Pokémon Mythology RPG
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Chocolate_The 1975 (Acoustic)

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OFF: Ei Narrador(a)! É uma rota rápida (eu realmente pretendia ficar livre até 08/12 para o Swarm) pra identificar a minha Mega Stone e a do Nerkon. Continuação dessa AQUI. É isso, divirta-se também :>

Era estranho. Pewter era literalmente a cidade das pedras. O ladrinho da estrada, as montanhas que a cercavam, o piche preenchendo o pedregulho. Tudo em Pewter cheirava a área suburbana. Descer as ladeiras em Bragui se parecia muito com surfar um mar de ondas paradas... se é que a analogia faça algum sentido. Era fácil e sem graça; não tinha ninguém pela frente. Não tinha imprevisibilidade. Talvez a temporada de turismo fosse outra, talvez Tohjo ainda não esteja movimentada como costumava ser, talvez a publicidade está em outro lugar... não sei. Só sei que Pewter estava vazia e isso me causara certo incômodo.

Em certo ponto, isso acontece.

Eu vi as ruas vazias da cidade referência de Kanto e pensei com meus próprios miolos: onde está todo mundo? Em certo ponto troquei os pés pelas mãos e dei uma curva rápida à esquerda, desviando a fronteira sudeste e contornando um casebre. Ali eu procurei algo; algo que suprisse a ideia estúpida que tive.

Pedi para Bragui alçar voo ao céu. Quando pegamos altura, forcei as vistas na procura de uma pracinha em divisa. Não foi difícil achar: sem pessoas, os eventos e a decoração das pedras ficam gritantes. Quando achei o que queria, apontei ao pássaro, que simplesmente caiu na direção que eu pedi. Em queda livre, não me dei o trabalho de ver se Gabriel estava me seguindo... afinal de contas... ele provavelmente estaria na frente, emburrado. Que seja: desci ali mesmo, corri até o pátio de uma das empresas de guia turístico e pedi em alto e bom som:
- Ei... ei... vocês tem Mini-buggys livres? Eu quero atravessar a Diglett Cave num deles... - Mas que falta de educação a minha, né? Dei um pequeno tapinha na testa e logo relembrei os modos - Oh, desculpa. Boa tarde! Sou Winnie. Eu pago adiantado... tenho mais de 18 também.

Sei lá, eu nunca dirigi antes. Não deve ser muito diferente de guiar um voador, né? Esperei ser levada até a 'garagem', assinei o que precisava, peguei as chaves e já comecei errado: eu não achava a ignição.

Não é como nos filmes? Apalpei a parte de baixo do volante do meu carrinho rosa e achei um... botão? Apertei-o sem pensar duas vezes e um sistema de fechadura pulou para fora. "Oh, é assim!". Encaixei a chave, girei-a e pressionei com força: com alguns longos segundos de ignição, o carro começava a funcionar.
- Como da ré? - Perguntei, já esperando que não tivesse resposta. Felizmente eu estava errada: o moço me apontara um botão no painel.

Agradeci-o e apertei o indicativo. Dessa vez eu fui sensata: ele se afastou e eu manobrei... ou algo próximo disso. Ao menos não bati em nada... nem ninguém. Se até crianças dirigem isso, eu consigo também, né? Foco no carrinho-de-bate-bate. Você era boa nisso, Winnie. Pisei no acelerador - que não me deixava passar de vinte por hora - e fui em direção a então fronteira. Nesse momento eu retornei Bragui, afinal de contas, não precisaria mais dele.
- Agora vamos buscar Gabriel! - Disse ao vento, avançando com minha potranca para os territórios inter-estaduais.

O garoto provavelmente me veria naquele veículo rosa-choque e levaria um susto. Eu? Bem, eu buzinaria e falaria "entra ai, sua gostosa!!"... o problema é que eu não sabia onde era a buzina. Dando alguns tapas no painel eu até achei, mas não sem antes achar o porta-luvas que abrira automaticamente, em resposta aos meus socos. Do compartimento caíra um... cigarro? Arg, aquilo parecia algum tipo de cigarro artesanal. Se eu fosse um pouco menos cética eu diria que era maconha... mas como eu SEI que ninguém esquece droga assim em lugares aleatórios, era improvável.

