Pokémon elétrico. A tensão estava no ar, mesmo o menino tentando transparecer seriedade... Ele sabia o que tinha que fazer, e assim começava!

Logan era sério, mas esta seriedade se revelava importante no momento. Quando a corrente elétrica entrava no corpo do idoso, tudo dele se estremecia. Um gritinho no fundo de uma mulher fora despertado naquele momento, enquanto ela mesma levava as mãos no rosto, para não ver o que estava acontecendo, temendo sempre o pior. Galvanis começava em seguida as compressões. Eram muitos detalhes aquela técnica, mas ele pós a ficar de joelho, colocando ambas as mãos juntas ao meio entre os peitos do tronco do enfermo e fez um ângulo reto entre os seus braços e o corpo do homem.

Mentalmente ele contava, em uma frequência específica, que segundo os guias de ATLS era a mais indicada. Diante de toda aquela situação, precisão era necessária. Galvanis executava as compressões conforme tinha aprendido há muito tempo. Claro que seus braços começaram a queimar antes do primeiro minuto terminar. Ele aplicava a respiração boca-a-boca no senhor e em seguida pedia para ter mais uma onda de choque.

Elektrike enviava a corrente elétrica naquele senhor de idade mais uma vez. Após os “tremeliques” que o homem dava, o jovem elevava seus dois dedos na carótida do mais velho e percebia que não tinha voltado. Mais uma rodada! As compreensões surgiam, enquanto Galvanis suplicava que o homem voltasse a vida. Mas a maior esperança do menino foi quando o som de uma sirene de ambulância foi escutado. No fim da avenida, mesmo pela manhã, era possível ver as luzes da ambulância sair em disparada em direção do ato. As pessoas gritavam, sinalizando, a fim de facilitar ao condutor socorrista a cena daquele agravo.

Foi ali que quando a ambulância parou ao lado, que Elektrike deu mais uma onda de choque, despertando de vez o senhor de idade. A mão do menino de Tohjo ia até a carótida do mais velho, sentindo, desta vez, o pulso, enquanto a equipe de socorrista saia com maca, e profissionais específicos para isso, a fim de avaliar. Um estetoscópio era direcionado no peito do mais velho, enquanto uma enfermeira de pele negra e cabelos cacheados amarrados para trás sorria para o seu colega. O senhor estava vivo e uma saraivada de palmas apareceu nas ruas para Gaulvanis.



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A ambulância enfim estava chegando! Sentia meus braços ardendo em fogo enquanto dava tudo de mim no procedimento. - Só mais um pouco! Vai! - falava, tentando juntar todas as minhas forças para manter o ritmo. Logan era impecável! Sus doses de correntes alternadas, com precisão cirúrgica, parece que havíamos treinado antes inúmeras vezes. Logo os paramédicos desceram e foram em nossa direção, no exato momento que o senhor finalmente reagiu.

- Por Arceus! - soltei o corpo, caindo de costas na calçada, exausto. Minhas mãos tremiam, meus braços sendo perfurados por milhares de agulhas ao mesmo tempo. Um rompante de aplausos e gritos eclodiu e a única coisa que conseguia fazer era tomar Logan em meus braços a abraçá-lo forte - Você foi perfeito, Logan! Perfeito! Você salvou a vida daquele homem, garoto! - dizia para meu parceiro elétrico, que aparentava estar tão aliviado quando eu. Kinney se aproximou e tocou meu ombro, como se dissesse “Vocês conseguiram!”, e sorria. Olhei para a paramédica à minha frente e só conseguia sorrir e arfar. - Alguém pode me ajudar a levantar? Não tô sentindo minhas pernas! - estendi a mão para a primeira pessoa próxima e sorri, visivelmente fraco com a descarga de adrenalina sumindo de minhas veias e só deixando a tensão muscular, meus pés estavam dormentes e tremendo mais que meus braços.    

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Terça,10h25min  
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


A equipe de paramédicos faziam seu serviço. Enquanto a mulher negra prestava seus serviços em usar o ambu para comprimir ar pra o senhor, mesmo ele estando bem, dois socorristas preparavam a maca para colocar o senhor ali e leva-lo para o hospital mais próximo. Galvanis tinha realizado um belo trabalho e graças ao seu esforço, aquele senhor tinha sido salvo. Seus Pokémons também foram, sem dúvidas, perfeitos na realização daqueles movimentos. O menino sabia que apenas uma equipe bem treinada conseguiria executar com tamanha precisão todas as técnicas a fim de oferecer uma ressuscitação cardiopulmonar eficiente para o senhor.

