Re: A Primeira Missão Ranger

por **Sckar** Seg Ago 24 2020, 12:41

- 13!

Respondeu com firmeza, ocultando sua insatisfação e percepção para com o preconceito alheio. Pois ele sabia que sua idade estava nos dados do Ranger Pad.

Sckar já estava acostumado em ser subestimado e desrespeitado por sua idade, mas isso ainda o incomodava um pouco. Quando ela ficou olhando o Ranger Pad excessivamente, o menino começou a se irritar, a cada segundo que passava. Mas graças as suas poucas experiências como ator, ele tinha talento e jogo de cintura suficiente para não deixar sua feição demonstrar sua insatisfação. Contudo, quando a moça disse para ele sentar, ele respondeu com tremenda naturalidade e aparente inocência (pressuposta para alguém de sua idade), que ele fazia de forma bem espontânea, para que a mulher ficasse em duvida se ele havia a rebatido ou não:

- Não obrigado, prefiro ficar de pé.
Na minha idade, não cansa ficar em pé.
Ainda tenho energia demais...

Quando o senhor chegou e a policial apontou quem era o Ranger, o menino segurou um suspiro, olhou para o homem com um olhar deveras firme e mostrou seu Ranger Pad, mais uma vez e juntamente com a sua pokédex, aonde mostrava suas conquistas. Dizendo:

- Sou Sckarshantallas Akuma, de Viridian City em Kanto. Mas todos me chamam apenas de Sckar.
Sou um Recruta dos Rangers de Hoenn e Ace Trainer I.
Também sou membro fundador da Sociedade A.V.E.N.G.E.R.S. de Slateport, uma sociedade focada em investigações criminais e combate ao crime. Somos bem famosos por lá.
Tenho mais de 70 pokémons capturados.
5 insígnias e 1 Fita.
Sou vencedor invicto da Battle Factory e da Battle Pike.
Também venci a Battle Tower, com apenas 1 derrota, sendo que não foi pra dona do evento, Anabel.
Top 16 da Copa Hoenn, Vice-campeão do segundo Torneio da The Wolves.
Mas no campo das investigações, ainda estou começando.
Comecei minha jornada há 3 anos em Kanto e enfrentei diversas vezes Rockets que me atacavam por lá. Até que há 2 anos atrás, pouco depois de vir para Hoenn, enquanto eu estava em Mu Island participando da Battle Tower, ajudei uma detetive particular, Chizuru e um policial local a resolverem um caso de uma bebe desaparecida.
No caso, o tio dela era um cientista louco... Hum... não lembro muito bem como terminou... Estranho... Mas lembro que o capturamos...
Creio que por isso me mandaram para este caso, deve ser para ver se há alguma relação.
E meu teste pra entrar nos Rangers, foi descobrir sobre o roubo da mercadoria de seda de uma fazenda de Oldale Town. Como pode ver no meu Ranger Pad.
Muito prazer, espero que possamos trabalhar bem em conjunto, senhor.
E qual seria seu nome completo e patente, senhor Bill?
...
E poderíamos trocar informações, por favor?
Eu gostaria de ter acesso as informações sigilosas de vocês, que a mídia não teve acesso.

Ele falava rápido e firme, mas bastante claramente. Fazia isso para não ser interrompido e demonstrar confiança no que falava, para dar credibilidade.
Contudo, num certo momento, não conseguiu lembrar-se direito de alguns detalhes, mas tentou passar rápido para não chamar muita atenção. Ele não sabia, pois não tinha como saber que o policial em questão havia apagado sua memória na época, para proteger sua inocência infantil.

Porém, mesmo com esse pequeno "borrão" em sua memória, ele lembrava bem do caso e quando o leu, decidiu pesquisar muito, para ver se tinha alguma ligação. Aparentemente, não. Mas precisava das informações sigilosas da polícia e de uma investigação muito bem detalhada, antes de definir se era um caso isolado, ou não.

Ele não gostava de dizer seus feitos e conquistas e nem de dar "carteiradas" nos outros, mas estava acostumado, pois cada vez mais sentia que era necessário fazer isso no meio investigativo/policial, para que os adultos o respeitassem e o levassem a sério. E por isso ele falava de ter 5 insígnias, mesmo não sendo todas da mesma região, pois não queria entrar em detalhes depreciativos. Ele queria conquistar a confiança e não firmar a desconfiança. Mas ainda assim, acreditava que as 5 insígnias, mesmo de regiões diferentes, demonstrariam ao menos parte do poder que tinha. O que ele sabia que não era muito, ainda. Mas era o suficiente para ser respeitado e levado a sério em seu trabalho.

