A Primeira Missão Ranger

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Quando Sckarzinho revelou ser vegetariano, o olhar de Bill foi de julgamento. Ok, parecia que o homem não via aquilo com bons olhos e julgasse ser “frescura”, mas não iria se opor e comeria os dois hot dog com muita felicidade. O colesterol dele ia lá pra cima!!! - Enfim, depois de hipóteses, procura de provas ,criamos e afunilamos duas hipóteses. Pode ser algo fora disso? Pode! Mas vamos no que parece ser mais lógico e com maior probabilidade...- dizia o homem, que, tradicional, parecia manter o foco na base de toda a investigação primeiro.

Depois que Bill comeu, passou dois minutos para que o seu informante o ligasse. Ele o atendia ali e recebia um endereço. Com o foco na investigação, Bill limpava sua barba, passava um pano na tela do seu carro, onde em seguida girava a chave e apertava o acelerador. - Vamos tirar a prova final, garoto... Se tem algo na casa dela, iremos descobrir.- o homem agora dirigia em direção ao apartamento da ranger. O carro seguia pelas ruas, enquanto Bill explicava que o contato dele disse que ela estava no trabalho.

Rangers são conhecidos por trabalharem duro, ser ranger e enfermeira deveria exigir mais de Amanda. Se, por algum acaso, a bebê realmente estiver na posse da recruta, possivelmente alguém estava cuidando dela... Quem? As ruas se passavam e agora prédios residenciais eram mais bem visto em uma área da cidade. A chuva caia fininha e Bill parava o carro ali do lado.

- Acho que é aquela...- havia uma varando no terceiro andar do prédio, com uma janela de vidro, não dava para ver se estava aberta ou fechada. Entrar pela porta da frente talvez fosse uma opção? Era irreal para os dois?

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Estava decidido: Sckar iria, enquanto Bill permanecia no carro. O prédio tinha seus 5 andares, com Amanda morando no meio dele. Se tivesse alguém ali cuidando das crianças, precisaria ser tratado com tanta seriedade como um criminoso. Na verdade, no fundo, Bill torcia para que a criança estivesse ali, viva e bem. Mas sabia que era muito difícil manter aquela situação complexa. Um pai que ama o filho e a esposa, uma amante que ama o pai, um filho que é inocente. Uma esposa que tem crises que estão cada vez mais impossíveis de se cuidar. O que restaria daquela história?

- Melhor você usar aquele dragão laranja e só dá uma espiada na janela... Eu nem sei o que a gente pode fazer se encontrar a criança. De fato, isso incrimina Amanda e podemos prendê-la para confessar tudo. Mas a criança vai a priori pro conselho tutelar. Se o Antonio tem a ver com isso, é responsabilidade do conselho, não nossa!- dizia o homem. - Faça o contato visual. A segurança da criança é a principal razão de estarmos aqui..

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Todas as possibilidades eram complexas. Chegar pela porta? Ir pela janela? Eles seguiam a intuição e a intuição não era razão. Bill, como experiente investigador, seguia a razão boa parte do tempo, mas usava a intuição quase que sempre. Sckar dragão aparecia naquela neblina de manhã de sábado. O céu nublado dava impressão de que era um dia de fim de tarde e não manhã. O garoto montou em seu lagarto, enquanto o detetive de Rutsboro permanecia ali no carro.

Sckar levantou voo. O vento gélido se intensificava. Aos poucos as roupas ficavam mais molhadas. Logo no terceiro andar, a janela estava fechada, mas não necessariamente trancada. O garoto se aproximou e viu o apartamento: a varanda tinha porta que dava direto para a sala da casa de Amanda. Era tudo bem montado, com uma mesa redonda sem toalha e um jarro de planta no centro, com quatro cadeiras. Havia quadros na parede, um sofá azul-marinho e no chão tatames multicoloridos... Sim! Tatames de emborrachado, com brinquedos sobre o tatame, que montava quatro quadrados de cores diferentes. Ali, um chocalho, um dado de pelúcia e um Pokémon de brinquedo.

Ora, Amanda era solteira e morava teoricamente sozinha. A única opção plausível era se tivesse sobrinhos ou filha de amiga. Com certeza aquele tatame colorido não fazia parte da casa bem decorada. No entanto, embora a mulher tivesse no posto avançado ranger, alguém tinha que ficar tomando conta da criança, que até o momento não foi vista. Sckar reparou mais uma vez, forçou a visão e viu um vulto. Mais uma visão, e outro vulto!

