Pokémon Mythology RPG
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[04] How does a moment last forever?

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Sleepy
Ayumi
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How does a moment last forever?
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Sobrecarregada. Não tinha palavra melhor para descrever como eu me sentia, porém ao mesmo tempo me parece estúpido pensar que eu sou a sobrecarregada ali. Lariel e Yoshiro estão carregando pesos maiores e por falar em carregar o velhinho não queria ser carregado, logo a ida até a enseada demoraria mais um pouco. Enfim, de volta ao ponto inicial, as outras duas e também Sapphire estavam passando por tormentos maiores e muito maiores do que os meus. Reclamar disso, mesmo que só nos meus pensamentos, me faria ser a mimada chorona, quer dizer eu sou a mimada chorona e sempre serei. Ahh, não era hora para devaneios, era melhor ouvir o que o senhorzinho tinha a dizer.

- Jirachi não fez nada diretamente comigo, eu só estou cansada de toda essa loucura. Minha cabeça dói e apenas quero o melhor para Yoshiro e Lariel. - Respondia a pergunta e voltava a ficar "sobrecarregada" ao pensar no que Yoshiro e Lariel teriam que enfrentar. A loirinha teria que escoltar o velhinho até algum lugar, sabe se lá onde na Rota 10, o que me deixava preocupada. O que impede dela encontrar um malfeitor igual aquele que acabamos de encontrar? A tarefa de Yoshiro parecia ser ainda mais complicada, ela teria que ir até Saffron, ainda dentro do corpo de Sapphire, esse que seria o humano. Não seria uma tarefa fácil para o Mudkip agir como humano, o que alimentava mais preocupações minhas, porém eu tinha uma ideia graças a dica do ancião. Porém antes que eu pudesse colocar essa ideia para fora eu era surpreendida por um abraço de Lariel.

E esse abraço era longo e cheio de sentimento. Era como se Nuvelle estivesse se despedindo de mim, o que não é o caso, pelo menos espero que não. Não, não é pra ser um adeus e NÃO vai ser um adeus. Claro, ela se separaria de nós por um momento, pois ela teria que ir até a Rota 10 com o velhinho que provavelmente não tem tempo o suficiente para passar pela enseada. Mas repito, não é um adeus e não vai ser. Inclusive, de maneira até que anticlimática eu provaria que não seria um adeus. Não entendi o que ela dizia, mas consegui captar que ela estava se despedindo.

- Hey Lari, não é pra tanto. Acho que consegui entender que você está fazendo uma despedida e bem... uma despedida e tanto. - Eu afagava a cabeça da loirinha, tentado ser o mais confortante possível. Dessa vez era ela quem estava em prantos e eu quem deveria confortá-la. Porém acho que não sou tão boa com isso: -Mas, tipo, o que impede de nos vermos no futuro? Nada né? Inclusive tenho a solução perfeita para isso. - Pedi espaço para que parássemos com o abraço e então pegava o meu PokéNav: - Você esqueceu que a internet existe, sua boba. - Dava risinhos para descontrair o clima pesado: -Vou te mandar o meu contato, podemos não estar juntas pessoalmente mas você vai poder falar comigo sempre. É isso, agora boa sorte no seu caminho, claro sentirei saudades de ter você por perto. - Acenava e então preparava para me virar para Sapphire e seguirmos o nosso caminho, mas eu estava me esquecendo de algo. A minha ideia.

- Hey, esperem um pouco. Tem algo que eu gostaria de falar. - Dizia especificamente para o velhinho: -Sabe, você disse que para Yoshiro se "consertar" ela teria que ir atrás de Sabrina e os poderes psíquicos dela e de seus pokémon. Porém uma pessoa com menos habilidades, mas com pokémons psíquicos ao seu dispor poderia fazer o mesmo? Tipo, no caso eu mesma. Eu não tenho habilidades sobrenaturais como Sabrina e nem mesmo tenho um pokémon com a habilidade Trace, mas eu queria saber mais sobre esse procedimento. E se for possível que eu possa tentá-lo. - Me virava então para Sapphire e Yoshiro invertidos: - Se vocês dois quiserem e confiarem em mim é claro.

Já antecipava que o ancião evitaria que eu sequer tentasse fazer algo do tipo. Claro, é de alto risco e nem eu mesma confio nas minhas capacidades e as chances de algo dar errado, muito errado mesmo eram altíssimas. Porem, eu sinto que as chances de algo dar errado quando Yoshiro ter que ir até Saffron também eram altíssimas. Não sei como Sapphire agiria como humano e nem como Yoshiro agiria como pokémon, afinal agora era a treinadora que precisaria proteger o pokémon, embora ela tivesse outros na equipe. Mas acho que ficaria aliviada se a minha tentativa for negada, pois eu provavelmente não precisaria viver com a culpa de algo dar errado.


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BY MAHIRO

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A presença do velho senhor acabou trazendo um pouco de esperança ao grupo, mas com isso, uma possível separação. Para Ninian, era bem logico aceitar ir com o velho, para que Lariel pudesse voltar a se comunicar com humanos. Mas para a garota, aquilo parecia uma tortura. Ter que escolher voltar a falar com suas amigas, ou ficar com elas, só de pensar seus olhos já se enchiam de lágrimas. Mas no fim ela acabava fazendo a escolha certa, já que uma despedida ali, não significava nunca mais se encontrar com as outras duas.

Kathryne, mesmo sem entender o que a garota estava dizendo, conseguia perceber que ela não tinha compreendido que elas tinham se tornado amigas, e que se veriam novamente. Sua despedida estava parecendo um adeus definitivo. Já que a loirinha estava aos prantos quando a abraçou. Então, estava na hora de mostrar que elas não precisavam se separar ali para sempre. A veterana logo pegou seu PokéNav e passou seu contato para a novata. Depois ela faria o mesmo com Yoshiro, mas no momento, uma ideia lhe surgia à cabeça.

O velho, ouviu tudo com bastante atenção, mas sentia que Kathryne já sabia a verdade, mas mesmo assim precisava ouvir direto dele. - O principal fundamento da estratégia para fazer sua amiga voltar ao normal, é a habilidade Trace. E o que não pode faltar também, é um humano com habilidade psíquica o suficiente para poder controlar esse poder, e com certeza a Sabrina tem isso. – Ele parou por um instante. - E para garantir que não vá tentar fazer isso mesmo depois de eu dizer que não vai funcionar, vou dar uma breve noção do que pode acontecer. Imagine você com um copo cheio de água, e tem que transferir essa água para um outro recipiente sem perder nenhuma gota, mas a boca do outro recipiente é bastante estreita. Agora pense que sua mão é a habilidade Trace, e a Sabrina seja um funil. Como transferiria essa água sem suas mãos e sem o funil? O risco que “gotas” se perderem é imenso. O que isso poderia fazer com sua amiga e o pequeno Mudkip?