Um dos socorristas estendia a mão para o rapaz, tirando-o do chão. Os braços, principalmente, doíam, precisando mexê-los um pouco para relaxá-los. O cara era alto, pele morena, cabelos lisos e barba mal feita. Ele parecia orgulhoso, como o pai de Galvanis poderia estar ao ver o filho salvando a vida de alguém... - Você fez um bom trabalho, garoto! Esta técnica, embora seja básica, não é tão bem executado pela maioria das pessoas. – e isso era verdade. Apenas uma porcentagem das vítimas consegue sobreviver a um infarto, mesmo sendo prestado auxílio adequado.

- O nome dele é Carl Fredericks!- dizia a paramédica de cabelos cacheados e volumosos, pegando os documentos do homem que Galvinis salvara. Assim, a equipe o colocava na maca e o levava para a ambulância. Ele ainda estava muito cansado para falar... - Ele é o que seu? Avô? - questionava.





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Um dos paramédicos me ajudou a levantar, demorei um pouco pra voltar a me equilibrar, mas nada muito dramático. Olhei para o homem de pele morena e sorri aliviado - Nossa… - ainda estava um pouco atordoado com todo aquele momento - Acho que tenho que agradecer meu pai e a equipe dele por ter me ensinado e me deixado praticar com eles esses anos todos! - me recordei dos meus primeiros dias como recruta honorário do Corpo de Resgate de Lavaridge e toda as aulas de primeiros socorros ministradas pelo Billy e a Michelle. Ela principalmente era extremamente rígida com essa parte das aulas, e agora entendo o porquê.

Observei a maca ser levada para a ambulância e a outra paramédica, a de pele negra e cabelos volumosos, se aproximou com a documentação do senhor. Seu nome era Carl Fredericks, um nome que nunca tinha ouvido falar. - Não, não! Ele não era meu avô. - respondia a questão da socorrista - Na verdade nem o conheço. Cheguei na cidade na noite anterior e estava apenas de passagem por essa rua quando tudo aconteceu! - expliquei, tentando ainda sentir o peso do acaso nessa situação toda - Claro, não teria feito nada sem meu time! - olhei para meus parceiros, orgulhoso - Meu nome é Galvanis Vitale, recruta do Corpo de Resgate de Lavaridge! - estendi a mão para cumprimentar os socorristas - Quero dizer, recruta honorário! Ainda não tenho idade pra ser recruta oficial, haha! Estes são Kinney e Logan - apontei para Weavile e Electrike - Meus heróicos companheiros de time! - sorria largamente para ambos. Lembrei-me do pedaço de papel que o senhor havia colocado em meu bolso e o li, talvez contenha mais informações sobre ele.

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Terça,10h25min  
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"  


Os paramédicos ficaram impressionados pelos serviços prestados ali. Graças a Galvanis, uma vida fora salva! Mas ainda se sabia pouco sobre o senhor Carl, que agora estava bem debilitado. Enquanto o homem era colocado na ambulância e as pessoas começavam a se dissipar na rua, deixando apenas os mais curiosos, o menino enviava a mão no bolso e tirava o papel que ele lembrara que Carl tinha o confiado em seu momento de quase morte. Ele desdobrava e via o quão grosso era, pois, na verdade, era um envelope selado, com um endereço.
Ellie Docter
Rua Afonso Ponyta,805
Bairro Pedra de Pineco
Mauville City


Enquanto o jovem Galvanis via aquele envelope, com a possível carta dentro para Ellie, um dos socorristas gritavam dentro da ambulância. Sim, Carl tinha parado de novo! Muito comum, principalmente para a idade dele. Isso fez com que o casal de socorrista que conversava com o menino corresse de novo para dentro do veículo, para prestar serviços, enquanto o motorista começava a se preparar para ir pro hospital mais próximo...Já Galvanis, estava ali na rua... As pessoas apenas olhavam para o homem que recebia uma nova massagem cardíaca, enquanto desejavam energias positivas... Bem, Galvanis tinha uma carta na mão, talvez, fosse importante... Talvez Carl estaria indo entregá-la, já que era ali mesmo na cidade...



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