Ou não, né? Dizem que maconheiro é tudo esquecido.

Pancham 31/40

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Chocolate_The 1975 (Acoustic) 9eyrpIv
O Mahiro é o melhor do mundo <3

descriptionChocolate_The 1975 (Acoustic) EmptyRe: Chocolate_The 1975 (Acoustic)

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Do alto eu vi uma cena estranha. Winnie desceu pra trocar o Pokémon voador por um... buggy? Não entendi. Num lugar como a Diglett Cave entrar lá com um veículo deve ser pedir pra tomar um acidente.

- Desce aí. - Ancalagon seguiu minha ordem e me colocou ao lado da treinadora e seu veículo. Dali me dirigi à mulher. - Anda bem metida a galã você né?

Retornei o dragão para sua cápsula e entrei no Buggy. Tive uma leve vontade de reclamar da cor do veículo, mas como não quero ser chutado pra fora no meio do nada decidi engolir as críticas.

- Você não tem medo de algum Diglett capotar esse carro?

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DIGLETT'S CAVE
chocolate_the 1975 (acoustic)
OFF :


Pewter era uma grande cidade. Tinha seus belos e centenários anos inundando as ruas com cultura e mais cultura, bem diferente de Saffron por exemplo, e mais ainda dos locais próximos: Cerulean e Viridian. Pewter era um dos grandes centros arqueológicos de todos os continentes, e o maior de Kanto, sem dúvida alguma; o museu, famosíssimo, fora visitado anteriormente pela dupla de treinadores que agora acompanhamos, e tinha dentro de si diversas atrações e exposições que apresentavam toda essa bagagem histórica citada. Era realmente um ótimo centro de turismo, assim como de passagem para as próximas cidades á quem vinha de ônibus ou trem, e por esse mesmo motivo, se fazia estranho o fato de estar vazia.

Quer dizer, não era uma época do ano propícia para turistas; geralmente eles procuravam os eventos in-door quando não tinham sol para ir a Vermilion, aproveitar a praia, ou á Cinnabar, explorar o belo vulcão. O frio, apesar de não ser completamente presente ainda, era uma grande ameaça para quem estava de passeio, e a proximidade com montanhas e serras só deteriorava ainda mais a situação para a rocha-munícipio. Contudo, nem tudo era morto por ali, Winnie e Gabriel, dois antigos amigos e parceiros se divertiam por entre as ruas, buscando o próximo passo em suas aventuras.

Quer dizer, Winnie se divertia, o outro só reclamava.

O próximo passo era encontrar Steven Stone, o lendário campeão da região de Hoenn, que estudava dentro da Diglett's Cave, na fronteira entre Pewter e o caminho que levava para Vermilion. Era um tanto estranho pensar que a caverna conectava duas cidades tão distantes, principalmente porque a última ficava perto do mar... Mas quem sou eu para questionar a geografia da Game Freak? O que importava era: a dupla estava atrás do grande pesquisador para perguntar sobre as Mega Stones que carregavam com si, dois itens de extremo poder que eram capazes de Mega Evoluir um Pokémon e transcende-lo a uma forma melhor e mais poderosa.

No meio de toda essa loucura de treinador, Freda buscava se divertir um pouco, trazendo para Paiva um meio de transporte bastante... alternativo, se é que posso dizer assim. O Mini Buggy era bastante conhecido por Lilycove e Slateport, bastante usado em dunas e outros pontos turísticos, como o Shimmer Desert, mas por um grande acaso, também estava presente em Pewter. Para sorte da garota, e desprazer do garoto, o carrinho era facilmente adquirido, e em pouco tempo, estavam os dois prontos para seguir adentro da famosa caverna dos Diglett.