Depois ele simplesmente ficava em silêncio, apenas observando o semblante de cada uma delas. Nesse momento, um som no céu chamou a atenção de todos. O som vinha seguido de uma luz brilhando intensamente, e vários feixes coloridos caindo do céu como estrelas cadentes. Alguns deles acabavam seguindo na direção de onde estavam, e caiam próximos. O que seria aquilo?

Aquilo foi o suficiente para quebrar um pouco do clima pesado que estava ali. Atsui tinha ficado bastante curioso, e seguiu levitando até o local conde estavam as três pequenas crateras. ”Yo! Coisas coloridas!” Ele dizia de forma fofa. Lariel também podia entender, assim como o velho. - Acho que são Shards. – Ele dizia para quem não podia entender o pequeno Atsui.





PROGRESSOS DA ROTA DE Yoshiro :


PROGRESSOS DA ROTA DE Kathryne :


PROGRESSOS DA ROTA DE Lariel :


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O coração da Lari parecia pesado, e eu compartilho esse momento melancólico com ela, contudo talvez seja apenas uma reação do momento, para uma garota que sempre vive tanto “no momento” e com uma filosofia tão “carpediana” não é surpresa que um simples separo possa ser uma tristeza que se manifeste dentro do si, ao menos foi assim que eu interpretei. Todavia, Kathryne está aqui para deixar evidente que essa é longe de ser a realidade em que vivemos, o laço que as duas fizeram nesse dia mágico não parecia tão fácil de se romper assim. E assim a loira tirou um aparelho mecânico muito peculiar que eu já tinha visto antes, mas nunca soube do que se tratava exatamente... Então dessa forma, as duas poderiam manter diálogo, quem sabe até se encontrarem novamente para uma aventura mais concreta... A loirinha abriu um sorriso, contudo logo se pôs a ter uma cara intrigada, acho que até sei o motivo: É necessário que ambos humanos possuam o dispositivo, não é? Sei por fato que a minha companheira não tem, isso sim seria uma complicação... Ah, já sei, ela pode decorar os contatos com sua memória impecável, assim não haveria problema! Não... Ela definitivamente não tem isso, seria conveniente demais... ”Eu não tenho uma PokéNav, mas posso anotar aqui para quando eu tiver, muito obrigada~” Comentava feliz, mesmo que a mais alta e o Sapphire não pudessem entender, tirando de sua bolsa um pedaço de papel e uma caneta e anotando o contato. A mocinha já pareceu ter um conhecimento de como essas tecnologias de sua espécie funcionam, então não seria muito dificultoso, eu imagino. De qualquer maneira, fico feliz que isso tenha acabado sem mais chororô.

Parece que o ato bondoso da especialista realmente aumentou os espíritos da novata, pois foi o bastante para tirar parte da tristeza, o bastante para fazê-la pular como se estivesse comemorando uma vitória, ao menos. Bem, eu não sei se a Yoshiro também possui tal “artefato” de comunicação, nem mesmo sei se ela teria interesse em compartilhar com nós que somos basicamente estranhas ainda, eu imagino, as duas não tiveram uma batalha preocupante até a morte, ou pelo menos apostando a vida de um pequeno venenoso elétrico, para criar um vínculo... ”Agora que isso foi resolvido que ta-“ Antes que conseguisse terminar sua fala, um barulho estrondoso do céu a calava, junto com o pensamento de qualquer um naquela hora, que diachos?! Antes que eu pudesse narrar mentalmente qualquer outra coisa, fragmentos coloridos caiam em alta velocidade do céu, precisamos nos abrigar desse ataque! Rapidamente se agachando debaixo de uma das enormes árvores, eu e Lariel tentamos nos proteger, e, felizmente, não fomos atingidas, ufa... As outras pareciam bem também, até mesmo a velinha com uma chama fantasmagórica estava feliz com o feito, apontando os objetos que caíram em nossa direção, de onde vieram? Foi apenas puro azar? ”Ei... Esses se parecem muito com...” Minha mestra dizia para si mesma, fitando nos pedaços que descenderam bem em nossos pés, a cor deles é hipnotizante até de tão belas, e de fato, nós vimos objetos parecidos antes, no parque de diversão alguns dias atrás!

Diferente daquele dia, no entanto, são vários, vários! E não só de cor verde, também tinha suas variações vermelhas, azuis e amarelas! Essa em último, em específico, parece combinar muito com minha coordenadora, seus olhos que quase se assemelham com um dourado e sua cabeleira amarela, fica super fofo como um acessório! Pensando bem, seu valor verdadeiro é usado na troca de discos, não é? Devem conter movimentos incríveis se for feito o escambo, ah... ”Que lindos! Eu quero pegar alguns~!” E assim se foi, sem mesmo raciocinar se não haveria mais objetos a acertarem nossas cabeças, ela estava tão no seu mundo da lua e simplesmente se pôs em risco assim? Ai ai... Parando para olhar um pouco, eram vários! É como se um tesouro simplesmente caiu do céu para nós, estaria realmente OK pegar tudo para dividir entre nós? Se pensarmos demais nisso talvez acabaremos perdendo essa oportunidade de ouro... Assim, resolvi ajudar minha amada treinadora, catando os pedaços um por um enquanto ela fazia seu vestido -apesar de está meio sujo- como uma cesta temporária para os Shards, como havia vários, fiz questão de pegar oito de cada cor, até que o peso estava ficando grande demais para seu vestido e transportamos os fragmentos vermelhos para a bolsa. Eu poderia ter pegue todos os amarelos, pois esses cativaram nossos olhares acima do resto, mas as outras podiam ter interesse neles tanto quanto nós, então achei melhor apenas pegar uma quantidade igual... Ao todo quantos são? Eh... Um número bem alto, certamente!

Com esse saquear inesperado, estamos basicamente cheias desse “banquete”, eu digo isso, no entanto Lari está vasculhando esses fragmentos e olhando analisando curiosamente cada um... No próximo instante, pegou quatro da cor verde, a mesma que obtivemos na escavação, e foi direto para a loira alta, estendendo sua mão com os objetos preciosos para ela. ”Eu sei que com esse aqui você pode comprar movimentos fada! Eles derrotam os noturnos irritantes que tem efetivo contra seus psíquicos, Kath!” Ela realmente só fala por gostar da voz dela? Ela não pode te entender, sabia? Ou talvez espera que o velho traduzisse algo? Não sei dizer ao certo. Mas, de qualquer maneira, deu os quatro fragmentos à Kathryne, talvez como um presente por todo o momento que passaram juntas... Era uma lembrancinha fofa, ao menos! Tirando a Peony, não acho que faremos muito uso desses pedaços, então não haveria problema em dar uns como caridade, ao menos.