Após falar tanto, aguardou a resposta de Bill.

OFF:

por **Ayzen** Seg Ago 24 2020, 16:12

Off escreveu:Dei uma olhada! Não sei o que farei, mas, eu li -qq

Sexta, 13h15min
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"

Sckarzinho já sabia o que lhe aguardava. O menino olhava para o adulto detetive já de idade e começava a ler o seu B-A-BA para o homem. O ranger tinha feitos incríveis para um garoto de 13 anos, talvez muito mais prodígio do que qualquer outro. O homem apenas arqueava a sua sobrancelha e até tentou cortar aquela falação, enquanto o menino mantinha-se firme no que dizia. Aquela falação de títulos continuava e a recepcionista continuava mordendo a sua rosquinha e reparando no caso, como quem assistisse a um filme (e era quase isso toda a trajetória de Sckar).

Quando o jovem terminou, solicitou saber o nome de quem é que estava conversando. Era estranho, porque Sckar era bem menor e magro do que Bill, que tinha uma pança de cerveja para poder demonstrar aquela “experiência”. - Só Bill está bom!- dizia o homem desconfiado. Apesar dos inúmeros títulos, o mais velho ainda só via um garoto. Ok, um garoto com muitos Pokémons, alguns sendo cruéis de poderosos, mas ainda eram muitos Pokémons... Bill encarava apenas um bebê apontando uma pistola automática para todos, não conseguia tirar esta imagem da mente, mas teria que aceitar...

- O que está acontecendo aqui? - a porta mais uma vez abria. Dessa vez, que aparecia era a responsável pela delegacia, oficial Jenny. Ao seu lado, um Growlithe balançava a cauda, com sua alegria quase autista de cachorro.

- O garoto é o ranger que mandaram para ajudar o Bill!- dizia a recepcionista, erguendo-se da cadeira em um tipo de respeito pela hierarquia, informando a sua superior com a boca cheia ainda e lábios açucarados.

- Ah, sim! Bem vindo, recruta. Espero que possa ajudar a gente com o caso.- dizia a mulher de cabelos azuis.
- Eu já disse que não preciso de ajuda... Ainda mais de uma criança!- contestava o mais velho.
- E eu já disse que você precisa. Dispensados! - finalizava a mulher em seu tom firme. Parecia que ela já sabia como lidar com Bill. Assim, Jenny saia junto do seu Pokémon, deixando Sckar junto do detetive.

Bill bufou com as suas narinas. Ele olhou mais uma vez Sckarzinho e não pode terminar de notar a idade do garoto diante de um caso como aquele. Claro que a vida ranger era perigosa como um todo, mas se o menino fora aprovado e agora era um ranger, talvez viram no “de menor” algo. - Olha garoto, eu estou sendo forçado a trabalhar com você, que fique claro... Então não me atrapalhe e eu não atrapalho o seu estágio, capiche?- dizia entrando na sala. A recepcionista apenas esbugalhava os olhos e fazia movimentos com a mão, quem indicasse para Sckar seguir o detetive da cidade.

Progresso da Rota - Sckarshantallas Akuma :

por **Sckar** Seg Ago 24 2020, 17:27

Sckar arqueou apenas a sobrancelha direita quando Bill insistiu em não dizer o sobrenome ou a patente. Mas deixou quieto. Jenny apareceu com seu Growlithe e o menino a cumprimentou com um aceno. Talvez o certo poderia ser bater continência, mas ele não sabia se era mesmo o mais certo, já que ele era um Ranger e não um policial.

Após saber do que se tratava, Jenny repreendeu Bill que bufou e aceitou a parceria. Ao menos, em parte. Já que propunha que um não se metesse com o outro. O menino havia o seguido, então ao ouvir a proposta, ignorou o seu impulso de responder atrevidamente e questionou:

- Tudo bem, podemos fazer do seu jeito, se me liberar as informações sigilosas de vocês. Aí posso dar minhas informações sobre meu antigo caso.
Tudo bem?