Não dava para dizer que era o lugar mais urbanizado do mundo. Tinha uma precariedade bastante transparente, e isso era notado em detalhes importantes: a luz era fraca, com poucas lâmpadas penduradas pelo trajeto da entrada; o solo era de terra batida, mas diferente de outras cavernas, não tinha um caminho delimitado, apenas o chão derivado de rochas ígneas, e num tom mais escuro pelo mesmo motivo. Apesar de todos esses revezes, era um local agradável, dentro dos padrões caverna-no-subsolo; não era o ponto turístico mais visitado de Kanto (longe disso), e muito provavelmente por isso não tinha tanta infraestrutura investida ali. De qualquer forma, o caminho principal só levava a frente, até agora, e não tinha muito o que explorar, pelo menos por enquanto; eles teriam de encontrar algo para se divertir enquanto seguiam adentro, sem muitas opções externas, provavelmente se remeteriam as próprias companhias...

PROGRESSO DA ROTA - VICTORIA :


PROGRESSO DA ROTA - NERKON :

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descriptionChocolate_The 1975 (Acoustic) EmptyRe: Chocolate_The 1975 (Acoustic)

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- Eu to tentando cuidar bem da minha princesinha aqui - Disse, olhando para Gabriel com certa suavidade na voz e brilho no olhar. Pisquei diversas vezes, larguei o volante e juntei minhas mãos, deixando bem claro que ELE era minha princesinha - E não se preocupa com capotar não. Digletts tem o que? Vinte centímetros? Sei lá, não deve ser muito diferente de passar por cima de um quebra-mola...

E espero que não seja. Felizmente o garoto nada falou sobre a cor ou o aspecto do carro; o que já era mais que suficiente para me fazer rir daquela situação. Logo sinalizei para que pegasse o pequeno cigarro que caiu no chão do automotor, ele fazendo ou não, eu faria uma pequena parada na lateral, bem na entrada da caverna. Ali eu liberaria Hati; se Gabriel não pegara aquele beck, eu mesma faria isso. Com Houndoom em cena, pediria para ela uma participação simples:
- Ei, usa um Will-o-Wisp aqui, acende ai rapidinho - Fora só isso que falei mesmo. Logo a canina tentou fazer seu papel de isqueiro e, se bem sucedida, eu a mandaria embora.

Meu intuito? Botar aquilo na boca e ver de qual é. Eu não sei o gosto de tabaco... nem de maconha... mas o efeito... o efeito eu devo reconhecer, né?! Olhei o garoto ao meu lado e esperei algum tipo de julgamento; se viesse, apenas daria de ombros e responderia com um sorriso imbecil:
- Você quer experimentar também que eu sei...

Bem, eu devia seguir em frente. O Terreno íngreme me sinalizava duas coisas. (1) Eu provavelmente cansaria bastante as minhas pernas subindo e descendo esses pedregulhos e (2) será um tanto quanto difícil fazer meu Mini Buggy passar por aqui, mas foda-se, tentarei mesmo assim.
- Acho que faz mais sentido estudar uma caverna no fundo dela, né? Então vamos tentar ir descendo... ? - Nem eu tinha certeza se aquilo era uma pergunta ou uma afirmação.

Pancham 32/40


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Chocolate_The 1975 (Acoustic) 9eyrpIv
O Mahiro é o melhor do mundo <3

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- Ah tá, vou deixar você dirigir então, não posso machucar minhas mãos com o volante. - Tentei ir no espírito da brincadeira, mas... sou meio sem graça nessas horas, né? - Eu sei lá, aqueles bichos me dão medo.

Quando entendi a sinalização de Winnie, fui de encontro ao que ela queria que eu pegasse e... ah não, um cigarro? Peguei o objeto em mãos. Incrédulo, olhei pra ela com uma cara de "Mas que porra é essa?". Pior, ela parou e liberou Houndoom, sem dúvida alguma para acender o cigarro... NEM FUDENDO QUE VOU DEIXAR ESSE CACHORRO QUEIMAR MINHA MÃO.

- NÃO! - Berrei no ouvido da treinadora. - DEIXA COMIGO! - Liberei Litwick em cima do capô do carro e estiquei o braço com o cigarro. Coisa simples de se acender aquilo na vela, então entreguei o objeto maldito pra Winnie e chamei Litwick pra perto. Iríamos entrar numa caverna, então o mínimo é ter uma fonte de luz em mãos (vale ressaltar, não literalmente, não sei se é seguro tocar nesse Pokémon).

