This is halloween [Lavander]

Após entrar no cemitério, em uma procura tranquila que se mostrava infrutífera, o jovem então escolhia perguntar, mas para quem ele perguntaria, pelo que pode ver em sua empreitada as famílias eram enterradas juntas, talvez seu avôs ou sua avó estivessem enterrados perto do tumulo de sua mães, então tinha em mente seu foco encontrar alguém a quem perguntar, caso encontrasse iria perguntar.

Com licença, uma boa noite estou procurando um tumulo com a inscrição "Siga em paz meu doce anjinho" e com o desenho de um querubim, deve esta entre os túmulos da família Belova.

Caso não encontrasse seguiria ate o tumulo de Ravena, onde pretendia conhecer melhor sua nova companheira e treinar um pouco ela, se ouvesse alguém em algum momento teria que passar por ali fazendo a ronda.

Gray de fato achou alguém para perguntar, mas não teria lá informações muito precisas. "Um pouco pra lá", disse o primeiro funcionário, apontando para o norte. De fato era para lá, mas a indicação era um tanto quanto burra e incompleta.

Fazer o que, né? A gente o que da com o que tem. Se seguisse pelos ladrilhos cinzas-desbotados, nosso querido Gray passaria o setor dos lírios, das orquídeas e das violetas. Depois dos novos setores de flores, chegaria nos setores angelicais. Gabriel, Miguel entre outros. Passaria pela cabela simples, a cruz norte e ao fim chegaria ao setor Querubim. Talvez pudesse tentar a sorte; caso não quisesse, dentro da Capela tínhamos um padre que estava estudando o 'novo mapa' do 'novo cemitério'. Ele não era o mesmo do evento, mas certamente era um velhinho experiente e simpático.

Se quisesse tentar a sorte, poderia ir. Hoje podemos dizer que o cemitério esta bem cheio. É próximo de finados; afinal de contas o Halloween é logo ali. Nesse momento (somado a re-inauguração) os cemitérios estão mais cheios que o habitual. Gray passaria por dez ou quinze pessoas de luto. Outras quinze-vinte que já haviam superado, mas que iam lá só rememorar bons momentos.

No mais, não havia nenhum grupo junto, apenas pessoas espalhadas por túmulos individuais. Era dia ensolarado, podemos dizer que aquela manhã sorria para todos ali.

Com alguma dificuldade o rapaz conseguia encontrar alguém para lhe dar algumas informações o dia ia passando ele ainda continuava perdido, mas agora tinha um norte um caminho por onde seguir, uma luz vinda de um padre que estava a estudar o novo mapa na capela por onde passava e realmente era uma boa ideia, uma parada para fazer uma boa refeição e descobrir alguma informação, afinal ja chegava a hora do almoço.

-- Deus lhe abençoe padre, uma boa tarde, estou procurando um tumulo com a inscrição "Siga em paz meu doce anjinho" e com o desenho de um querubim, deve esta entre os túmulos da família Belova.

Caso conseguisse ou não a informação o jovem iria agradecer e sair para aproveitar a sombra da capela para fazer um treinamento especial e um pick-nick com seus pokemon, mas primeiro um rápido treinamento de Status liberando todos os pokemon das pokebolas era hora de encontrar uma sombra para relaxar o primeiro passo era fazer uso de alguns itens o primeiro uma vitamina para Banette e um Ataque para Spiritomb.

-- Aqui, pessoal vamos fazer um treino mais relaxando hoje, Bem vinda de volta ao mundo dos vivos, Ravena.

A Surpresa era visível, quando seus nome saia da boca do treinador, confusa sem saber o como ela perguntava.

Spirit? (Como?)

-- Como eu percebi? Bem eu te disse que quando eu voltei dos mortos a primeira vez eu aprendi a ouvir e reconheci sua voz, me chamando além do mais somos família eu sinto sua energia assim como muitas outras com você, mas tudo vai ser explicado com o tempo, agora precisamos todos encontrar nosso próprio equilíbrio e entender os sentimentos sem fugir deles, vou lhes mostrar como, mas primeiro fechem seus olhos ... Respirem ... Aqui na escuridão esta tudo bem, sintam o vendo soprar e desaparecer, ai vem a reflexão.