Quando olhou de novo, uma mulher de vestido branco aparecia na sala. Em seus braços, uma criança, uma bebê de quase dois anos que dormia nos braços dela. O olhar da mulher era de extrema raiva. Não gostou de ter um dragão espiando a casa dela. Gardevoir aparecia com Ana Paula nos braços, seus olhos brilhavam azul intenso e naquele momento Sckar sentiu uma dor de cabeça enorme, como se vários vasos sanguíneos tivessem se partido de uma vez. Charizard rugiu em defesa do seu mestre em seguida a Gadervoir tinha sumido com a criança. Bill saia do carro gritando pelo garoto logo que ouviu o grito do dragão...

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O encontro inusitado fora feito com uma grande surpresa. Ana Paula estava viva e sobre os cuidados de um Gardevoir, conhecido por suas habilidades paranormais voltadas aos sentimentos. O Pokémon desaparecera, mas não antes de deixar uma boa dor de cabeça em Sckar, que agora se via perdido em saber o que fazer. O menino tinha as fotos, que iriam ser usadas em seu relatório e outros afazeres para poder mover força tarefa para aquela missão.

A garoa fria continuava caindo. Bill olhava para o alto e avistava só o garoto descendo até as ruas, até Charizard voltar o voo. Bill já ligava para sua superiora, oficial Jenny falando do caso, enquanto ia até Sckar. - Você está bem, garoto? - questionava o homem ao ver Sckar ali no solo com a mão na cabeça. A dor passava aos poucos. Sem muito tempo, Sckar dragão saia voando por Rutsboro naquela manhã de sábado que prometia ser chuvosa.

Sckar entrava no carro do detetive e os mesmos saiam pelas ruas daquele bairro mais residencial e com menos gente. Sckar dragão começava a voar e em seguida grunhia com força, chamando a atenção de quem estava no carro, como também quem estava nas ruas. Sckar notou sangue em seu ouvido direito e passou a limpar. Fora pouca quantidade e já estava seco.

Bill mantinha seus olhos fixos na estrada, enquanto começava a pilotar e logo se deparou com... A residência Blake? Talvez, realmente Gardevoir seja uma Pokémon de Amanda e ela estava cuidando da criança... Uma vez pega, fora atrás das únicas pessoas que sabiam e pediram para proteger Ana Paula: Amanda e Blake. Como Amanda estava no plantão, Antonio seria o próximo a procurar... Problema era que a porta da casa estava entre aberta... Bill já se sentia inseguro...

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Charizard pousava de frente da porta. Bill parava o carro há alguns metros. Quem trouxe os jovens para cá fora Charizard, que possivelmente viu a movimentação de Gardevoir pelas ruas ou pelo choro de Ana Paula. Por falar de choro, era possível ver um choro da menina ainda dentro da casa. Era um choro alto, de alguém que não sabia o que estava acontecendo. Seja o que tivesse acontecendo na casa, era algo sério. Um barulho de algo se quebrando e um grito agudo de uma mulher...

Bill saiu do carro ignorando Sckar. Ele tirava a sua arma de detrás e colocava rente ao seu corpo. Seja o que for que tivesse acontecendo na residência dos Blakes, não era normal. A garoa caia sobre as ruas. A porta entre aberta estava diante do corpo de detetive. Sckar seguia Bill... Sckar lagarto esperava orientações... Era grande pra entrar na porta sem problemas....

- Vamos devagar, garoto... - dizia o policial, ao lado de Sckar. A dupla seguia com cautela enquanto as forças policiais não chegavam. Diante dali, o homem apenas empurrou a porta com o pé, terminando de abrir e apenas olhou.

Diferente do dia anterior em que estava cheia de amigos, ali estava vazio. A sala estava bagunçada e revirada. Havia cacos de vidro no chão. Era estranho! Se Gardevoir foi se refugiar ali com Antonio, por que deixou ali daquele jeito? O centro de mesa estava quebrado na sala, sofás arrastados de longe. O grito da menina vinha do quintal. Mas antes de seguirem, lá estava alguém gemendo: era Antonio, melado de sangue por todo o corpo. Tentava colocar a mão sobre a garganta, onde tinha um corte profundo, possivelmente feito por um dos cacos de vidro. No chão ao lado, Gardevoir estava envolto por uma massa roxa, que envolvia e sufocava aquela criatura psychic.

Um barulho. Arbok logo soltou a Pokémon humanoide e saltou contra o corpo daquele que parecia ser mais ameaça ali: Bill. O bote era dado e Arbok mordia o braço do homem, soltando disparos em direção a cozinha. Agora sim, se os vizinhos não tinham ouvido nada de mais, agora tinham ouvido. Do quintal, o choro de Ana Paula. Dentro da casa, Bill sendo atacado. Gizele? Cadê?