E aí que a maluca botou o cigarro na boca. Eu não sei o que eu esperava quando ela quis acender o troço, mas eu realmente pensei que ela tinha mais juízo que isso... quanto tempo será que dura até eu arrancar da boca dela e jogar fora? Não sei, mas acho que não demora.


- Não mesmo. - Suspirei decepcionado. Ah, Winnie, você se supera na hora de arranhar a própria imagem. Fiz a pose de pensador com o cotovelo apoiado na porta do Buggy, até pra tentar evitar a fumaça. - Só tem um caminho, depois decidimos o resto.

E aí que me toquei: Ela sabe dirigir nessas condições?

- Só toma cuidado com a descida! - Falei em alto tom, quase aos berros, pois ela havia acabado de avançar com o carro. Meu coração acelerou e por segurança segurei o carro com ambas as mãos. Confiança zero em fumante. Vai ser menor que zero se isso aí for alguma droga e ela for dirigir fora de si.

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DIGLETT'S CAVE
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Ok, talvez a dupla não fosse simplesmente se divertir num passeio por entre uma caverna escura e sem qualquer precaução sanitária; Winnie tinha uma ideia melhor, que envolvia um item... interessante, por assim dizer. Primeiro, para deixar tudo em seu devido lugar, devo deixar um disclaimer aqui, e citar que toda e qualquer viagem narrada a seguir, é puramente interpretativa e pode, ou não, se assemelhar a coisas reais. Contudo, não incentivo o uso de entorpecentes ou qualquer outro vício que seja relacionado ao fumo. Sendo assim, devo explicar que esse texto a seguir não passa do fruto de minha bela mente criativa, e que eu mesmo não estou sobre uso de nenhuma droga ilítica.

Dito isso, podemos continuar.

O carro parecia maior de dentro, isso era fato, e o espaço entre os dois era bem maior do que imaginariam se sentando ali, num momento anterior; no meio de todo esse espaço, estava o item de curiosidade que despertara a atenção de Winnie logo quando Gabriel montou em seu mini buggy. Não era um cigarro comum, estava bem claro por agora, pela forma e estrutura em que fora montado, tinha um pequeno cabinho na ponta inferior, e uma "amarração" estranha na outra, o que deixava Freda ainda mais interessada pelo artefato. Por mais que não fosse comum, de fato, maconheiros esquecerem itens tão preciosos em lugares assim, pode-se dizer com quase toda certeza que os dois (ou só a garota) haviam tirado a sorte grande naquele dia.

Buscando a melhor maneira de acender e descobrir do que se tratava o fumo, afinal, a rosada teve a brilhante ideia de usar um cão imenso para despertar uma pequena chama na ponta do beck; era a melhor das intenções, mas passava longe de ser uma boa execução. Paiva por sua vez, tinha uma tentativa mais elaborada, e ao mesmo tempo, mais simples, onde usaria apenas a chama de sua vela-fantasma, que provavelmente nem se incomodaria de ser usada como isqueiro. Narya permaneceu sorrindo o tempo todo, estando contente por ser útil de alguma forma para seu treinador, e apenas concordando com o que ele pedira, forçando um pouquinho mais sua labareda para que a companheira pudesse de fato atingir seus objetivos.

Assim, com a maconha finalmente queimando na boca, Winnie teria certeza de que se tratava sim do exemplar que imaginara, e ficara feliz com isso, muito provavelmente deixando seu companheiro ainda mais decepcionado consigo. O que importava era que, apesar da brisa, ela ainda dirigia sóbria, seguindo adiante no túnel, claramente sendo gorada pelos olhos críticos do outro; tudo bem que, nesse momento ele exprimia mais medo do que criticismo, mas ainda estava presente. Duas, três tragadas não seriam ainda suficientes para trazer uma sensação boa para a ás, então ela teria de caprichar nas tragadas, e rezar para não ser um propaganda enganosa que o narrador fizera para ela.