Se Bill se mantivesse firme em não colaborar, diria despreocupadamente:

- Tudo bem, é um direito seu.
Vou pedir para a Oficial Jenny então, ela pareceu muito mais disposta à colaborar comigo...

E caminharia para longe, esperando que o homem mudasse de ideia, mas se não ocorresse, teria mesmo que procurar a oficial e pedir a informações, entregando o adulto, "acidentalmente".

por **Ayzen** Ter Ago 25 2020, 10:13

Off escreveu:Vou mudar a cor da fala de bill, porque sim! -q

Sexta, 13h22min
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"

Sckar seguia o detetive mais velho, entrando no departamento interno da polícia. Havia vários oficiais de serviço naquela manhã, cada um com seus afazeres. Ao longe se via dois na copa comendo e tomando café, algo muito comum ali. O ranger seguia andando atrás de Bill. A imagem que se tinha de longe era do filho seguindo o pai no dia do trabalho. Alguns olhares passavam pelo detetive, bem conhecido ali, chamando a atenção claro. Seria Sckar o filho fora do casamento de Bill? O pensamento escapou em algum momento...

Enquanto isso, o jovem solicitava as informações que pedia. Bill era velho na delegacia, com muita experiência, normal ele ter uma sala só para ele, o que o separava da sala compartilhada, com mesas em forma de “x” onde até 4 policiais ficavam juntos. Ao abrir a porta, mais uma, Sckarzinho se encontrava em uma sala pequena, bem pequena, onde tinha uma escrivaninha de madeira, uma cadeira volumosa e visivelmente bem confortável, e uma quadro com várias fotos, reportagens, anotações e, claro, a típica linha vermelha que ligava uma pista a outro lado.

Era difícil interpretar de longe as pistas que Bill tinha recolhido há três dias, o que pedia de Sckar a possibilidade de construir seu próprio mapa, nem que seja em sua cabeça, pois interpretar o de Bill seria difícil. - Feche a porta! - pedia rispidamente o homem. O cheiro da sala era peculiar. Talvez Sckar não soubesse, mas era nicotina, e só foi comprovado mesmo porque o detetive tirava um cigarro e acendia ali. Pelo menos ali ele tinha autoridade.

Bill ficava na sua “poltrona” detrás da mesa, enquanto pegava seus óculos pequenos e em seguida tirava seu celular, ficando na altura do rosto. Parecia ter lido uma mensagem, com dificuldade, inclinando a cabeça levemente para trás, como se lesse detrás dos óculos.

- Você primeiro: que caso é este de rapto de bebê é este que você diz saber? - perguntava com desconfiança.

Progresso da Rota - Sckarshantallas Akuma :

por **Sckar** Ter Ago 25 2020, 11:13

Sckar seguia Bill e percebia como os outros olhavam, mas resolveu ignorar e apenas continuar seguindo o seu novo parceiro. Ao entrarem na sala do detetive profissional, o garoto sentiu aquele forte fedor e teve dificuldade em disfarçar, pois assim que fechou a porta, o cheiro piorou e ele teve uma crise de tosse bem forte.

Ele conhecia o cheiro, mas não estava acostumado, já que ninguém com que ele convivia, fumava. Mas já tinha sentido o cheiro de "relance" aqui e acolá. Mas nunca havia ficado tanto tempo num lugar fechado com um cheiro tão forte.

Quando o homem começou a acender o cigarro, tentou ser o mais educado possível:

- *COF* D-desculpa... S-será que.. *COF* dá pr... pra... *COF* Abrir a j-janela ou ligar um v-ven-tilador? *COF* Por... f-favor?

Se o homem fizesse algo para aliviar, o menino pararia de tossir e após recuperar o folego, diria:

- Foi a 2 anos atrás.... Uns dias antes da Battle Factory, eu estava treinando na Rota 115 quando encontrei uma gruta aonde Gravelers e Spoinks estavam agindo estranho e atacando. Resolvi enfrentá-los, mas descobri que estavam protegendo um bebê humano. Mas não encontrei rastros dos pais e antes que eu pudesse procurar mais, um cara estranho com pokémons aquáticos e várias armas, começou a atacar.
Como eu estava com um bebê no colo, fugi voando no meu Charizard, mas infelizmente, ouvi uma explosão depois. Olhei pra trás e ele havia explodido a gruta.
Voei até Mu Island, onde entreguei o bebê para a enfermeira Joy do Centro Pokémon, pois eu não conhecia a cidade. Nem sabia aonde levá-lo. Então ela o examinou e chamou a polícia. Depois que eu dei meu testemunho, fui participar do Battle Factory. Mas fiquei preocupado e resolvi saber aonde estava o bebê. Nisso, eu conheci uma detetive particular que estava investigando o caso. Comecei a ajudá-la enquanto participava da competição. Mais tarde, recebemos reforço de um policial local.
No caso, o culpado era o tio da criança e os pais haviam morrido.
Mas se quiser maiores informações, como o contato da detetive e do policial, terá que me dar alguma informação valiosa. Por favor.