Com todas sentadas ao redor da nova membro da família sentados em circulo em posição de lótus, concentrando sua energias e compartilhando, quando o treinador e sua Doll (a parte de sua alma) começavam a cantar em unison.

Pare para pensar por favor

Em flexibilidade e amor

Pare para pensar por favor

Em flexibilidade e amor

Um pensamento, pode assustar você
O que disse alguém e assim magoou você

Algo que fez, não foi agradável, coisas que disse
De um jeito instável

Então foge visão, Tato também

Todas essas coisas e a importância que tem
Confundem você, afastam você...

A dupla em lados opostos puxava o coro enquanto no centro quase que instintivamente Ravena usava Calm Mind iniciando um pequeno transe que começava a acalmar as almas dentro dela, aos poucos.

OFF: Gray, você botou Calm Mind no lugar de que?

O padre não esperava que ninguém fosse entrar. Ele estava no altar, organizando as taças eucarísticas e os panos sagrados. Seu colarinho estava semi-aberto e seu cabelo um tanto quanto bagunçado. Passou a mão na cabeça cansado, limpou o suor e tomou um susto quando Gray entrou. Pulou no mesmo lugar, levou uma das mãos para o peito, respirou fundo e se virou:
- A paz de cristo meu senhor - Respondeu, ainda respirando fundo - O túmulo dos Belovas? Eles ficam bem atrás da cruz qui atrás. Posso te ajudar em mais alguma coisa? - A respiração do homem ainda estava pesada.

Bem, parecia que não. Logo mais Gray saiu para a sombra da capela... que inclusive era a única sombra do local. Males de cemitérios horizontais! Não há muitos lugares para se ter sombra. As árvores também andam escassas longe da praça. Enfim, fora aquela sombra que tinha, fora aquela sombra que ele utilizou! Ao por Spiritomb no centro do treino, seu chamado despertou Ravena.

Uma das várias almas do pokémon tomo posse do Spiritomb e perguntou em voz fantasmagórica: como é? Um dos olhos verdes do Spiritomb ficara calmo, enquanto o outro se assentara. Um misto de sentimentos tomou o pokémon e a medida que a música era cantada (em coro), o pokémon se encolhia. Sua aura roxa ficava mais contida e mais rente a pedra base.

Num instante, Ravena recusou o uso de Calm Mind... seus olhos estavam distintos e sua boca fazia uma careta um tanto quanto desesperada... não havia muito conforto naquilo.


Treino de Status

Com as informações coletadas e com tudo pronto, sobe a sombra da capela, todos cantavam em coro, mas as vozes dissonantes de uma centena de jovens ainda instáveis dividindo o corpo era um desafio a pequena Ravena segurar sozinha, enquanto todos os demais em circulo entoavam o cântico fazendo seu poder natural aos poucos brotar enquanto o principal foco gritava ficando em descontrole.

Spiiiiiiiii (Aaaaaaaaaaaaah?)

O grito desequilibrava o treinamento e a concentração que estava se formando, por ser não apenas um grito de raiva ou dor, mas sim um grito de angustia, porém a voz de Gray não se abalava como se já esperasse por isso, este começava a se mover lentamente saindo de sua posição do circulo que era assumida por conde que estava como sempre saindo de sua sombra, mas agora assumia o lugar do treinador que se levantava e se movia lentamente no ritmo da musica.

O momento para se lembrar
Dê um só momento para se encontrar
Um momento pra perguntar
Se é assim que vai desabar

Mas não é, mas não é, mas não é, mas não é, mas não é, mas não é.
Tudo bem, tudo bem, tudo bem, tudo bem, tudo bem.

Não tem nada, não tem nada, não tem nada, tem nada à Temer
Eu estou aqui, aqui...

Ao fim quando finalmente falava de sua posição falava dando o mesmo abraço (na então pokemon), que havia dado quando se despediu da garota da ultima vez, tentando alcançar uma memoria afetiva da garota, afinal encontrar  a paz é o objetivo ainda que isso pudesse vir a machucar o treinador Gray tinha um corpo forte e já estava acostumado com a dor.

OFF: Eu esqueci de contar o post anterior como post de treino PERDÃO.