Mais adentro da grande caverna, já não era possível enxergar a entrada atrás deles, por mais que estivessem indo a uma velocidade consideravelmente baixa; eles já haviam descido uma boa quantidade de metros, e as paredes ao seu redor começavam a se modificar para algo mais parecido com a rocha-mãe que compunha todo o solo acima deles, e que dera origem a grande parte das pedras que encontrariam no caminho; a primeira coisa que veriam dentre todo o ambiente, era o que dava nome ao lugar: Digletts. Aos montes. Grupos, duplas, trios, solo. Diversos tamanhos e até mesmo em tons diferentes, nenhum destoante demais, contudo; era um verdadeiro paraíso para os monstrinhos, e eles claramente não esperavam presença humana ali.

Ainda assim, não deram atenção para o grande carro que passava; alguns deles até se assustavam com o barulho das rodas, mas a maioria permanecia cavando algo que os dois treinadores não conseguiam identificar, e que ficava um pouco mais a direita do caminho principal. É claro que, dentre a mina abandonada, diversos trajetos alternativos surgiam para os dois, mas um era mais estranho que o outro, e talvez não fosse prudente sair entrando em qualquer um sem alguma precaução. Como eles encontrariam Steven dentro de todo aquele complexo de cavernas permanecia um mistério, e talvez, dentre suas viagens causadas pelo entorpecente, talvez a garota tivesse um insight e descobrisse a melhor maneira de seguir adiante. Talvez.

PROGRESSO DA ROTA - VICTORIA :


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- AH, ME POUPE!! Vai falar que ficou 2 anos em Alola e não fumou um baseado? - Isso era tão irreal e absurdo quanto podia soar. Alola? Logo Alola? Ah Gabriel, pois tome vergonha nessa cara - Você voltou e continuou careta, em?
Eu não precisava de um homem me julgando por eu experimentar UM beckzinho... um beck que eu não sabia nem se era beck! Claro, isso é imprudência da minha parte: de minha mãe souber que eu estou fumando algo que nem sei o que é, ela me mata. O lado bom é que eu estou com Gabriel... e eu estranhamente confio nele.

Se eu passar muito mal, acho que com ele e Loki eu não corro perigo. Eu acho... e bem, quando começar a fazer efeito, eu paro, né?! Arg... em falar em efeito, eu ainda não senti nada. Eu só começava a sentir que aquilo era maconha por dois motivos óbvios: primeiro que o fumo não ardia minha garganta e não tinha aquele cheiro cinzento que o cigarro tem. O segundo motivo é o fato da fumaça ser quase toda branca; também remetendo a algo muito mais orgânico e suave. Tudo isso me fazia pensar o quão bosta era aquela droga e o quanto os efeitos da maconha não existem de fato.

Com uma mão no volante e outra no beck, dei um quinto e um sexto trago seguido, afastando o cigarro da boca e prendendo dentro dos meus pulmões o conteúdo psicotrópico por um tempo. Prendi... prendi mais um pouco... mais um pouco e... soltei de vez. Em um só expiro, a fumaça toda saiu. Tossi. Ah mas eu tossi! Tossi o suficiente pra me lembrar de algo que vi na internet um dia e nunca entendi: 'se tossi... bateu'.

Ah, agora eu ia entender.

Eu já tinha descido o suficiente para chegar numa área mais plana. Eu via melhor a imensidão de possibilidades. As paredes se abriam e... bem, minha visão também. A escuridão tomava conta, mas certo brilho me dava uma direção. Eu chegava justamente no ponto central da caverna: o pátio comum dos Digletts.

Veja bem, eu não me importo se isso é real ou não. Os Digletts a frente subiam e desciam de seus buracos em velocidades reduzidas e a cada vez que eles ondulavam na terra, eu conseguia ver o chão tremer. Isso tudo me fez desacelerar o Buggy, chegando próximo aos 2 km/h. Sim, mais lerdo que o andar comum. Fora na velocidade-da-lesma que eu atravessei parte do caminho principal e comecei a olhar em volta, suspirando a cada vez que um Diglett perfurava o solo sem motivo algum.