Última edição por LauraLostLove em Ter Jan 19 2021, 05:21, editado 1 vez(es)

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Um pouco antes de encontrarmos o suposto sabe-tudo, Kathryne tinha me feito uma pergunta bem intrigante. É raro achar um treinador que se importe de verdade com o que os selvagens sentem durante as batalhas, e essa empatia me fez admirar mais a loira. No entanto, eu estaria mentindo se dissesse que não fiquei em dúvida sobre o que dizer. A vergonhosa verdade é que nunca tive muita interação com selvagens - puxa, o primeiro contato próximo que tive com um faz só alguns meses - e a própria garota provavelmente tem mais experiência com eles do que eu. Por um segundo pensei em tirar Hephaestus da Pokébola e perguntar pra ele, até me lembrar de que eu não entenderia uma mísera palavra. Ok, então é comigo… tomara que eu não diga nenhuma besteira, por favor.

- Olha… não é muito fácil responder isso. Eu fui criado por humanos desde que nasci, e só enfrentei dois selvagens até hoje. - Passei a mão pelos fios negros da minha treinadora, tirando-os da frente do rosto para que eu pudesse encarar melhor a outra menina. - Mas nenhum pareceu temeroso ou inseguro por não ter um treinador para comandá-lo. Cada Pokémon luta pelas suas próprias razões, sabe? Assim como vocês, também temos nossos próprios princípios e defendemos o que é importante para nós. Pode ser um território, um objeto, um parceiro, ou só o nosso ego mesmo… vencer uma batalha é tão gratificante pra nós quanto pra vocês, talvez até mais, e lutar costuma ser divertido. Faz parte da nossa natureza, deve ser por isso que temos um dom tão grande nisso.

Enquanto falava, deixei meu olhar vagar um pouco à frente, e ali ele acabou se encontrando com o de Yoshiro. Era estranho ver meu próprio corpo me encarando assim, com tanta curiosidade e fascínio. Minha dona realmente não estava acostumada a me ouvir dizer qualquer coisa além de “mud mud”, talvez por isso estivesse me olhando com essa fixação toda… de qualquer forma, senti meu rosto esquentar de vergonha, e no mesmo instante desviei os olhos.

- B-bem… não são todos os que gostam de brigas, claro. Alguns só querem uma vida pacífica, e de preferência sem treinador nenhum enchendo o saco. Vocês precisam respeitar isso, deixem esses em paz. Afinal, sempre vai ter algum Pokémon por aí disposto a se juntar aos humanos e aprender uns truques novos com eles. A sua espécie nos ajuda a crescer e a encontrar nosso estilo de luta, e em troca defendemos seus interesses. É útil pros dois, mas não vamos nos sentir desamparados sem um humano pra lutar ao nosso lado. Temos independência pra fazer isso sozinhos. - Eu quis emendar um “vocês não são tão indispensáveis quanto pensam”, mas seria super rude e eu detestaria magoar uma garota tão doce quanto aquela. Por sorte, consegui morder a língua antes que as palavras saltassem pra fora, e naquele momento notei que eu já tinha falado demais. Meio desconcertado, olhei pra Lariel com um ar risonho, já que era ela quem costumava fazer esses discursos. Não sei se ela notou, já que estava ocupada dando mais mimos a Yoshiro - e é desnecessário dizer o quão radiante minha treinadora estava com isso. Deixei soltar um riso baixo e voltei-me à loira mais alta, colocando uma mão sobre o ombro dela. - Você é uma boa humana, Kath. Gostei de você.

É, acho que foi mais ou menos por aí que o senhorzinho apareceu. Com uma aparência intrigante e um discurso mais intrigante ainda, ele não resolveu tanto os nossos problemas. Bem, talvez sim os de Lariel, já que a humana só precisaria andar até a rota vizinha… mas nós teríamos que ir atrás de uma tal de Sabrina. Não sei quem é, porém só o fato de ser uma treinadora de psíquicos me fez estremecer. E, como se isso não bastasse, ela mesma tinha poderes paranormais também… se a situação não fosse tão crítica, esse é exatamente o tipo de pessoa que eu faria questão de passar bem longe.

- Tá certo… e em qual parte de Hoenn fica Saffron? - Questionei, franzindo as sobrancelhas ao notar que nunca tinha ouvido aquele nome na minha vida. Aliás, é legal finalmente ter sobrancelhas pra franzir. - Não me dou muito bem com psíquicos… sem ofensas, Kath. Mas se é o único jeito, vamos atrás dessa humana sim, onde quer que ela esteja. - Olhei pra Yoshiro, a qual, logo após ter sido posta no chão, tinha corrido para o mesmo colo de onde eu a tirara durante nossa apresentação para o velhinho. Ai ai, ela totalmente vai se acostumar com isso… andei até as duas, vendo que minha dona já tinha se rendido aos carinhos da outra e estava com a cabeça folgadamente apoiada no ombro dela. Tentando conter uma risada, dei um cascudo leve na Mudkip, fazendo-a me lançar um olhar emburrado e esfregar a patinha ali, embora eu tenha certeza de que não doeu. Que dramática. - Desse jeito ela nunca vai querer te largar, Lari. Nunca vi pentelha mais carente que essa aí. - Sorri para a loira, fingindo não ver que Yoshiro tinha estreitado os olhos pra mim. Depois, curvei-me até ficar na altura do rosto da anfíbia. - E você, não espere que eu vá te dar esse mimo todo, princesa.

Propositalmente chamei-a da mesma forma que Daisuke costumava fazer. A pequena travou, reconhecendo o apelido no mesmo instante, e toda a birra desfez-se em uma expressão bem abobalhada - afinal, ela não sabia o quanto meu antigo dono tinha me contado antes de me deixar sob os cuidados dela. Seu rosto ficou vermelho como um tomate e a “menina” escondeu-o contra o torso de Lariel, resmungando alguma coisa que ficou abafada pelas vestes da loirinha. Admito, implicar com Yoshiro era ainda mais divertido do que eu imaginava (e me vingar um pouco por todas as trapalhadas em que ela já me meteu, também), porém eu não queria deixá-la constrangida demais. Pensei até em pedir desculpas, mas nem tive tempo para tal, pois acabei notando que o olhar de Lariel mudou. Enquanto assimilava as palavras do idoso, toda a alegria e entusiasmo deixaram a expressão da menina, sendo substituídas por um desânimo que não combinava nada com ela.

Lari… algo errado?” Yoshiro também pareceu reparar na mudança de postura da amiga, erguendo a cabeça e fitando-a com preocupação. Demorou ainda alguns instantes para que a nossa ficha caísse. Quando o idoso disse que ela precisaria ir atrás do cogumelo… não achei que seria imediatamente, sabe? Nós ainda tínhamos planos e deveres a cumprir, além da vontade de conhecer melhor essa loirinha cujo caminho tanto divergiu do nosso naquele dia. No entanto, considerando o quanto aquele ancião parecia frágil, não aguentaria nos acompanhar até a enseada, e Lariel dependia dele para voltar ao normal… “Você já tem que ir? Mas… mas… eu também não quero dizer adeus… acabamos de nos encontrar...”  