A dificuldade que é abraçar um fantasma já era superada por Gray. Sua voz alcançava o Spiritomb e seu abraço lhe ultrapassava. Quando tocou o fogo-frio do pokémon, um pequeno Deja Vu veio em sua cabeça. Fechara os olhos em reflexo e vira Ravena carregando uma blusa de frio. A mesma blusa de frio que levou consigo para o cemitério. A mesma blusa de frio que subiu aos céus com ela. Poderia ficar com os olhos fechados por um tempo, apreciando a ternura e maciez daquele cenário, mas quando abrisse.... ele veria um vulto passando de relance, bem ao seu lado. Os cabelos efêmeros tocariam suavemente os ombros de Gray e dariam um tom preto ao garoto pálido. A 'miragem' duraria alguns míseros instantes, e quando sumisse, o Spiritomb voltaria a emergir de sua pedra.

A chama cresceria e um de seus olhos regularia com o outro. Agora ela poderia dar uma 'relaxada' e, para isso, usaria o Calm Mind. O problema é que aqueles eram espíritos em sofrimento, o que também significava espíritos que careciam de abraço. O espectro roxo não queria que Gray o soltasse em hipótese alguma, então tentou provar para seu treinador que poderia usar o Calm Mind sem precisar de espaço...

... Ravena não queria aquele espaço. Ao menos não agora. Sua reencarnação na terra estava sendo um tanto quanto conturbada e ela tinha medo de ficar sozinha com tantas almas assim. Um grunhido choroso podia ser ouvido bem lá no fundo, cessando assim que possível. Os outros pokémons continuavam o ritmo da música, fazendo um pequeno 'lenga-lenga'. A única que ainda não havia sido orientada para iniciar um treino diferente era Banette, que acompanhava a situação sem entender muito bem onde entrar nisso.

Afinal de contas, seu treinador parecia ocupado demais para lhe explicar.


Treino de Status

Gray não tinha a intenção alguma de parar o abraço ou se afastar das almas perdidas iria dar todo afeto carinho e amor que estas mereciam e precisavam, afastando apenas um pouco uma das mãos fazia um sinal para que sua contra parte pokemon (Banette), viesse ate ele e assim o ajudasse naquele momento usando sua própria energia para equilibrar.

O grito desequilibrado, dava lugar a canto entoado pela Pokémon que começava a usar seu ataque para acalmar sua mente, alimentando sua própria energia que crescia, enquanto um segundo agraço vinha por trás do treinador com ternura, usando sua própria energia para proteger e acalmar ambos.

(Um pensamento, pode me assustar
O que disse alguém e veio a me magoou)

(Algo que fiz, não foi agradável,
Coisas que eu disse de um jeito instável)

(Então foge visão, Tato também)

(Todas essas coisas e a importância que têm
Confundem a mim, te afastam de mim... )

Quando se davam conta o poder e cântico entoado pelos pokemon crescia, enquanto apenas Doll, o pedaço personificado da alma de Gray havia entendido o chamado de seu treinador que não moveria um musculo para longe daquela sociedade de almas perdidas e que tanto precisava de carinho e ternura e cobria o corpo do seu treinador usando seu braços muito mais longos que o normal para envolver ele e Ravena, em uma cena tocante.  

OFF: Gray, me sinaliza aqui qual o seu time oficial no momento, que eu não estou muito certa de qual é D:

Sendo resgatada das margens, Banette foi convidada a entrar naquele processo um tanto quanto enérgico. Ficou as beiras e usou o que já sabia: sua experiência fantasmagórica. O problema é que Ravena era a personificação da inexperiência para todos ali presente. O mono-treinador Ghost agora aprenderia que sempre teria o que aprender...

... e Spiritomb era seu aprendizado no momento.

Um bocado de almas. Ele certamente já lidou com um bocado de almas... mas não de uma vez... não territorialmente perdidas, não embaralhadas, não mudas, não disputando espaço e voz. Uma-de-cada-vez... parecia ser esse o lema. O abraço e o Calm Mind começavam a fazer efeito, e a medida que Gray ia esboçando com parte da letra e mentalizando em si a mensagem que queria passar... Ravenna se reamarva.