Falava de forma educada, mas ainda com firmeza. Afinal, não queria arranjar encrenca, nem ser passado para trás ou mesmo subestimado.

OFF:

por **Ayzen** Ter Ago 25 2020, 11:32

Sexta, 13h28min
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"

A fumaça e o cheiro da sala incomodavam o jovem Sckarzinho. Ali, ele pedia para que Bill desse espaço para respirar melhor, o que só fez com que o homem soprasse para o jovem a fumaça tóxica, mas em seguida se levantou e abria a janela daquele cubículo. Bem, a janela dava para detrás de um prédio, onde a ventilação ainda era pouca, mas pelo menos a fumaça conseguiu escoar melhor para fora, deixando o ambiente menos denso com a branca nicotina no ar.

O relato de Sckar era limitado à troca de informações e aquilo levantou o sorriso do homem de cabelos grisalhos. - Você é bem ousado, rapaz!- dizia se levantando da poltrona e indo até o “mural de ideia”, chamando Sckarzinho para perto. Ali, Bill apresentava um dos métodos mais antigos de investigação de casos. O mesmo tirava o cigarro dos lábios, apagando de formar truculenta em sua mão e jogando em um cesto ali.

- Não sei a ligação deste maníaco que você diz ter enfrentado com o caso... Antonio e Gizele Blake são um típico casal de Rutsboro de classe média. Ela cuida da casa e ele trabalha no Hospital St. Germany. Cara legal, trabalha muito, mantém muito conforto para a família. Mas também dá duro no trabalho, com plantões exaustivos. Há 03 dias a delegacia recebeu a ligação de Gizele relatando o desaparecimento da filha. Fomos até lá, mas ela estava em choque, a família estava lá. Não consegui uma conversa com ela, mas apenas da família. Voltei há 02 dias, ela não estava disposta, afinal, só tinha ela e a criança dentro de casa. Pretendo ir agora, pegar o relato dela... Mas este no quarto da criança... – parava o testemunho, olhando de novo para o jovem Sckar, como quem dissesse “é sua vez agora”.

Querendo ou não, começavam ali as trocas de informações. No mural, a foto de Gizele e seu marido, notoriamente, Gizele estava arrasada e Antonio tentava anima-la em um abraço. Não tinha muitas informações no mural por parte da mídia, até porque, a delegacia ainda estava investigando. Mas de certo, os “olheiros” estavam em cima esperando um pronunciamento de Jenny e Bill...

Progresso da Rota - Sckarshantallas Akuma :

por **Sckar** Ter Ago 25 2020, 12:07

Assim que a janela fora aberta, agradeceu e ao ser chamado de ousado, respondeu:

- Eu preciso ser...

Então o homem levantou-se e foi até o mural, Sckar o seguiu e observou tudo com o olhar sério enquanto o homem falava e quando este terminou dando a deixa para que o garoto falasse, este voltou a falar com mais firmeza:

- Por favor, não me subestime.
Para essa parceria dar certo e encontrarmos a criança, precisamos ser realmente parceiros e nos respeitarmos mutuamente. Sem nos subestimarmos. Eu estudei bastante para ser um detetive e continuo estudando muito, acho que poderei aprender muito com o senhor. E pesquisei bastante sobre o caso, a família, o hospital e tudo mais, antes de vir aqui. Só que obviamente, nem todas as informações podem ser conseguidas pela internet através de notícias. Por isso vim aqui. Mas para isso funcionar, precisa parar de me subestimar, ok?
Afinal, com toda a sua experiência, deve saber melhor do que eu, que a maioria dos crimes com vítimas crianças, costumam ter os culpados bem próximos. Normalmente, pessoas que moram com a criança e as vezes, com outros parentes, amigos e vizinhos que tenham muito acesso a casa e a criança, num nível de intimidade familiar bastante próxima.
Então, se você quer tanto voltar a falar com ela, é porque acredita que ela está escondendo algo. Ela pode não ser a culpada, mas pode saber de alguma pista.
Bem...