Apoiando-se nos braços da mais nova, a Mudkip colocou ambas as patas dianteiras sobre os ombros dela, fitando tristemente o semblante choroso que a outra carregava. “Lari, não posso ir com você? Não sei se vou ser muito útil nessa forma, mas… mesmo se depois disso você não puder me entender… eu quero te ajudar.”  Os mesmos olhos que por tantos anos só vi no meu reflexo turvaram-se pelas lágrimas que Yoshiro lutava pra não deixar cair. Mesmo sem entender suas palavras, era bem fácil notar que ela não queria deixar a amiga ir embora assim, tão de repente quanto o acaso que fez elas se conhecerem. Minha treinadora lançou um olhar esperançoso a Kathryne, como se esperasse que essa fosse propor alguma solução, uma forma de todas ficarem bem sem terem que seguir rumos distintos. A loira não disse nada assim. E, francamente, nem acho que tal desenlace exista.

Quando me dei conta, Lariel já tinha cruzado a curta distância que nos separava e me puxado para um abraço, outra vez mantendo a Mudkip no meio. Embora esse fosse ainda mais apertado, Yoshiro não pareceu se incomodar, apenas encostou a cabeça na menina e cerrou os olhos, virando um pouco para que a loira não visse uma lágrima que escorreu deles. Com aquilo, a novata tinha deixado bem claro: nós realmente nos separaríamos. Não havia outro jeito. Perceber isso fez-me soltá-la por um instante, pegar o Minun nas mãos e incluí-lo no abraço também - torcendo a todo instante para que o ratinho não se revoltasse e nos desse um choque.

- Pode ficar tranquila… eu vou manter todos seguros. Fiquem bem também, tá? Vamos sentir sua falta. - Após nos separarmos, retribuí o carinho que ela me fez na cabeça. Sendo bem honesto, não entendi bulhufas do que essa menina falou, então só posso torcer pra não ter dito nada muito fora de contexto… é assim que os humanos sempre se sentem perto dos Pokémons? Estou até me solidarizando com eles agora. - Espero te ver de novo por aí, Lariel. - Quando a mais nova começou a andar até Kathryne, peguei Yoshiro no colo, com pena do quão cabisbaixa ela estava. Sempre detestou despedidas… e já tivemos o suficiente delas no Doll Fanfest. Até abri a boca pra dizer alguma palavra de consolo a ela, no entanto, a anfíbia se desvencilhou dos meus braços antes que eu pudesse falar. Correu até a loirinha e subiu de novo no ombro dela, dizendo-lhe no ouvido algo que eu queria muito ter entendido.

Obrigada, muito obrigada… por ter vindo até aqui conosco, e nos deixado lhe conhecer. Sei que ainda vou lhe ver muito nos palcos dos Contests, Lari, e estarei torcendo muito por ti em cada um deles… eu não consegui ser uma coordenadora, mas tenho certeza de que você estará entre as melhores.”  Ao encerrar esses dizeres, esfregou seu rosto com carinho no da mais nova, assim como eu mesmo tantas vezes fiz com a minha treinadora. Apenas depois disso ela se separou, voltando pro meu lado e deixando que garota se despedisse de Kathryne também.

Bem, depois disso nós não nos intrometemos tanto. Deixamos que os outros conversassem, com Kath perguntando se não poderia nos ajudar ao invés da Sabrina e o idoso destacando o quão desastroso isso poderia ser. Eu nem sei direito onde achar essa mulher, e Yoshiro não pareceu muito animada quando ouviu “Saffron”... deve ser longe, eu agora tenho duas pernas a menos pra andar e nem me lembre que não posso mais ser carregado. Se continuar nesse ritmo, daqui a pouco vou estar sentindo falta até da minha Pokébola, e isso é o cúmulo.

Sapphi, olha lá!” De tão perdido em meus pensamentos, levei um susto quando Yoshiro apontou para um show de luzes que estava acontecendo no céu. Alguma coisa caiu lá de cima, e Atsui fez o favor de nos avisar. Por um acaso, eram as mesmas pedrinhas coloridas que usamos pra comprar os TRs da Sra. Lee no Central Park. A lembrança da gentil senhora fez meu coração pesar, no entanto, fiz questão de esconder com o sorriso mais brincalhão que pude botar no rosto.

- Essas amarelas aqui combinam com o seu cabelo, Lari, e com os seus olhos também. Ei, o que acha de uma troca? Tipo, as pedrinhas pelo número do seu celular. Se der só pra Kath e não pra gente, essa baixinha aqui vai ficar enciumada, sabe?~ - Yoshiro encarou-me com os olhos arregalados, sem acreditar no que eu tinha dito, e começou a bater as patas no meu rosto como protesto. Eu apenas ri, entregando as shards para a loirinha. Se  era nosso último momento assim, todos juntos, então não quero que ele seja tenso demais. Afinal, ainda temos um longo caminho pela frente, e o tempo não está a nosso favor...

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Eu ouvia atentamente a resposta que Sapphire tinha para a minha pergunta, apenas fitava o rosto de Yoshiro, que na verdade era do Mudkip nesse momento, mas enfim, eu absorvia palavra por palavra. Poder se comunicar desse jeito com um pokémon é uma oportunidade única e por mais que não seja um dos meus pokémon, aqueles que eu tenho vinculo, ainda era algo que eu devia aproveitar. No mais a resposta do Mudkip era algo que eu até esperava, sabia que gostar de lutar era algo comum entre os pokémon, mas também não poderia assumir isso como uma regra.

- Certo, agora que você me falou, me pareceu um pouco óbvio. Eu não deveria assumir que todos são iguais, tem os que gostam de lutar e os que não. Cada um com suas peculiaridades, assim como os próprios humanos. Obrigada por me responder, queria ouvir a resposta disso da boca de um pokémon. Não importa se você não teve convivência na natureza. E claro, nunca duvidei da independência dos pokémon, inclusive é por esse motivo que estamos aqui. Quer dizer, pokémons que fugiram do zoológico. Claro, que treinadores foram chamados porque não podemos deixar espécies exóticas no ecossistema, mas o ponto é que esses fugitivos são uma amostra da independência dessas criaturinhas. - Depois dessa troca de conhecimentos, fiquei lisonjeada pelo comentário de Sapphire mas não falamos muito até encontrarmos o idoso "sabe tudo".

- Uhh... Sapphire, então, Saffron fica em Kanto. - É, com isso eu percebi que Yoshiro voltaria para Hoenn e não tinha intenções de sair de lá por um bom tempo. Sigh, isso vai ser um problema pros dois. E vai ser um problema maior ainda porque eu não posso consertá-los, o que eu já esperava, mas ainda tinha esperanças de que fosse capaz de fazer algo quanto a isso: - Tudo bem. Eu só queria saber se a possibilidade existia, se fosse possível eu tomaria qualquer risco, mas como não é, eu serei prudente. - Respondia o sábio e começava a pensar que esse era o melhor cenário. Se eu pudesse fazer algo, uma enorme pressão cairia sobre mim e eu provavelmente... falharia.