Eles também pareciam ter... outras cores? Não sei, talvez fosse a maconha, talvez fosse o reflexo do sol, mas estou certa de que vi um Diglett que brilhara rosa por ali. Com o carro quase parado, decidi pará-lo de vez. Apertei o freio, puxei o freio de mão e desci do carro:
- Só eu vi um Diglett rosa? - Perguntei, pulando para fora.

Ai, meu amigo... ai eu entendi porque 'tossiu, bateu'. Quando eu coloquei os dois pés no chão, eu simplesmente vi tudo rodar. Meu corpo estava ali mas minha percepção continuara no carro: enquanto eu abaixava, tudo que eu ouvia parecia ter um delay. Os espaços de tempo entre o visto, o sentido e o ouvido simplesmente não correspondiam. Eu estava em uma espécie de cinema 3D desincronizado.

E eu amei isso.

Olhei para cima e esqueci completamente do Diglett rosa. Memória de gente chapada é assim mesmo. Olhei o teto estranho, as formas malemolentes e depois fui até o rosto de Gabriel. Ele estava... estranhamente... bonito. Não que ele não fosse, mas ele estava mais. Dei a volta no carro, fui até ele e o toquei seu rosto com o dedo indicador. Com a voz mais boba o possível, falei em voz alta:
- Você fez harmonização facial? - Fora a única coisa que falei.

Isso foi o suficiente para eu retomar um milésimo de consciência. O milésimo suficiente para que uma voz responsável ao fundo da minha cabeça me perguntasse: o que diabos você está fazendo? E outra (um pouco menos consciente) respondesse: procurando Steve. Nesse estalo, sai de perto de Gabriel e voltei ao chão de Digletts. Correndo, fui em direção aos que cavavam um buraco e anunciei:
- A GENTE PODE PERGUNTAR PRA ELES PRA ONDE ELE FOI! - Terminei a frase e logo me agachei, fincando mais rente ao chão - Pequeninos, vocês sabem onde o Steve foi???????

Ah... onde ta meu beck? Eu acho que eu dei pro Gabriel sem perceber. Não lembro.

Pancham 33/40


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- Esse papo de que Alolan gosta de fumar é fake. - Virei o rosto pra longe. - Eu também não fiquei parado, eu viajei por outras regiões... - Mas sério, ela me chama de careta? É DIFÍCIL EU NÃO SER CARETA TENDO QUE BALANCEAR ESSA SUA INSANIDADE!

...Ok, eu admito que sou careta, só que não perco a chance de apontar a culpa que ela tem. Ainda mais com essa fumaça branca que faz parecer que ela me tornar cúmplice do uso de drogas. Comecei a abanar com as mãos em velocidade máxima, enquanto Litwick subiu a chama pra queimar a fumaça. Sei lá se isso é bom ou ruim, mas a fumaça de maconha queimada ficou pra trás e tomou conta de onde nós passamos. Espero que isso não conte como terrorismo ecológico.

Se contar, vou cooperar com a polícia como todo bom cidadão faria e colocar TODA a culpa em Winnie.

Quando ela citou Diglett rosa e desceu, percebi que os efeitos eram mais sérios do que eu imaginava. VOCÊ PAGA DE FUMANTE, MAS NÃO AGUENTA ESSA PORRA NEM POR MEIA HORA? Caminhei em passos largos até ela, enfiei a mão na boca e puxei o cigarro pra fora, arrancando dentes (e chapa?) se necessário. Taquei o objeto em qualquer lugar (ele caiu no assento do Buggy, só pra constar) e foi aí que ela continuou com as loucuras.

...

Harmonização facial? Meu queixo caiu, a expressão de incredulidade em meu rosto multiplicou-se exponencialmente e aí ficou mais que claro que Winnie está completamente chapada. Não sei o que eu esperava de alguém que coloca um Rattata como cozinheiro chefe de um restaurante.


- Terra pra Winnie, já está na hora de acordar. - Segurei seu nariz e apertei, mas parece que a cada coisa que eu tentei fazer ela só piorou, pois foi conversar com os Digletts. Dei um facepalm e pensei em largá-la ali mesmo, mas minha consciência pesa: Não é uma boa ideia deixar a garota em estado vulnerável sozinha desse jeito. Até porque eu não sei o que essa maluca vai pensar em fazer com os Digletts se eu deixar ela mais tempo sozinha.