Ele havia falado tudo com firmeza e rápido, para não ser interrompido, depois, esticou a última palavra, enquanto coçava o queixo, pensativo, olhando o mural e depois de alguns segundos, prosseguia:

- O cara quem me atacou na gruta da Rota 115 era muito estranho e parecia atacar para matar. Porém, ele vestia uma armadura parecida com a de um Rocket que vem me caçando desde que tentei atacar a PokéMansion em Cinnabar, há 3 anos atrás, quando comecei minha jornada.
Enfrentei uma Rocket e a venci com muita dificuldade, mas semanas depois, ela me atacou de novo, enquanto eu estava com outro treinador em Viridian City. Só que agora, ela estava obedecendo ordens de algum figurão, que se autoproclamou Kamen Rocket. Ele usava uma estranha armadura vermelha. A rocket quem me caçou se rebelou quando descobriu que ele queria me matar, então ele matou um pokémon dela... Bem... Reunimos forças e sendo 3 treinadores contra um, nós vencemos.
Ele voltou a me perseguir e atacar várias e várias vezes, não tenho ideia do porque. Provavelmente, eu acabei estragando algo dele quando invadi a PokéMansion, sei lá...
Quase 1 anos depois do último ataque dele, surgiu esse outro, azul com pokémons aquáticos extremamente fortes e bombas.
Desde então, nunca mais vi nenhum dos dois e achei que estava livre deles.
Pois quando houve a investigação em Mu, descobrimos que o culpado era o tio do bebê e ele até matou os pais da criança para poder usar o bebê em algum experi... hum... estranho, não lembro qual foi o experimento científico, mas salvamos o bebê e o tio cientista louco, morreu na batalha.
Porém, quando li sobre esse caso, algumas coisas me fizeram lembrar de tudo isso e por eu ter sido atacado perto de onde estava o bebê comecei a ligar os dois casos. Talvez, esteja tudo interligado, pois...

Então olhou para o senhor e aguardou que ele desse mais informações, antes que ele mesmo completasse as informações que tinha ocultado.

por **Ayzen** Ter Ago 25 2020, 15:51

Sexta, 13h28min
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"

- Parece contar muita vantagem de si.- ria, enquanto Sckar começava a falar com detalhes as aventuras que passara, tendo menos de 13 anos, enquanto Bill nem se importava tanto. O que ele queria era o caso e deixou isso bem notável em suas expressões. - Parece ser um menino vivido... Aprenda a lição número: todo mundo mente, não confie em ninguém. - dizia, voltando para sua poltrona.

Ele estalava os seus dedos, mexia o seu pescoço, tentava se acomodar na grande cadeira. - Quero voltar lá porque não tenho a principal testemunha: a mãe. Peguei relato da família toda, mas a mãe estava em crise de choro. Uma coisa que seus estudos não devem ter mostrado é o quão difícil é pegar relatos de uma mãe que perdeu o filho... Se você estudou bem, sabe que após 48 horas sem sinal da vítima desaparecida, aumenta exponencialmente a chance de morte.- o detetive era realista - Entra ai o caso fantasioso que você descreveu, de tio louco sequestrando crianças sabe-se lá pra quê... Ou é tráfico de órgãos ou é para conseguir algum dinheiro, que não seja extorquindo o cara... Também temos casos de vingança, que tem um número considerável...- Bill era experiente, para além do que se ensinar em estudos. Apesar da truculência e da intolerância, o homem era bom.

O olhar sério do mais velho pairava o celular mais uma vez, enquanto pegava o seu blazer surrado, colocando ao redor de si. - Deixei um policial lá, caso seja sequestrador e ligue pedindo resgate. A mãe saiu do efeito de remédios por agora... Vamos tentar pegar algum relato... Você tem algo mais pra comentar de suas experiências passadas e do motivo de achar que o que viveu é o mesmo que está vivendo agora?