Quando estávamos prontas para nos separarmos, Lariel indo até a rota vizinha e Yoshiro e eu pela enseada, tivemos mais uma interrupção. Pequenas faíscas coloridas vinham do céu e aterrissavam. Lariel era quem já ia checar do que se tratavam e eu ficava um pouco mais receosa. O que garante que isso não é mais uma pegadinha do Jirachi? Esperei e esperei, Sapphire e Yoshiro também foram ver o que eram aquelas faíscas coloridas e então eu cedia. Deve ser seguro. E aparentemente era seguro. Shards eram apenas shards, de todas as cores, sem nenhum "mas" entre elas.

- Só espero que isso não seja o Jirachi brincando com a gente de novo. - "Pensei" em voz alta enquanto pegava as pedrinhas coloridas, oito de cada uma até me ver abordada por Lariel, que me oferecia quatro verdes. Calma aí, não posso aceitar isso de graça. Lariel é uma novata, eu sou uma veterana, pelo menos perto dela. Pegar coisas de graça dos menos inexperientes não é algo legal. Já me sinto mal conseguindo presentes da Requiem, imagina da Lariel. - Então você quer me dar essas, só espera um pouquinho. - Dizia, vasculhando as pedrinhas que eu mesma acabei de pegar e tirava quatro amarelas. Essas amarelas que provavelmente não usaria, mas Lariel as usaria com certeza, afinal ela tem três pokémon elétricos: - Tome essas aqui então, uma troca, hehe.

E aparentemente eram apenas Shards. Sem nenhuma maldade por parte do Jirachi. Mas eu deixava de ficar desconfiada e apenas olhava Sapphire e Lariel interagindo, olhava os dois com um sorriso amplo no rosto. Estou grata por ter encontrado essas pessoas e pokémon maravilhosos nesse dia, porém era o momento de me despedir de Lariel.

- Bem, até logo amiga. Nos vemos qualquer dia desses. E vá pegar seu PokéNav... quer dizer Rotom Phone. Já viu esses Rotom Phone? São a novidade, hehe, tenho que pegar o meu. - Dava um risinho que então era seguido de um suspiro e um último abraço na loirinha: - Até logo. - E por fim, seguiria com Yoshiro e Sapphire: - Então, vamos andando?



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Creio que agora tenha sido um verdadeiro ato de amizade entre as duas loiras, é uma relação de ajuda mútua, não unilateral nem unidirecional, ambas pareciam se apreciar e respeitar, que coisa bela... De início fora uma lembrancinha da novata, mas agora se tornou uma troca equivalente, talvez nem isso! Esses fragmentos amarelos pareciam ser os favoritos da minha treinadora, dava para sentir uma ligação afetiva com o amarelo que tanto lhe assemelhava, acho que nem preciso dizer que a cor favorita dela é amarela, não é? Peculiarmente, o seu quarto não possui esses luxos de possuir a cor que ela quiser, então sua cama é apenas um rosa comum, não que seja algo que ela reclame, seria muito privilégio branco, hein? De qualquer maneira, em “contra-ataque” para os pedacinhos verdes, foi ofertado shards amarelos, o qual minha mestra ficou surpresa de início, quase recusando, porém aceitou pois a Kath certamente se sentiria mal em “extorquir” a amiga novata –mesmo que tenha sido só na caridade-. Agora parecia ser hora de se despedir, um lembrete triste que temos que partir caminhos e apenas esperar o que o futuro nos tem de aguarde... Acenando sua cabeça para o que a “senpai” estava dizendo, Lari parece ter bom entendimento do que se trata o assunto... Rotom Phone, do que se trata? Pelo jeito era algo semelhante ao PokéNav que a amiga tem? Bem, se não for um custo alto demais, espero que minha companheira pegue logo! Mandando um beijinho no ar para a Kathryne, Lari se despede acenando e virando suas costas, apenas para ser abordada pela outra amiga, o anfíbio e sua humana. Digo, a anfíbia e seu humano, essa nomenclatura é a mais apropriada, dessa vez, pois eram eles que estavam dando a iniciativa no diálogo, talvez pelo fato de quem começou foi o Sapphire, cujo me tem cara de um Pokémon forte e valente por dentro, então dar o primeiro passo não deve ser tão dificultoso quanto para uma tímida tipo a morena.

A proposta era simples, no entanto um tanto complicada para nós, pois não podemos dar nosso “número”, sendo que não temos um aparelho móvel tirando a pokédex, se é que ela pode ser considerada uma... ”Na verdade... Eu não tenho um celular, meus pais nunca quiseram me dar um pois acharam perigoso demais...” A mocinha disse, cabisbaixa, provavelmente com vergonha de si mesma por não conseguir se encaixar no grupo de treinadores que possuem um... ”Bem, é o máximo que posso te dar, toma aqui...” Dizia enquanto escrevia no mesmo papel que estava anotando as informações da treinadora de psíquicos, arrancando um pedaço e entregando ao Sapphire, ainda um pouco triste de não ter outra opção... ”Sei que não pode me entender, mas esse aqui é o número da minha mãe, é a única opção de contato que eu tenho...” Embora a humano proativo não conseguia entender, a Yoshiro certamente é capaz, então isso facilita um pouco a comunicação, pelo menos no futuro, eu suponho... Ainda não terminando o que tinha de fazer, tirou cinco dos shards azuis que eu coletei e deu na mão do previamente-Mudkip. ”Eu ia dar para vocês de qualquer forma, mas você me abordaram primeiro” Lari ria um pouco enquanto dava parte de seu tesouro como uma forma de gratidão pelo tempo que passou com as duas garotas (E o Saphi, claro). ”Esse azul combina muito com você, Sapphire. Também me faz lembrar do vasto céu celeste, e é como dizem, o céu é o limite, atinjam o topo! Vocês são demais, tenho certeza disso mesmo nosso contato tendo sido breve...” Disse antes de entregar por definitivo, com um sorriso envergonhado estampado no rosto, e ademais aceitou as lembrancinhas do humano que estava sendo legal conosco...