- Ok, meu amigo o senhor Diglett já me disse onde ele está, vem comigo. - Puxei ela pelo braço à força, está na hora de eu, a ÚNICA pessoa com juízo nessa caverna, tomar as rédeas da busca. Ainda bem que eu tenho Narya pra fazer companhia (e fornecer luz). Foda-se o Buggy, vamos a pé.

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DIGLETT'S CAVE
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Toda a situação criada pela mente entorpecida de Winnie era no mínimo engraçada. Poderia-se dize que era cômica, se eles não estivessem no meio de uma caverna, buscando por um cara que nem conheciam e sem qualquer contato com o mundo exterior. Ou um mapa. Ou qualquer direção para onde estava Steven. Ok, talvez fosse mais trágico do que cômico, mas para o narrador era engraçado, e provavelmente os leitores também achariam. A verdade era que, a combinação de Freda com Gabriel era bastante divertida, já que eram completos opostos, e isso apimentava mais os dialógos.

Ainda que ninguém além da garota tivesse notado o Diglett e rosa, e a harmonização facial de Paiva, eram duas coisas que provavelmente poderiam ter acontecido, tirando a parte do garoto, talvez. No meio de tanta toupeira, provavelmente havia alguma modificada geneticamente pela seleção natural, mas nem a ás, nem o treinador, descobririam isso, já que logo o garoto tratava de acalmar sua colega. Pegando o cigarro de sua boca e jogando de volta no carro, ele descia e a tirava de perto dos Digletts, enquanto ela tentava obter alguma informação com os Pokémon, que olhavam curiosos para os dois, tentando entender o que se passava.

A verdade era que, nem mesmo Winnie sabia o que se passava, e toda a responsabilidade de ser sóbrio, e seguir um caminho seguro até Stone, recaía sobre Paiva; ele teria de cuidar de sua amiga, protege-la dos perigos e garantir que ambos chegariam em segurança ao encontro com o campeão. Essa era a missão do rapaz, querendo ou não.

Seguindo o caminho a pé, a partir de agora, a dupla tinha consigo a velinha e o cão, que não retornaram para suas esferas, e permaneciam caminhando calmamente ao lado de seus treinadores; Narya tinha um pouco menos de velocidade do que o grupo, mas conseguia acompanhar bem. Hati por sua vez, andava tranquilamente sobre suas quatro patas, não dando tanta atenção para o resto do grupo e fungando o ar algumas vezes para sentir aromas estranhos que pairavam sobre o ambiente, e que só ela tinha a capacidade olfativa para identificar. Mas ela não alarmou sua dona, permaneceu quieta até ter certeza de que poderia haver algo errado.

Enquanto isso não acontecia, a rosada voltava a ficcionar coisas em sua cabecinha de melão, dessa vez, jurando que um Dugtrio dourado estava no final do túnel que seguiam, e que ele a chamava para um caminho alternativo, a direita do trajeto que os dois levavam. Caso se aproximassem, veriam que esse outro caminho tinha um chão quadrilhado, diferente da terra batida que assolava o resto da caverna, quase como se tivesse sido meticulosamente depositado ali, para formar aquelas estruturas estranhas. Não era como se tivesse sido construído por mãos humanas, também. Não, parecia mais que um Pokémon, que fazia esse caminho ao longo dos anos, e que carregava algo consigo, foi aos poucos modelando o chão, compactando-o e moldando-o em um trajeto mais agradável.

Talvez fosse algum Onix, eles eram conhecidos por fazerem grandes buracos nas cavernas mais aleatórias possíveis, e isso explicaria o tamanho da compactação do solo; ou até mesmo um Dugtrio mais pesadinho, passando por ali diariamente. O que quer que fosse, no fundo, não faria diferença se eles sequer cogitassem ir por ali. Poderiam apenas seguir pelo trajeto principal e se manter na linha imaginária que cortava o local em dois. A questão era: como Gabriel convenceria Winnie a não ir atrás do bicho dourado?