Progresso da Rota - Sckarshantallas Akuma :

por **Sckar** Ter Ago 25 2020, 20:47

Bill dizia que Sckar contava muita vantagem de si mesmo, o menino suspirou e disse com um ar meio cansado:

- Desculpe, mas aprendi a ser assim para combater o preconceito pela minha idade. Vivem me subestimando...

Depois, Bill revelou ter mentido, o menino arregalava os olhos surpreso e então dizia:

- Ué! Mas você é um policial, não devia mentir nunca!

Era uma inocência infantil, mas era o que Sckarzinho era, uma criança ainda muito inocente, apesar de tudo que havia passado e toda a maturidade que tentava transmitir.

Depois, o homem explicava o porque queria voltar e o menino sorria com um ar "tristonho" e dizia:

- Verdade... Talvez minha mãe sentisse algo assim, quando se sacrificou por mim...

Falou quase como se pensasse alto, pois na verdade, não queria dizer aquilo, mas foi tão espontâneo e involuntário, que assim que ouviu o homem, ele pensou em sua mãe biológica. Encontrada morta debaixo dos destroços de sua antiga casa, encolhida, protegendo um bebê no colo.

Mas logo o menino agitava a cabeça para os lados, como quem tenta espantar pensamentos ruins como se fossem gotas de água no cabelo, após um bom banho.

Então o menino disse com um sorriso mais "confiante":

- Mas você me entendeu errado.
O que eu quis dizer que é que ela pode ainda não ter dado alguma informação útil. Ou você não iria lá...
No caso de dois anos atrás, um tio fazia experiencias com um casal da família dele. Não sei se ele era irmão do pai ou da mãe. Mas eles conseguiram fugir com o bebê deles e como eu já tinha te dito, eles nunca foram encontrados. Mas o bebê, sim. Por mim.
Depois o tio reivindicou o bebê. Mas desconfiamos e investigamos.
Ele era um funcionário da Battle Factory, que era uma competição com pokémons virtuais simulando pokémons com melhorias genéticas.
Isso me fez desconfiar do evento.
Investigamos e descobrimos o paradeiro do tal tio, ele tinha um sítio abandonado, que descobrimos que ele morava e trabalhava, lá.
Fomos e a Oficial Jenny de Mu Island mandou um reforço, o Oficial Mike.
Aí eu não lembro muito bem, me disseram que fui atacado por um pokémon psíquico.
Fiquei em coma no Centro Pokémon por 2 dias.
O bebe estava desnutrido e também haviam pokémons feridos, mas eu não lembro, só o que me contaram.
Porém, o que me chamou a atenção para a semelhança foram minhas pesquisas sobre o caso antes de vir aqui...
O pai é um enfermeiro num hospital muito grande na cidade. Porém, nenhum jornal comenta muito sobre o pai, apenas o quão esforçado ele é.
Mas também, não li nada sobre o luto dele. Creio que ele teria que estar num estado semelhante ao da mãe, não?
Por isso desconfio que a mãe esteja escondendo algo. Não que seja culpada, mas pense comigo.
Se os 3 moravam juntos e sozinhos, eles deveriam se conhecer muito bem, mesmo se passarem poucas horas por dia juntos.
Nas minhas pesquisas sobre a criminalidade local, descobri que Rustboro tem muitos crimes, o que é normal de uma cidade grande. Mas em sua maioria, é apenas um "mais do mesmo". Coisas como drogas, assaltos e roubos de pokémons.
Mas sequestros de menores, é algo muito incomum aqui, o que me levou a lembrar da estatística sobre a maioria dos crimes contra menores, costumarem ser cometidos por familiares e pessoas próximas.
Então comecei a ligar os pontos...
Se forem experimentos científicos similares, um hospital de renome como este, seria muito útil. Pois além de ter todo o aparato médico necessário, ainda está acima de qualquer suspeita, afastando investigações.
Mas isso ainda não explica o porque de eu fazer a ligação entre ambos os casos...
Bem, óbvio que um pai enfermeiro, por mais inteligente que seja, dificilmente teria conhecimento científico necessário para ter tal interesse em um bebê, que fosse dele ou não...
...