Por fim, olhou para previamente-humana e começou a pronunciar, talvez para dar uma última despedida, já que não faltava muito até irmos... ”Desculpa por não responder antes... Sei que você não pode ir comigo, seu Sapphire vai sentir muita falta sua, ele parece se importar de verdade contigo, isso é bom.” Disse forçando um sorriso e rindo no final, talvez tentando aumentar os espíritos para algo mais positivo, mesmo que eu sinta que ela está com um agitação interna sobre seus sentimentos e o que fazer... ”Eu me diverti muito com o tempo que eu passei com vocês, obrigada também por esse dia incrível, tomara que eu possa ver vocês dois em uma futura oportunidade, quem sabe...” Continuou, olhando para ambos que fizeram a troca de corpos, respondendo também ao comentário de Saphi sobre se verem novamente um dia, “por aí”. ”Eu vou dar o meu melhor, por vocês três. Ei, Yozinha, por que você não consegue mais ser uma... Na verdade, é melhor não, algumas pedras talvez são melhor não viradas.” Provavelmente iria perguntar sobre o comentário da morena sobre não conseguir ser coordenadora, mas parou... Talvez ela não quer deixar o clima triste mais uma vez, ou talvez não acha que tem intimidade o suficiente para perguntar isso, afinal não tiveram as mesmas oportunidades de união como a Nuvelle teve com a Kathryne... Seja qual tenha sido a razão, talvez nem mesmo teríamos tempo de adentrarmos nessa discussão provavelmente deprimente... ”Hmmm...” A loirinha ponderou um pouco, antes de finalmente terminar seu discurso. ”Você agora que é uma sapinha, será que se eu beijar, vai virar uma princesa que nem nos filmes? Não custa tentar~” E assim, descaradamente, a Lariel se pôs para dar um beijo na Pokémon aquática... Bem na... Testa. Acho que era só um Fake Out então, haha... Apesar do beijo na testa, logicamente nada aconteceu, afinal isso não é um filme da Dysney. ”Ah, então eu acho que você já é uma princesa, seria impossível se transformar em algo que você já é, afinal~” Deu mais uma risada, dessa vez menos forçada e mais genuína, sem contar um leve rubor em suas bochechas e tentando evitar contato visual com a “sapinha” depois dessa cafajestagem. ”Só estou brincando, é melhor eu indo mesmo. E, como a Kathzinha falou, é melhor vocês irem andando... Finalizou, abaixando sua cabeça com um teor de tristeza e reverência, de fato a despedida para que elas tomem seu caminho e nós tomemos o nosso...

Acenando uma última vez para as pessoas incríveis que encontramos, ela agora se direciona ao senhor que vai nos acompanhar. ”Como o senhor se chama? Aliás, vamos? Aliás, você quer algum shard também? Notei que tu não pegou nenhum e ficou tudo para nós, pode ser meio injusto então estou te oferecendo alguns” E.Ei, calma aí. Só porque ele consegue te entender em partes não significa que você pode ficar assaltando ele com várias palavras ao mesmo tempo... Bem, a oferta dela é nada mais que justa, seria uma injustiça enorme todas terem seus fragmentos e deixar o senhor sem nada, vai que ele queira alguma coisa! De qualquer maneira, é melhor irmos logo mesmo. Foi uma aventura divertida, Kathryne é uma pessoa incrível. Não conseguimos interagir com a Yoshiro e o Sapphire o suficiente, mas eles parecem ter seus corações nos lugares certos... Talvez esse seja o motivo principal da melancolia da minha mestra, não conseguir conhecer melhor essa dupla trocada e tão intrigante, para alguém tão curiosa como a Lari, não me é surpresa que a vontade de conhecer mais essa menina tão enigmática e que teve tantas experiências seja grande. Não que eu possa culpar ninguém, talvez as situações apenas não foram propícias, ou não a mocinha novata que se tenha culpa por não ir atrás de um papo antes que fosse tarde demais para continuar conversando. Fazer o quê, agora nós só podemos continuar nossa jornada solo acompanhadas de um estranho também vítima desse lendário repleto de travessuras nem um pouco engraçadas...

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xxx



Off: Laura, já pode postar direto no link: https://pokemyrpg.forumeiros.com/t21929-lariel-e-a-uva-passa-how-does-a-moment-last-forever-parte-2#366347
Sleepy e Hanakko já podem fazer o novo sorteio.


Muita coisa já tinha acontecido naquele único dia, e a separação do grupo era mais uma delas. Em meio as despedidas, uma chuva de fragmentos coloridos acabou chegando para deixar o clima um pouco mais confortável, já que antes muito choro já tinha envolvido aquela pequena clareira em meio a floresta. O bandido ainda estava ali desacordado, mas o grupo parecia não se importar em deixa-lo ali. Já o velhote, nem se incomodava com a presença dele, se elas não se preocupavam, devia ter algum motivo. Por fim, elas terminavam de se despedir, e trocavam além dos contatos alguns dos shards que acabavam de cair do céu.

- Aqui, me empreste sua Pokédex. – Ao ouvir Lariel dizer sobre não ter um meio de se comunicar com suas amigas, o velho resolveu mostrar uma das funções daquele aparelhinho que todo treinador carregava, mas que raramente era usada. - Não precisa passar seu contato no momento, mas você pode passar o seu ID de treinadora. Quando tiver um Nav, ou um Gear ou até mesmo o novo Rotom Phone, automaticamente elas receberão seu número por causa do registro de trinador que está sempre vinculado com tudo. – Assim, Lariel não precisava entregar o número de sua mãe, e podia garantir um contato futuro com suas amigas. Mas, o velho simplesmente esperava depois de dar mais algumas orientações, vendo aquela fofa despedida das garotas. Só tinha uma coisa que ele não entendia bem, qual o motivo de Lariel insistir tanto em falar com Kathryne mesmo sabendo que ela não entenderia. Mas logo que pensou sobre isso sua mente tratou logo de desvendar. Era o mesmo com os pokémon, por mais que os humanos não os entendessem, eles tentavam complementar suas atitudes com suas palavras, que mesmo sem serem compreendidas acabavam dando um suporte contextual, com tonalidade e expressões.

Ele acabava se comovendo com aquilo tudo, e então, decidia se despedir também. - Sei que não conheço muito vocês. Mas eu também quero me despedir. Cuidem bem dos pokémon que vão encontrar por ali, e não se preocupem que vou deixar a amiga de vocês novinha em folha. Sei que não pude ajudar muito com o seu problema. – Ele dizia se virando para o pequeno Mudkip. - Mas acho que tenho algo para te ajudar a desenvolver um pouco de habilidade com esse corpo. – Com isso, ele retirava de dentro de um de seus bolsos um pequeno equipamento azul. Era um objeto curioso, parecia ser bem mais pesado do que aparentava. Será que ele realmente achava que aquilo poderia ajudar Yoshiro? Ou estava apenas se livrando do peso extra? Seja lá o que fosse, ele entregava ao Mudkip. - E para você, algo para deixar sua vida um pouco mais doce. Quem sabe a tristeza vá embora. – Ele foi até Kathryne dessa vez, e para ela, entregou três pequenos docinhos embalados em papel azul. Com isso, ele se despedia das outras duas, e seguia caminhando devagar na direção oposta à enseada. Ele parecia um pouco mais veloz, já que o peso extra tinha sido retirado. Lariel e Ninian iam com ele, se afastando aos poucos o grupo desaparecia na floresta.

Yoshiro e Kathryne estavam ali, observando sua amiga ir embora. Mas, sabiam que um dia a veriam novamente, mas agora tinham coisas bem importantes para fazer. Sapphire estava bastante preocupado com a jornada que estava por vir, mas sabia que conseguiriam encarar aquele desafio de estar em um corpo totalmente novo. Yoshiro também parecia preocupada, principalmente por não saber ainda como usar as habilidades de seu pokémon, mas parecia que teria bastante tempo para praticar. Kathryne queria ter poder o suficiente para poder ajudar a pequena Yozinha, mas como parecia arriscado demais, só poderia torcer para que ela conseguisse sozinha.