No fim, pulou um bocado de estrofes, englobou Gray em seu fogo-roxo, aproximou sua boca escancarada do ouvido do rapaz e sussurrou.
- ...eu estou aqui - Fora efêmero e baixo. Logo se perdeu no ar.

Drifliblin preferira não deixar assim. Assoprou de longe, tentando empurrar de volta o som que se espalhou (e se perdeu) pelo pique-nique aberto. Até conseguiu, com certa distorção.
- ... eu estou aqui - Retornou o eco, um pouco mais longo, porém mais baixo e distante que outrora.


Treino de Status

Quando aquela voz atingia o rapaz e sua companheira fantasma a dupla sabia o que fazer e como se ambos estivessem novamente fundidos em um único ser, fechavam os olhos e se integravam ao fogo para o fogo, para então juntos chegarem no mundo interno compartilhado pela meninas, todas as jovens almas que compunham a pokemon presa a rocha, havia algo a ser aprendido e o jovem sempre estava aberto ao novo e para salvar a alma de sua prima e todos as suas novas "amigas" estava disposto a se colocar dentro do fogo.

O Momento para se lembrar
De um só momento para se encontrar
Um momento para perguntar,
Se é assim que vai desabar?

Mas não é, mas não é, mas não é, mas não é, mas não é, mas não é.
Tudo bem, tudo bem, tudo bem, tudo bem, tudo bem.

Não tem nada, não tem nada, não tem nada, tem nada à Temer
Eu estou aqui, aqui

Pensamento foi, um só pensamento que foi
Tudo bem, tudo bem, tudo bem, tudo bem, tudo bem
Nós podemos, podemos, podemos ver tudo passar

Daqui, daqui,
daqui...

No mundo das mentes coletivas que disputavam o controle interior de Ravena, as vozes de Gray e Doll se misturavam, se mesclavam e fundiam, mas não parava por ai, o treinador via pelos olhos de sua pokemon sua carne eram seus tecidos, como se esta fosse seu escudo e eles tivessem voltado a ser um só por aquele momento aquela era um sensação tão boa como se os dois finalmente estivessem novamente completos, mas não era o momento deles e sim das garotas elas precisavam do carinho e amor daqueles que aceitaram se unirem para mostrar a elas que estavam dispostos a tudo para ajuda-las

Enquanto isso do lado de fora o circulo do cântico continuava crescendo até o te limites extremos ao ponto de revelar uma certa tímida e recatada pokemon que estava a acompanhar tudo e agora sua fria presença começava a ser sentida nos arredores...  

A relação que Ravena tinha com aquela música era completamente instável... num momento aquilo doía, noutro acalma. Em um terceiro, era indiferente. Depois do Calm Mind, ficou mais 'claro' essa oscilação, já que em certo ponto seus sentidos cederam e a música impactou mais. Agora a música de gray servira mais com um acalento... ao menos até o final.

O 'daqui' repetido remetera a Ravena uma pequena lembrança... o som de um coração. Um coração vivo... o primeiro 'daqui' fora reconhecido como uma batida desta vez, o segundo causara certa ansiedade na pokémon e o terceiro... bem, o terceiro foi o gatilho final. Num ataque de pânico, a Spiritomb cresceu subtamente sua chama roxa e engoliu Gray e Doll para dentro de si.

O mono-ghost não vira muito mais; num instante a luz do dia sumiu e num outro estava dentro de um quarto. Chão de madeira desbotado, parede lilás, uma sacada atrás de Gray. Existia também uma estante na parede da frente, repleta de livros e, ao seu lado direito, uma escrivaninha com um diário centralizado e um abaju. No lado esquerdo, uma TV de caixote com um Super Nintendo, atrás dela uma porta preta-vermelhe-marrom, de estampa psicodélica. Gray se levantou numa cama de solteiro, se olhasse para baixo e para o centro, veria no chão um tapete vermelho quadrado, bem grande! Nele a mesma estampa da porta. Sobre ele alguns papeis em branco um puff pequeno rosa. O clima era frio, se fosse até a sacada veria neve caindo. Não sei lhe dizer ao certo qual era aquele andar, mas certamente era um apartamento no alto.


Treino de Status