Parou um pouco para pegar o folego e virou-se para o mural, então continuou:

- Mas e se alguém o conhece e pegou o filho dele?
Pense bem, quem poderia saber o momento exato para invadir a casa e roubar o bebê sem a mãe perceber?
Não consigo pensar em ninguém mais suspeito que o pai.
A mãe pode não ter coragem nem de pensar que o próprio marido faria isso, por isso prefere se isolar e tem tido uma crise tão grave, que nem consegue depor. Pois por mais triste que seja, deve concordar comigo que os entes queridos das vítimas devem correr para deporem e ajudarem o máximo possível a polícia, na esperança de que a pessoa que tanto amam, seja salva. Certo?
Alguém poderia tê-lo pago ou chantageado para pegar o bebê ou ainda, ele ter dado a informação sobre como e quando pegar a Ana Paula sem a mãe perceber.
...

Pegava fôlego mais uma vez e agora olhava seriamente para o detetive e dizia:

- Eu sou órfão... Quando li sobre caso e me lembrei do caso de Mu Island, lembrei do que minha mãe adotiva me contou sobre meus pais biológicos.
Meu pai era um pesquisador e minha mãe uma comerciante, eram muito amigos da minha futura mãe adotiva.
Enfim... De repente meu pai começou à ficar muito recluso e estranho. Algo estava o afetando...
Minhas mães conversavam...
Muitas pessoas de Viridian viviam relatando que estavam avistando Rockets no nosso bairro, o que não era comum.
Minha mãe biológica teve impressão de ter visto dois Rockets ameaçando meu pai, perto da Rota 01, mas ele desmentiu.
E essa foi a última vez que elas conversaram.
Houve uma tempestade, não tão forte, mas alagou o bairro e nossa casa desabou. Foi a única à desabar...
Minha mãe morreu, meu pai sumiu e eu fui adotado.
10 anos depois, começo à ser perseguido por Rockets, que tentam me matar.
E depois, encontro-os justamente atacando no lugar aonde encontro o bebê na Rota 115...
Faz tempo que não tenho encontros com eles e nem vejo noticias, mas agora... de repente... Tohjo volta é recuperada e esse caso acontece...
Sei que os Rockets estão em Hoenn, afinal, fui atacado mais de uma vez, antes do incidente na Rota 115.
Sei que ainda não é uma prova, mas as probabilidades de tudo isso se interligar, são grandes, não são?

Então Bill falou sobre ter deixado um policial no local, Sckar o ouviu e o seguiu sem dizer mais nenhuma palavra sobre o caso.

OFF:

por **Ayzen** Qua Ago 26 2020, 10:51

Off escreveu:Recordar é viver!!! XD

Sexta, 13h45min
"Sol quente, poucas nuvens no céu. 24ºC"

- Ei, calma, calma!- Bill erguia as mãos, depois de Sckarzinho ter relatado todos os casos que ele viveu, de sua vida ou de casos que ele participou. Aquilo fora um show de falar longas e que se tentavam conectar forçadamente com tudo. Bill não sabia o que pensar, apenas erguia as mãos, em um sinal para que ele ficasse mais calmo.

- Primeira lição, garoto: você não é o centro do universo!- dizia em um tom áspero, tendo certeza de que Sckar tinha entendido. - Tentar ficar ligando as coisas que você viveu com um caso é o primeiro erro. Que você sofreu na vida, f*da-se, você não é importante ou especial! Use essas... Essas experiências apenas como experiências. - continuava e de certo ponto fazia sentido, pois Sckarzinho tentava, até que de modo pretencioso, ligar o que ele viveu a este caso, sendo que a probabilidade era pequena de ser o mesmo cientista, com outro caso de sequestro para experimento. Mas probabilidade pequena não quer dizer que não existia! - Desta sua falação, a única coisa que faz sentido é suspeitar do pai, pois, sim, tinha que ser alguém bem próximo ou alguém distante que teve muita sorte! Agora, se quer ser um detetive, pare de levar as coisas para o pessoal e vamos!

Bill não tinha muito jeito com crianças. Sckarzinho era uma criança, mas com maturidade bem diferente. Mesmo assim, alguns pensamentos eram infantis, e o detetive mais velho não queria lidar com todo aquele apelo emocional que o menino tinha. Talvez aquele caso fosse importante para poder criar no jovem a mente que separa trabalho de sua emoção vivida.

A chave de um carro sobre a mesa era pega pelo detetive que caminhava para fora da sala. Sckarzinho falou tanto, que parecia ter estourado a paciência do homem... Bem, ele não ganharia o prêmio de vovô do ano!

Progresso da Rota - Sckarshantallas Akuma :

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