Eles seguiam tranquilamente em direção ao mar. Lariel já os tinha indicado a direção, então não parecia ser difícil ir até lá. A medida em que caminhavam em direção ao sul da Rota 12, as árvores iam ficando um pouco mais espaçadas, dando lugar a terrenos mais gramados em uma parte, e um pouco mais arenosos e rochosos em outras. Quando finalmente alcançaram o fim da floresta, elas se viam em um lugar ainda mais lindo. O sol já tinha passado um pouco do centro do céu, ou seja, já parecia ser mais ou menos 14:00 horas. Estava bem quente, já que não tinham muitas nuvens.

Elas estavam ali por causa da embarcação que estava transportando os pokémon, mas ao olharem para o mar, só conseguiam ver o reflexo brilhante do sol nas ondas. A vista era magnifica, as águas cintilavam com o brilho dos raios de sol. Alguns pokémon nadavam em cardume sob a água, dando um pouco mais de cor ao imenso azul cintilante. Como ali não tinha exatamente uma praia onde as pessoas iam para se banhar, era um local muito limpo e cheio de vida selvagem. Mas tudo parecia bem mais tranquilo do que elas imaginavam.

Havia um pequeno barranco entre elas e a pequena praia de areia grossa no centro da enseada. Ali na praia havia uma pessoa sentada, que parecia admirar a vista do horizonte. Talvez, fosse melhor perguntar a ele o que estava acontecendo por ali, antes de tirarem conclusões precipitadas sobre o que viam. Mas uma coisa era estranha, onde estava o desastre? Se bem que, Jirachi parecia ter seguido naquela direção um pouco antes delas irem até lá.

Lariel:
+8 Red Shards [x08]
+8 Blue Shards [x08]
+8 Green Shards [x08]
+8 Yellow Shards [x08]
-4 Green Shards [x04]
+4 Yellow Shards [x12]
+8 Yellow Shards [x20]
-5 Blue Shards [x03]

Yoshiro:
+8 Red Shards [x11]
+8 Blue Shards [x10]
+8 Green Shards [x09]
+8 Yellow Shards [x08]
-8 Yellow Shard [x00]
+5 Blue Shards [x15]
+1 Power Anklet [x01]

Kathryne:
+8 Red Shards [x15]
+8 Blue Shards [x15]
+8 Green Shards [x10]
+8 Yellow Shards [x10]
-4 Yellow Shards [x06]
+4 Green Shards [x14]
+3 Rare Candy [x03]







PROGRESSOS DA ROTA DE Yoshiro :


PROGRESSOS DA ROTA DE Kathryne :


PROGRESSOS DA ROTA DE Lariel :




Última edição por Andros em Sáb Jan 23 2021, 17:05, editado 1 vez(es)

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Route 12
How does a moment last forever?
E então eu via Lariel indo embora e ficava olhando a loirinha desaparecer no horizonte por um tempo antes de realmente começar a andar em direção a enseada. Sigh, agora eu estava começando a sentir o que a novata sentia e já começava a ficar com saudades, não começaria a chorar, já derramei lágrimas demais por hoje, não era hora de chorar. Estava longe de ser um adeus, mas ainda era triste ter que me despedir de Lariel por causa de um imprevisto causado por uma divindade maligna. Antes de realmente nos separarmos o "ancião" nos presenteava e eu recebia uns doces.

- O-obrigada. Não precisa se preocupar comigo. - Dizia então me despedindo dele também e com isso me lembrei de algo, porém era tarde demais, nunca perguntei o nome do senhorzinho. Mas quando pensei nisso ele já estava andando. Já os doces que eu ganhei, rapidamente assimilei que não eram pra mim, na verdade eram as icônicas Rare Candies. Não esperava receber algo tão caro, esperava que eram realmente doces para mim mesma. Claro, eu não deveria nem tentar comer essas Rare Candies, não sei os efeitos que ela tem em humanos. Ouvi que são usadas como drogas, mas nunca pesquisei a fundo sobre isso. Enfim, estou boiando em um assunto aleatório. Era hora de começar a andar.

Enquanto andava em direção ao mar, ao lado de Sapphire, que agora era um humano. Porém dessa vez eu meio que ficava em silêncio. Eu já disse que falar com pokémon é uma oportunidade única, mas eu ficava em silêncio. Eu não sabia mais o que falar, a verdade era que eu me sentia desconfortável falando com um pokémon. Tipo, e se eu falar algo ofensivo para ele? Eu não sei, sinto um risco enorme de falar algo inapropriado, então vou esperar pra ver o que acontece.

Bem, eu finalmente estava na enseada. Agora não sabia o que fazer. Cheguei onde eu queria ir, mas agora não sei o que fazer nesse lugar. Não sei por onde começar a procurar os pokémon fugitivos. A tal enseada não era realmente uma praia como as que eu vi em Sootopolis por exemplo, na verdade era um lugar bem mais selvagem, dava pra deduzir que eu estava realmente no interior do interior da região de Kanto. Estava tão afastada da presença humana. Ah, quer saber, vou tentar conversar com Sapphire.

- Hey Sapphire, mesmo você sendo um pokémon, estar em um lugar desses afastado da influência humana te soa estranho? Você disse que sempre conviveu com humanos. Você já chegou a ter medo da natureza? - Então eu dava uma pausa e notava que eu podia estar sendo ofensiva agora mesmo: - Me desculpe se essas perguntas forem inapropriadas, é só uma curiosidade que tenho, afinal estou falando com um pokémon, hehe. - Não era um pedido de desculpas que me fazia ficar olhando pro chão no entanto.

Enquanto eu esperava a resposta do Mudkip eu notava algo que realmente se destacava na paisagem. No meio de todo aquele cenário natural, tinha uma pessoa sentada em um barranco e se eu bem me lembro eu vi Jirachi indo em direção a enseada na verdade. Será que aquela pessoa é outra vítima das travessuras do lendário:

- Hey Sapphire, acho que aquela pessoa bem ali deve ser outra vítima do Jirachi, pois eu lembro de ter visto o lendário vir por aqui. Acha que devemos ir até ela?




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BY MAHIRO

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O membro 'Sleepy' realizou a seguinte ação: Lançar Dados


#1 '[SWARM] Galar-Ensead' :
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#2 'Ability' :
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#3 'Egg Move' :
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#4 'Shiny' :
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Aquela despedida não era desejável para nenhuma das meninas, mas no fim não houve outra alternativa. Mesmo após a loirinha ter se afastado, Yoshiro continuava fitando-a com um ar melancólico e o rosto ainda vermelho tanto pelas palavras da mais nova quanto pelo beijo que ganhara dela. Minha treinadora deve estar arrependida por não ter interagido mais com Lariel enquanto pôde - afinal, aquela foi sua última chance de ser entendida por outros humanos em um bom, bom tempo. Não sei quando conseguiremos encontrar essa Sabrina, se ela nem no nosso continente mora...