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Quando Gabriel veio me dizer que não fumara nesse tempo todo em Alola, eu só soube dar-a-língua pra ele. Sim, eu botei a língua pra fora e franzi os lábios, emitindo um 'hmmm' característico. A ideia era alta e clara: ele era um careta. Ele já sabia disso, eu já sabia disso, o narrador já sabia disso. Que seja, a verdade é que é bom ter um careta por perto.

Quando retornei a língua pra boca, reparei o quão ridículo foi e ri. Ri de mim mesma e pedi 'desculpas' com a fala meio embolada... logo depois, aconteceu toda a cena do Diglett rosa, da harmonização facial e... claro, do dedo tapando meu nariz. Essa fora a hora que eu tapei minha boca em conjunto e fiz força para prender a respiração. Tudo isso me deixou vermelha e, quando Gabriel soltou meu nariz, eu relembrei de respirar:
- Eu posso voltar? A gente já saiu da água? - Continuei o nonsense, já não esperava muita resposta.

O problema é que a 'continuação do nonsense' fora inútil. O meu aliado nem me deixou ser respondida! Antes mesmo que qualquer amigo-diglett meu pudesse vir me dizer onde diabos estava o Steve, o garoto me puxou pelo braço sem nenhuma razão aparente. Ei! Me solta! Eu to tentando resolver algo aqui!

Fomos nos afastando do Buggy até que ele anunciou: ele sabia onde estava o rapaz. Ah, ok, ok! Se não ta levando com a gente nosso lindíssimo carro rosa, é porquê só da pra ir a pé, né?! Só pode ser isso... não tem como ser outra coisa. Abri um sorriso um tanto quanto bobo e deixei-me levar:
- Ta bom, Biel - Flexionei o nome. Foi de propósito? Não sei, talvez eu só gaguejara, ou falara o Ga baixo demais. Pra mim isso não era importante.

Tanto não era importante que... bem, não importou.Seguimos por um caminho que, se me largarem aqui, não saberei voltar. Hati parecia mais atenta que todos: e isso só me fazia pensar que ela era tão careta quanto Gabriel. Se ela tivesse fumado comigo, certamente não taria de orelhas em pé e foucinho alerta... que chata. Só sei que seguimos por mais um tantãaaaaaao de caminho, e isso já me irritava. Em certo ponto eu bati o pé e anunciei:
- A gente podia ter feito isso de Buggy! - Era uma reclamação válida. Pra que andar assim ato? Olhei ao fundo o túnel e apontei - Esse ladrilho por exemplo... dava pra ir de Buggy!

Meu apontamento era um bom apontamento. Pense bem: apesar de não haver ladrinho, o caminho bem feito e compactado não necessitava de pés no chão. Já parecia ser uma estrada de terra regular! Ali não chove, o escoamento de água parece ir por outra via... tudo isso fazia aquele chão... aquele chão ser perfeito para se passar com um carro.

Aquilo não era uma projeção natural. Não podia ser. Tanto não era que ao fundo... ao fundo meu coelho d'Alice. Meu pequeno coelho-branco em formato de Dugtrio dourado. Olhei mais uma vez ao caminho ladrilhado-sem-ladrilhos e entendi:
- OS DIGLETTS ME RESPONDERAM! É POR AQUI - E corri. Como a própria Dorothy, seguindo o caminho dourado até o mágico de Oz. A diferença primordial é que, no caso, o cross-over com Alice no país das maravilhas não me faria cair numa toca. Eu já estava na toca... eu acho.

Bem, o pior de tudo é que ao ir na frente, Hati se sentiu na obrigação de me perseguir, correndo atrás de mim. Com medo de ficarmos sem luz, ela amarrou Litwick com o rabo e aproveitou de seu Flash Fire para carregá-la sem se queimar. Levou a luz conosco e basicamente obrigou Gabriel a nos seguir.

Uma pena para o garoto; cada vez mais eu sinto que faço de tudo para ele me odiar.

Pancham 34/40


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O Mahiro é o melhor do mundo <3

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