Antes de acompanhar a aspirante a coordenadora até a próxima rota, o senhor deu alguns presentes de despedida às outras duas humanas. Kathryne ganhou alguns doces, enquanto Yoshiro ficou com um… um… eh, não sei ao certo o que era aquilo, mas parecia pesado. A anfíbia quase tombou pra trás ao tentar segurá-lo, então sobrou pra mim carregar aquele objeto. Se meus passos já eram meio desajeitados antes, pela falta de costume de usar só duas pernas, pioraram ainda mais com aquele peso extra. Sério, que tipo de presente é esse…?

- Eh, obrigado… é um peso de papel bonito. - Forcei um sorriso para o ancião, e Yoshiro também curvou-se em agradecimento. Mais por educação do que por estar realmente grata, com certeza. Logo ele, Lariel e Ninian precisaram partir, deixando-nos sozinhos na clareira. Bem, talvez seja hora de irmos, não temos mais nada a fazer por aqui… minha treinadora hesitou um pouco em deixar o caçador desmaiado pra trás, porém longo a convenci de que tínhamos problemas maiores pra lidar. Feliz ou infelizmente, aquele humano ali ficaria bem.

No caminho até a enseada, notei que Kathryne estava mais nervosa que o normal. Não que ela seja muito calma normalmente, mas era bem perceptível que a garota não estava confortável. Talvez seja só o efeito de ver uma das suas amigas partir tão cedo, e nem mesmo poder se comunicar com a outra… é, eu diria que essa loira já passou por loucuras demais hoje. Espero que ela fique bem depois disso tudo.

Foi apenas quando chegamos ao local desejado que ela me disse alguma coisa. E aliás, que lugar lindo… se eu soubesse que era assim, com certeza teria insistido para virmos aqui primeiro. Embora eu não fosse mais um aquático, a visão do mar ainda me deslumbrava mais que qualquer outra coisa. Tão majestoso, e também tão pacífico… nem parece o mesmo oceano que, tempos atrás, vi tão violento e cruel. Acho que, como os seres vivos, ele também possui diferentes faces - e nós estávamos diante de uma das mais belas.

- Por que você está tão nervosa? Dá pra ver seus ombros tensos daqui. Pode ficar calma, juro que não mordo. - Sorri para a humana, em parte para tentar confortá-la, em parte por ter achado a atitude dela bonitinha. Não a insegurança em si, mas a preocupação que ela tinha em não dizer algo que pudesse soar ofensivo. Boa parte dos humanos não se importaria com isso. - Sim, eu já tive medo da natureza. Sempre vivi na cidade, então não sabia mesmo o que esperar do mundo lá fora… e logo depois que conheci a Yoshiro, nós tivemos um pequeno acidente em um barco e acabamos perdidos na praia da rota 110. A gente não sabia nada daquele lugar, e muito menos o caminho pra cidade mais próxima. Eu tinha que cuidar da minha humana, ela ficou bem fraca depois de quase se afogar… mas eu não sabia o que fazer. Não tinha ninguém lá pra nos ajudar. Então sim, foi bem assustador. - Suspirei, lembrando-me das loucuras que aquele dia nos trouxe, com sua mansão maluca e ilusões que quase nos mataram. Parece que a minha treinadora tem um imã pra situações assim, só pode… - Hoje em dia eu não tenho muito. Só tento ser cauteloso, já que essa aqui é uma cabeça de vento. - Olhei pra Yoshiro, e ela apenas retribuiu com um sorriso envergonhado, incapaz de negar. - Mas e você, tem medo da natureza? É uma treinadora bem forte, então com certeza já passou por muitos lugares assim.

Enquanto esperava pela resposta da loira, meu olhar recaiu de novo sobre a minha dona. Ela esteve bem quieta pelo caminho todo. Meio cabisbaixa, até. Olhava pro chão na maior parte do tempo, e eu realmente não sabia dizer se era por tristeza ou por medo de tropeçar nas próprias patas. Me distraí um pouco pensando em um jeito de animá-la, e acabei não notando alguns movimentos estranhos dentro da minha mochila… não até algo duro me acertar a cabeça, quase me derrubando pra frente. Deixei a mochila cair, e de lá saiu um pequeno crocodilo o qual me olhava no mais puro escárnio. Ao vê-lo, a expressão de Yoshiro mudou totalmente - ela pulou de empolgação e correu pra receber o filhotinho.

Tem algo meio errado com esse Pokémon… não sei ao certo o quê, porém o jeito que ele me encarava estava me dando nos nervos. Deixando seus dentes bem à mostra, sua expressão não era das mais amigáveis, porém nem tive tempo de mandar Yoshiro se afastar. Assim que a Mudkip pisou perto dele, o pequeno avançou pra cima dela, abrindo bem sua boca e fechando-a a centímetros do pescoço da aquática. Ela não se feriu, mas o choque a fez recuar uns passos, bastante assustada.

- Ei, qual é o seu problema!? - Corri até os dois, pegando Yoshiro nos braços e tirando-a de perto dele. O Sandile não fez nada além de observar o rosto da anfíbia e revirar os olhos, visivelmente decepcionado com a reação dela. Como se tivesse de repente decidido que ninguém ali merecia a sua atenção, andou até a mochila e se enfiou de novo lá dentro, sem nem nos olhar direito. Esse é o bebê que nós carregamos esse tempo todo…? Era só o que me faltava… - Sério, onde raios você arranja esses ovos? É um mais esquisito que o outro.

- Mudkip… - Ela balançou a cabeça, ainda mais incrédula do que eu. Por fim, lançou um olhar tristonho a Kathryne, provavelmente tentando se desculpar por ter dado mais uma preocupação. Eu agarrei a mochila, estendendo-a bem longe do meu corpo, só por garantia. Talvez fosse melhor botar o crocodilo numa Pokébola, no entanto, eu é que não ia botar minha mão lá dentro pra pegar uma dessas esferas. E Atsui, o único fantasma do time, tinha simplesmente desaparecido de novo. Esperto, deve ter previsto que ia sobrar pra ele…

- É, vamos até lá. Esse lugar tá bonito demais pra ser verdade. - Acenei uma confirmação com a cabeça, e logo depois segui a treinadora de psíquicos até o dito humano que estava sentado na praia. Se esse foi mesmo o caminho pelo qual Jirachi veio, então de certo tem algo muito errado nessa história… assim que chegamos perto da pessoa, tentei fazer algumas perguntas pra ela, já que a loira era bem tímida e eu queria poupá-la desse trabalho. - Ei, você. Tá tudo bem? Ouvimos falar sobre o acidente do zoológico e viemos ajudar, mas tudo aqui está tranquilo demais… aconteceu alguma coisa?

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